quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cultura e arte no sertão


Aurora realiza o 1º Festival de Teatro e Arte Cênica
Promovido pela Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto – Seculte, o evento ocorreu no último sábado, 26. no auditório do salão paroquial localizado no centro da cidade.
Quatro dos mais conhecidos grupos de teatro amador de Aurora participaram da amostra com peças e encenações que primaram pela irreverência, humor e descontração sem perder de vista o enfoque da realidade social e o contexto das agruras sertanejas cotidianas.
A performance dos atores e atrizes amadores de Aurora surpreendeu a todos os espectadores que lotaram o auditório paroquial.
A SECULTE - Aurora pretende realizar outras atividades culturais como oficinas de teatro na sede e distritos do municipio e ainda o projeto "Cine-Sertão" que priorizará a projeção cinematográfica de produções culturais nacionais e regionais pelo município.
Informativo Eletrônico da Prefeitura Municipal de Aurora
Edição:23
30 de Setembro de 2009
Sara Samita

O filme cajazeirense “ Mamãe café e água” foi o grande vencedor do Projeto Mundo Maior de Cinema 2009. O filme de Anderson Rolim de Brito, Francisco José Gonçalves Figueiredo e Ricardo dos Santos, tem como atriz principal a também cajazeirense Sara Samita, que tem em seu currículo, participação no filme “ O Sonho de Inacim”. Parabéns !O curta metragem será exibido nesta quinta-feira(01) no Centro Espírita Os Cirineus do Caminho a partir das 19h30, com entrada franca.
Cajazeiras é reconhecida como a “ terra da cultura” e a cada ano tem demonstrado o surgimento de novos talentos que vem alargando a lista de atores e produtores, no teatro, no cinema e na dança.

Da redação do Diário do Sertão


8.453 vagas em concursos no Ceará


Na área municipal, a oferta é para as prefeituras de Caucaia (2.859), Farias Brito (204) e Fortaleza (1.264)
Bruno Balacó
Redação O POVO Online

A safra está boa para quem quer colher uma oportunidade de entrar no serviço público e garantir sua estabilidade. Nada menos que 8.453 vagas estão abertas em concursos públicos no Ceará. Na área municipal, a oferta é para as prefeituras de Caucaia (2.859), Farias Brito (204) e Fortaleza (1.264). Já na área estadual, as vagas são para a Secretaria de Educação - Seduc (4 mil) e para a Superintendência Estadual do Meio Ambiente - Semace (122). Há também quatro vagas na área federal no concurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), todas estas para Fortaleza. A remuneração para essas seleções chega a R$ 5.465, valor oferecido pela Prefeitura de Farias Brito para o cargo de médico. Do total de vagas abertas, 5.707 são para o cargo de professor, ou seja, bem mais do que a metade da oferta total no Estado. São em 375 oportunidades na prefeitura de Caucaia, 68 na de Farias Brito, 1.264 na de Fortaleza e 4 mil na rede estadual de ensino. A remuneração para os educadores atinge o valor de R$ 1.693,33. Vale destacar que alguns prazos para a inscrições desses concursos estão chegando ao fim. Em Caucaia, as inscrições ocorrem até hoje (30). Já em Fortaleza as inscrições prosseguem até a próxima quinta-feira (1/10). Os interessados nas vagas para professores da rede estadual têm até o próximo dia 4 de outubro para realizar a inscrição. Em Farias Brito é possível inscrever-se até o dia 14 de outubro. Dos concursos destinados ao Ceará, apenas o da Semace e do Iphan ainda não abriram inscrições. As da Superintendência do Meio Ambiente que começarão a partir do dia 3 de outubro. O órgão, em seu primeiro concurso público para profissionais efetivos, abriu 122 vagas. Destas, 62 são para o cargo de fiscal ambiental, 51 para gestor ambiental (vagas essas que são distribuídas em diversas especialidades) e nove para procurador autárquico. Todos os cargos são para quem possui nível superior. A remuneração para todos eles é de R$ R$ 1.641,72 por uma carga horária de 40 horas semanais. As inscrições para o concurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que tem vagas para nível médio e superior, começam no próximo dia 5. Todas as quatro vagas para o Ceará são para atuar em Fortaleza. A remuneração chega a R$ 3257,22.

Serviço

Prefeitura de Farias Brito Clique aqui e confira edital. Clique aqui para realizar a inscrição. Prefeitura de Fortaleza Clique aqui e confira edital.


Vagas para professores em Lavras

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Filgueiras Lima fará ainda está semana uma seleção para professores temporários.
Serão beneficiados professores formados em Matemática e Física. O objetivo da seleção é suprir carências existentes na escola.
A seleção constará de entrevista e apresentação de currículo. As inscrições já estão abertas na sede da instituição.
Fonte: http://www.radiovaledosalgado.com.br/

terça-feira, 29 de setembro de 2009

me embalando para ver se o sono chega...

Certas esperanças

Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)

É preciso — é mais do que preciso, é forçoso — dar boas festas, trocar embrulhinhos, querer mais intensamente, oferecer com mais prodigalidade, manter o sorriso e, acima de tudo, esquecer tristezas e saudades.
Façamos um supremo esforço para lembrar e sermos lembrados, porque assim manda a tradição e é difícil esquecer à tradição. Enviemos cartões e telegramas de felicitações àqueles que amamos e também àqueles que — sabemos perfeitamente — não gostam da gente. O Correio, nesta época do ano, finge-se de eficiente e já lá tem prontos impressos para que desejemos coisas boas aos outros, nivelando a todos em nossos augúrios.
Depois de abraçar e ser abraçado, desejar sincera e indiferentemente, embrulhar e desembrulhar presentes, cada um poderá fazer votos a si mesmo, desejar para si o que bem entender. Subindo na escala das idades, este sonhou todo o mês com um trenzinho elétrico, aquele com uma bicicleta (com farol e tudo), o outro certa moça, mais além um quarto sonhador esteve a remoer a idéia de ser ministro e o rico... bem, o rico só pensa em ser mais rico. O rico detesta amistosamente os ministros, já não tem olhos para a graça da moça, pernas para pedalar uma bicicleta e, muito menos, tempo para brincar com um trenzinho.
Dos planos de cada um, pouquíssimos serão transformados em realidade. Alguns hão de abandoná-los por desleixo e a maioria, mal o ano de 56 começar, não pensará mais nele, por pura desesperança. O melhor, portanto, é não fazer planos. Desejar somente, posto que isso sim, é humano e acalentador.
De minha parte estou disposto a esquecer todas as passadas amarguras, tudo que o destino me arranjou de ruim neste ano que finda. Ficarei somente com as lembranças do que me foi grato e me foi bom.
No mais, desejarei ficar como estou porque, se não é o que há de melhor, também não é tão ruim assim e, tudo somado, ficaram gratas alegrias. Que Deus me proporcione as coisas que sempre me foram gratas e que — Ele sabe — não chegam a fazer de mim um ambicioso.
Que não me falte aquele almoço honesto dos sábados (único almoço comível na semana), com aquele feijão que só a negra Almira sabe fazer; que não me falte o arroz e a cerveja — é muito importante a cerveja, meu Deus! —, como é importante manter em dia o ordenado da Almira.
Se não me for dado comparecer às grandes noites de gala, que fazer? Resta-me o melhor, afinal, que é esticar de vez em quando por aí, transformando em festa uma noite que poderia ser de sono.
E para os pequenos gostos pessoais, que me reste sensibilidade bastante para entretê-las. Ai de mim se começo a não achar mais graça nos pequenos gostos pessoais. Que o perfume do sabonete, no banho matinal, seja sempre violeta; que haja um cigarro forte para depois do café; uma camisa limpa para vestir; um terno que pode não ser novo, mas que também não esteja amarrotado. Uma vez ou outra, acredito que não me fará mal um filme da Lollobrigida, nem um uísque com gelo ou — digamos — uma valsa.
Nada de coisas impossíveis para que a vida possa ser mais bem vivida. Apenas uma praia para janeiro, uma fantasia para fevereiro, um conhaque para junho, um livro para agosto e as mesmas vontades para dezembro.
No mais, continuarei a manter certas esperanças inconfessáveis porém passíveis — e quanto — de acontecerem.

