terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Pense nisso em 2014




"nenhum homem é livre enquanto outro estiver aprisionado". 
Pequeno Soba no livro Teoria Geral do Esquecimento, 
de José Eduardo Agualusa


Canção de fim de ano

AntonioMaria 
Antônio Maria

Que dia maravilhoso haverá, aquele em que for possível telefonar para os melhores amigos e dizer-lhes que houve um ligeiro engano, que não teria sido preciso escrever coisa alguma? E que, dali em diante, nada mais se escreverá, a não ser os nomes e os números necessários das pessoas e das coisas.

Que boa impressão a de ser-se uma parte do coral, um grito em meio às vozes que clamam o gol, um gemido noturno, entre os muitos e repetidos gemidos, na imensa e fria sala do hospital de indigentes! E que absurda e amiga paz a de saber-se que a lua e a flor, o rio e a queixa, nada foi mais lua ou flor, mais rio ou mais queixa, por causa do que se disse. A própria mulher foi sempre bela ou fêmea, antes e a salvo da minha poesia e das minhas mãos!

Vivi entre o que viveu. Fui multidão e povo, um lugar ocupado, uma rescendência de suor, uma voz que pediu licença, um olhar que mendigou prazeres e uma parte milesimal dos pés que povoaram. Das minhas mãos, prefiro não contar, a não ser na custosa confissão de que foram mãos vadias. De bem, fizeram a bênção e o carinho... mas o carinho é vadio e, em toda vez que se aparta de Deus, é proibido. Prevalece, portanto, o existente da multidão, o corista, aquele que não foi o solista de beleza alguma e que, por isso, se sente irresponsabilizado dos erros de maneira especial e destacada!
Sou o rosto fora de foco de uma fotografia em que dezenas de pessoas aparecem em segundo plano. Posso ter ou não a barba crescida; posso trazer ou não uma flor no peito; posso chorar até, e ninguém botará reparo. A fotografia passará de mão em mão e todos os que comigo estiverem desfocados só serão odiados quando não houver mais nada a odiar em primeiro plano.

Só assim é — se o homem real e constante — o que sente o gosto e o cheiro da vida. A maioria se evade de sua condição real, para fazer ou imitar o êxito. Entretanto, só o êxito casual é verdadeiro. Exemplo de êxito casual: a beleza. Exemplo de beleza: a mulher bela. Uma mulher sentou-se à minha frente. Tinha luz própria... E tanta, que um fanal de evidente claridade iluminou minhas mãos, quando em gestos inúteis (as mãos) procuravam supor os seus múltiplos encantos. Mas não me quero perder além do homem real e constante, portanto, desenvolto.

Só farei, sem pudor e remorso, aquilo que fizer com desenvoltura. Principalmente, a poesia e o amor. O amor ou é desacanhado, destro, irrefletido... ou é suor. A poesia também. Por isso volta-se a multidão, vivem-se as imunidades corais e espera-se a vinda casual da poesia e do amor.

Sou o homem real, que sua, que mente, que disfarça, que teme, que inveja e cobiça. Tive e tenho os meus momentos de suicida. Não gosto que me conheçam aquém e além de um homem constantemente exposto ao erro e ao crime. É dever do ser humano pressentir em seu semelhante um sem-número de intimidades inconfessáveis. O grande e verdadeiro amor ao próximo é aquele que ama os erros mostrados e pressupostos.

Além da verdade, só existe a multidão, que exime o homem das proclamações e o ampara das conseqüências de sua coragem. Depois de cumprida a Verdade, ter-se-á conquistado o silêncio. "O silêncio alcançado à custa de sempre dizer a mesma coisa" (João Cabral de Melo Neto).

Só creio em dois estados de lucidez: o dos bêbados e dos poetas. Ambos são negados. Mas essa negação ainda não é a definitiva. Lucidez não é, por exemplo, comprar-se uma vitrola por cem dólares e se vendê-la por vinte contos. Isto seria melhor chamado de "paciência"... ou "organização"... ou ainda "paciência organizada". Lucidez não é ainda ir-se hoje para Brasília e voltar-se, daqui a três anos, com cem milhões. A isto eu chamaria de "disciplina para fazer o fácil". A grande lucidez dos poetas estaria, por exemplo, neste verso de Fernando Pessoa: "Em tudo quanto olhei, fiquei em parte". A lucidez dos bêbados é difícil de defender, porque existem mil bêbados diferentes na humanidade. Mil que partem de dois: o bom e o mau. Ambos são lúcidos e, se um desagrada, é porque sua natureza repele o estado angelical e luzente da bebedice.

