sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Uma no cravo, outra na ferradura

Subiu no telhado o projeto de lei que retirava a DRU do caminho do orçamento da Educação.
A DRU (Desvinculação de Receitas da União) é umm mecanismo que permite ao Tesouro reter 20% das chamadas “verbas carimbadas”.
São gastos que contam com percentuais definidos. Alcançam, por exemplo, as áreas de saúde e educação.
No caso da Educação, o governo comprometera-se a acabar com a DRU. Uma eliminação gradual.
Começaria em 2009, com um acréscimo de R$ 2 bilhões no orçamento do ministério da Educação. E seria completada em 2011.
Aprovada por unanimidade no Senado, a proposta foi à Câmara. Ali, passou a enfrentar um bloqueio do governo.
A pedido do ministério do Planejamento, dois deputados governistas –José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Chico Lopes (PCdoB-CE)—pediram vista do projeto na Comissão de Justiça, impedindo a votação.
Se mantido, o bloqueio vai à crônica de Brasília como um passa-moleque de Lula na bancada de senadores do PDT, em especial no senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
A morte da DRU foi uma das condições impostas pelo PDT para votar a favor da CPMF no Senado. Cristovam foi à tribuna. Disse que decidira dar um voto de confiança a Lula. Por ora, vai quebrando a cara.
Escrito por Josias de Souza às 18h56

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