A crônica acima foi publicada na revista "Manchete" nº. 193, de 31/12/55.

Mais informações no site:

TCM quer jovens fiscalizando contas públicas

Depois do Portal da Transparência (dados gerais sobre gastos das Prefeituras e Câmaras Municipais), vem aí mais uma ferramenta de participação coletiva, voltada especialmente para a juventude e o combate à corrupção no âmbito da gestão municipal.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) prepara a rede social “É da Sua Conta?“. Será uma rede de relacionamento tipo Orkut, Facebook ou Twitter, só que voltada para o controle das contas públicas. O presidente do TCM, Ernesto Sabóia, explica que a estrutura ficará pronta em aproximadamente três meses.
“Queremos mostrar aos jovens o quanto é importante, desde já, que cada um tome consciência da necessidade de participar dos movimentos que podem influir na mudança de rumos das ações públicas que impactam no cotidiano de todos”, diz Saboya.
O POVO - Coluna Vertical

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Secretaria de Cultura de Baixio, promoveu, durante as comemorações de aniversário do município, a escolha da Miss Baixio e Miss Baixio Mirim. A estudante Maria Helena Pinheiro Costa, 15 anos, foi eleita Miss Baxio. A pequena Amanda Germano Leite, de seis anos, venceu o Miss Mirim.

Brigitte Bardot faz 75 anos






Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...








Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...
(Oração ao tempo,
Caetano Veloso)

domingo, 27 de setembro de 2009

Som do domingo

DOMINGO MEMORIOSO: nossos vizinhos

BOM JESUS -PB
Vencendo a caatinga, Aroeira tem
história de lutas e conquistas

Bom Jesus -PB

Bom Jesus nasceu entre a Paraíba e o Ceará. É Assim linda, pacata, autenticamente sertaneja e cheia de particularidades. Em algumas ruas, como na Antônio Caetano, por exemplo, alguns habitantes da cidade trabalham ou fazem suas refeições no Ceará, mas dormem em suas casas, em território paraibano. Antes, recanto de aroeiras, vegetação que batizou o lugar.
Foi justamente em 1885 que a fazenda Aroeira se consolidou, desbravada por Antônio Caetano Leite. Densa, resistente e medicinal, mas infelizmente em fase de extinção. A aroeira é motivo de orgulho para o povo de Bom Jesus: é o símbolo maior da origem daquela gente. Por sorte, ainda existem algumas árvores da espécie que escaparam do bicho-homem. Temos o prazer de resguardar duas aroeiras irmãs(gêmeas), na chapada do Escurinho, antiga fazenda do Sr. Doca Carlos, outra que liga a cidade ao sítio Sossego, outra na estrada do sítio Cabaceira, e mais outra na estrada do sítio São Félix. Na fazenda Catolé, a menos de cinco quilômetros da cidade, temos mais aroeiras, a maioria com mais de 100 anos de idade.
Com tanta aroeira para contar esta história, a fazenda não poderia ganhar outro nome e, depois, virou sítio Aroeira. No lugar, a primeira casa foi de taipa, onde morava o desbravador da terra, Antônio Caetano Leite e sua esposa Francisca Maria de Jesus. A casa passou por várias reformas, passou a pertencer ao agropecuarista Sebastião Bandeira de Melo – nome que batizou, anos depois, o lugar, que se transformou numa praça, no centro da cidade.
A comunidade foi se desenvolvendo a partir de junho de 1915, ano de criação da Diocese de Cajazeiras, cidade a quem Bom Jesus pertenceu até 1963. Com a oferta de padres da região inteira, o número de celebrações aumentou e a Diocese começou a crescer, sob o comando de Dom Moisés Coelho. Só que, para o deslocamento de padres para os povoados e sítios era necessário animais, pois quase não existia estrada ou a conhecida “estrada de rodagem”. Também eram poucos os carros, os padres andavam a cavalo, mula e muitas vezes à pé.
Durante uma das celebrações os sítios, o padre Francisco Lopez de Souza, padre Lopez, entusiasmou-se para construir uma capela no município de Cajazeiras. Depois de sua posse, no dia 11 de fevereiro de 1917, na paróquia Nossa Senhora da Piedade, cujo secretário da diocese era o padre João Guimarães. O Padre Lopez ajudou a diocese escolher um lugar para a nova capela: o sítio Forquilha, próximo ao Aroeira, que já era chamado de “lugarejo”. Por motivo ignorado não foi possível a construção na Forquilha, conseqüentemente realizou-se em Aroeira.
O Padre Lopez foi ao sítio Aroeira e convocou os donos das terras para discutir o local para a construção da capela, essa reunião contou com as presenças dos proprietários, inclusive o próprio padre Lopez. Na qual ficou determinada a área para a construção da capela, que na época era uma exigência da diocese de Cajazeiras. Essa área passaria a pertencer ao patrimônio da capela. No final da reunião, demarcaram a extensão da área que era de: 200 braças de cumprimento por 100 braças de largura, que correspondem a 32 tarefas. Os doadores dessa área foram: Antônio Gonçalves Moreira e sua mulher, Pedro Carlos de Morais e sua mulher, Agostinho Gonçalves e sua mulher, José Antônio Leite, João Vieira Amorim, Mariano Caetano Leite, João Caetano Leite e Cândida Maria Leite, conforme registro de imóveis do cartório Antônio Rodrigues Holanda, em 19 de julho de 1918. Depois dessa demarcação começaram o desmatamento, iniciado pelo sr. Dino, para a construção da capela. Em seguida colocaram os marcos de pedras, os chamados marcos testemunhos. E toda a área passou a diocese de Cajazeiras.
A partir daí todos os proprietários e demais pessoas do povoado e dos sítios vizinhos, começaram a participar ativamente daquela importante obra, pois na época a construção de uma capela em um sítio causava muita admiração.
As pessoas agrupavam em adjuntos (hoje mutirão), e começaram a construir a capela, com muita dificuldade, para se ter uma idéia todo o material do teto e das portas foram transportados em carros de boi, do sítio Baraúna, do Sr. Antônio Dias, há uns 30 quilômetros de distância. Já os tijolos e telhas foram feitos no próprio povoado.
No decorrer da construção da capela o povoado foi crescendo aos poucos, começaram a surgir festas religiosas, vendedores ambulantes, pequenos comerciantes e outros tipos de serviços. E apesar das muitas dificuldades a cultura era bastante diversificada, como se observa.
Dentre outras atividades destacam-se por essa época: corrida de cavalos, reizados, carêtas do judas, cabra-cega, teatro de bonecos e banda cabaçal.
Banda Cabaçal

Tinha como componentes: Leandro Abel, Zé do Pife, Aciano Abel, Cícero Alves, Chico Abel, Manduca Abel. Essa Banda Cabaçal se apresentava nas comemorações religiosas como: novenas, nas renovações do coração de Jesus, acompanhamentos, nas barracas, leilões e nas festas de São Lázaro (Festa dos Cachorros). Também se apresentava naquela época os tocadores de foles de 8 baixos: chico Cacheado, Firmino Brtio, Cícero Vicente, Afonso Eufrásio, Luiz Monteiro e Zé Morojó. Os safoneiros: Manoel Santino, Sinhá Abel, Francisquinho Abel e Valmiro Abel.

