quarta-feira, 30 de junho de 2010

Serra em dia DE(M) Índio

Quem lembra?

Li no blog de Nassif sobre o falecimento de Abílio Manuel. Há muito tempo não ouvia falar dele. Quem viveu os anos 70 deve lembrar e os menos experientes, de repente, podem conhecer.

Morre Abílio Manoel, vencedor do
Festival Universitário de MPB da TV Tupi

Faleceu na noite de terça-feira, 29/06, o vencedor do Festival Universitário de MPB da TV Tupi em 1969, Abílio Manoel. O cantor do sucesso 'Pena Verde' morreu devido a um enfarto, aos 63 anos de idade. Contemporâneo da Jovem Guarda, o cantor e compositor se dedicou mais ao estilo MPB e teve presença destacada nos anos 60 e 70.

Abílio estava em férias na Bahia e tinha programado para hoje, quarta-feira, a volta para São Paulo, onde morava. De acordo com a a filha, o cantor passou mal e foi levado para o hospital, mas não resistiu.

Fonte: http://www.advivo.com.br/luisnassif/

COPA 2010: show de imagens

A chapa

(Urariano Mota,
no Portal LNassif))

De Urariano, Vinícius e muito mais internet

Era uma chapa muito engraçada
Não tinha vice, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque ali não tinha povão
Ninguém podia ficar com Serra
Porque a chapa desceu da serra
Ninguém podia fingir de rir
Porque penico não tinha ali
Mas era feita só de mentira
Quarenta e cinco só de traíra

Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/a-chapa

O sombrio legado de João Paulo II: Os esqueletos saem do armário

(Marco Fernandes,
no Portal Luis Nassif)



Joseph Ratzinger está passando por um ano terrível. Mas o culpado pelo mais recente escândalo envolvendo a Igreja Católica não é ele, e sim o papa mais popular dos tempos modernos, João Paulo II.

Há um paradoxo cruel na carreira de Bento XVI. Quando o cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa em abril de 2005, ele propôs-se a purificar a Igreja Católica e restaurar-lhe os seus valores pétreos. Ele também comprometeu-se a obter a canonização de seu carismático antecessor, João Paulo II, o mais rápido possível. Mas com a eclosão de um novo escândalo no seio da Igreja mordendo os calcanhares da tormenta pedófila, desta vez envolvendo alegações de maciça corrupção no coração da Cúria Romana, a carreira papal de Joseph Ratzinger corre o risco de ser comprometida pelas nuvens escuras do legado de João Paulo II.

Ninguém duvida que o papa preferiria uma igreja mais limpa, mais magra, mais tranquila e mais pura, expurgada de padres pedófilos e carreiristas gananciosos, como ele próprio disse na semana passada. Mas esse homem, que empunha uma vassoura e aponta o dedo acusador contra aqueles que têm uma visão permissiva, tipicamente italiana, da venalidade, esteve ele próprio no centro da igreja durante metade da sua vida. Todas essas pessoas são seus velhos colegas. Se isso é Sodoma, ele foi um de seus cidadãos por quarenta anos.

Tomemos como exemplo o homem no centro do último furacão, o cardeal Crescenzio Sepe. Nascido há 67 anos na periferia de Nápoles, ele cresceu falando o típico dialeto local, incompreensível para quem vem de fora. Alcunhado pelos jornais italianos l'impresario di Dio, ele é hoje o bem-amado arcebispo de sua cidade natal: um prelado bonachão e de ar próspero, que adora o corpo-a-corpo com a sua multidão de admiradores, dando tapinhas nas costas e beijando bebês. Os napolitanos chamam-no afetuosamente de O'guapo, que no falar local quer dizer "o patrão" - o paternal capo mafioso a quem o povo leva os seus problemas, em vez de ligar para a polícia. Apesar de ninguém o estar acusando de cumplicidade com a temível Camorra napolitana, os crimes que pesam contra ele são do tipo que qualquer mafioso pode compreender.

Sepe, que é ainda bastante jovem para um cardeal, teve sob o pontificado de João Paulo II uma ascensão meteórica, que alcançou o seu ápice ao receber o encargo de presidir as celebrações do Jubileu da Igreja da virada do Milênio. Um showman bem ao gosto do falecido papa, ele promoveu um carnaval que Roma não via desde os tempos de Nero, e seu sucesso foi recompensado com uma nomeação para chefiar uma agência da Igreja chamada Propaganda Fide, cujo portfolio imobiliário na área de Roma vale algo em torno de € 9 bilhões. Agora, a Justiça está afirmando que ele vendeu bens desse portfolio a um influente político pela metade do preço de mercado e que, em troca, a sua agência recebeu favores especiais do governo. Essa é uma maracutaia clássica do clientelismo político só que, nesse caso, o personagem central é uma das mais ilustres figuras da Igreja Católica.

Alguns observadores do Vaticano dizem que Joseph Ratzinger detectou as falcatruas de Sepe desde o início, e essa teria sido a razão pela qual o papa não teve cerimônias em removê-lo da Propaganda Fide em 2006 - um cargo tipicamente vitalício - e despachá-lo de volta à sua Nápoles natal. O cardeal nega essa versão de forma tão veemente quanto as acusações de corrupção propriamente ditas. Na semana passada, ele assim falou sobre a oscilação de suas fortunas: "O Santo Padre insistiu muito para que eu ficasse em Roma, mas o meu coração ansiava por retornar a Nápoles." Ainda sobre as suas dificuldades com a Justiça, ele falou amargamente de inimigos "que desejam derrubar-me, tanto dentro quanto fora da Igreja."

É difícil imaginar dois homens de Deus mais distintos do que Sepe e Ratzinger: o carnal e efusivo homem do povo do Mediterrâneo, e o ascético e introvertido amante dos livros da Bavária. Em uma Igreja regulada pelos desejos do atual papa, é também difícil imaginar que um homem como Sepe faça progressos em sua carreira. Mas o detalhe desconfortável para Ratzinger é que os dois homens possuem algo vital em comum: ambos foram escolhidos e promovidos por João Paulo II. E é em torno desse legado ambíguo que uma batalha épica está nesse momento sendo travada por detrás das portas cerradas do Vaticano.

Ele pode ser franzino fisicamente, mas este papa não é do tipo que deixa-se empurrar. Uma vez, quando um repórter da CNN o perseguiu com uma pergunta impertinente, ele respondeu com um tapa no pulso do jornalista. Como o "policial da fé" de João Paulo II por quase 30 anos, ele foi impiedoso com todos de quem discordou - teólogos liberais, defensores da causa dos gays na Igreja, proponentes da teologia da libertação, e católicos complacentes desejosos de um maior ecumenismo entre as religiões. Todos que despertassem as suas suspeitas de estarem tentando turvar as águas cristalinas da fé com idéias modernas metiam-se em uma séria encrenca. Desde que tornou-se papa ele manteve a linha dura, favorecendo a volta do Latim e de padres dizendo a missa de costas para a congregação, o fim do populismo das guitarras elétricas, e um modelo de igreja mais puro e menos contaminado pelo mundo secular, ainda que isso signifique uma igreja com menos membros. No entanto, Ratzinger vem encontrando uma feroz resistência no seio da Igreja, particularmente de alguns membros do alto clero como o cardeal Sepe - justamente aqueles que foram mais regiamente favorecidos por João Paulo II. O papa, enfim, herdou do pontificado anterior um armário repleto de esqueletos.

Primeiro, foi o pesadelo dos padres pedófilos: no início deste ano, advogados de vítimas nos EUA acusaram Ratzinger de cumplicidade no acobertamento dos crimes, e de demonstrar pouca solidariedade aos queixosos. Desde então, o papa vem remando contra uma forte maré. A bordo do avião que o levou a Lisboa no mês passado, ele fez um anúncio indicando uma radical mudança de abordagem da crise da pedofilia. Durante o vôo, ele disse aos repórteres: "Hoje a maior perseguição sofrida pela Igreja não vem de fora, mas do pecado no interior da própria Igreja. Ela tem, portanto, uma profunda necessidade de reaprender a penitência, aceitar a purificação, aprender por um lado o perdão, mas também a necessidade de justiça."

Mais tarde ele reforçou a mensagem e, pela primeira vez, ofereceu humildes desculpas às vítimas. Ele parece estar vencendo essa batalha de relações públicas. Mas se acreditarmos em sua sinceridade, ele encontra-se agora em uma situação muito difícil. De acordo com um especialista em assuntos do Vaticano, ele está "rodeado por pessoas que compartilham a sua política e a sua teologia conservadora, mas não a sua visão quanto à pedofilia." Ele também terá que esclarecer as mudanças ocorridas em sua visão do problema. E até agora ele não deu sinais de estar preparado a dar qualquer um desses passos.

O papa é uma espécie de monarca, mas o seu poder é severamente limitado pelos homens que foram seus colegas quando ele era ainda um cardeal. No seio da Cúria, o órgão governante da igreja, Ratzinger está rodeado por padres tão velhos quanto ele, que têm estado juntos por muitas décadas. Todos eles, obviamente, conhecem todos os podres um do outro.