O conhecimento incessante da verdade faz com que o homem caminhe para o anjo. Chegarão primeiro os que mais depressa conheceram ao seu semelhante, tanto quanto a si mesmo. Nunca foi impossível o exato conhecimento próprio. É necessária, porém, a coragem bastante, para que cada qual se veja e se pegue, se espie e se apalpe, em cada um dos seus mais íntimos espaços físicos e morais. Que as constantes feiúras a encontrar não nos retraia os olhos (no caso, o sentir) e as mãos. Depois, será mais fácil conhecer-se o próximo. E depois, então, mesmo que se minta, só se saberá da utilidade e do consolo da verdade. Faltará ânimo para o fingimento e a fuga, quando acreditarmos em que ninguém engana ninguém e em que somos capazes de conhecer o próximo, desde o instante inicial do primeiro conhecimento.

A sintomatologia do mal é evidente e constante. O homem mau ri errado. Por isso, deve-se viver em multidão. Falar e rir em coro, andar e parar em batalhões. Viver entre os que, simplesmente, estiverem vivendo. A vida coral nos alivia da obrigação do êxito, do êxito que é casual (e verdadeiro) ou é fabricado e cínico. Desconfiai dos feitos que são repetidamente comemorados com jantares e missas de ação de graças!

É esta uma simples canção de fim de ano. Escrevia, confessando-me e comprometendo-me em cada uma das minhas pequenas descobertas. Se não atingi, rondei mais das vezes a insolente verdade dos homens e das coisas. Em vez disso, escreveria uma crônica de Natal... Mas, em tudo o que eu dissesse do Nascimento de Cristo e fraternidade humana, correria o erro constante de repetir: "Natal, Natal, bimbalham os sinos...".
14/12/1956

O texto acima foi extraído do livro "Com vocês, Antônio Maria", Editora Paz e Terra - Rio de Janeiro, 1994, pág. 134.
Fonte: http://www.releituras.com/antoniomaria_cancaofimdeano.asp

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O dia de Cristo (Mauro Santayana)

(JB) - Há pouco mais de dois mil anos, em uma terra seca e pedregosa, coberta de desertos e montanhas, e dominada por feroz e grande império, viveu um homem, filho de carpinteiro, que chicoteava hipócritas e derrubava moedas pelas escadas dos templos, abria os olhos de cegos e lavava os pés de prostitutas e mendigos, fazia os aleijados andarem, ressuscitava mortos e alimentava de pão e palavra os famintos.    
Seria bom que a Igreja, aproveitando a presença inspiradora de Francisco, instituísse, sem acabar com as que  existem, nova data para lembrar esse homem, que foi coroado de espinhos e cravado a uma cruz de madeira, para enfrentar seu destino.  
Nessa data – que poderíamos chamar de O Dia de Cristo - não comemoraríamos o seu nascimento nem lembraríamos a sua morte, mas apenas praticaríamos seu exemplo.
Não faríamos uma ceia em nossa própria casa, mas em casa alheia, de preferência em uma creche ou asilo, ou de uma família pobre e humilde.
Não presentearíamos ninguém que conhecêssemos, mas desconhecidos, de preferência aqueles que estivessem sozinhos, longe de sua família ou de seu país e sem abrigo.
Distribuiríamos rosas e sorrisos – sinceros sorrisos – ou faríamos mágicas, ou serestas, nas praças decadentes dos centros antigos de nossas grandes cidades, para prostitutas velhas.
Rezaríamos, no lobby dos hospitais, não para os nossos doentes, mas para os doentes alheios, junto com suas famílias.
Visitaríamos, no cemitério, não os nossos mortos, mas as valas comuns dos indigentes, e os túmulos com datas muito antigas, das famílias que já se acabaram ou em que só conste um nome, dos que não souberam quem foram seus pais ou não tiveram filhos.  
Já existem pessoas que levam sopa aos viciados, visitam creches e abrigos na periferia, fazem rir crianças enfermas, oram nos hospitais com os que estão morrendo sozinhos e com famílias que não são as suas.
Mas esses cristãos, tocados em seu coração pela mão do Nazareno, ainda são poucos, em um mundo em que mais e mais pessoas se deixam embriagar pelo sucesso, e preferem perder dias e noites acordados em uma fila para comprar um novo  console de jogo ou telefone, do que passar meia hora, em um hospital público, lendo um livro para uma criança com câncer.
Eles se escondem, na multidão anônima, como os cristãos das catacumbas. São apontados de longe, pelos que rezam mais pela sua própria prosperidade, do que por qualquer outro ser humano - como peças que emperram a engrenagem imutável e imortal de uma igreja enrijecida, e em alguns círculos, chegam a ser  excomungados pelo que falam e praticam.
Quem sabe, com a criação de um Dia de Cristo - que poderíamos comemorar pelo uma vez a cada ano, e depois multiplicar a data como fez Jesus, com os peixes e pães - esses cristãos passem a ser vistos de outra forma.
Quem sabe, sobre eles se erga outra Igreja, ou sirvam de pedreira bruta para construção de uma nova.

