terça-feira, 30 de novembro de 2010

Revisitando Ip


Passei uma semana longe do blog. Tive problemas de saúde na família. É a vida, pródiga em altos e baixos, é assim pra todo mundo. Cada um de seu jeito. Quase nunca é fácil mas a minha fé em Deus é muito maior que as minhas dificuldades. Deixemos entre mim e Ele as minhas fragilidades.
Não tive muito tempo e mantive poucos contatos fora do foco da minha viagem mas dá para repassar algumas informações.
De longe, vi a construção da ponte da Vila São José. Se o inverno chegar cedo, vai ficar difícil o acesso. Ouvi dizer que a lentidão se dá pela baixa oferta de mão de obra. Parece que a diária fica por R$ 20,00 (vinte reais) e pouca gente se sente estimulada ao trabalho por conta da remuneração. É o que dizem.
A recuperação do asfalto que faz a ligação IP - BR 116 parece feita de pó de café já utilizado. Obra eleitoreira, prontinha pra se acabar e fazer de novo. Se botar um ventilador perto, girando em velocidade média, o asfalto voa.
A cidade como sempre. Crescendo por conta própria. O bairro São Luiz com as ruas totalmente esburacadas. Ideal para rali urbano adequado a veículos com tração nas quatro rodas. Quem sabe, vira uma pista de MotoCross. Até os canos da Cagece estão descobertos em algumas vias.
Houve eleição para presidência da Câmara Municipal. Foi eleito Wilson Alves (Puíca). Além disto, a cidade só comenta as brigas e os desentendimentos que ocorrem por lá. Aquela velha e conhecida mania da politicagem de ficar ciscando nas briguinhas miúdas que longe estão do que realmente interessaria ao município. Quem sabe se o jetom das sessões tivesse o mesmo valor da diária para a construção da ponte, menos gente tivesse interesse em ser vereador e diminuíssem as querelas, havendo mais tempo para pensar na cidade. De repente, seria uma excelente estratégia de seleção natural que poderia se expandir para outras instâncias políticas.
Nem tive tempo de saber sobre a festa dos filhos e amigos de Ip no dia 18 de janeiro. Não vi o atual presidente da ACRI, Dr. Anchieta, que - vale ressaltar - teve uma administração excelente com festas muito bem organizadas. Este ano deve ter eleição para a nova diretoria. Com exceção de Zenira que idealizou e realizou as primeiras festas e é presidente de honra da entidade, está na hora de mudar o povo. Esse negócio de ficar passando de um pro outro dentro do mesmo circuito é pouco democrático, pouco produtivo e uma atitude muito antipática, fora dos propósitos da festa que é agregar mais e mais a comunidade na produção do evento. As capitanias hereditárias já acabaram faz tempo. Já basta a política de Ip não saber disto. A ACRI deve adotar outro modelo. Falo muito à vontade porque participei da fundação, sei que o propósito é ser uma entidade democrática. Além do mais, não sou, não quero e nem tenho candidato.
Pra não dizer que não falei de flores, quero parabenizar Zélia Modas pelo desfile. Muito bem organizado, a garotada muito bonita, as roupas não ficam devendo nada à moda jovem que se vê nos shoppings das capitais, muito bom gosto. Gostei de ver. Fiquei com pena porque o site que fez a cobertura, até o momento, publicou poucas fotos e eu vi pelo menos dois fotógrafos fazendo as imagens. Anderson conduziu muito bem o evento. Muito concorrido, publico bastante variado e principalmente uma juventude bonita e saudável.
A praça da igreja ficou bem bonita com a aplicação do trabalho em mosaico. Muito linda mesmo! Como eu gosto de ver coisas boas em IP!
ML

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Deu no blog Icó é notícia

TSE mantém prefeita e vice- prefeito de Orós nos cargos, até julgamento

Após ação cautelar apresentada no TSE, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Arnaldo Versiani determinou a recondução de Maria de Fátima Maciel Bezerra e Luiz Gomes da Silva aos cargos de prefeita e vice-prefeito de Orós, respectivamente, caso já estejam afastados, até o julgamento de recurso especial pelo próprio TSE.

Os dois, além da além da presidente da Câmara de Vereadores, Luanna Iria, foram cassados, nesta terça-feira (16) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). A cassação foi motivada porque o TRE julgou procedente ação de investigação judicial eleitoral ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que acusa de compra de votos nas eleições municipais de 2008.

O PEDIDO - A prefeita de Orós e o vice-prefeito apresentou uma ação cautelar ao TSE afirmando que a decisão do Tribunal Regional se baseou em provas ilícitas e não individualizou a conduta de cada um dos investigados na prática de compra de votos.

Além disso, a defesa foi de que o TRE teria julgado procedente a ação do Ministério Público “apesar de não estarem presentes os requisitos legais para a configuração de captação ilícita de sufrágio”. A decisão do TRE modificou a sentença do juiz eleitoral que considerou a ação improcedente.

A DECISÃO DO TRE - Nos autos do processo, constam que foram apreendidas, na casa de um suposto participante das campanhas de Maria de Fátima e Luiz Gomes, diversas faturas de água e de energia elétrica de moradores de Orós, com vencimentos em julho, agosto e setembro de 2008. Por meio disso, o Tribunal do Ceará entendeu provada a prática de compra de votos e cassou os mandatos da prefeita e de seu vice.