Todos eles estão de pleno acordo quanto às grandes questões doutrinárias encaradas pela Igreja. Arqui-conservadores tais como João Paulo II, estão todos unidos na crença de que nenhuma concessão deve ser feita aos novos tempos - nenhuma mudança em relação ao aborto, à contracepção, às células-tronco e às outras questões envolvendo a "santidade da vida"; nenhuma alteração tampouco em relação à estigmatização dos homossexuais, às regras do celibato ou à exclusividade masculina do sacerdócio. Eles também estão unidos na crença de que a Igreja está sob o ataque das ímpias compulsões da moderna sociedade de consumo. Os inimigos da Igreja, concordam todos, vêm de fora.

Em relação à pedofilia, no entanto, muitos deles são especialmente vulneráveis. Um deles, o cardeal Angelo Sodano, tem sido por décadas um dos homens mais poderosos da Igreja. De 1990 a 2006, esse corpulento filho de um político piemontês foi o secretário de Estado de João Paulo II, o mais importante cargo do Vaticano, abaixo do pontífice. Afastado do posto por Ratzinger, ele é agora aos 82 anos de idade o decano do Colégio dos Cardeais. Apesar de embaraçado por este último escândalo, continua a ser muito poderoso. Particularmente problemáticas são as relações que teve no passado com um verdadeiro monstro da Igreja moderna, o finado prelado mexicano Marcial Maciel.

Maciel foi o fundador de uma ordem extremamente conservadora denominada Legião de Cristo, e destacou-se pela sua habilidade em arrecadar rios de dinheiro para João Paulo II junto à milionária elite mexicana, mas a sua verdadeira face vem emergindo gradualmente através dos anos, particularmente após a sua morte em 2008. Viciado em morfina ao longo de várias décadas, ele é acusado de abusos sexuais contra seus próprios seminaristas, bem como de estuprar os vários filhos que teve com duas amantes. Apesar de tudo, o sólido prestígio de Maciel junto a João Paulo II jamais foi abalado e, a exemplo de outros figurões da Cúria, Sodano dele recebeu vultosos presentes em dinheiro. Quando o Vaticano foi obrigado a abrir uma investigação contra Maciel em 1998, o cardeal Sodano provou ser um amigo grato e leal, arquivando o processo sumariamente.

Um outro íntimo colaborador de Ratzinger, o cardeal Tarcisio Bertone, que substituiu Sodano no cargo de secretário de Estado, e é um frequente alvo de piadinhas em círculos do Vaticano por sua suposta falta de inteligência, também teve a reputação seriamente manchada por sua amizade com Maciel. Em 2004, quando era Arcebispo de Gênova, ele escreveu o prefácio de uma longa entrevista com o padre mexicano intitulada Minha Vida Em Cristo, no qual louvou "a franqueza de alguém que vive a sua missão... com os olhos e o coração fixos em Cristo Jesus."

Com um olhar no futuro, o astuto Ratzinger nunca aceitou dinheiro de Maciel, e forçou-o a deixar a direção da Legião de Cristo assim que foi eleito papa. Em 1º de maio de 2010, Bento XVI qualificou o padre mexicano de "imoral e criminoso," tendo levado uma vida "desprovida de escrúpulos, de onde o autêntico sentimento religioso estava ausente," e apontou uma comissão para investigar a situação da Legião de Cristo, bem como de sua afiliada laica, a Regnum Christi. O jornalista católico americano Jason Berry porém, autor do mais completo livro sobre Maciel (Votos de Silêncio: O Abuso de Poder no Papado de João Paulo II), argumenta que enquanto Ratzinger não livrar-se de Sodano e de Bertone, a pesada sombra do monstro mexicano continuará a pairar sobre a sua cabeça.

O principal problema de Bento XVI é que ele sempre esteve lá, na cúpula, durante todos os anos em que Maciel foi o favorito de João Paulo II. E ele também apoiou, segundo o comprometedor testemunho de um ex-cardeal, a atitude prevalente dos outros cardeais face à pedofilia. Soube-se em abril passado que o cardeal Dario Castrillon Hoyos, um colombiano que por 10 anos foi encarregado do departamento do Vaticano que supervisiona o clero, escreveu uma entusiasmada carta de aprovação ao bispo de Bayeux, que preferiu ir para a cadeia, do que dar informações à polícia francesa sobre um padre que estuprara um menor. "Eu o parabenizo por não entregar um padre à administração civil," escreveu ele. "Sinto-me honrado em ter um colega que preferiu a prisão, a entregar um filho da Igreja."

O Vaticano confirmou a autenticidade da carta, depois que ela foi publicada em um blog francês. Mas depois o próprio Castrillon acrescentou um detalhe crucial. Em uma entrevista a uma estação de rádio, ele disse que o conteúdo da carta fora aprovado em uma reunião de cardeais, à qual Ratzinger estava presente. "Era um encontro de cardeais," disse ele à rádio RNC. "Portanto o atual papa, que na ocasião era um cardeal, estava presente." Se o papa deseja expurgar a pedofilia da igreja, ele precisará confrontar as figuras comprometidas da Cúria e demiti-las. Se isso é politicamente possível, é uma questão aberta. Sodano, Bertone e sua turma irão lutar como tigres para reter seus privilégios. Além disso, é preciso saber se ele dispõe do talento pessoal e gerencial para fazê-lo. Perguntado a esse respeito, um especialista alemão em assuntos do Vaticano balançou a cabeça e riu. "É claro que não," disse ele. "Ele é apenas um professor!"

Quando Joseph Ratzinger foi eleito há cinco anos atrás, foi encarado como uma figura que garantiria a continuidade após o pontificado de 26 anos do papa polonês. Afinal de contas, foi o próprio João Paulo II quem persuadiu Ratzinger a deixar o Arcebispado de Munique, e vir para Roma para tornar-se o seu principal conselheiro em matéria de doutrina. Com a sua morte, a Igreja Católica perdeu o seu maior comunicador, o papa que mais viajou na História do Vaticano, que inspirou a revolta da Europa Oriental contra o Comunismo, e desfrutou de uma enorme popularidade mesmo entre os não-católicos. Em seu funeral, milhares gritavam, "Santo subito!" (Santo já!). Ele ainda não é um santo, mas não vai demorar. E morto, permanece como objeto de devoção.

Ninguém jamais esperou que o cardeal Ratzinger fosse capaz de replicar o desempenho de Wojtyla, esse alemão introvertido, amante dos livros, com o seu piano, seus gatos e seu gosto por vestes arcaicas. Mas ele foi visto como o homem indicado para proteger o legado de Wojtyla, e conduzi-lo com segurança rumo à canonização. Em vez disso, as galinhas de João Paulo II voltam uma a uma ao galinheiro - o envenenado legado de Maciel - um de seus brutalizados filhos falou de sua bizarra e horrenda infância pela primeira vez na semana passada, e todos os outros casos de pedofilia que gangrenaram durante o seu longo reinado. E agora, a venalidade do cardeal Sepe vem empestar o ar um pouco mais.

Tanto Maciel quanto Sepe gozavam da mais alta estima de João Paulo II. A postura mundana dos dois prelados encontrava ressonância no extrovertido ex-ator e jogador de futebol Wojtyla; para João Paulo II eles traziam vitalidade e energia à Igreja, isso sem falar no monte de dinheiro que arrecadavam. E ele nunca preocupou-se em saber direito o que mais traziam. O papa Bento XVI gostaria que a Igreja Católica fosse bem diferente daquela que inchou além de todas as proporções sob João Paulo II, mais pura, mais bela, mais austera. Mas longe de moldar a Igreja à sua própria imagem, ele agora corre o risco de ver o seu legado fatalmente comprometido pelos pecados de seu santo antecessor. Encarregado de zelar pelo legado de João Paulo II, ele corre o risco de ser esmagado por ele.

Fonte: http://blogln.ning.com/forum/topics/o-sombrio-legado-de-joao-paulo

terça-feira, 29 de junho de 2010

Um pouco de Serra Negra

Bezerros - PE

Em clima de São Pedro

Relaxe


Tinha um papagaio na porta da barbearia, no centro da praça do bairro.
Sempre que a Aninha (uma morena linda, que sempre utilizava roupas curtas e coloridas) passava pela barbearia, o papagaio gritava: “Ô Puta! Puta! Puta…
Ela já farta, um dia queixou-se ao dono e esse resolveu dar um castigo no papagaio.
Pintou o bichinho todo de preto e seu peito deixou branco…
Dois dias depois a Aninha passou na porta e o papagaio não disse nada.. ficou quietinho, quietinho..
Estranhando, perguntou ela:
- Então não vai dizer nada?
O papagaio respondeu:
- Quando estou de smoking não falo com puta.

Amostrado de nascença

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Publicidade criativa

São João na roça, São Pedro em casa

Apesar da chuva, as festas juninas foram um período muito agradável. Gravatá, Caruaru, Bezerros, Serra Negra, tudo muito lindo, muito enfeitado e muito verde. Minha rua cheia de fogueiras. O clima ótimo, dormi demais na frieza da serra. De volta, muita chuva na estrada. Cheguei exausta. Nem vi o jogo. Pifou a antena coletiva. Voltei outra pessoa. Preciso passear mais e desfrutar as coisas simples que eu gosto: mato verde, chuva no telhado, cheiro de terra molhada, flores no meu pequeno jardim, café quente em dia frio, jogar conversa fora. Valeu! Depois vou postar algumas fotos.
Amanhã, vida normal. Agenda lotada. Viver é ótimo.