Time de Aroeira

Surgiu também o primeiro time de futebol que jogou pela primeira vez em um domingo, dia 2 do ano de 1939 no sítio Pitombeira. Os apelidos dos jogadores resultou no seguinte samba, relembrado por Josina Josefa Santos Almeida em 1985.
Vou dar o nome dos jogadores do time de Aroeira
que jogaram no dia 2 no campo de Pitombeira
O 1º foi Gatinho
O 2º foi Boró
O 1º é Massa Bruta, que pra marcar está só
O 4º é Cabo Velho, está dando pra passar
O 5º é Cambito, está dando pra driblar
O 6º é suvela, tem a perna muito fina
O 7º é miolo de Lápis, só chuta bola por cima
O 8º é prego dourado, tem o chute muito forte
O 9º é Vem-Vem, por divisão não teme a morte
10º é Lua Nova, tem a perna endiabrada
O 11 é Enxu, que fez bonitas pegadas,
O Refe é Pedrinho, dando para proteger
Divisão deu uma mão, ele se faz que não vê
O caminhão de Valmôré um pouco suadento
Foi para Chiqueiro de cabras,
botar os bodes para dentro
Suvela e Zé Gonçalves,
Que a verdade não se negue
Compôs esse Samba e ofereceu a seus colegas.

Campos de Futebol.

O primeiro campo de futebol era localizado próximo ao sítio Macambira na propriedade do Sr. Luiz Gonçalves; o segundo no centro do povoado, hoje praça Prefeito Antônio Rolim; o terceiro era próximo ao que hoje é o centro da cidade, na escola Antônio Gonçalves Moreira; o quarto na represa do açude local; o quinto era localizado onde atualmente se encontra o açude público; o sexto ficava na praça José de Brito Irmão; o sétimo no pátio de Luzia; o oitavo próximo ao Lajedo Bonito; o nono onde funciona o Colégio Professor Joaquim Umbelino e do décimo e último se encontra localizado próximo a lavanderia pública, denominada Estádio Assisão. Desse time de Aroeira destacavam-se os seguintes goleiros: João Luciano da Silva, José de Brito Irmão e Antônio Gonçalves de Lima.Em um certo jogo de futebol aconteceu um fato que chamou atenção de todos que, de tanta ousadia, é lembrada até hoje: O goleiro José de Brito Irmão, numa cobrança de pênaltis, se empolgou na hora da defesa, e pegou a bola com trave e tudo. Vale dizer que na época as traves eram feitas de forquilha.

Artesãos

Dentre os muitos artesãos da época citamos: João Ferreira da Silva (João Chicão), o qual trabalhava com Zinco na fabricação de utensílios domésticos e fazia as tradicionais bicas de jacaré colocadas nos frentões das casas. Na época de inverno, os meninos aproveitavam para tomar banho na bica do jacaré que era uma grande diversão, a alegria entre as crianças era enorme, e além disso fazia muito bem a saúde. Outro artesão, o Franciso Ferreira (Santinho Chicão), se destacou ao fazer uma rabeca (violino) de ossos de animais e mandou para o presidente da República da época, Hermes Rodrigues da Fonseca em 1913.
Leiloeiros
Nas festas religiosas (quermesse), acontecia o encerramento da Festa do Sagrado Coração de Jesus com o tradicional leilão, o qual era comandado pelos leiloeiros: Manduca, Cazuza Dias e Antônio Paz.

Pioneiros

Muitas outras áreas foram se difundindo ao longo do tempo. Alguns pioneiros e suas áreas:
Antônio Furtado Bilac – primeiro barbeiro.
- Rosa Maria da Conceição (Mãe Rosinha) – primeira parteira depois vieram Maria Chata e Dona Feliz.
- Pedro Menino – primeiro bodegueiro, depois vieram José Gonçalves Leite, Moisés Emídio Rolim, João Nelo, José Caetano Leite, Zuza Brito entre outros.
- Belina – primeira comerciante dona de um café; ponto de encontro da sociedade, lá era servido café com os melhores sequilhos da região.
- Joaquim Umbelino – primeiro professor particular;
- Clóvis Alcântara Araripe (Mestre Clóvis) – primeiro professor público
- Maria Singular de Brito (Dona Singular) – primeira professora pública;

Primeiras ruas do povoado

- Rua do Nascente, com 10 casas;
- Travessa da Capela, com 2 casas;
- Rua do Ceará, com 17 casas incluindo uma bodega, um depósito de algodão e uma Fábrica de beneficiamento de algodão;
- Rua Sebastião Bandeira de Melo, com 8 casas;
- Praça Coração de Jesus, com 5 casas;

Durante esse tempo, os trabalhos de construção da capela continuavam, pois havia interesse muito grande de toda a comunidade e sítios vizinhos, e apoio e garra do ilustre e determinado Padre Lopez, que vinha de Cajazeiras para celebrar missa montado em um cavalo por nome de Pombo Roxo que era conduzido por Luiz Gonçalves Leite, tanto era seu desejo de contribuir para o desenvolvimento do lugar. Pe Lopez continuou a celebrar por muito tempo e enquanto existiu, permaneceu a frente dessa igreja.
É bem verdade que existia muita luta e força de vontade dos antigos proprietários e principalmente dos doadores do terreno para a construção da Capela. Existia a feira livre aos domingos, onde o Sr. Antônio Gonçalves Moreira comprava o restante dos cereais para que os vendedores voltassem na feira seguinte, esse gesto, dentre outros demonstrava o interesse no desenvolvimento do povoado.
Outros colaboradores para o crescimento do povoado foram: os proprietários Bizé Bandeira de Melo e Pedro Baima; João Vicente e Cícero Vicente ( do sítio Escurinho), Aciano Abel, João Luciano e Manoel Merêncio ( do sítio Escura ), Temístocles Ferreira de Almeida, Josias Saraiva de Freitas e Vicente Batista ( do sítio Forquilha ), Firmino Brito, Joaquim Bilac, Manoel Antônio Furtado de Figueiredo e José Dino de Freitas ( do sítio Logradouro ), Raimundo Abel e Raimundo Félix da Silva ( do sítio Mata Fresca ), José Carlos de Morais, Antônio Dias, José Dias, Francisco Dias, Cazuza Dias e Mamede Carlos de Morais (sítio Morada Nova), Firmino Tomaz, Manuel Gonzaga, Vicente Vieira e Juarez Ricardo (do sítio Sossêgo), Luiz Gonçalves Leite e Juvêncio da Silva ( sítio Cabaceira ), Pedro Emílio e Dona Tetê (sítio São Félix I), Joaquim Gonçalves de Morais e Augustinho Gonçalves (sítio São Félix II), Joaquim Gonçalves Leite, Ananías Emídio Rolim, Francisco de Brito Neto, Moisés Rolim, Enedino Macena, Zé Caetano, Zé Vieira Amorim, Joaquim de Brito Lira, José de Brito Irmão, Quinco Gonçalves e Maria Singular de Brito. Todos contribuíram de forma marcante para o desenvolvimento de Bom Jesus.