O MINISTRO - Na decisão do ministro Arnaldo Versiani, ele afirmou que, diante desse contexto, “tenho que, a princípio, se afigura relevante a questão suscitada pelos autores de que a decisão condenatória não assinalou qual a participação ou anuência deles quanto ao ilícito reconhecido pela Corte de origem [TRE]”.

O relator lembra ainda que a jurisprudência do TSE entende que a imposição das sanções relativas à compra de votos precisa se amparar em prova inabalável de que o beneficiário praticou ou consentiu com a prática das condutas irregulares.

Por esse motivo, o ministro deferiu o pedido cautelar e suspendeu os efeitos da decisão do TRE até a apreciação do recurso especial pelo TSE.

"Só a liberdade é livre"


VEM NI MIM LIBERDADE

Por Rosana Hermann


Cadê a liberdade? Aquela liberdade moleca, pé na jaca, do jeito livre de ser, de agir, de fazer o que bem se entender? Sumiu. Não está na vida real, nem na virtual. A internet passa uma falsa impressão de liberdade.

Você acha que pode falar e escrever tudo o que bem entender, quando está, na verdade, produzindo provas contra você o tempo todo. Você abre uma câmera em qualquer lugar da sua casa e já começam os delitos. Se estiver tocando uma música de fundo, tem que pagar os direitos autorais.

Já tive um vídeo do YouTube silenciado assim, apenas porque estava tocando uma música no rádio naquela hora. Se tiver um pôster na parede com a imagem de alguém, você pode ser processado pelo uso indevido dela. O mesmo acontece quando você posta uma foto de si mesmo na rua e enquadra outras pessoas.

É muito louco, não se pode fazer mais nada. Nada. Tudo é ilegal, tudo é errado, tudo acaba em briga e discussão. Enfim, acho que, com todo o alcance e todos os tradutores online, estamos vivendo Babel. Ninguém se entende. Se você tem uma profissão, tem que exercê-la 24 horas por dia, na cabeça das pessoas.

O jornalista não pode falar merda porque “fere sua credibilidade profissional”. Mas nem numa festa? Não, não pode. O professor de educação física não pode ter preguiça, o atleta não pode tomar uma cerveja, o artista não pode se vestir mal. Todos têm uma obrigação com a “imagem pública”. O humorista tem que ser engraçado o tempo todo, e, se ficar bravo com motivo, se for maltratado por uma empresa e reagir mal, vai ser achincalhado em seu talento. Como um humorista fica de mau humor? Absurdo!

Somos todos escravos dos condicionamentos, e a liberdade é uma abstração. A gente quase NUNCA faz o que realmente quer. Você come porque está na hora do almoço, vai dormir porque tem que acordar cedo no dia seguinte. Skinner, exatamente como aquelas experiências famosas dos ratinhos condicionados. Condicionados estamos todos.

Apertamos o botão, digitamos o número, entramos com a senha. Obedecemos às regras, cumprimos a lei, mudamos o horário quando o governo determina. Paramos no semáforo vermelho, damos sinal para fazer a conversão. Somos todos bons cidadãos. Claro que isso é bom, essencial para mantermos o convívio. Temos mesmo que respeitar as leis e recolher o cocô de cachorro. Mas… e a liberdade? Quando é que ela chega? A liberdade, como no filme de Buñuel, é um fantasma. Um espectro do que a gente imagina.

Uma ilusão.
Só a liberdade é livre.
Todos nós somos escravos do seu desejo.

Fonte:http://mypix.com.br/pixpocketmag/vem-ni-mim-liberdade/

sábado, 20 de novembro de 2010

AVISO


Durante alguns dias não passarei aqui no blog.
Assim que puder, voltarei.
ML

Solidariedade




Vi no blog setecandeeiroscajá e trouxe pra vcs.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A torturante construção de uma verdade torturada (Roberto Efrem Filho)

'AUDITOR NÃO PERGUNTOU QUAIS TINHAM SIDO AS SEVÍCIAS' NEM A MÍDIA NUNCA SE INTERESSOU POR ELAS...

Monumento "Tortura Nunca Mais"
Rua da Aurora - Recife - PE


Trecho: 'Em depoimento à Justiça Militar, em 21 de outubro de 1970, Dilma contou ao juiz da 1ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar que foi seviciada quando esteve presa no Dops, em São Paulo. O auditor não perguntou quais tinham sido as sevícias. No interrogatório, Dilma explicou ao juiz por que aderiu à luta armada. O trecho do depoimento é este:
"Que se declara marxista-leninista e, por isto mesmo,
em função de uma análise da realidade brasileira, na qual constatou a existência de desequilíbrios regionais [e] de renda, o que provoca a crescente miséria da maioria da população, ao lado da magnitude [da] riqueza de uns poucos que detêm o poder e impedem, através da repressão policial, da qual hoje a interroganda é vítima, todas as lutas de libertação e emancipação do povo brasileiro... [diante] dessa ditadura institucionalizada optou pelo caminho socialista"
......

Monumento: Tortura Nunca Mais


No último setembro, às vésperas das eleições presidenciais, a Folha de S.Paulo engatinhou até as barras das fardas e togas do Superior Tribunal Militar, sob o intuito de revelar o mistério sangrento que ela julga existir no passado de Dilma Vana Rousseff. A partir da revelação midiática de verdades presentes nos processos militares, a Folha intentava, naquele momento, solapar a candidatura da petista, incrustando definitivamente em Dilma o estigma de terrorista.
Nesta quarta-feira, dia 17 de novembro, o jornal em questão anunciou, em matéria de capa, sua aparente vitória: o STM decide pela abertura pública do processo sobre a presidente eleita. Em alguns dias, os meios de comunicação divulgarão seus recortes das informações constantes naqueles documentos empoeirados. O que revelarão? A torturante construção de uma verdade torturada.