Serra e a surra da jabulani!


Luiz Cláudio Cunha

Se a eleição fosse a Copa do Mundo, o placar desta semana mostraria que José Serra tomou um banho de jabulani − pelas costas e pelo meio das pernas − e viu seu time emplumado despencar do poleiro, goleado fragorosamente pela equipe da adversária Dilma Rousseff.

O placar impiedoso do último Ibope – Dilma 40, Serra 35 – é a primeira virada do PT no jogo bruto da sucessão. Menos pelas virtudes do time petista, mais pelos erros clamorosos do esquadrão tucano.

O problema maior de Serra, que ainda não tem equipe escalada e nem esquema de jogo, não é a adversária que já se fardou para a partida. O problemão de Serra nem vai entrar em campo, mas pode decidir o jogo ainda no primeiro tempo: a encrenca é Lula, o dono da bola, do time, do discurso e da candidata do PT, que surfa na aprovação pessoal de 85% da torcida brasileira.

O candidato do PSDB ainda tem que agüentar a estridente vuvuzela de uma economia em expansão que incha o pulmão do torcedor e forra o bolso do eleitor.

Em março, pouco mais da metade do respeitável público (58%) sabia que Dilma integrava o time de Lula, e ela então perdia para Serra por 38 a 33. Em junho, 73% da galera já sabiam que dona Dilma era a craque escalada por Lula – e a candidata do PT virou o jogo, apesar de Serra aparecer mais na TV.

Assim mesmo, quanto mais aparecia na telinha, mais crescia a rejeição de Serra (30%), superando a marca de antipatia de Dilma (23%).

A planilha do Ibope mostra que, a 100 dias da eleição de outubro, mais da metade dos eleitores (55%) ainda não conhecem, nem ouviram falar ou poucos sabem que Dilma é candidata de Lula. Sinal de que, nos 45 dias finais de campanha no rádio e na TV, a situação de Serra pode se agravar dramaticamente.

O tucano continua impondo seu jogo no sul do país, perde de goleada no Nordeste e começa a ceder o empate na zona do agrião – o Sudeste, onde estão as torcidas mais numerosas e que costumam decidir o campeonato.

Em todas as regiões do país, a aprovação popular do inventor de Dilma varia de 80% (sul) a 90% (nordeste), batendo em 84% no triângulo estratégico de Rio-São Paulo-Minas, onde se concentram 58 milhões dos 134 milhões de eleitores.

Serra, até agora preferido pelos eleitores mais ricos e de melhor instrução no Sul Maravilha, deve enfrentar dificuldades maiores no seu reduto: Lula tem 88% de aprovação no eleitorado que ganha até dois salários mínimos e já fatura 75% de popularidade entre os que ganham mais de 10 salários, justamente o ninho tucano.

A crônica indecisão tucana agravou o drama de Serra. Até escolher o senador Álvaro Dias como seu vice, no fim de semana, Serra hesitou entre oito nomes.

Fritou o favorito Aécio Neves, agora um jogador alijado cujo desinteresse explica o crescimento de Dilma nas montanhas decisivas de Minas Gerais. Cortejou o senador mineiro Francisco Dornelles, que acaba de levar seu PP para a neutralidade medida do “apoio informal” à candidata de Lula, gesto um pouco mais atrevido do que a “imparcialidade ativa” inventada pelo PMDB gaúcho para flutuar corajosamente entre Dilma e Serra.

Depois, o tucano negaceou entre Arruda, o governador preso por corrupção em Brasília, os deputados baianos José Carlos Aleluia e Benito Gama e uma inexpressiva vereadora tucana do Rio de Janeiro. Patrícia Amorim seria uma jogada de craque, sonhavam os tucanos, porque é a atual presidente do Flamengo, o clube de maior torcida do país.

Para dar certo, o gol de placa do palmeirense Serra teria que ser combinado também com os torcedores de Vasco, Fluminense, Corinthians, São Paulo, Atlético, Bahia, Barueri, Naviraense...

Álvaro Dias ganha a vice menos por suas virtudes como político e mais por ser irmão do também senador Osmar Dias, que ameaçava montar um palanque no Paraná para Dilma.

A manobra fraternal de Serra resgatou o apoio do mano desgarrado, mas isso nada tem a ver com firmeza ideológica. O lance perna-de-pau de Serra aconteceu na quarta-feira (23), quando ele fechou o apoio de nove partidos varzeanos de Brasília reunidos em torno do notório Joaquim Roriz.

Serra jogou no ralo qualquer preocupação ética ao receber o apoio do homem que resume, como poucos, o clima pantanoso da política brasileira. Roriz renunciou ao mandato de senador, em 2007, para não ser cassado por quebra do decoro em negócios escusos com o banco estatal do DF e é apontado pelo Ministério Público como a matriz do mensalão do DEM que levou Arruda e seus comparsas à cadeia.

No desespero dos números adversos, Serra tem olhos apenas para os 42% da pesquisa que dá a liderança em Brasília a Roriz, sem antever o desgaste que esta aliança moralmente rasteira sinaliza pelo país, onde o PSDB já teve que engolir o apoio de gente como Quércia e Maluf.

Neste charco eleitoreiro, Serra nivelou-se pelo oportunismo sem peias ao time de Dilma, que escalou craques de fichas encardidas e reconhecidas como Sarney, Renan, Garotinho, Collor, Jucá, Jáder e Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros.

A flacidez moral de Serra, neste jogo de alianças a qualquer preço e a qualquer custo, mostra uma ambição que vai além de seu lema de campanha, o “Brasil que pode mais”. Agora com Roriz no bolso, Serra prova que pode ainda mais.

Serra pode tudo, Serra pode qualquer coisa.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

quarta-feira, 23 de junho de 2010

FUI !

BOM SÃO JOÃO A TODOS
Até domingo, se Deus quiser.

E haja papel!!

Dossiê tem papel higiênico
Marco Antonio Araújo


Nessa história do suposto dossiê sobre o Serra, é fácil saber quem está mentindo. Todo mundo, é claro. A verdade é uma intrusa nessas horas. E, quando descoberta, é enterrada viva.

Toda campanha é feita de dossiês. Conhecer os pontos fracos do adversário é questão estratégica. Carta na manga e bala na agulha é a diferença entre vencer e trincar os dentes de raiva.

O Serra já foi acusado de espionar seus inimigos muito antes de ser candidato, ainda no governo FHC. Fez uma legião de inimigos por isso. Contra ele pesa também a suspeita de fritar a candidatura de Roseana Sarney em 2002. Ninguém é completamente imperfeito.

Todo partido tem seus aloprados. Arapongagem faz parte de qualquer organograma de campanha. E a imprensa sabe disso. Mas posa de vestal. Faz cara de surpresa quando vê uma armação. E publica, a depender de que lado está.

Dossiê bom é aquele que vaza na hora certa. Ou seja, quando não há mais tempo de ser desmentido. Porque todos são. E fica por isso mesmo.

Não entendo essa implicância contra denúncias em época de eleição. É a única hora em que os políticos se preocupam em prestar e cobrar contas. Acaba tendo um efeito higiênico.

Quero mais é que todos os candidatos se engalfinhem até sangrar. Fora isso só resta os chatíssimos e inúteis programas de governo. Aqueles calhamaços que nunca serão cumpridos. Lenga-lenga, blá-blá-blá.

Vou parafrasear o jornalista americano Murray Kempton. No meio dessa guerra suja chamada política, os candidatos esperam o fim dos combates, descem ao campo de batalha e matam os feridos.

Quem vence uma eleição são os que sobrevivem a ela.

Fonte: http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/

IP disputa selo verde

De 137 municípios que se inscreveram no Programa Selo Verde em 2010, 104 municípios continuam na disputa pelo prêmio, dos quais Icó e os municípios de Baixio, Jaguaribe, Lavras da Mangabeira, Ipaumirim, Orós e Umari.
Do número inicial inscrito no Programa, 110 devolveram ao Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) o questionário de Gestão Ambiental devidamente preenchido. Contudo, seis deles fizeram fora do prazo, entre os quais o vizinho município de Iguatu, que ficou de fora.
Os 104 municípios que continuam nesta etapa, terão agora que enviar ao Conpam o questionário de avaliação de Mobilização Ambiental, até o próximo dia 5 de julho, juntamente com documentação comprobatória das ações apresentadas no questionário. Isso poderá acarretar nova queda no número de postulantes ao Selo.
A etapa próxima será de avaliação, por parte dos membros do Comitê Gestor do Programa, os questionários de gestão ambiental e mobilização ambiental e ainda vão avaliar os municípios por desempenho ambiental. Após isso feito, os municípios que atingirem o Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA) mínimo serão avaliados “in loco”, para que haja a checagem das informações repassadas.

Fonte:http://www.icoenoticia.com/

terça-feira, 22 de junho de 2010

OW Forró Bão.........

Festival de Repentistas passará por Ipaumirim dia 25 de junho


A terceira edição do Festival de Repentistas e Trovadores Patativa do Assaré vai passar por seis municípios cearenses nos próximos dias, são eles: Cariús, Saboeiro, Horizonte, Acarape, Ipaumirim e Mauriti.