Concluída a construção da capela, organizaram a inauguração que ocorreu em clima de muita festa, com a presença de um grande número de pessoas e autoridades. Padre Lopez inaugurou em setembro de 1922, embora a primeira missa tenha sido celebrada pelo Padre em 1917 em baixo de um Juazeiro.
A conclusão da capela deu-se em 1922 e sua inauguração contou com a presença de um grande número de pessoas e autoridades. o altar foi erguido pelos mestres Zé João e Chicó.

Padres que celebraram missa em Bom Jesus

Além de Pe. Lopez, outros padres que celebraram missas na capela foram: Pe. Ancelmo, Pe. Linhares, Pe. Américo, Pe. Pereira, Padre Vicente, Pe. Gervásio, Pe. Sitonio, Pe. Albino, Pe Oriel, Pe Levi e Padre Raimundo, desde 1984 que administrou a capela por mais tempo, sendo que Padre Francivaldo o substituiu durante o ano de 1991. Além dos bispos: Dom Zacarias, Dom Matias, Dom José Gonzales e Frei Damião e Frei Fernades.
Paralelamente a construção da capela foi implantada no povoado Aroeira uma usina de beneficiamento de algodão do Sr. Sebastião Bandeira de Melo, o qual contribuiu muito para o desenvolvimento do comércio local, foi um período muito movimentado, devido a grande quantidade de algodão que existia em nossa região, como se sabe era o algodão de melhor fibra do País, conhecido como algodão preto ou mocó. E o importante é que esse produto tinha mercado garantido, daí o interesse dos agricultores em aumentarem suas áreas de plantio e conseqüentemente aumentar a produção. Com o movimento crescendo, a feira livre que era realizada aos domingos, ganhou novo impulso por muitos anos. A usina gerava empregos e renda, o período de maior movimento foi de 1920 a 1930, esse período ficou conhecido como “Era de vinte”, e se prolongou até a década de 1940. Nessa época surgiram os primeiros teares manuais de fabricação de rede, como exemplo o tear de Maria de Jeto, funcionava em sua própria casa, atualmente residência de Zé Merencio. Outros teares surgiram como o de Dona Quiteria e o de Dina Gonçalves de Morais. Os cordões de rede eram feitos por Zé Vieira Amorim, que usava um carretel com fuso de madeira para torcer os fios de algodão e transformar em novelos (quartas de fio). Para a fabricação de uma rede, era necessário quatorze novelos de fio. As mulheres também faziam o algodão com fuso de madeira. A usina transformava o algodão em lã, em forma de fardos de cem quilos vendidos para Cajazeiras e Campina Grande, transportado em um caminhão Chevrolet, guiado por Walmor Dantas. O algodão oriundo dos sítios vizinhos e região era transportado em lombos de burros pelos tropeiros, cada tropeiro conduzia seis burros, apenas com um rei de couro cru na mão. Alguns tropeiros ainda vivem, José Merencio da Silva (Zé Merencio), Antônio Furtado Bilac (Torneiro Bilac) e José Alves Santana (Zerinho). O ciclo do algodão desencadeou um grande movimento no comércio, corria tanto dinheiro que muitos proprietários compraram fazendas, objetos de ouro, cavalo de sela, cavalo de corrida ou marchador. Aos domingos esses cavalheiros faziam demonstrações nas ruas exibindo seus famosos cavalos. Foi um período emergente que, de tanto valor, anos depois esse produto foi chamado de “Ouro Branco”.
Em 1955, o povoado é elevado à categoria de Distrito sob o decreto Lei Nº 1.198 de 2 de abril do mesmo ano, Acácio Braga Rolim (Fonte: IBGE – PB). Nesse período, o prefeito de Cajazeiras era o Sr. Antônio Cartaxo Rolim, um exemplo de administrador, que muito fez pelo distrito. Deu assistência à comunidade e instalou o primeiro motor de energia à óleo diesel; estendeu a rede elétrica por todas as ruas do distrito, cujo operador do motor era o eletricista Pedro Dantas Sampaio. O horário de funcionamento do motor era das 18:00 às 21:00 horas. Esse motor permaneceu no distrito até a implantação da energia de Paulo Afonso no governo de João Agripino Filho, em meados de 1969. O prefeito Antônio Cartaxo Rolim ainda construiu um grupo escolar com duas salas de aula, cantina e banheiros.
Criação da cidade de Bom Jesus
Prefeito Júlio Bandeira
O decreto Lei nº 3.096 de 05 de novembro de 1963, concedeu a Bom Jesus os foros da cidade. Seu nome foi em homenagem ao padroeiro: Sagrado Coração de Jesus. Localizada no alto do certão oeste da Paraíba. Dista da capital, João Pessoa, 525km. Situada na divisa dos estados da Paraíba e Ceará, há 19 km da cidade de Cajazeiras e distante 6 km da BR-230. O município corresponde a uma área de 103 Km2 . Limita-se ao norte com os municípios de Santa Helena, ao sul com o município de Cachoeira dos Índios, ao leste com o município de Ipaumirim. O município de Bom Jesus tem um distrito, São José, bem estruturado e os sítios: São Félix de Baixo, São Félix de Cima, Logradouro, Trapiá I, Trapiá II, Escurinho,Escuta, Mata Fresca, Mulungu, Mastruz, Extrema, Barro Branco, Xerém, Catolé, Morada Nova, Timbaúba, Forno Velho, Umari, Serragem, Cacaré, Forquilha Laranjeira e Ferreira dos Rendeiros.
Joaquim Umbelino

Colégio Prof. Joaquim Umbelino

No setor de Educação, merece destaque a criação do colégio Prof. Joaquim Umbelino, que surgiu de uma conversa entre o estudante Eliomar e o professor Ruibão Cartaxo quando freqüentava o curso de Geografia na antiga FAFIC – hoje UFCG campus V. Na ocasião dos os dois estavam na cantina do Sr. Raimundo, no intervalo das aulas, e o então estudante Eliomar disse:"Sempre tivemos o desejo de que Bom Jesus tivesse um colégio para que os alunos tivessem maior chance nos estudos". Rubão apoiou a idéia que logo foi posta em prática, e logo na semana seguinte Eliomar procurou o deputado Edme Tavares de Albuquerque e relatou o fato, e imediatamente o deputado se prontificou a ajudar e já marcou uma reunião em João Pessoa para conversar com Nitlon Lins de Brito, presidente estadual da CENEC PB, à rua Rodrigues de Aquino em João Pessoa, onde foi discutida a criação do colégio e marcada outra reunião em Bom Jesus que aconteceu no dia 16 de Julho de 1978 com as presenças do Prefeito José Gonçalves Moreira que deu todo o apoio, Nilton Lins de Brito, professor Francisco Dultra, Eliomar Gonçalves Brito, Rubens Farias, o prefeito de São João do Rio do Peixe, José Dantas e sua esposa. Em 1978 foi criado realmente o colégio de 1º grau, denominado Escola Cenecista Professor Joaquim Umbelino.