Foucault definiu a tortura como um mecanismo de produção de verdades. Nela haveria algo de inquérito, na medida em que através da violência se investiga ou se cria um acontecimento, mas também persistiria algo de duelo, de modo que o torturado digladia com o torturador, resiste à dor, silencia ou rejeita acusações, desafiando a força absoluta que contra ele se impõe. A tortura constrói verdades ao tempo em que o torturado é levado à exaustão da confissão oficialesca ou à incapacidade profunda de afastar de si incriminações ou fatos, ainda que se negue a confessar. O torturador entra no jogo vencendo e sai dele auto-proclamadamente vencedor. O torturado, mesmo resistindo, resta destroçado, julgado e condenado do início ao fim do processo, perdedor.

Parte das verdades que os meios de comunicação pretensamente descortinarão nos próximos dias foram construídas segundo crudelíssimos estratagemas de tortura. Outra parte, se não obtida na atitude imediata da mão torturadora, constitui-se de argumentos criados para respaldar a tortura posterior. Emergirão, assim, das letras de oficiais torturadores e da edição dos meios de comunicação, fatos esculpidos a sangue pelo próprio aparelho repressor. Dilma Rousseff foi torturada durante anos sobre os cadafalsos internos e opacos da ditadura – a qual a Folha designou, noutro momento, como “ditabranda”. Duelou, contundente, com um Regime que a obrigou a mentir para proteger as vidas de novos possíveis torturáveis, como ela própria atestou no memorável discurso de resposta ao senador Agripino Maia (DEM - RN), quem, àquela ocasião, numa reunião de uma comissão parlamentar, levantava suspeitas acerca da honestidade da então ministra. Dilma, contudo, nada guarda de perdedora.

Aqui, acredito, encontram-se vestígios do que movimenta a Folha de S.Paulo e os interesses a ela associados. Porque apesar de matérias de capa e decisões judiciais, alguns setores sociais historicamente vencedores – ou “dominantes”, para utilizar a expressão da melhor tradição marxista – não andam vencendo o bastante neste país. Esses setores se valem da manipulação retórica das bandeiras políticas de movimentos democráticos, como a da abertura dos arquivos da ditadura, convertendo-as em alavancas para o ataque à opção popular. Basta relembrar a oposição desses mesmos setores às propostas do PNDH 3 a esse respeito e o mencionado oportunismo virá, constrangido, à tona. A abertura dos arquivos, afinal, trata-se originariamente de uma investida democrática contra os segredos de déspotas e não de um afã punitivo sobre pessoas que se levantaram contra o autoritarismo, as quais, a despeito de terminologias seletivas e conservadoras, nada têm de “terroristas”.

Militares e militantes, é verdade, estavam em lados opostos de um mesmo conflito. Entre eles, no entanto, faz-se impossível comparar responsabilizações. Não se encontravam numa “guerra justa” – se é que isso já existiu! – porém em meio a um processo categoricamente assimétrico, em que um Estado, aí sim, terrorista, mobilizava suas truculentas estruturas por cima de agrupamentos de homens e mulheres, todos em sua maioria jovens, como era o caso de Dilma Rousseff, contestadores daquela ordem arbitrária. Se alguns desses grupos e pessoas praticaram, como alguns alarmam, assaltos a bancos ou seqüestros – e não se tem, até hoje,
comprovação de que Dilma é uma dessas pessoas – e se desses atos resultaram, por exemplo, mortes acidentais, a quem caberia, enfim, a culpabilização? A realidade daqueles anos, torturada tal qual a verdade extorquida e recriada nos porões, muitas vezes exigiu mais daqueles militantes do que é humanamente exigível de qualquer um dos filhos da minha geração estudantil. Seria deles então a culpa? Poderia ser Dilma Rousseff chamada de assassina? Não. Do contrário, estaríamos nós convergindo para mais uma confissão oficialesca, uma verdade dolorosamente produzida, uma ficção estruturada sobre um passado que querem brando e solenemente esquecido.



Roberto Efrem Filho é mestre em direito pela UFPE e docente do Departamento de Ciências Jurídicas da UFPB.
Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/a-torturante-construcao-de-uma

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Relaxe.........


Em uma Vara Criminal no interior do Estado da Bahia, o Juiz vê duas moças esperando sentadas na Sala de Audiências do Fórum.

Ao ver o primeiro processo da pauta do dia, que é sobre um crime de estupro, ele pergunta para as duas :

- As senhoras foram ARROLADAS no processo ?

No que rapidamente uma fala :

- Doutor, eu sou apenas testemunha. A RÔLADA FOI NELA.!


Fonte: http://www.setecandeeiroscaja.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

TRE-CE cassa mandato de prefeita e vice-prefeito de Orós, que terá novas eleições


Mudanças no executivo e legislativo oroense. Na noite desta terça-feira (16), Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) cassou os mandatos da prefeita de Orós, Fátima Maciel (PSB), e do vice-prefeito Luis Gomes, além da presidente da Câmara de Vereadores, Luanna Iria, filha da prefeita.