As visitas acontecem entre os dias 11 e 26 de junho. Entre as atrações, estão confirmadas as participações de cordelistas, cantadores, violeiros e emboladores da cultura popular. A programação é gratuita.

A primeira cidade que receberá a programação será Cariús, no dia 11. No dia seguinte (12), o evento segue para Saboeiro, com apresentações de seis duplas de repentistas e trovadores. Além da presença de Geraldo Amâncio, Silvio Granjeiro, Ismael Pinheiro, haverão shows com o garoto Betinho Aguiar, reconhecido pelo seu talento musical ao interpretar a música “Menino de Rua”. Quem encerra a programação em Saboeiro é o grupo Caninana do Forró, de Juazeiro do Norte.

No dia 16, a programação chega a Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza. No sábado (19) é a vez de Acarape. Já no dia 25, sexta-feira, a caravana do Festival estará em Ipaumirim, antiga Alagoinha. Para fechar o mês, o Festival animará, no dia 26 de junho, o público de Mauriti, localizado na macrorregião do Cariri.

por Sidarta Duarte
Festival Patativa do Assaré
Foto: Divulgação


Serviço
III Festival de Repentistas e Trovadores Patativa do Assaré
Em junho o festival acontece em Cariús (11), Saboeiro (12), Horizonte (16), Acarape (19), Ipaumirim (25) e Mauriti (26) Informações: 85-3251-1105

Fonte: http://ipaumirim.net/colunas//blog2.php

Repente

No Brasil, a tradição medieval ibérica dos trovadores deu origem aos cantadores – ou seja, poetas populares que vão de região em região, com a viola nas costas, para cantar os seus versos. Eles apareceram nas formas da trova gaúcha, do calango (Minas Gerais), do cururu (São Paulo), do samba de roda (Rio de Janeiro) e do repente nordestino. Ao contrário dos outros, este último se caracteriza pelo improviso – os cantadores fazem os versos "de repente", em um desafio com outro cantador. Não importa a beleza da voz ou a afinação – o que vale é o ritmo e a agilidade mental que permita encurralar o oponente apenas com a força do discurso.

A métrica do repente varia, bem como a organização dos versos: temos a sextilha (estrofes de seis versos, em que o primeiro rima com o terceiro e o quinto, o segundo rima com o quarto e o sexto), a septilha (sete versos, em que o primeiro e o terceiro são livres, o segundo rima com o quarto e o sétimo e o quinto rima com o sexto) e variações mais complexas como o martelo, o martelo alagoano, o galope beira-mar e tantas outras. O instrumental desses improvisos cantados também varia: daí que o gênero pode ser subdividido em embolada (na qual o cantador toca pandeiro ou ganzá), o aboio (apenas com a voz) e a cantoria de viola.

Cordéis musicados
O repente se insere na tradição literária nordestina do cordel, de histórias contadas em caudalosos versos e publicadas em pequenos folhetos, que são vendidos nas feiras por seus próprios autores. Uma tradição que, por sinal, inspirou clássicos da literatura brasileira, como o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. O repente foi para o Sudeste em meados do século XX, junto com a migração de nordestinos para os grandes capitais. Chegou a São Paulo em 1946 com o alagoano Guriatã de Coqueiro (Augusto Pereira da Silva) e, no Rio, instalou-se na Feira de São Cristóvão.

O gênero se imiscuiu na MPB, sendo usado em trabalhos de artistas tão diversos quanto o cantador Elomar, o roqueiro Raul Seixas e o cantor paraibano Zé Ramalho. Subterraneamente, o repente tradicional, de violeiros-cantadores em duelo, sobreviveu graças a nomes como Oliveira das Panelas (vencedor, em 1997, do 1º Campeonato Brasileiro de Poetas Repentistas), Mocinha da Passira, Valdir Teles, Lourinaldo Vitorino, Sebastião da Silva, Azulão, Miguel Bezerra, Otacílio Batista, Ivanildo Vila Nova, Zé Cândido, Ismael Pereira e Natan Soares. Apontado por alguns como inspirador do rap (rhythm'n'poetry – ritmo e poesia) americano (que nasceu do improviso falado sobre bases musicais alheias), o repente encontrou seus pontos em comum com o gênero importado nos anos 90, em músicas dos grupos recifenses Faces do Subúrbio e Sistema X.

Músicas

As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor – Raul Seixas
Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor (Otacílio Batista e Zé Ramalho) - Amelinha
Pau de Arara (Carlos Lyra/ Vinicius de Moraes) - Ary Toledo
Você Só Canta Saudade, Seca, Tristeza e Sertão (mote decassílabo) – Ismael Pereira e Valdir Teles
Os Grandes Compositores (mote agalopado) – Sebastião da Silva e Oliveira das Panelas
Meia Quadra – Severino Pinto e Lourival Batista
Galope à Beira-Mar - Otacílio Batista e Diniz Vitorino
Martelo Alagoano (Zé Limeira) – Zé Ramalho
Nas Portas dos Cabarés (Antônio Lídio Faustino) – Cego Oliveira
...E Você? – Gabriel o Pensador
Silvio Essinger
Fonte: http://cliquemusic.uol.com.br/generos/ver/repente

Kaká, o lindo

Dunga dá de goleada na Globo


O torcedor brasileiro tomou o lado de Dunga no conflito com a TV Globo, criado depois que a emissora não se conformou com o veto do técnico a entrevistas exlusivas.

Além das manifestações em diversas mídias sociais e a proposta do “diasemglobo” no próximo jogo do Brasil, os torcedores estão mostrando sua posição em enquete promovida pelo UOL com a pergunta “De que lado você está na guerra entre a Globo e o técnico Dunga?”

Pelo que está no vídeo que chama para a enquete, a sondagem começou às 13:17h. Na consulta que fiz, às 16:45h , 12.930 pessoas tinham respondido da seguinte forma: ao lado de Dunga, 78,69%; do lado da Globo, 11,76%; de lado nenhum, 9,54%.

Acho que a Globo não contava com essa goleada e deve estar mais perdida que a seleção da Coréia do Norte diante de Portugal. Ainda mais depois que a Fifa frustrou seus planos de punir o técnico brasileiro.

Brizola Neto Comentários (38)
Fonte: http://www.tijolaco.com/

Copa do mundo: Dunga versus Globo

versus

Globo negociou entrevistas
com Ricardo Teixeira,
mas Dunga vetou
Mauricio Stycer
Em Durban (África do Sul)

Por trás do incidente entre Dunga e o jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, durante a entrevista coletiva no Soccer City, logo depois da vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim, esconde-se uma história que revela o alcance do poder do técnico da seleção brasileira.

O UOL Esporte apurou que a Globo negociou diretamente com Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entrevistas exclusivas com três jogadores da seleção, entre os quais Luis Fabiano. As entrevistas iriam ser exibidas durante o programa "Fantástico", no domingo, horas depois da partida contra Costa do Marfim, vencida pelo Brasil por 3 a 1. Dunga vetou o acerto.

O incidente entre Dunga e Alex Escobar ocorreu quando o jornalista conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto. O técnico percebeu o que ocorria e perguntou: "Algum problema?" Escobar respondeu: "Nem estou olhando para você, Dunga". O técnico replicou em voz baixa, o suficiente para ser captado pelo microfone à sua frente: "Besta, burro, cagão!"

Diversos jornalistas na sala de entrevistas ouviram Escobar desabafar: "Insuportável, bicho, insuportável. O Rodrigo (Paiva) foi revoltado lá falar comigo, cara. O Dunga não deixou. Ninguém. Caraca, nem o Luís Fabiano. Infelizmente. Valeu, Tadeuzão".

Muitos também notaram que Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, fez o gesto de quem soca a parede a certa altura da entrevista coletiva. Paiva tem tentado se equilibrar entre o atendimento à imprensa e o respeito às exigências de Dunga. NoD cargo há nove anos, gentil com todos os jornalistas, o assessor dá sinais cada vez mais evidentes de reprovação à política de clausura imposta pelo técnico.

Horas depois do incidente, durante o "Fantástico", Schmidt falou: "O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas". O jornalista da Globo não mencionou, no entanto, o motivo do atrito, ou seja, a recusa do técnico em aceitar um acordo feito entre o presidente da CBF e a emissora.

http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/22/globo-negociou-entrevistas-com-ricardo-teixeira-mas-dunga-vetou.jhtm

É pimenta no dos outros é refresco!

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/dunga-e-o-acordo-ricardo-teixeira-tv-globo#more

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Hoje, aniversário de Nelson Gonçalves

Nelson Gonçalves
21/6/1919 Santana do Livramento, RS
18/4/1998 Rio de Janeiro, RJ

Lembrança de Nelson Gonçalves e da velha difusora que funcionava no andar de cima da Mercearia de Dino e Joaninha.




ARGUMENTO Nelson interpreta Adelino Moreira



Tenho uma lembrança muito clara de Luizão de tia Laura com um caderno de música, não sei de quem, pedindo a Socorro Duarte para lhe ensinar a cantar essa música. Na cozinha lá de casa, na rua 14 de dezembro onde hoje é uma repartição pública, eu prestava atenção a conversa dos dois. Não há nada de especial numa coisa tão simples mas é curioso como fica gravada em nossa memória como se fosse uma deixa para recuperar outro tanto de lembranças que pareciam perdidas.