Professores pioneiros

Agostinho Moisés de Sousa, Antônio José de Andrade, Erenice Temóteo de Aquino, Eliomar Gonçalves de Brito, (Diretor), Maria do Socorro Saraiva de Britto (Secretária), Maria de Lourdes Q. Moreira, Maria Auxiliadora S. Vieira, Marly Rodrigues Cartaxo, Margarida Rolim Dantas, Rubião da Silva Cartaxo.
Arte, cultura e lazer

Banda de música municipal
Foi criada em meados de maio de 1982 na gestão do Prefeito José de Brito Irmão. O projeto de Lei nº 03/96 do vereador Domingos Gonçalves Moreira, denominou de Banda Prof. Eliomar Gonçalves de Brito a banda municipal de Bom Jesus: “ A câmara municipal de Bom Jesus decreta: Fica denominada de Banda Prof. Eliomar G. Brito, a Banda Municipal de Bom Jesus-Pb.”Componentes pioneiros da Banda: Jacinto, Carlos Alberto, Marlon, Damiana, Corrinha Pereira, Miúdo, Gildene, Aparecida Merêncio, Marta Alves, Mardelon, Maria Carlos, Rosa, Neide Mundim, Eudásio, Zezê, Damião Carlos, Aparecida, Simere, Milta Helena, Jocerlam e Dadinha.


A tradicional corrida de jumentos da cidade de Bom Jesus, surgiu de uma conversa entre o senhor Gérson Carlos e Eliomar Brito, na bodega de Zuza Brito no ano de 1968. Estavam conversando quando chegaram alguns fregueses que vieram de jumentos para realizarem suas compras. Então Gérson vendo os jumentos disse: “Vamos animar o carnaval de Bom Jesus fazendo uma corrida de jumentos ?”. A idéia foi aceita. Foi realizada uma campanha angariar brindes, tendo como doador do 1º prêmio o Sr. Leitão que era gerente das Casas Pernambucanas.

Poetas populares

No Nordeste, a prática repentista é constante nas feiras, nas residências, nos sítios e nas emissoras de rádio da cidade e da região, com programas diários. Em Bom Jesus também segue esse ritmo, entre aqueles que praticam essa arte merecem destaque os repentistas: Joaquim José de Aquino (Canzé), Dedé Dias e Gérson Carlos de Morais.

sábado, 26 de setembro de 2009

CÂMARA DE VEREADORES DE IP HOMENAGEIA BOSCO MACEDO

Ipaumirim, 17 de agosto de 2009

Ilmo.Sr.
João Bosco Macedo

Saudações

Apraz-nos cumprimentá-lo, na oportunidade, para comunicar-lhe que nesta Casa Legislativa, em Sessão Ordinária, datada de 06/08/09, V.Sa. foi alvo de manifestações pessoais por parte de todos os Edís, levando em conta suas credenciais morais, seu dinamismo de homem de negócios o que lhe motivou a ocupar o cargo de Diretor do Clube de Diretores Lojistas de Fortaleza(CDL).
Diante desse aspecto, achou por bem, a vereadora Joselba Alencar Diniz, responsável por esta Moção, que fizéssemos conhecer a V.Sa.,da nossa admiração por tudo aquilo que representa para nós, seus conterrâneos, sua generosidade para com os humildes do nosso município, seu carater de homem simples e bom.
Por tudo,registramos nossas congratulações e nos sentimos recompensados pelo êxito obtido por Vossa Senhoria.
Atenciosamente,
Maria Flaucineide Vieira Chagas
Rosineide Barbosa de Sousa
Joselba Maria Alencar Diniz
Maria Socorro Olimpio Lucena de Moura
Mércia Maria Gonçalves Felinto Barros
Roberto Paulo Jorge Barboza
Francisco Laurentino Ribeiro
Wilson Alves de Freitas
José Gonçalves da Silva

Carta resposta


Fortaleza, 2 de setembro de 2009
Exma. Sra.
Flaucineide Vieira Chagas
D.D. Presidente da Câmara Municipal
Ipaumirim – Ceará

Meus respeitosos cumprimentos.