Uma Igreja sem outros templos do que o coração humano.  Sem outro altar do que o olhar do próximo. Sem outras velas do que o calor e o brilho da solidariedade. Sem outras vestes, do que a que se dá a quem não tem nenhuma. Sem outro vinho do que o sangue que se doa a um enfermo. Sem outra hóstia que o pão que se coloca na boca do faminto, sem outra oração do que a de um sorriso que se compartilha com um irmão.
Fonte: http://www.maurosantayana.com/

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

National Geographic seleciona melhores fotos de 2013


O Urso de Gelo, de Paul Souders
Esta incrível imagem de um urso polar emergindo do mar congelado na baía de Hudson, do fotógrafo Paul Souders, ganhou o prêmio principal no concurso de fotos deste ano da National Geographic.

 
Juntos, Sozinhos. Foto de Cecile Baudier
O concurso anual de fotos atraiu mais de 7 mil imagens feitas em 150 países. Os fotógrafos concorreram em três categorias: pessoas, lugares e natureza. Esta imagem é dos gêmeos idênticos Nils e Emil, de 15 anos, da dinamarquesa Cecile Baudier - a ganhadora na categoria "Pessoas".


A grande estrada até o raiar do dia, de Adam Tan
Adam Tan venceu na categoria "Lugares" com esta imagem de uma mulher carregando sua filha em uma cesta, durante uma manhã de neblina na China.


Ninho de corvo, por Yosuke Kashiwakura
O júri também distribuiu menções honrosas, como para Yosuke Kashiwakura, reconhecido por esta foto que tirou de um ninho de corvos em Tóquio.


Rinoceronte indiano, inverno canadense. Foto de Stephen De Lisle
Um rinoceronte indiano, longe de casa e preso dentro do melancólico inverno do zoológico de Toronto. Esta foto de Stephen De Lisle recebeu menção honrosa na categoria "Natureza".


Pássaros fotografados por Réka Zsirmon
Outra imagem de natureza que recebeu menção honrosa foi a de Réka Zsirmon, feita no rio Danúbio, na Hungria.


Vacas e pipas, por Andrew Lever
"Eu estava dirigindo na estrada ao longo do litoral e percebi esses touros tomando banho de sol em uma praia vazia", disse Andrew Lever, que recebeu menção honrosa na categoria "Lugares".


Cemitério, por Julie Fletcher
Julie Fletcher também foi reconhecida na categoria "Lugares". "Não havia chuva ou vento, mas na distância o céu parecia carregado e bravo, colocando sua ira sobre este cemitério de árvores mortas, em um lago que costuma ficar bastante seco", explica ela.


'Arabic' no Gambia, foto de Bisig Maurin
A foto feita por Bisig Maurin de uma nova-iorquina de 13 anos de idade foi feita no Gambia, na África, e recebeu menção honrosa na categoria "Pessoas".


Vida ao longo do rio poluído, por Andrew Biraj
Um menino brinca com balões no rio Buriganga, com fumaça ao seu redor, neste lixão em Dhaka, capital de Bangladesh. A foto é de Andrew Biraj.


Laurentiu, de Aurélie Geurts
"Esta foto é parte da minha série ëFrumoasaí. 'Frumoasa' é romeno para 'beleza'", diz a fotógrafa Aurélie Geurts.