A poderosa revelação pelo derrame de Jill Bolte Taylor

"Jill Bolte Taylor teve uma oportunidade de pesquisa que poucos cientistas cerebrais desejariam: ela sofreu um grave derrame, e observa enquanto suas funções de movimento, fala e autoconsciência entram em falência, uma a uma. Uma história incrível.

Parte 1



Parte 2



Parte 3/3



Fonte: http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/

sábado, 19 de junho de 2010

Fotos antigas

Zefinha com o marido Argemiro
Ela, irmã da minha vó materna.
Esta foto deve ser dos anos 10 a 20, do século XX

Filipe Pedro de Souza Leite
Avô de minha avó materna
Esta foto deve ser do fim do século XIX ao início do século XX.

Estas fotos me foram gentilmente enviadas por Valdir Leite Perazzo. Elas foram tiradas em Pernambuco.

A revelação de uma outra realidade

Retratos Pintados, de Titus Riedl e Martin Parr, recupera a ameaçada arte dos bonequeiros do Nordeste do País, que transformam o negativo da vida de pessoas simples em imagens que as ajudam a suportar a própria história

Antonio Gonçalves Filho - O Estado de S.Paulo


Família. Crianças em fotorretratos, no Ceará: relação entre vivos e mortos. Foto: reprodução

Foi preciso que um sociólogo alemão e um fotógrafo inglês cruzassem seus caminhos no sopé da chapada do Araripe - mais exatamente no município cearense de Crato - para que saíssem desse encontro com um livro curioso sobre o universo estético do sertanejo nordestino. Titus Riedl, autor de uma tese sobre fotorretratos pintados - tão populares no interior do País -, conheceu Martin Parr durante um fórum latino-americano de fotografia realizado há três anos em Crato. Sabendo da importância do fotógrafo, representado pela agência Magnum, Riedl, que há 15 anos mora na microrregião do Cariri, apresentou a Parr uma série de fotografias pintadas que deixaram o profissional esfuziante. Compreensível: Parr é um fotógrafo que acompanha com particular interesse a estética dos países emergentes - é dele o livro Luxury, que documenta o gosto duvidoso dos novos-ricos do mundo globalizado, tema de sua primeira exposição individual na Galeria de Babel, que o representa, em São Paulo, em outubro próximo.

Antes, na próxima quarta-feira, Martin Parr, atualmente peregrinando por Cingapura, abre uma exposição na Yossi Milo Gallery de Nova York e lança o livro sobre "bonequeiros" nordestinos, Retratos Pintados (Nazraeli Press, capa dura, 68 páginas e 61 fotos). Ele diz, que mesmo familiarizado com a fotografia vernacular, nunca havia sentido o que sentiu ao ver as imagens da coleção de Titus Riedl, reunidas para uma tese de mestrado defendida há 12 anos pelo sociólogo. Há, de fato, poucos estudos acadêmicos ? um deles da socióloga Cristiane de Souza ? sobre o ofício dos "bonequeiros" ou "puxadores" de telas, aqueles vendedores ambulantes que saem pelo interior do Brasil convencendo viúvas a colorizar antigas fotos do marido morto ou mães de natimortos a guardar a última imagem do anjinho no caixão (alguns retocados com olhos bem abertos para que essa lembrança fique menos mórbida).

Representantes de um ofício em extinção após o advento do photoshop - capaz de "milagres" como reunir com perfeição pessoas vivas e mortas numa mesma foto ?, os bonequeiros desempenharam no passado o mesmo papel dessa ferramenta digital. De que maneira? Ora registrando numa mesma imagem o improvável encontro do padre Cícero com seu sucessor frei Damião, ora retocando defeitos físicos dos retratados ou simplesmente incorporando elementos de prestígio social aos deserdados sociais - são comuns as fotos em que um sertanejo sem recursos aparece vestido como um executivo ou coberto de joias. Também não são raras as imagens de mulheres solteironas vestidas de noiva.

Desafio profissional. Apenas um décimo das fotos recolhidas por Titus Riedl durante todos estes anos de estudo entrou no livro de Parr. As que mais impressionam, sem dúvida, são as que transformam defuntos em seres vivos de olhos arregalados. Elas, porém, não causam espanto aos "puxadores de tela". Segundo Riedl, os pintores que retocam as fotos parecem gostar da ideia de ressuscitar o morto, desafio profissional que coloca em jogo sua habilidade e versatilidade artística. Mal comparando, eles usam a mesma estratégia do badalado fotógrafo norte-americano Joel-Peter Witkin, que, por inveja do irmão gêmeo pintor, Jerome, monta naturezas-mortas com corpos de indigentes dissecados em faculdades de medicina ? ele chegou a transformar a cabeça de um deles num bizarro vaso de flores.

Os bonequeiros nordestinos não chegam a ser desrespeitosos como Witkin, cujo fascínio mórbido pela deformação física já o levou ao extremo de montagens quase teatrais com mutilados. No caso dos fotorretratos brasileiros prevalece um sentimento ingênuo: os bonequeiros apenas seguem as orientações dos clientes. "Na zona rural, as imagens fotográficas ainda são escassas e, como último recurso para manter viva a lembrança do morto, os familiares recorrem às vezes a um retrato apagado ou desgastado do falecido, que tem de ser concluído pelo bonequeiro", conta Riedl. Ele cita o caso de uma viúva que pediu para ser retratada ao lado do marido, cuja única foto remanescente era a de sua carteira de trabalho. O resultado foi a reunião artificial ? e engraçada ? de uma senhora de 80 anos com um homem de 40 que bem poderia ser seu filho.

As técnicas de retoque da imagem fotográfica e da pintura sobre fotografia não começaram, obviamente, com os puxadores de tela nordestino. Elas existem desde meados do século 19, mas o pintor-retocador, segundo Riedl, "tornou-se uma peça fundamental para dar verossimilhança ao retrato em preto e branco", demasiadamente triste para os sertanejos que vivem num cenário agreste e tentam superar sua miséria com a euforia cromática garantida por essas pinturas de cores berrantes ? vivas como as fachadas e platibandas das casinhas do Nordeste, tão bem retratadas nas fotos de Anna Mariani (em exposição no Instituto Moreira Salles de São Paulo). Sua função estética tampouco é diferente: trata-se de ornamentação. A exemplo das fachadas e platibandas enfeitadas, encaradas como "pinturas" pelo nordestino, o fotorretrato acaba sendo às vezes o único objeto de decoração no interior despojado dessas pequenas casas sem eira nem beira castigadas pelo sol.

A diferença é que o encontro visual de Martin Parr com o sertão não passou, como no caso de Anna Mariani, por Euclides da Cunha e Ariano Suassuna. O approach do inglês não é literário e muito menos sentimental ? Parr é irônico demais para isso -, mas antropológico. Se as fachadas pintadas a cal pigmentada das moradas nordestinas fizeram parte da infância da fotógrafa brasileira, Parr só recentemente conheceu o Crato. "Os fotorretratos constituem uma maneira de garantir status aos membros da família de sertanejos, dando a eles um aspecto santificado, icônico", arrisca Parr. Os bonequeiros serviriam como agentes do sonho brasileiro, ao concretizar em imagem o delírio de ascensão social dos nordestinos, garantido por roupas caras e joias a que os modelos dos retratos pintados jamais teriam acesso.

Retoque. Hoje, essa verossimilhança é garantida pelo photoshop. Riedl apresentou a Martin Parr um bonequeiro, Júlio de Santos, que antes mantinha uma oficina com uma dúzia de pintores e hoje usa um computador para "retocar" a realidade nordestina. Instalado em Fortaleza, ele mantém - agora sem assistentes - a tradição de recuperar originais desgastados pelo tempo e embelezar os modelos , inclusive o próprio Martin Parr, que ganhou de presente seu retrato, deliciando-se com a fotografia vernacular do mestre-pintor.

Sobre essa função, o sociólogo Titus Riedl não recua ao comparar a arte dos bonequeiros nordestinos à criação dos artistas pop que retrabalharam retratos de celebridades, dos quais o mais famoso foi o norte-americano Andy Warhol (1928-1997). O nome da brasileira Rosângela Rennó, que vai participar da próxima Bienal, pode ser igualmente evocado não só por seguir a escola da recriação fotográfica como por ter sido pioneira na valorização do trabalho dos bonequeiros nordestinos, reconhecendo-o como pintura. "Como os clientes às vezes pedem para o bonequeiro tirar as sombras da fotografia, ocorre que o resultado acaba beirando o hiper-realismo", observa Riedl, concluindo que os rostos assumem com frequência o aspecto de uma máscara do belga James Ensor (1860-1949) ou de uma caricatura do alemão Otto Dix (1891-1969).

´Talvez seja conveniente não esquecer que Dix, um dos expoentes da pintura expressionista germânica, usou fotografias de soldados desfigurados nas trincheiras da 1.ª Guerra como modelos de sua pinturas antibélicas. Dix era um ótimo retratista, mas preferiu reduzir seu mundo à caricatura justamente por acreditar que a realidade - de tão horrível - é inimitável. Ensor não foi muito diferente. Transformou bípedes racionais em bandos de esqueletos ambulantes, portadores de bizarras máscaras carnavalescas. Involuntariamente, os bonequeiros nordestinos acabam fazendo parte dessa turma de expressionistas, embora agindo na contramão. Explicando: eles não fazem crítica social. Ao contrário, tentam atrair o freguês com promessas de um mundo melhor, em que uma cara feia pode virar um rosto aceitável e defuntos caminham como Lázaros pelo sertão.