O motivo da cassação foi o abuso do poder econômico e a decisão provoca novas eleições para o município vizinho. A decisão do TRE-CE impõe o afastamento imediato e o cargo de prefeito será exercido, temporariamente, pelo vice-presidente da Câmara Municipal.

A AÇÃO - A apreciação do Tribunal, que teve votação de três a dois, foi uma ação de cassação movida pelo jurista Vicente Aquino, em nome de Eliseu Batista Filho, segundo colocado nas eleições municipais de 2006.

A decisão ainda cabe recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a prefeira, o vice-prefeito e a presidente da Câmara Municipal poderão recorrer fora dos cargos.

Fonte: http://www.icoenoticia.com/2010/11/tre-ce-cassa-mandato-de-prefeita-e-vice.html

M a r a v i l h aaaaaaaaaa. Veja!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Que legal!

Encontrei no blog Querido Leitor (http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/ )
Entra neste endereço http://bit.ly/musicadoseudia
Clica no mes do seu aniversário e a seguir no dia e ano, daí vc vai encontrar a música que fazia sucesso quando você nasceu. A minha foi esta:


Até que gostei. Se interessar, vai lá e procura a que vc quer.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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sábado, 13 de novembro de 2010

Pesquisadores do Projeto Memoria das Ruas de Ip visitam a Câmara Municipal

Os pesquisadores do projeto Memória das Ruas de Ipaumirim visitaram a Câmara Municipal em busca de informações para sua pesquisa. Participaram da visita os alunos do 4º ano da Escolinha Estrela Guia acompanhados pela professora Franceilda Jorge.
Os visitantes foram recebidos pela Presidente da Câmara Municipal de Ipaumirim, vereadora Joselba Diniz, que os atendeu com deferência e prestou um serviço inestimável à comunidade estudantil.
As fotos publicadas a seguir estão no blog da instituição com mais imagens e detalhes da visita( http://www.escolinhaestrelaguia.com/ )
Agradecemos especialmente a Cleidinha que fez a publicação no blog da escola e nos informou com alegria o sucesso da visita.

Presidente de CMI, vereadora Joselba Diniz, apresenta documentos originais aos pesquisadores


Vereadora Joselba Diniz recebe das mãos do aluno Iuri de Menezes, uma cópia do Projeto Memória das Ruas de Ip

Reunião da Presidente da CMIp com os pesquisadores e sua orientadora profa. Franceilda Jorge
Leitura de mapas e documentos

Apresentação dos livros oficiais da Prefeitura

Galeria de fotos de ex-prefeitos de IP
Conhecendo a bandeira do Ceará
Galeria de fotos
Hora do lanche oferecido pela CMIp

Foto oficial da visita - Plenário da Câmara Municipal de Ipaumirim

Que bom que a Câmara Municipal de Ipaumirim abriu suas portas para as crianças oferecendo informações, carinho e atenção. Permitir a participação de crianças em ambientes públicos responsáveis pela vida política e legislativa do município é valorizar iniciativas positivas que ajudam a formar o cidadão e investir na construção de um futuro melhor para todos.

Valeu Ip!
ML

Álbum da semana

Zé Omar e Zenite

Rita e seu filho Danilo

Maria do Carmo Moura

Gente jovem de Ip

João Coragem

Fofoletes de Arabele

Ilca e Josa

Gildaci

Gente jovem de Ip

Mundinha, Cineide e familiares

Crisvane Lemos

Célia Lustosa

Nossos vizinhos: lembranças compartilhadas


Da série: "Penetras: origens, membros e causos". O Penetra Júnior passeia na lembrança do Cine Cruzeiro, de Seu Eutrópio, na Rua Dr. Coelho, em Cajazeiras!

O Cine Cruzeiro, que ficava na Rua Dr. Coelho, era mais um dos cinemas que existia na época, na cidade de Cajazeiras.. Além do Cruzeiro, do Cine "Teatro" Eden, do Pax e do Cine Apollo XI, hoje, só existem lembranças de todos... Os filmes anunciados e projetados no cinema do seu Eutrópio (pai de Mazinho) não eram lá essas grandes coisas. Mesmo assim, às vezes atraia um bom públlico.

Pois bem. O seu Eutrópio, um sujeito bonachão, com seus 120 quilos de gordura, lá estava no cinema, fazendo de tudo um pouco: descendo e subindo escada, projetando os filmes, e às vezes, até vendendo ingressos. Tudo isso, antes de começar o filme. Era um polivalente...

Na sala de projeção, no 1º andar, ficava ele bem à vontade, com a sua famosa cueca "samba canção", suando que nem chaleira. Para se chegar a esta sala, recorria-se a uma escada de madeira, não muito pesada, encostada na parede, que dependendo da situação e necessidade, podia tira-la e coloca-la com muita facilidade.

Em certa ocasião, quando se assistia a um desses filmes que nem cego quer ver de tão ruim, a "grande" plateia presente no cinema, começa a vaiar, a xingar e de vez em quando nomes feios são ouvidos.

Gritos... Assobios... O nome da mãe de Eutrópio de vez em quando se ouvia... A bagunça é geral... Eutrópio, do 1º andar, via e ouvia tudo o que se passava lá embaixo, Começa a ficar preocupado com a situação. Para ele era novidade aquela manifestação da plateia. Por essa ele não esperava.