Francesca, de Michele De Punzio
Michele De Punzio tirou esta foto de uma amiga sua, Francesca, em um carro parado no semáforo.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/12/131222_galeria_natgeo_dg.shtml
Fonte:  http://assisprocura.blogspot.com.br/

Como pudemos ter vivido tanto tempo sem Francisco?

pope

Um exército de um homem só
Uma das tantas coisas boas de Francisco, nestes seus primeiros meses de papado, foi ter falado amigavelmente de ateus.
Não que fosse necessário isso para que eu, um descrente total, o admirasse intensamente.
O que me encantou rapidamente em Francisco foi a energia, o entusiasmo, a coragem com que ele se entregou, desde o primeiro dia, à luta contra a desigualdade social.
Sua devoção aos pobres e aos desvalidos é uma das coisas mais lindas e inspiradoras destes nossos tempos.
A inclusão de ateus na retórica papal rompe um paradigma milenar. O que ele está dizendo é que quem acredita em Deus não é melhor que quem não acredita.
Esta a beleza sublime da mensagem.
Ao estudar as religiões, o filósofo inglês Bertrand Russell notou que o judaísmo inovou na ideia de “povo eleito” e de que o Deus dos judeus era melhor que os outros. A partir daí, sucessivas religiões começaram a guerrear para provar que seu Deus é que era o melhor de todos.
Francisco elimina esta fonte eterna de discórdia e ódio.
O mundo, tal como está hoje, caminha para o colapso. Um planeta tão desigual é, simplesmente, insustentável.
A ganância predadora cobra um preço terrível do meio ambiente – outro assunto incorporado, oportunamente, à agenda papal.
Guerras eclodem o tempo todo.
A conta de tantos desatinos é paga por crentes e ateus, indistintamente. Daí a sabedoria colossal de Francisco ao dizer que crentes e ateus devem se unir pela paz. E contra a ganância. E por um mundo menos desigual.
Você pensa em Francisco e que sentimentos o assaltam? Cito alguns. Amor, generosidade, solidariedade, tolerância, compreensão, simplicidade, modéstia. Que magnífico exemplo para todos nós, crentes e ateus.
Certos homens, raros, são um exército em si mesmos.
Eles mudam tantas coisas tão rapidamente que você se pergunta como o mundo pôde existir sem eles.
Francisco, talvez o maior de todos os papas desde sempre, é um deles.
 (Paulo Nogueira)
Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-pudemos-ter-vivido-tanto-tempo-sem-francisco/


Feliz 2014

Quero

Senhor neste

Natal, armar uma

árvore, dentro do meu

coração, e nela pendurar, em

vez de presentes, os nomes de

todos os meus amigos. Os antigos e os

mais recentes. Os de perto e os de longe.

Os que vejo a cada dia, e os que raramente

encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes

ficam esquecidos. Os das horas difíceis, e os das horas

alegres. Os que sem querer magoei ou sem querer me magoaram.

Aqueles que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus

amigos humildes e meus amigos importantes. Os nomes de todos os que

já passaram pela minha vida.

Especialmente os que já partiram

e que me lembro com tanta saudade.

Que o natal esteja vivo,

em cada dia do ano novo.

 Fonte: http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Que presentes dar, por Frei Betto



A vida é breve; brevíssima. Eis que o Natal, de novo, chega. Se outrora a vida nos parecia mais longa, não se deve a que as pessoas morriam mais cheias de anos. Pelo contrário. Hoje, nossa idade média dilata-se graças aos avanços da medicina, do saneamento público, dos excessivos cuidados com o corpo, propalados e propagados.

Tudo faz mal à saúde, do cigarro ao ar que se respira, do sedentarismo aos alimentos envenenados pelos pesticidas. Até que se descubra como viver sem comer e respirar, vamos sobrevivendo entre percalços e esperanças.

Antes, os dias tinham ritmo cadenciado. Cada coisa no seu lugar — a casa, a cidade, o país, o mundo. E no seu tempo: infância, estudo, juventude, casamento, trabalho, aposentadoria. Hoje, tudo se embaralha.

O mundo invade nosso lar pela tela de TV, as crianças presenciam atos sexuais antes de saberem o que é sexo, a publicidade exacerba o apetite insaciável do desejo. São tantos os apelos, as seduções e as preocupações que o tempo se nos faz breve.

Outrora, se um parente adoecesse em outra região do país, a notícia chegava em doses homeopáticas, via correios. Agora o celular nos alcança no banheiro e na rua, no bar e na igreja. Não há tempo nem espaço.
Estamos condenados à simultaneidade. Em um único momento somos exortados ao prazer e à dor, à alegria e à tristeza, ao afeto e à indiferença.
Quando menos esperamos, as festas natalinas se acercam. O que suscita, no fundo da alma, um certo pânico. Não pelo significado do Natal, perdido nos porões da memória e escondido nos desvãos do sentimento religioso.