"Há frequentemente entre o bonequeiro e o cliente um jogo dissimulado de sedução, em que o primeiro tenta sugerir alterações em fotos mostradas pelo segundo, indicando mudanças de estilo nas roupas, cores e adereços", observa Riedl, contando casos engraçados de espertos fotorretratistas que viajaram pelos grotões afastados em busca do lucro fácil. "Nesses lugares eles ganham até mais que nas regiões próximas das cidades, pois podem ficar hospedados de graça e comer na casa do cliente, ampliando a oferta de produtos além das fotos, como quadros de santos, etc." É como eles sobrevivem em tempos de laboratórios que revelam filmes em uma hora e fazem retoques digitalizados. Nem sempre um bonequeiro, lembra Riedl, tem conhecimento qualificado da técnica fotográfica ou de pintura, o que explica os erros frequentes nas proporções, nos contrastes e na composição da imagem.

Quietude. Imagem da garota ao lado do vaso foi colorizada por Riedl. Foto: Reprodução

Idiomas. De certo modo, foi isso o que atraiu o olhar de Martin Parr, atento para essas distorções que acabam dando à fotografia um aspecto mais pictórico. Vale frisar que o grande mestre contemporâneo da pintura hiper-realista, o alemão Gerhard Richter, chega ao outro extremo partindo também de fotos. Ele "aperfeiçoa" a realidade, fazendo com que a retórica da pintura, antes avessa ao idioma da fotografia, se confunda de tal modo com ele que o espectador seja incapaz de dizer onde começa uma tela e acaba uma foto. Nessa oblíqua referência à mídia fotográfica, Richter questiona a "veracidade" da imagem fotográfica.

Richter começou a trabalhar com imagens fotográficas nos anos 1960, usando antigos retratos e paisagens de amadores, distorcidos por largas pinceladas que eliminavam seu foco. Parece evidente nesses primeiros trabalhos a influência de artistas pop como Andy Warhol e Lichtenstein, que operavam no mesmo registro, alterando rostos ou ambientes. Richter, porém, foi além da estética pictórica pós-conceitual. Sua atitude negativa diante do objeto fotográfico tem a ver com a desconfiança numa imagem banal que só se torna interessante por meio do olhar do artista ? o que justamente chama a atenção quando se vê o trabalho de um bonequeiro tentando "mudar" o que lhe parece errado ou desagradável na realidade. Imagens banais possibilitam a Richter que ele se concentre no problema da representação ? seu grande tema ?, no lugar de se ocupar do conteúdo da obra. Exemplo disso é sua série 48 retratos (1971-72), que, aparentemente, busca a semelhança entre o modelo real e o pintado. Para Richter, este é justamente o aspecto que menos importa em sua pintura. A arte, para ele, perdeu essa função mimética, fazendo justamente com que aumente a distância entre o modelo concreto e sua reprodução. Venceu o simulacro, como nos fotorretratos pintados dos bonequeiros nordestinos.

Como eles usam fotos antigas, dos tempos em que os recursos para ampliação e revelação eram precários, os fotorretratos acabam se parecendo mais com o modelo que esses profissionais imaginam do que com o real. Os clientes, por vezes insatisfeitos, reclamam da falta de verossimilhança. Em Juazeiro do Norte, o sociólogo Titus Riedl encontrou uma verdadeira empresa familiar comanda pelo pintor Abdon, ele mesmo especializado em retocar rostos e cabelos. O resto do corpo ele deixa para um ajudante, o filho e o sobrinho. Abdon gosta de cores fortes e usa cola brilhante para "realçar" os traços dos fregueses. Os bonequeiros concorrentes não gostam. Dizem que seus retratos apenas mantêm leve semelhança com os originais. No entanto, ele é rápido e entrega os retratos dentro do prazo combinado, coisa seriíssima no Nordeste. Riedl já ouviu de um mestre pintor que foi obrigado a concluir um trabalho atrasado sob ameaças de morte. E morte é outro negócio sério na região. Mas já foi mais. Os bonequeiros hoje recebem poucas encomendas para transformar retratos de defuntos em vivos.

Sem rugas. As encomendas mais frequentes são de natureza cosmética. Os clientes pedem para embelezar a imagem dos parentes, nem sempre favorecidos pela natureza. Segundo Riedl, os bonequeiros devem seguir algumas regras para corresponder aos seus padrões estéticos, especialmente dos fregueses idosos: tirar todas as rugas do rosto; nunca pintar de branco os cabelos; evitar sombras, pois elas dão ao retratado um aspecto sinistro; "ajeitar" roupas que pareçam exageradamente sensuais. Outras regras: as crianças devem se parecer com o Menino Jesus dos folhetos distribuídos nas missas; mulheres devem usar blusas monocromáticas ou estampas de flores e homens, invariavelmente, devem aparecer de terno e gravata. Os bonequeiros mais experientes, conta Riedl, "sabem explorar melhor os desejos dos seus clientes", permitindo-se sugestões baseadas na simples observação do gosto do freguês.

Martin Parr diz que as delícias dessa fotografia vernacular são mais apreciadas hoje do que eram no passado exatamente por sua simplicidade de propósito. A esse respeito, Titus Riedl lembra que as fotopinturas são populares não só no Brasil como em países de cultura germânica, que desde o século 19 utilizam a técnica para preservar a memória familiar, sobretudo em lugares onde a tradição da autoridade é rigorosamente respeitada. "Os bonequeiros sabem disso e hoje buscam seus clientes em lugares de romaria." O cineasta cearense Joe Pimentel realizou há três anos o documentário Câmera Viajante, que retrata o trabalho dos fotógrafos populares atuantes em festas, feiras e romarias do interior nordestino.

Num balanço final, o sociólogo Titus Riedl avalia: "O livro de Parr é mais irônico, enquanto minha fundamentação é antropológica." Em sua opinião, os bonequeiros nordestinos não têm a ambição artística que a publicação pode eventualmente sugerir ao olhar estrangeiro, mas o livro, segundo ele, deve ajudar na revalorização de uma arte hoje ameaçada de extinção.

Desde que o francês Louis Arthur Ducos du Hauron (1837-1920) colorizou a primeira paisagem, em 1877, muita água rolou no Cariri. Mesmo tendo chegado com certo atraso ao sertão nordestino, a fotografia colorizada ganhou a adesão de artistas intuitivos. Eles nunca ouviram falar da Bauhaus e ainda assim criaram platibandas com lindas formas geométricas. Também não sabem quem foi Cartier-Bresson, mas reinventaram rostos com indiscutível talento. Pode ser que seus fotorretratos não sejam considerados arte, mas eles constituem documentos preciosos de interpretação da realidade nordestina. Em todo o caso, também os críticos estrangeiros terão um prazo de quatro meses para descobrir o que Riedl e Parr já descobriram. A exposição Retratos Pintados na Yossi Milo de Nova York, com 150 retratos originais, fica em cartaz até dia 18 de setembro.

Fonte:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100619/

Há algum tempo atrás, eu entrei em contato, via telefone, com Telma do Foto Saraiva, em Crato. Ela pintava fotos com uma perfeição invejável. Cheguei a falar com ela que me informou que nem fotografava mais. Fiquei com pena porque eu queria mandar fazer uma foto da minha filha com este processo. O trabalho dela era bem mais sofisticado mas este mais popular é também belíssimo. Em algumas casas eu já vi principalmente quando era criança e depois como adulta. A foto dos avós paternos de minha filha é uma obra de arte. Deve ter muitas espalhadas aí por Ipaumirim e região. Eu já conhecia alguns trabalhos sobre o tema mas eram trabalhos acadêmicos. Assim que vi no jornal, lembrei de vocês. Quem ainda tiver em casa, guarde-o com carinho.

O amor é lindo!