Foi motivo de muita honra, ver meu nome inserido nos anais dessa augusta casa legislativa de meu querido Ipaumirim, por iniciativa da Vereadora Joselba Alencar Diniz e aprovada por seus pares.
Quero dizer-lhes senhoras e senhores vereadores, que é motivo de orgulho ser filho desse torrão, e onde quer que ande, me identifico como filho de Ipaumirim.
Sou um homem de muitos sonhos e de muitas vitórias e fico feliz quando colaboro para que outras pessoas tornem seus sonhos realidade. O único sonho não realizado, foi ainda não ver Ipaumirim nas páginas dos jornais como modelo de administração para todo Brasil, o que não é difícil, para um bom administrador, tendo em vista nossos ministérios abarrotados de dinheiro, esperando projetos e gestores capazes de executá-los.
Mas a esperança é o mais tenaz dos sentimentos humanos, já dizia Rui Barbosa, e o meu coração está aos pulos, e quantas vezes minha esperança será posta à prova, por quantas provas terei de passar para que este meu sonho se realize?
Somos todos filhos de Deus, ricos, pobres, brancos, negros, amarelos, ocidentais, judeus, mulçumanos, enfim todos os seres humanos. E Ele, em sua infinita bondade, concede a algumas pessoas de boa vontade e dignas deste merecimento, a missão divina de servir. Um precioso privilégio de servir, quando muitos estão de mãos estendidas esperando nossa ajuda. Eu, fui um dos agraciados, e por opção assumi e pratico uma filosofia de vida sob a bandeira do servir. Precisamos aumentar a legião de homens e mulheres de boa vontade para aderir à nossa causa.
Apesar dos 420 quilômetros que nos separam, quero dizer-lhes senhoras e senhores vereadores, que estou presente em pensamento e ações, visando o bem-estar dos meus conterrâneos. Sou preocupado com o futuro de nossos jovens, homens do amanhã, envoltos no mundo conturbado onde as drogas e a prostituição invadem a maioria dos lares. Merece um trabalho de orientação aos pais.
Uma das páginas mais bonitas da historia da humanidade, é com certeza a que retrata a luta pela emancipação da mulher, pelo fim da discriminação, no combate à violência, por emprego, renda, inclusão social, cidadania, justiça e dignidade. Muita coisa foi conquistada, as mulheres consolidaram um novo papel na sociedade, intensificaram sua independência financeira e têm presença cada vez maior no mercado de trabalho e em nível global na política. Vale lembrar algumas líderes:
Indira Gandhi – A primeira a ocupar o cargo de chefe do governo Indiano. Brilhante política, estrategista e pensadora. Hoje, a Índia é governada por outra mulher, Prathiba Patil.
Evita Peron, que na breve existência (morreu aos 33 anos) saiu do anonimato para tornar-se uma das mulheres mais poderosas do mundo, com o apoio dos pobres descamisados da Argentina, embora não tenha sido presidente, foi a segunda mulher do presidente Juan Domingos Peron.
Margareth Thatcher – Foi durante onze anos primeira ministra do reino unido. A primeira mulher a conquistar tal feito.
Angela Merkel – Chefe de governo da Alemanha industrializada, hoje a mulher mais poderosa do mundo.
Michelle Bachelet – Tornou-se a primeira mulher presidente do Chile, cujo pai morreu sob tortura na prisão, depois do golpe militar que derrubou Salvador Allender.
Cristina Kirchner – Primeira presidente eleita na Argentina.
Outras mulheres, chefiam governo na Libéria, Finlândia, Irlanda, Moçambique e Filipinas.
Ainda temos: Zenira Gonçalves Gomes, minha primeira professora, mulher que dedicou sua vida à formação dos jovens de Ipaumirim e hoje colhe os frutos que semeou.
As valorosas mulheres que compõem a maioria da câmara de Ipaumirim, capitaneada por essa guerreira e obstinada mulher, que foi a primeira a presidir essa casa, Flaucineide Vieira Chagas, que após longos anos no serviço publico em Fortaleza, se dispôs a residir em sua terra natal, para ocupar o lugar de destaque deixado por seu saudoso pai, Sr. Chico Felizardo.
Mas lhe digo Senhora Presidente: Presidir uma casa legislativa, não é se deixar levar pelas mazelas da politicagem, nem pela pressão do executivo.
Os poderes são independentes, segundo nossa Carta Magna. Acredito e confio na sua altivez e dignidade nos tramites dos processos nessa casa.
A Constituição Federal assegura às Câmaras Municipais a função de legislar, fiscalizar a administração municipal, propor medidas de interesse da coletividade e assessorar o executivo. A função fiscalizadora serve para controlar o exercício da administração do município, isto é, fiscalizar as ações dos prefeitos. Por isso, é uma função de grande importância. Eu, como eleitor, tendo votado no prefeito e em um dos membros dessa casa, sinto-me no dever de fiscalizar os atos do executivo e do legislativo, através do portal de transparência, dos recursos recebidos e sua destinação. Só assim poderei avaliar se são merecedores do meu voto no próximo pleito.
Nos anos 50, já dizia o grande estadista francês General Charles de Gaulle: “O Brasil não é um país de vergonha.”.
Foi exatamente após a saída de Getulio Vargas, precisamente no governo de Juscelino e Ademar de Barros governando São Paulo, que se instalou neste país a política do “Rouba, mas faz”.
Então a corrupção se instalou oficialmente, tornando-se conhecida mundo afora. Os fatos mais recentes, como mensalão, escândalos nas assembléias do Espírito Santo, Alagoas, Roraima e por ultimo no Senado, muito denigrem a imagem da política brasileira. O pior de tudo, foi a interferência do executivo para salvar o mandato de Sarney. Uma vergonha para o povo brasileiro e para o Senado. Espero que fatos semelhantes nunca ocorra na câmara de Ipaumirim.
A impunidade é que fomenta a corrupção. As leis penais brasileiras são suficientes para combatê-la, o problema é o jeito que se aplica nesses atos corruptos. A mídia está cada vez mais denunciando atos corruptos de deputados, prefeitos, senadores e policiais.
Em nosso país não existe justiça séria , ao ponto de inocentar Palocci pela quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Pereira. É claro que no Brasil existe pessoas honestas, mas há também um número muito maior de pessoas sem ética e sem respeito pelo próximo, que só pensam em si. Existe um sistema de corrupção tão forte aqui, que as faltas de cumprimento de leis e a falta de valores humanos estão exterminando os valores éticos brasileiros, fazendo com que muitas pessoas não pensem no futuro da nação.
Não esqueço do meu tempo de criança, dos conselhos simples de meu pai, minha mãe, minha vó e os justos que os precederam, nos orientando a não roubar. Nunca me saiu da memória, a voz de meu saudoso pai que nos dizia: “Se achares o lápis ou o apontador de seu colega, devolva”. Este foi um grande legado de meu pai, continuado por Vicente Gomes de Morais, outro exemplo de nobreza.
A honestidade hoje em dia está em ruínas. Por volta de 1921, o grande jurista Rui Barbosa decepcionado estava com a política, resolveu renunciar à cadeira de senador e ao usar a tribuna o fez nos seguintes termos: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”
Muito obrigado Senhora Presidente e Senhores Vereadores. Formulo votos para que sejam exemplo de legisladores para nosso Brasil. Que o bom caráter, a honra e a dignidade se consolidem nessa casa.

Atenciosamente,
João Bosco Macedo

25.09: aniversariantes da semana

Giseldina Macedo

Socorro Duarte

Álbum da semana

Foto de 1941
No Mané
Da esq.p/direita: Juarez, Giseldina, no centro: Gesielda
(primeira filha de D.Soledade que faleceu aos 15 anos),
Gesilda, José e, no colo, Tõezão.
Giselda, Gesilda, Genilda e Giseldina

Giseldina Macedo, Raul e filhos
do orkut de Irma
Geysa Souza Silva

Geysa, Mª Sousa ,amigo de Boaventura, Aila, Neima, Norma,
Boaventura,Normando e Joana Darck


Gisele, Neyma, Geysa,
Joana Dark e Ormezinda
do orkut de Geysa

Zé de Dino

Sonia (ou Nazare?) Sampaio, Lúcia Victor, Lucinda Victor, Maria Alice


Silvina Medeiros Victor (esposa de Cícero Victor)

Miguel Alexandre e Maria Rosa

Miguel Alexandre
(anos 70)
Maria Saraiva de Araujo
(mãe de Zé Saraiva)
Luizete, Mariri e Hidalina

Luídio Gonçalves

Luiz Antonio Gonçalves Victor

Fotos do orkut de Luiz Antonio

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Na fila da comissão


Do livro Do Miolo do Sertão, A história de Chico Rolim contada a Sebastião Moreira Duarte,
pags. 25 a 28.