Falo daquela sensação que o gado experimenta remetido ao matadouro. Rumam todos num empurra-empurra, como se disputassem o privilégio de morrer primeiro. Já não são bois e vacas, mas rebanho condenado ao atavismo de trilhar o caminho do próprio suplício.

Assim vamos nós, manada humana, rumo ao consumismo, cientes de que nos arrancarão o dinheiro e a alma. Bombardeados pela publicidade, ornada com sinos, velas, neves de algodão e belas Mamães Noéis, somos impelidos a comprar o que não necessitamos e a gastar o que não podemos.

Como é tempo de férias, há que programar a viagem, a praia, o sítio, arrumar e desfazer malas, enfrentar a maratona dos supermercados (leve um livro para ler na fila do caixa) e suportar os engarrafamentos na cidade e na estrada. E os shoppings?

Ah, os shoppings! São os templos da concupiscência — palavra grega que bem expressa esse sentimento ambíguo de atração e repulsão. Entra-se fissurado e sai-se aliviado.

Por que o imperativo de dar presentes no Natal? A central única dos consumidores deveria decretar uma greve geral ao consumo. Em plena época de Natal. Não se compraria mais do que em outros meses do ano. E, em vez de presentes, daríamos carinho, atenção, alegria, apoio, solidariedade.

Os pais levariam os filhos aos hospitais para doarem, no valor dos presentes, algo indispensável aos doentes mais pobres. A família ofertaria uma cesta básica a outra carente. Seriam presenteados os sofredores de rua, os presos, os loucos, os que se tratam de dependências químicas, os portadores do vírus da Aids e os que vivem sem terra, sem teto e sem pão.

Trocar-se-ia Papai Noel pelo Menino Jesus, o shopping pela igreja, a mercadoria pela compaixão. Aquecidos pela fé, celebraríamos assim uma verdadeira festa, aquela que, no dia seguinte, não deixa ressacas de farturas, faturas e fissuras, mas enche o coração de júbilo.
Enviada por Flávio Lúcio

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL


A vida toda não é muito mais do que o amor.

Henry Matisse - Virgin and child














domingo, 22 de dezembro de 2013

Estação Baú


Som do domingo


Álbum da semana

Nota: A maioria destas fotos são originalmente do arquivo de Zenira publicadas em vários FBs, outras do FB  Lúcia Dore, FB Rosamaria Nery da Nóbrega e FB Irma Macedo. Elas foram publicadas -  uma por post - por duas razões: primeiro, porque facilita a identificação das pessoas ainda não identificadas e a inserção dos seus nomes; segundo, porque ando com muita dificuldade de postar imagens. Muitas vezes, preciso recarregar inúmeras vezes a mesma foto para conseguir publicar. Meu arquivo fotográfico das pessoas e eventos de IP está enorme, preciso organizar e não tenho tempo de forma que acredito que neste post estão fotos já publicadas no blog. Gostaria imensamente de produzir um museu virtual com as fotografias que tenho e que outras pessoas tivessem e quisessem publicar. Por enquanto, não tenho tempo mas quem sabe um dia farei isso. Bom domingo para todos.
ML

sábado, 21 de dezembro de 2013

De pé: Maria Souza, Romilda nery, Mundinha Serafim, ?, Maria Eunice Nóbrega
Sentadas: Onélia Souza, Zenira Gonçalves, Maurde Batista, Dolores Pires
Foto 1: Odilon Nery e Rosinha Saraiva
Foto 2: Odilon Nery, Rosinha e filhos (Nilda, Romilda, Dominguinhos, Edivaldo, Edmilson e Geraldo (1935)
Foto 3: já publicada.
                              Sentadas: Neuma de Euclice, Rosamaria, Maria Luiza, Socorro de Euclice, Ilma Alves.
De pé: ?, Fátima Lemos, ?, ? e Rita de Cássia Vieira
De pé: Tania Dore,  ? , Lúcia Dore
Sentados: ? , Fátima Dore, ? José Strauss
  Sentadas: Blandina, Sonia Sampaio, Geysa, Fátima Lemos, ?
De pé: Tânia Dore, Gisele, Amazonina e Lúcia Dore
                Sentados: ?, Onélia Souza, Luiz Leite da Nóbrega, Monsenhor Manuel Carlos de Morais, Zenira Gonçalves, Maria Eunice Nóbrega e Dolores Pires.
De pé: ?, ?, ? , Maria Souza, Romilda Nery, Maurde Batista, Mundinha Serafim, Jacilda Saraiva, Beatriz Barros.