"Se eu tivesse morrido aos 63 anos antes de lhe ter conhecido, morreria muito mais velho do que serei quando chegar a minha hora" (Saramago)

De Ip, vuvuzelas e jabulani


Nem sou assim tão fã de futebol mas também não gosto de ver o Brasil perder. Mais pela alegria do povo e menos pelo estrelismo mercenário dos jogadores. Embora nada entenda do esporte, parece-me que as três estrelas que andam brilhando são: Argentina, vuvuzela e jabulani. Que trio! A Argentina esnoba, a vuvuzela incomoda mas a jabulani é mesmo a estrela maior da copa 2010.
Num Recife debaixo de chuvas e desmoronamentos, eu fico vendo ou melhor ouvindo os jogos. Cansei de ver . Muito músculo e pouco másculo vai ficando o futebol a cada dia que passa. Mas nem era disto que eu ia falar. Acabou entrando no assunto porque tem sido meu passatempo no meio dessa chuva impiedosa.
Recebi e publico para vocês uma série de documentos que me foi enviada por Fátima Osorio. Estou citando a fonte porque no próprio mural ela já deixou explícito. Na verdade, trata-se do encaminhamento anterior - ainda na gestão de Luiz Alves – da tal escola que teve a licitação cancelada no mês de maio.
Seria muito bom que a comunidade tomasse conhecimento dos processos, empenhos e licitações que fez e faz a prefeitura e/ou qualquer órgão público por nós patrocinado desde sempre. Se houvesse essa prática, quem sabe até evitaria os vexames da Operação Certame - que vasculha desde 2007, vale salientar. Ficava até menos humilhante para o município.
Na política, por enquanto, nada de novo no front. Mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer... No rala-e-rola da políticagem de Ip é tudo sempre tão igual. Parece um pastoril. Só mudam as cores dos cordões a cada eleição de prefeito. Claro que não apresentam a irreverência bem humorada e a graça dos divertidos pastoris profanos que ainda animam festas populares em algumas regiões.
Me diz aí qual é a diferença entre os partidos em IP? Ou melhor: vamos fazer um ranking para saber quem mais mudou de partido. Briga com um, vai pra o outro. Briga com o outro volta pra o um.
A minha insanidade ainda me permite a utopia. Acredito que um dia, sei lá quando, as pessoas vão deixar a periferia das negociatas e das pequenas vantagens e se importarem mais com o bem coletivo.
O caso da escola é um caso lamentável mas não é o único e nem consegue ser novidade, o que é terrível porque significa que já nos acostumamos. Há muito tempo, o uso do cachimbo entortou a boca do nosso eleitor. É lamentável que precisemos que a polícia bata na porta da prefeitura para exercitarmos a sagrada simulação de que estamos admirados, chocados.
- Ohhhhhhhhhhhhhh!
A condição da cidade há muito tempo sinaliza para os problemas. Ande na rua, olhe os prédios públicos. Há quanto tempo eles não são recuperados? Há quanto tempo não se pavimentam ruas em Ipaumirim? E saneamento? E o trânsito caótico? E a saúde da população, o que se fez e se faz pela eficiência no seu atendimento ? E a educação? E os jovens, o que se tem feito por eles além de botar pra dançar? A droga está batendo na nossa porta e parece que nada acontece. Que programas existem ou existiram para uma formação saudável dos nossos jovens? Ações isoladas aqui e ali não se constituem como diretrizes para qualquer trabalho consistente. São eventos e ponto.
O que mudou, em tese, e não foi em IP, foi a questão da transparência que permitiu a informação de parte dos volumes de recursos que entram nas prefeituras. Os sites que nos permitem acessar dados - antes barreiras instransponíveis – já ajudam bastante mas não resolvem o problema da informação devida.
Agora é tempo de eleição de deputado, governador, senador, presidente. Começou a temporada vip da politicagem. Se você é, como eu, uma pessoa comum, este balaio não lhe cabe. A conversa é no andar superior. Aproveita e vota naquele em quem você quer votar. Consulta bancos de dados para saber quem são, busca informações, olha a história de vida da pessoa. Pelo menos, tenta ser fiel a você mesmo. Deixa teu chefe político ficar fazendo sala para os candidatos que, aliás, são deles. Para nós, qualquer um é estrangeiro. Eles não conhecem nem a cidade quanto mais o eleitor. É você quem precisa exercitar a sua liberdade de escolha porque você é o único responsável pelo futuro da sua comunidade, da sua família, da sua saúde, da sua segurança, da sua vida.

ML

Dossiê (enviado por Fátima Osório)

PROGRAMA NACIONAL DE REESTRTURAtAO E APARELHAGEM
DA REDE ESCOLAR PUBLICA DE EDUCAtAO
INFANTIL/PROINFANCIA, CELEBRADO COM 0 FUNDO
NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE.


####################
DOCUMENTO 01

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE
SBS Quadra 2 Bloco F Edifício Aurea Sobre Loja
70070-929 Brasília - DF
Fone: 061 - 39664350


OFÍCIO CIRCULAR Nº 200/2007/DIRPE/FNDE/MEC

Brasília 02 de julho de 2007
Sr(a) Prefeito(a)

Visando obter informações para a c1assificação dos municfpios interessados em
serem atendidos pelo Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Publica de Educação Infantil (Pró-Infancia), foi disponibilizado a todos os municfpios brasifeiros o cadastro de Declaração de Interesse.
Os municfpios interessados em participar do Pró-Infancia deverao preencher as
informações solicitadas.
Algumas informações basicas para acesso ao sistema:
a) 0 questionário esta disponfvel na Internet, portal www.fnde.gov.br no
menu Pró-Infancia, Declaracão de Interesse.
b) A data limite de preenchimento e 23 de julho de 2007;
c) Para 0 acesso seu login e SIPIN277829 e senha 94098633
d) Duvidas entre em contato com FNDE atraves da Central de Atendimento ao
Cidadao 0800-616161.

Respeitosamente,

Leopoldo Jorge Alves Junior
Diretor de Programas e Projetos Educacionais
DIRPE/FNDE

##############
DOCUMENTO 02

From: lais.santos@fnde.gov.br
Dando continuidade ao trabalho do Plano de Ações Articuladas - PAR,
gostariamos de confirmar se os documentos solicitados palo Oficio n°45 ja
foram enviados ao FNDE/MEC. Em caso positivo, favor enviar o numero do
aviso de recebimento por e-mail, bem como quais tipos de ações foram
solicitadas pelo municipio (Proimancia, Novas Construções, Reformas ou
Ampliações).
Caso a documentação nao tenha sido enviada, favor tomar as providencias necessarias ate o dia 30/03/2008.
Os documentos devem ser acondicionados em envelope lacrado, constando os seguintes dizeres "PAR - MUNICIPIO DE ...", encaminhado para o seguinte endereço:
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/FNDE
Diretoria de programas e projetos educacionais - DIRPE
SBS Quadra 02 - Bloco F- Edifício Áurea´- Sobreloja
Brasilia DF - CEP 70.070-929
Quaisquer dúvidas podem ser sanadas por ·telefone, no numero 61-3966-4400 das 08:00 as 19:00 durante os dias úteis.
Atenciosamente,
Laís dos Santos
http:/

###################
DOCUMENTO 03

--Subject: FNDE- Orientações Infra estrutura PAR1 PROINFANCIA CEARA
Date: Wed, 26 Mar 200815:11:02 -0300
From: carla.damasceno@fnde.gov.br
To: educacaoacarape@hotrnail.com; educacao@aquiraz.gov.br;
sec_educa@yahoo.com.br; educbanabuiu@ig.com.br; ab. roma@bol.com.br;
mariadiascavalcantevieira@yahoo.com.br; caniniaeu@pop.com.br;
jeoducerro@brisanet.com.br; educacaochorozinho@yahoo.com.br;
joselitamcb@yahoo.com.br; verenicehf@yahoo.com.br; sme-ico@hotrnail.com;
marfove@hotrnail.com; pmipu-ce@bol.com.br

Encaminhamos em anexo documenta~ao complementar ao oficio recebido com
relação às ações de infraestrutura (construção, ampliação e reforma) que
consiste em:
Relatorio de vistoria do terreno - formulario a ser preenchido e assinado por engenheiro informando sobre as condições de infraestrutura do terreno ou obra
existente;
Nota Tecnica 01 - esclarecimentos dos itens solicitados atraves do Oficio 045,
046 ou 047/2008.
Arq. Carla Maciel
CGAAP- Analista de Projetos


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DOCUMENTO 04

Subject: FNDE- Orientações sobre terreno - NOVAS CONSTRUÇÕES
Date: Thu, 27 Mar 2008 16:37:42 -0300
From: carla.damasceno@fnde.gov.br
To: educacaoacarape@hotmail.com; educacao@aquiraz.gov.br;
sec_educa@yahoo.com.br; educbanabuiu@ig.com.br; ab. roma@bol.com.br;
mariadiascavalcantevieira@yahoo.com.br; caniniaeu@pop.com.br;
jeoducerro@brisanet.com.br; educacaochorozinho@yahoo.com.br;
joselitamcb@yahoo.com.br; verenicehf@yahoo.com.br; sme-ico@hotmail.com;
marfove@hotmail.com; pmipu-ce@bol.com.br

Encaminhamos em anexo - Tabela com indicação de dimensões mínimas dos
terrenos para os projetos padrao FNDE
CGAAP- Analista de Projetos
Arq. Carla Maciel
61 3966-4350


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DOCUMENTO 05

Projeto padrão/ Dimensões mínimas do terreno/área mínima do terreno

Rural - 01 sala de aula 50,00m x 60,00m 3.000,00 m2
Rural - 02 salas de aula 50,00m x 60,00m 3.000,00 m2
Urbana - 04 salas de aula 80,00m x 60,00m 4.800,00 m2
Urbana - 06 salas de aula 80,00m x 60,00m 4.800,00 m2
Urbana - 08 salas de aula 80,00m x 100,00m 8.000,00 m2
Urbana - 10 salas de aula 80,00m x 100,00m 8.000,00 m2
Urbana - 12 salas de aula 80,00m x 100,00m 8.000,00 m2
Infantil (tipo Proinfancia) 40,00m x 70,00m 2.800,00 m2


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DOCUMENTO 06

Prefeitura Municipal de Ipaumirim
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCACAO
Centro de Treinamento Prof. Jose Holanda, Vila Sao Jose, s/n
Ipaumirim-CE
CEP· 63.340-000