O Penetra Mosquito, sabendo que em breve seu Eutrópio desceria para tomar satisfações com o público, teve a brilhante ideia de ir até o local onde se encontrava a referida escada, retirando-a da parede sem que o mesmo percebesse ou tomasse conhecimento. Aí...

Ouve-se um enorme barulho. Era Eutrópio no chão. Gemendo, gritando e se contorcendo de dores... Chamando Jesus de Genesio... O pobre coitado quase morre na queda.

O nome do filme em cartaz: Um Corpo Que Cai...

Hoje, vivo estivesse, não saberia dizer como chegou tão rápido ao chão.

Miguel Junior para o Blog Sete Candeeiros Cajá
Fonte: http://www.setecandeeiroscaja.blogspot.com/


Eutrópio também tinha cinema em Ipaumirim. A ele devemos bons momentos de diversão. O nosso blog já falou um pouco sobre o assunto. As informações que repassamos agora evidenciam o passado comum da região quando Cajazeiras era a "metrópole" que dinamizava a vida daquele pedaço de sertão que incluía também uma área expressiva do centro sul do Ceará.
ML

Lembrando os antigos comícios em Ip

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

AS DUAS CARAS DO BRASIL


Nas aulas de História e de Geografia, os professores sempre dizem que somos um País miscigenado. Temos as caras dos vários povos que determinaram a nossa formação. Não somos nem brancos, nem pretos. Somos miscigenados. Diziam nossos professores. No censo deste ano, as cores postas como alternativas para dizer quem somos são a branca, a preta, a parda e a amarela. Lá no interior de Santarém, na minha querida Guajará, a cor amarela era sinal de hepatite. Não era cor de gente. Era cor de doença. Mas o senso nos diz que somos também amarelos. Não vou entrar no mérito da cor. Se há amarelos, não sei de onde eles vêm. O certo é que a teoria dos professores de História e Geografia era tida como verdadeira. Mas, na prática, o que se observava era que o Brasil tinha apenas duas caras: a dos brancos, ricos, que determinavam o poder e ditavam as regras do jogo para os outros; a outra cara era a dos pobres. Esses sim tinham várias caras. A cara da pobreza. A cara da miséria. A cara do analfabetismo. A cara do desemprego galopante. A cara dos sem-teto. A cara da ignorância. A cara do abandono. A cara das enormes filas do SUS, do INSS. Ninguém nega essas duas caras do Brasil. O Brasil que gerou essas duas caras pareceu perverso com os muitos e bondoso com os poucos. Quem detinha o poder desdenhava dos muitos amontoados nos grotões deste Brasil de meu Deus. Havia um Brasil que não olhava para a maioria. Era um Brasil que ostentava com orgulho a fama de ser do terceiro mundo e possuir duas caras. Duas caras tão desiguais. Duas caras que nunca se juntavam. Era como se, de manhã, acordássemos na luxuosa Copacabana e olhássemos para o outro lado e víssemos a favela da Rocinha. Duas cores. Duas caras. Duas realidades. O Brasil que gerava o luxo, a riqueza, era o mesmo que fazia crescer a pobreza, os favelados, os desmerecidos. Quem gerava esses dois brasis parecia não ligar para a antítese visível. O capitalismo selvagem nutria essa dura realidade. O neoliberalismo perverso gerava e nutria as duas caras. Foi assim durante séculos. Tínhamos duas caras. Uma que se ostentava para o mundo, que se apresentava nas colunas sociais. Aquela das capas de Caras, de Quem. Outra, a que aparecia nas capas dos jornais de segunda a segunda. Geralmente na última página. Era a cara do Brasil amontoado atrás das grades, dos que dormiam debaixo dos viadutos. Passados oito anos, quase já não reconhecemos mais essas duas caras do Brasil. Aquele Brasil dos analfabetos, dos desempregados, dos sem direito a uma vida digna foi ficando para trás. O que vemos hoje é um Brasil quase igual. Um Brasil que misturou os ricos e os pobres e gerou as novas classes C e D. É um Brasil que vai às compras. Que hoje frequenta os shoppings, que lota os aeroportos para viajar. É o Brasil dos 15 milhões de empregados. Esses quinze milhões antes mendigavam um pedaço de pão dos poderosos. É o Brasil dos milhares de novos universitários, que frequentam universidades, estas que antes eram o palco apenas dos que tinham mufufa no bolso para pagar um curso superior. É o Brasil do Enem – o maior exame de seleção e de inclusão social do mundo – que hoje é alvo dos senhores da mídia que se espinhetam porque veem emergir uma classe que tem senso crítico e não aceita mais o que a mídia dos senhores escreve e dita como a verdade. É esse Brasil que foi às urnas e elegeu uma mulher para governar e continuar a mudando a cara do País. O Brasil que os professores de História e Geografia nos apresentavam é um Brasil do atraso. Talvez hoje os professores estejam apresentando aos nossos alunos do ensino fundamental e médio um outro Brasil. O Brasil da inclusão digital. Da internet nas escolas. O Brasil que sobe os degraus da excelência científica e desponta no mundo como um País de igualdade com os outros ditos desenvolvidos. O Brasil das poucas filas do INSS e do SUS. O Brasil que vai às compras. O Brasil que faz aquecer a nossa economia. Há, hoje, um Brasil que junta as duas caras e começa a se tornar igual. O Brasil que se junta para ser o País que o passado impediu de crescer. O Brasil que perdeu o medo de enfrentar o todo-poderoso Estados Unidos. O Brasil que pagou ao FMI e dita as regras nas reuniões da ONU. Hoje, há um Brasil com uma cara nova. Um Brasil que circula de carro novo. O Brasil dos milhares de mestres e doutores. O Brasil dos brasileiros. Um Brasil que começou com Lula e continuará com Dilma. O Brasil que ignorou os protocolos dos poderosos e hoje frequenta os mesmo lugares das dondocas endinheiradas. O Brasil de hoje é o Brasil dos Silvas e Santos. O Brasil que hoje mostra sua cara é o Brasil dos 184 milhões de brasileiros.