Mesmo vivendo em tempos tão difíceis, eu ainda não tinha experimentado de perto o drama da seca. Aos meus ouvidos ecoavam as palavras dos mais velhos, falando das tragédias de 77, do 15 e de 19, quando os retirantes caíam como folhas secas pelo chão e morriam feito animais caquéticos pelas estradas. Mas eram vozes longínquas, recordada mais para causar admiração. Pois seca de verdade não fazia parte do meu cotidiano. Havia anos em que as chuvas eram poucas, as águas escassas, a lavoura mal sucedida, o gado maltratado. Água, porém, nunca nos faltou, ainda que fosse uma água salobra e cheia de caparrosa como nunca encontrei em qualquer outro lugar do mundo. O velho olho d’água garantia a adultos e crianças o banho à sombra do pé de oiticica e, sangrando em córrego pelo baixio, nos dava uma revência fácil para a abertura de cacimbas quase à flor da terra.
Aí chegou 32. Inverno bom não se poderia esperar. Não só porque 1930 e 31 tinham sido sovinas em chuvas, mas porque, como se dizia, “ano bissexto, ou ele ou o camarada dele”. E a gente, esperando sempre o melhor, pedia a Deus que, no caso, o “camarada” do bissexto 32 já tivesse sido 1931, de safra madrasta.
As primeiras chuvas chegaram. O plantio foi feito. O feijão e o algodão cresceram. Em algumas roças o milho chegou a botar boneca e pendão. Pronto. De repente, os céus se trancaram como torneiras. A natureza nos pregava uma peça, tendo antes levado o que nos restava de sementes de cereais para comer. A lagarta e a abelha silvestre empanzinaram-se como crianças gulosas na lavoura destroçada.
Um ano pela frente sem nada para comer. Para onde iria a minha mãe viúva com os filhos órfãos? A minha irmã Teté, carregando a duras penas o marido reumático numa rede, para onde iria? E Nana, tão miudinha e tão cedo também viúva, o que seria feito dela? E Zefa Bilisqueta, minha prima, moça velha?
Eu tinha, como disse, uma vontade grande de ir morar na cidade. Mas, qualquer, em meio à seca implacável, ouvi essa recomendação de minha irmã Alodias, outro sentimento me animou de imediato a deixar a Lagoa das Braúnas. Distribuindo-me, junto com meus primos Zuca e Oliva, de tia Vitória (irmã de Dosanjo), no apertado espaço de dois caçuás, compondo a mais desajeitada carga de burro, saímos rumo a Cajazeiras, para a casa do meu avô materno, José Joaquim Rolim, funcionário da Prefeitura. Aí pude inscrever-me na fila diária dos necessitados e receber a ajuda que o Governo estava mandando distribuir para os flagelados da seca. Obtive três cartões. Quando o feitor anunciava os nomes de Angelina Duarte Passos, lá me apresentava eu, mal cabendo entre as pernas das pessoas grandes. Com pressa de faminto eu abria a boca larga do saco da farinha, do feijão, da rapadura, recolhendo aqueles mantimentos como quem buscava um tesouro. Na outra ponta da estrada, nas primeiras quebradas do sertão cearense, um grupo familiar inteiro iria ter assegurado a sua sobrevivência por causa daquela coleta miraculosa.
Permaneci nessa incumbência até o mês de março de 1933. De posse do último donativo, resolvi eu mesmo ir deixá-lo em casa, substituindo nessa tarefa a meu irmão Zé Matias. Fazia tempo estava distante dos meus. Pus aos ombros a trouxa da Comissão e larguei a alpercata no eito do mundo, em procura do Melão. Eram umas duas horas da tarde. Eu sabia o caminho, e isso me bastava. Adiante estavam os Veados, dos Lins, depois os Remédios, de Santino, e Antonio Félix, o Boi Morto, até chegar ao Vale Verde, de Luís Boca-aberta, avançando no caminho do São José. Por enquanto, eu seria ajudado pela estrada de rodagem. Depois já escurecendo, eu tocaria pros lados do Riacho do Padre e do Chiqueiro de Cabras. Era uma longa caminhada. A mata poderia meter medo a qualquer um, menos a mim, que superava medo e cansaço pensando na riqueza de alimentos que levava às costas. Da Boa Fé para a Caiçara, o cheiro do resíduo de algodão nos cochos do gado do Major Galdino e os aguapés do açudão cheiroso, sobre cujo balde eu estaria passando pelas nove horas. Depois, o cancelão gemente e, enfim, a provisória, o começo de estrada aberta nas secas anteriores.
Cheguei ao Melão pelas onze das noite, causando a todos a maior admiração. Como podia um menino de apenas dez anos ter andado cinco léguas naquele escuro e com aquele fardo na cabeça? Minha mãe acordou sobressaltada e me abraçou em prantos. Não só voltava a ver o filho ausente, mas aquela façanha lhe trazia à memória a falta do segundo “homem da família”, Zé Matias, assassinado a pouco mais de um mês.
Hoje, contando a história do menino que se fez assíduo à fila da Comissão para amenizar as agruras dos seus, percorro, com os olhos erguidos aos céus, a distância do caminho que me levou, anos depois, na chefia do Poder Público cajazeirense, a distribuir a tantos necessitados anônimos a mesma contribuição que eu dispensava com tanta vontade para a minha família.
Eu entendia aqueles pedintes para além da mera solidariedade, pois aprendera desde cedo o que significa, ao duro, ter precisão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tem mais lindo?

Ipê roxo

Ipê branco


Ipê amarelo
Já pensou uma rua inteirinha florida com o nosso popular pau d'arco? Uma vez eu viajava na Paraíba e de repente, no meio da serra de Santa Luzia, a natureza inóspita e um belíssimo pau d'arco amarelinho quebrando a monotonia cinza das pedras. Deslumbrante. Faz tempo, eu estava fora do Recife e andava bem borocoxô quando deparei com outro ipê amarelo totalmente florido. Impossível ficar triste diante da beleza. Estou cultivando duas mudinhas amarelas que comprei na sementeira da secretaria de agricultura. Vamos ver se pega. Estou apostando.

Os lacerdinhas estão voltando

CARIRI - Monoarborização:
Espécies exóticas e bioinvasão
sob o terrível domínio dos Lacerdinhas

Por: José Cícero - Aurora - CE

Uma consideração à guisa de artigo, como Alerta sobre o princípio de invasão biológica e ataque de Lacerdinhas às espécies que compõem a monoarborização da cidade de Aurora e outras localidades da região.
Bioinvasão! O termo de tão estranho e inusitado mais parece um palavrão. Mais um dos tantos neologismos que a cada dia parecem povoar todo o universo vocabular pós-moderno. Mas, seguramente esta é a melhor das terminologias já inventadas no sentido de plasmar com todas as letras o que de fato está a ocorrer em algumas das cidades que optaram pela monoarborização. E de quebra pela utilização de espécies “alienígenas”, exóticas, estranhas ao bioma nordestino. Uma verdadeira invasão biológica a se espalhar pelo país inteiro como uma praga, no mais das vezes, patrocinada pelo dinheiro público. Trata-se de uma prática altamente danosa ao meio ambiente e por consequência, à sustentabilidade de espécies nativas e do próprio bioma sertanejo. Além de utilizarem espécies invasoras como o Ficus e o Nim indiano, ambos originários do continente Asiático, alguns municípios fazendo uso de recursos públicos continuam com esta prática extremamente contrária ao bom e necessário equilíbrio biológico do Cariri. São plantas com um poder de propagação extremamente rápida, assim como de adaptabilidade, tanto ao clima quanto ao solo das mais diferentes regiões do Brasil, em especial do Nordeste. Esta alta adaptação, somada ao um curtíssimo ciclo de crescimento tem levado a população a preferir tais espécimens em desfavor de outras próprias do habitat regional. Muitos dos quais já em estágio elevado de destruição e/ou correndo sérios riscos de extinção. Tudo isso, sob os beneplácitos do poder público. Espécies tradicionais e edêmicas do sertão como a velha Algaroba, Juazeiro, Sabiá, Oiti, Castanhola, Ipê, Jatobar, Aroeira, Camaru, Violeta, Pau d’arco, entre outras consideradas nativas da caatinga sertaneja já começam a desaparecer do nosso dia a dia, esquecidas que estão pela geração atual. Sem dá a devida atenção para o perigo que representa a propagação de espécies estanhas; hoje diversas cidades que optaram pelas plantas exóticas já estão começando a colher os primeiros frutos, ou seja, os primeiros sinais do equívoco ecológico que empreenderam contra si mesmos. Daqui a pouco começarão a pagar um alto preço por esta opção desastrosa de priorizar plantas estranhas em detrimento daquelas comuns às nossas matas.
A arborização empreeendida por uma única espécie e ainda por cima, exótica, representa uma prática absurda e totalmente contrária à natureza. A ordem natural através da qual a mãe natureza sempre renova e se recompõe. Assim, podemos afirmar sem medo de errar que toda e qualquer forma de monocultura é uma agressão das mais perigosas à biodiversidade, principalmente porque seus resultados se voltarão contra todos nós. A biodiversidade planetária não suportará mais esta intervenção antrópica e irracional.