Ipaumirim, 07 de abril de 2008

Ofício 45/2008

Com os nossos cordiais cwnprimentos, informamos que a documentação solicitada pelo Ofício n°.45/2008/GM-GAB, de 29/02/2008, já foi enviada ao FNDE, via correios, em31/03/2008, como nO.de Protocolo de AR SE 92586692 1 BR - Brasilia.
Informamos ainda que, referente a documentação enviada faltaram as plantas baixa das escoIas: EEF.Dr. Jarismar GOonçalves Melo, EEF. Vicente Felizardo Vieira e das Creches: Tio Chico (que funciona na EEF. Benevenuto de Almeida Cavalcante) e Creche Fazendinha (que funciona na EEF. Maria Zenira Gonçalves Gomes); e a documentação completa da EEFM. Dom Francisco de Assis Pires (Escola do Estado).
A referida documentação está sendo providenciada para que seja enviada.
Atenciosamente,
Maria de Fátima Osório Vasconcelos
Secretária Municipal de Educação
http://sn108w.snt108.mail.live.com/demult.aspx?ITlFinbox
quarta-feira,

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DOCUMENTO 07

segunda-feira, 31 de maio de 2010

ESCOLA EM IPAUMIRIM - A Prefeitura Municipal de Ipaumirim, por meio da Comissao Permanente de Licitação, divulgou 0 aviso de anulação do processo
licitatório (tomada de preços - n° 2010.04.30.1.), cuja obra realizada seria uma escola na
sede de Ipaumirim em atendimento ao Programa Nacional de Reestruturayao e
Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantill ProinIancia, celebrado com
o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.
SEM ESCOLA EM IPAUMIRIM - A anulação do processo aconteceu por conta de
irregularidade encontrada na elaboração das Planilhas orçamentárias constantes nos
Projetos de Engenharia As informações foram publicadas no Diario Oficial do Estado
de 21 de maio.
Fonte: : http://www.icoenoticia.coml2010l05lrapidinhas_31.htmj/
Postado por Maria Luiza as 09:35 0 comentarios 1":"


NÃO VIERAM OS SEGUINTES DOCUMENTOS;
08 - Artigo Publicado no Diario Oficial do Estado
09 - DVD com a planta do terreno
OBS: Não publicamos o outro documento, de 09.06.2010, porque não veio assinado.

O direito de resposta é garantido em nosso blog que está sempre aberto às questões de interesse de Ipaumirim que envolvam a comunidade e as instituições, nunca a pessoa física.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

entrei no twitter

@luizaipaumirim

Finalmente quebrei minha resistência e decidi entrar no twitter. Por enquanto, vou aprendendo. Vamos contabilizar os micos que não serão poucos.

José Saramago (1922 - 2010)



José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.

No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.

Fonte: http://www.caleida.pt/saramago/biografia.html

Um em cada dez gays é portador de HIV, diz pesquisa


Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Ministério da Saúde traça um retrato preocupante da incidência do HIV no público homossexual masculino. Entre homens gays com mais de 18 anos, ouvidos em dez grandes cidades do País, 10,5% têm o vírus. Os dados mostram que as chances de transmissão são maiores nesse segmento, embora, para o governo, não seja possível falar em grupo de risco, pois há contaminação em todas as faixas da população.

“O Brasil, claramente, tem um aumento gradual do HIV em heterossexuais. Mas ainda há um perigo maior entre os gays”, constata a diretora do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do ministério, Mariângela Simão.

Embora o recorte estatístico seja distinto, dados coletados pelo governo evidenciam a concentração da epidemia. A estimativa é de que, no geral, 0,8% dos homens de 15 a 49 anos estejam infectados no País. Um homossexual tem 11 vezes mais chances de se tornar soropositivo e 18 vezes mais de desenvolver aids que um heterossexual.

No estudo, foram ouvidos 3.610 homens em Manaus, Recife, Salvador, Curitiba, Itajaí (SC), Santos, Belo Horizonte, Campo Grande, Rio e Brasília. Além dos que se assumem homossexuais, houve entrevistas ainda com bissexuais e garotos de programa, classificados como HSH (homens que fazem sexo com outros homens).

Os dados mostram que os gays têm maiores escolaridade e renda, percebem mais os riscos de infecção, acessam mais os serviços de saúde e fazem mais testes de HIV. Embora usem camisinha na mesma proporção que os heterossexuais, os gays têm mais relações casuais (a média é de 9,8 parceiros por ano), o que ajuda a explicar o percentual de infectados.

Questionados, 79% responderam ter mantido relação sexual casualmente nos 12 meses anteriores à pesquisa, contra 34% dos homens em geral, entrevistados em levantamento feito em 2008 pelo ministério. Nos dois casos, só a metade se protegeu em todas as relações sexuais do período. Entre os gays, a prática de se prevenir aumenta com a idade, o que, segundo o ministério, tem a ver com aspectos comportamentais.

“O jovem se sente mais protegido pela juventude. Outra questão é que não viu a face da morte ligada à aids”, comenta Mariângela.

Os gays de 18 e 24 anos, conforme a pesquisa, usam menos preservativos nas relações casuais que os hétero da mesma faixa etária: 54,3%, ante 57%. Nas relações com parceiros fixos, o retrato é o mesmo: 29,3%, contra 34,6%, respectivamente.

Fonte: http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2010/06/18/

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Gol da Argentina!

Evolução da bola


Peguei no Jacaré banguela e trouxe pra vocês. São todas as bolas utilizadas na copa do mundo desde 1930. Se quer ver detalhes vai no site:
http://www.nytimes.com/interactive/2010/06/06/magazine/20100606-world-cup-balls.html
e vai ver cada uma delas com mais algumas informações complementares.

Seleção portuguesa

Portugal também não gostou do desempenho da sua seleção.

POIS. «"A Costa do Marfim queria que a gente arriscasse e assumisse o jogo, mas fomos inteligentes." Os norte-coreanos, malandros, também vão querer que a gente jogue, mas vamos ser inteligentes, não jogamos. E, isso, não jogar, esta selecção de Queiroz sabe fazê-lo melhor do que ninguém.»

© Ilídio Martins
15.6.10

AI NOSSA SENHORA. Claro que uma derrota teria sido pior, e até nem estivemos longe disso. Mas os argumentos que justificam a má prestação portuguesa no primeiro jogo do Mundial — a Costa do Marfim estava muito fechada, havia que não cometer erros, era preciso defender bem — não me convencem. O que se viu foi uma selecção a jogar devagar e devagarinho, a errar passes como uma frequência impressionante, e a perder sistematicamente a bola para o adversário. Resumido, o futebol praticado pelos portugueses chegou a ser aflitivo. Pode ser que me engane, mas adivinha-se uma humilhação frente à Coreia do Norte, que hoje demonstrou ser bem melhor que Portugal.

14.6.10

FUTEBOLÊS. «Quando um especialista fala no "falso ponta-de-Iança" quer insinuar que o genuíno ficou retido no trânsito? Os "problemas nos flancos" têm alguma relação com a dor ciática? Um "médio-ala" remete para a expressão" ...que se faz tarde"? O avançado que "joga melhor sem bola" não será alguém que escolheu a profissão errada? O futebolista a quem "falta cultura" é um desgraçado que confunde Tolstoi com Turgueniev? O "jogo apoiado" significa que os espectadores aplaudem ambas as equipas? As "deficiências no balneário" prendem-se com chuveiros avariados? Se uma equipa inicia um desafio em "baixa pressão" é provável que chova na segunda parte?»

Fonte: http://ilidiomartins.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Médicos testam sistema que alerta epilético antes de ataques

Técnica daria 'sinal de alerta' a paciente antes da crise
Médicos australianos estão testando um sistema com sensores elétricos dentro do crânio para alertar pacientes epiléticos antes que eles tenham ataques.

Os sensores enviam mensagens a um dispositivo implantado no peito do paciente, que por sua vez manda sinais a um pager que alerta o paciente sobre o ataque iminente.
Segundo Mark Cook, um dos integrantes da equipe do Melbourne St Vincent Hospital, em Melbourne, se funcionar, o sistema representará um “avanço impressionante”.
"Nunca imaginamos que seríamos capazes de prever ataques epiléticos dessa maneira", disse.
"Se funcionar como esperamos, (o sistema) vai transformar a vida de muitas pessoas."

Eletricidade

A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico que pode provocar convulsões repentinas, perda de consciência e outros sintomas.
Os eletrodos instalados dentro do crânio do paciente comunicam quaisquer mudanças na atividade elétrica do cérebro ao dispositivo no peito.
A ideia é que o aviso do pager dê ao paciente tempo suficiente para tomar remédios ou alertar amigos e a família.
A primeira pessoa a testar a nova técnica é Jason Dent, de 26 anos, que mora na cidade de Hobart, na Austrália.
Dent sofre de uma forma grave de epilepsia que não pode ser controlada com remédios ou procedimentos cirúrgicos.
Sua mãe, Helen Crossin, está esperançosa.
"Se soubesse que ele estava seguro, eu poderia relaxar um pouco mais", ela disse.
Crossin acrescentou que seria maravilhoso, para o filho, poder ter algum controle sobre a condição que o aflige a vida toda.
A companhia americana que está desenvolvendo o novo sistema disse esperar que ele esteja disponível no mercado dentro de cinco anos.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/06/100615_epilepsia_mv.shtml