Fonte: http://blogln.ning.com/profile/JoaquimOnesimoFerreiraBarbosa
Penso eu: O texto é um pouco exagerado mas tudo bem. O meu dilema é a famosa cor. Quando a moça do censo perguntou a minha cor, fiquei pensando: nem preta nem branca. Amarela jamais. Misturei preto com branco e disse parda mas, sinceramente, não me acho parda, até porque nem sei que cor é essa. Vc sabe sua cor? Quem é pardo é de que cor? Moreno? Mulato? Cor de burro quando foge? Eu, hein!!!
ML

Ayrton Senna, uma homenagem ao aniversário de 50 anos do nascimento do tricampeão mundial



Diretor e roteirista falam sobre o documentário "Senna". Filme sobre a vida do piloto brasileiro estreia no Brasil nesta sexta-feira

Rodrigo França,
especial para o iG

11/11/2010


A pré-estreia do filme “Senna”, ocorrida na véspera do GP Brasil de F-1 (7 de novembro), teve momentos dignos de tapete vermelho hollywoodiano – além de pilotos de F-1, como Emerson Fittipaldi, Bruno Senna e Felipe Massa, a lista de convidados incluiu desde artistas como Xuxa até o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes.

Quem também esteve para o lançamento do documentário – que chega às telas brasileiras nesta sexta-feira – foram o britânico Asif Kapadia, diretor do filme, e o indiano Manish Pandey, roteirista. Além de promover “Senna”, os dois aproveitaram para assistir à penúltima etapa da F-1, em Interlagos, e conversaram com o IG.

iG: Quando surgiu a ideia de fazer um filme sobre Ayrton Senna?
Manish Pandey: A ideia surgiu em 2004. Vimos o enorme interesse da mídia em torno do Ayrton mesmo dez anos após seu acidente em Ímola. A principio, pensamos em fazer um documentário sobre aquele final de semana trágico do GP de San Marino, em 1994, mas logo depois vimos que o filme ideal seria retratar toda a carreira dele, e não apenas aquela prova. Viemos a São Paulo e falamos com a Viviane (Senna; irmã do piloto) e a família aprovou o filme logo na primeira reunião. Foi incrível. Aí eles nos apresentaram o Bernie (Ecclestone, diretor comercial da F-1), uma pessoa com a qual é indispensável o contato para fazer um tipo de filme como este. E ele também aprovou rapidamente e logo pensamos: "Ah, em 15 dias já estaremos trabalhando". Bom, na verdade, levamos dois anos para ter a papelada toda pronta.
Asif Kapadia: Acho que o momento decisivo foi quando editamos um filme de 11 minutos com cenas de Senna. Uma coisa simples, com imagens que achamos no YouTube e de fitas VHS oficiais da temporada da F-1. Mostramos para as pessoas e todos acharam interessante. Havia um drama evidente na história. A essência do filme estava lá. Foi quando vi que não seria o caso de usar atores ou fazer uma ficção sobre o Senna. Pudemos fazer tudo sem entrevistas ou atores – a história que importa já estava toda nessas imagens.

iG: Fazer um filme de ficção, ao estilo de Hollywood, nunca passou pela cabeça de vocês? Chegou-se a comentar que Antonio Bandeiras faria um filme sobre o piloto.
Asif Kapadia:
Não, isso nunca foi uma opção. Afinal, quem vai ser o Senna? O Senna real é o melhor que poderíamos ter. Além disso, um ator grande de Hollywood, além de encarecer o projeto, não teria a condição de guiar um carro de F-1 como o Senna.
Manish Pandey: Digamos que o estúdio quisesse fazer uma ficção sobre a história do Senna: quantos milhões não seriam necessários para reconstruir toda a história? E a língua, haveria cenas em português ou ele ia falar só inglês? É uma escolha técnica também: dou como exemplo a cena que mostra o acidente grave do Senna no México, em 1990. Usamos a imagem de arquivo de 22 segundos e resolvemos a questão. Imagine como seria reconstruir essa cena com atores, dublês... quanto custaria? Levaria semanas para filmar essa cena de 22s.

iG: Por que vocês optaram por não colocar aquelas tradicionais entrevistas de documentário, com os personagens nos dias de hoje comentando os acontecimentos passados?
Asif Kapadia:
Pelo mesmo motivo de que não quisemos usar atores. A convenção diz que você tem de ouvir Ron Dennis (proprietário da McLaren) nos dias de hoje, ou Alain Prost... tudo naquele cenário típico, você sabe, eles sentados em um sofá, belas flores compondo o cenário ao fundo... Pensamos e pensamos e, depois, chegamos à conclusão de que não precisamos dessas entrevistas. Fizemos pesquisas, conversamos com eles, mas não quisemos mostrá-las no vídeo nos dias de hoje. O ponto todo foi usar o drama com as imagens da época, e só.