Malefícios gerados pela utilização de espécies exóticas:

Dentre os malefícios ocasionados por está prática verde equivocada podemos citar: o próprio desequilíbrio dos ecossitemas naturais, a partir da quebra dos antigos habitats naturais de diversas espécies animais que dependem exclusivamente destes vegetais para viverem e se reproduzirem. A monoarborização favorece a invasão e, portanto, a prevalência de uma espécie única e sem concorrência natural sobre as demais. De modo que, compromete sensivelmente os ecossistemas regionais, bem como as cadeias alimentares de insetos polinizadores, aves entre outros animais, gerando desequilíbrios... Compromete a polinização por pássaros e por sua vez coloca em risco a perpetuação natural de fauna e flora, o que termina por comprometer num futuro próximo a própria sobrevivência das pessoas. A não variabilidade da flora destrói significativamente parte importante da nossa fauna, o que por sua vez, favorece a propagação de pragas e verdadeiras epidemias de doenças provocadas por fungos, protozários e outros agente patogênicos miscrocópicos que atacam vegetais, animais assim como o próprio homem. O processo de evapotranspiração também ficará prejudicado o que ajuda a diminuir a umidade relativa do ar e, por via de consequência, contribui para a elevação da temperatura. Os chamados microclimas formados pelos aglomerados de plantas diversas também será afetado.

A infestação do Lacerdinha à arborização aurorense:

Aqui mesmo em Aurora, por conta da presença exagerada de espécies estranhas,(plantadas pela Prefeitura na gestão passada) tais como: o Nim Indiano e o ficus da Bolívia, já é possível observar alguns problemas importantes. A começar pela ausência de animais e aves se abrigando nestas árvores. O crescimento descontrolado de tais vegetais, visto que não possuem predadores naturais à guisa de concorrência, estas plantas começam a povoar todos os ambientes urbanos da maioria das cidades interioranas. Agravado pela ausência de barreiras naturais os Ficus que pululam a cidade de Aurora por exemplo já começam a evidenciar os primeiros sintomas de um ataque mortal. Provocado por uma praga das mais difíceis de combater. Trata-se de uma verdadeira epidemia de Lacerdinha que se abateu por mais de 90% das árvores que se espalham pelas ruas da cidade.
As plantas atacadas começam a amarelar perdendo suas principais característica, que é o verde escuro das folhagens e o crescimento rápido. A cúpula de tais plantas começa a apresentar agora um visual meio que amarelado (quando não seco) como muitas folhas enrolando para dentro, se transformando num espaço ideal para que o inseto Lacerdinha possa colocar seus ovos se multiplicando numa velocidade estonteante. Parasitando a seiva elaborada das plantas os lacerdinhas conseguem se reproduzir rapidamente em dezenas e dezenas de milhares, fazendo assim uma ataque sistemático e em cadeia. Alimentado-se portanto da seiva orgãnica da plantas hospedeiras estes insetos também exóticos, acabam comprometendo a saúde natural de espécies vegetais autoctones levando-as à morte.
O ataque às àrvores aurorenses só está começando... No entanto, devido a dificuldade de combate, tal infestação poderá ser fatal, caso nada seja feito em regime de urgência. O fechamento das folhas das plantas atacadas, além de favorecer o habitat para os insetos parasitas, dificulta por seu turno, o uso adequado de agrotóxicos, posto que o parasita permanece protegido no interior das folhas novas. Some-se também a isso, a formação de insetos resistentes(com o tempo), além dos possíveis perigos que estes agentes químicos poderiam provocar à saúde da população, caso não seja tomadas as devidas precauções.
A infestação por lacerdinha em Aurora já começa a se transformar numa infeliz realidade. Basta darmos uma olhada nas nossa arborização urbana.
Em alguns locais não está sendo mais possível a permanecência sob as àrvores, posto que o grande números de insetos que atacam as pessoas, principalmente se estiverem vestindo roupa de cor amarelada, a preferida desta praga que em outros tempos infernizaram a vida de populações inteiras a exemplo da cidade do Crato e Mossoró quando centenários Benjamins foram sacrificados como única maneira de se acabar com tais insetos.
Outra situação desagradável é quando o inseto cai dentro do olho das pessoas. A dor é lancinante. É preciso que se faça um rápido levantamento especializado e estudo científico como forma de se tentar pelos menos amenizar/combater o problema antes que seja demasiadamente tarde, isto é, antes que o problema se agrave e a praga possa se alastrar sem controle pelo resto do município.
Todas as cidades deverão desde já começar a se preocupar com esta questão, sob pena de se ter que conviver com um problema ainda maior, caso nada venha ser feito. Tal problemática não envolve apenas a infestação de Lacerdinha, mas de toda um desequilíbrio a se abater sobre a rica biodiversidade nordestina e aurorense. Quem sabe, agora, possamos pelos menos tentar compreender que a natureza é um organismo vivo e sempre consegue se vingar de as agressões que a impomos pela história a fora.

Acerca da bioinvasão:


A bioinvasão é apenas uma pequena fagulha diante do quadro que já começa a se desenhar no horizonte regional, como uma evidente resposta da própria natureza para conosco. A fúria da natureza é imperdoável. Tudo está claro, somente os insensatos da irracionalidade não conseguem perceber este alerta gritante. Ademais, estão entretidos demais como suas aspirações de ganhar dinheiro e embebidos pelos desejo de poder – que são a mais autêntica e grave degradação e desrespeito cometidos contra à biodiversidade planetária e aos recursos naturais – verdadeira expressão de Deus na Terra...

(*) José Cícero - Professor de biologia e química.
Ceará: Lista dos deputados federais investigados pelo STF


Aníbal Gomes (PMDB-CE)
Inquérito 1396 - de natureza não informada. Ação Penal 347 - crime de lavagem ou ocultação de bens..
Zé Gerardo (PMDB-CE)
Ação Penal 403 – crimes de responsabilidade, durante gestão como prefeito (prestação de contas do mandato).
Ação Penal 409 – crimes de responsabilidade, durante gestão como prefeito Ação Penal 434 – crimes de responsabilidade.
Inquérito 2307 – crimes de responsabilidade.
Inquérito 2336 – crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores.
Inquérito 2645 – crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético (c/ parecer da PGR pela extinção da punição).
Inquérito 2847 – crimes de lavagem ou ocultação de bens.
Inquérito 2846 – crimes de lavagem ou ocultação de bens.
Manoel Salviano (PSDB-CE)
Inquérito 2477 - crimes de responsabilidade durante gestão como prefeito.
José Linhares (PP-CE)
Inquérito 2720 – o site da corte descreve o assunto da ação como “investigação penal contra parlamentares”.
Léo Alcântara (PR-CE)
Inquérito 2689 - crimes contra o sistema financeiro nacional. O procedimento corre em segredo de Justiça.
Arnon Bezerra (PTB-CE)
Inquérito 2733 - captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral – processo encaminhado para a 27ª Zona Eleitoral do Crato/CE.