iG: Antes de fazer o filme, vocês já eram fãs de Senna?
Manish Pandey: Eu sou um grande entusiasta de F-1 e vi absolutamente todas as corridas do Senna – acho que só perdi duas ao vivo na TV. Ele me impressionou não apenas em Mônaco, mas também em Brands Hatch, onde ele foi 3º mesmo com um carro horrível.
Asif Kapadia: Eu sou um grande fã de esporte, mas nunca fui um especialista em F-1. O que me impressionou é que existe uma magia em torno de tudo o que a gente pedia quando falava do nome Ayrton Senna. O que inicialmente a gente pedia e levaria dez dias, era resolvido em um. Os dez minutos de conversa com Ron Dennis, cedidos pela assessoria da McLaren, viraram duas horas.

iG: Dennis foi peça-chave para uma dos pontos centrais do filme, a rivalidade Senna-Prost na McLaren?
Asif Kapadia: Sim, pesquisamos tanto sobre esse episódio que posso te assegurar que nós sabemos mais do que se passou lá no Japão em 1989 do que o próprio Ron Dennis. Em nossa entrevista, nós mesmos passamos vários dados para ele – afinal, ele tem centenas de corridas na cabeça e a gente queria muitos detalhes daquela. Senna-Prost foi um grande momento do esporte: foram dois caras brilhantes no mesmo time. Prost diz que ele é mais popular aqui no Brasil do que na França. E Suzuka-89 é o ponto alto. Poderia haver um filme só daquele GP, assim como outro bem dramático, o do Brasil em 1991.

iG: O filme apresenta uma história retratada com exaustão na mídia. Isso preocupou vocês?
Manish Pandey: Havia uma preocupação forte com o filme pelo fato de que, claro, todo mundo já conhece o final. Nosso medo era a respeito de como tornar a história atraente e como contá-la. Então, pensamos em fazer como ponto de base o GP Brasil de 1991 e usar idas e vindas no roteiro. Mas era muito complicado. Também pensamos em começar em Ímola e usar flashbacks, mas era muito sombrio. Optamos pelo cronológico, e foi o melhor.
Asif Kapadia: E o melhor é que dá para ver nitidamente a evolução de Senna, como piloto e pessoa. A diferença entre como ele aparece nos primeiros meses de McLaren para um ano e meio depois é enorme. Ele parece muito mais velho. E também fica nítido que, quando ele vai para a Williams e veste o macacão azul, as coisas não parecem encaixar.

iG: O filme também traz cenas inéditas, e uma das mais comentadas é sobre Roland Raztzemberger...
Asif Kapadia: Exato! Você já viu ele falando? Não é o máximo ter imagens de um piloto que todo mundo sabe que morreu um dia antes do Senna, mas nunca viram nem uma entrevista dele? E ele reclama justamente do comportamento do carro em Ímola. Essa imagem foi feita quando o Rubens Barrichello estava sendo resgatado (após um acidente no treino de sexta). É inacreditável, foi um final de semana muito estranho.

iG: Quais características tornam Senna um herói interessante em termos de cinema, para um diretor ou roterista?
Asif Kapadia: Senna é um personagem bastante complexo e interessante. Ele ligava para o lado social, se importava com os pilotos, há cenas dele parando o carro para socorrer colegas. Mas ele era obsessivo com o lado da competição. E também não era aquele herói chato, entediante: ele joga o carro para cima do Alain Prost a quase 300 km/h! Nesse ponto, foi bom não sermos brasileiros: pudemos dar um tratamento sem se preocupar em elogiar demais ou criticar o Senna.
Manish Pandey: O que deu para notar nesse trabalho é que o Ayrton se esforçava muito para que tudo sempre desse certo. Um perfeccionismo que, quando as coisas davam errado, o consumia por dentro. Mesmo em 1990, você vê a cara dele por não ter ficado satisfeito com o acidente com Prost. Já Schumacher, em 1994, jogou o carro para cima do Damon Hill e, quando o inglês abandonou, ele comemorou bastante
Asif Kapadia: Aliás, Schumacher comemorou no pódio em Ímola em 1994. Por mais que eles não tivessem informação do Senna, ora, o Roland Ratzemberger havia morrido no dia anterior. A gente tinha essa cena, mas preferimos não usar. Ele é uma pessoa diferente.

iG: Vocês optaram por usar cenas inéditas e deixaram de lado outras clássicas, como a primeira volta do GP da Europa de 1993. O que preferiram destacar?
Asif Kapadia:
É difícil retratar tudo, e a jornada do Senna não foi completa, ele foi tirado de nós, fãs, em seu auge. Reginaldo (Leme, comentarista de F-1 da TV Globo) mesmo disse que gostaria que terminasse como ele estava em 1993, seu auge. E foi na entrevista após o GP da Austrália de 1993, o último do ano, a última vitória dele, a última vez que esteve com Prost no pódio, que um jornalista pergunta para Senna: "Quem é o seu principal rival?". Claro, o Prost vai se aposentar, havia sido campeão em 1993... Era a resposta óbvia, mas o Senna deve ter pensado: "Não vou dizer que é o Prost". Aí ele responde de maneira brilhante: o Terry Fullerton, rival dele... no kart! E temos essa imagem incrível em Super-8 dessa disputa no Mundial, o único título que ele nunca ganhou. O cara que ele não venceu – e perdeu por pouco a corrida. E os ingleses com os quais conversamos afirmaram que esse cara, mesmo sem nunca ter chegado àa F-1, era um deus no kart. Então, esse Fulleton foi como o “Rosebud” do "Cidadão Kane" no filme. Algo como um segredo. E que o próprio Senna lembrava de uma época em que correr era algo puro, apenas pelo prazer do esporte, sem se preocupar com o dinheiro, a política etc.

Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/veja-trailer-de-documentario

Estímulos elétricos tratam doença de Parkinson em São Paulo

Hospital de Transplantes realiza 50 cirurgias seguindo o procedimento.
Técnica era restrita a centros universitários, afirma especialista
.

Mário Barra
Do G1, em São Paulo



Parkinson afeta 1% da população mundial
acima dos 50 anos
(foto ilustrativa: reprodução)

Uma cirurgia para estimular o cérebro de pacientes com Parkinson por meio de descargas elétricas, até então restrita a hospitais universitários, ganha acesso público no Hospital de Transplantes, na capital paulista. Conhecida como DBS, a técnica consiste em colocar eletrodos em regiões profundas do cérebro para melhorar a atividade do órgão e reduzir os sintomas comuns como rigidez e tremores.

Com duração de 4 horas, a operação, com preço estimado em R$ 100 mil, pode agora ser recomendada a clientes da rede pública, desde que seja indicada pelo médico como melhor solução para o caso.

Para 70% dos parkinsonianos, o tratamento com medicamentos é suficiente para dar conta do avanço da doença e dos sintomas. Porém, o restante necessita de alternativas para controlar a doença. Somente 10% dos portadores são considerados ideais para passar pela cirurgia.

"Entre 80% e 90% dos pacientes que realizaram a operação deixam de apresentar sintomas após o procedimento, posteriormente acompanhado por drogas", afirma Arthur Cuckier, coordenador do departamento de neurologia do hospital.

No mesmo prédio do antigo Hospital Brigadeiro, a unidade realizou, nos dias 8 e 9 de novembro, um evento para divulgar a técnica para mais de 100 profissionais. Aulas teóricas, cirurgias ao vivo e a prática com as peças ao vivo foram oferecidas, com a supervisão de médicos brasileiros e estrangeiros.

"O objetivo foi divulgar a técnica para todo o Brasil. É preciso existir mais centro de referência para tratamento da doença com essa técnica", diz Arthur. "O trabalho de divulgação é único no Brasil, com um curso tão especializado. A técnica não é nova, já existe em hospitais universitários, mas agora, além de estar disponível em um local voltado à assistência, talvez ela possa ser passada a outros centros médicos, em todo o país."

Tremores e rigidez
O Parkinson é causado pela ausência de uma substância conhecida como dopamina no corpo, que deixa de ser produzida com a morte de neurônios em uma região do cérebro chamada substância negra. Os principais sintomas são a rigidez nos movimentos e os tremores constantes no corpo. Afeta 1% da população mundial acima dos 50 anos.

O local no cérebro a receber o estímulo é definido individualmente para cada paciente por meio de uma técnica chamada estereotaxia. Tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas são feitas no crânio do paciente, para que o médico possa saber a posição exata onde colocar o eletrodo.

Com uma espécie de "capacete" para medição, colocado junto à cabeça do paciente, o médico marca a superfície do couro cabeludo para fazer cortes de até 5 cm. Um orifício no crânio, de apenas 1 cm, permite a passagem de um fio de irídio, com quatro pólos de platina na extremidade e revestido por silicone. Ele será o condutor das descargas elétricas até a região desejada.

Uma trava colocada na entrada do corte no couro cabeludo impede que o fio de irídio saia do lugar. Uma extensão é conectada ao fio, passa por trás da orelha e liga o eletrodo dentro da cabeça do paciente a um gerador de descargas elétricas. O aparelho é capaz de gerar correntes de até 10 volts. A "dosagem" varia de paciente para paciente, ficando em uma faixa de 3 a 8 volts.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/estimulos-eletricos-no-cerebro-tratam-doenca-de-parkinson-em-sao-paulo.html

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Causo cajazeirense: Prestador de serviço educado era Seu Chiquin da oficina!

Cajazeiras - centro da cidade


Seu Chiquin era um dos mais ricos personagens das estórias de Cajazeiras.

Pequeno, magro, valente todo, respondedor e falador da vida alheia. Com muito humor e oportunidade!

Era proprietário de uma oficina mecânica e, junto com os filhos, tinha uma grande freguesia. Muitos iam à sua oficina muitas vezes mais interessados nas suas tiradas do bom mau humor!

Não perdoava ninguém e descia a lenha em quem não gostava. Suas palavras eram sempre enriquecidas com um cipoal de nomes feios. Era palavrão até 'umas hora'!

Dodô Mangueira, seu pai e seus irmãos foram vítimas constantes do bom mau humor de Seu Chiquin. Mesmo assim, Dodô é um apaixonado pelas tiradas do pequeno grande homem abusado! Vive contando suas peripécias e tem um vasto repertório delas.

E nós sabemos que Dodô tem um modo peculiar de contar as estórias: tem uma voz rasgante, firme e rápida.

Numa das estórias, Dodô Mangueira nos conta que havia um dono de oficina mecânica - de nome Zuca - que era concorrente de Seu Chiquin.

Zuca dizia que a oficina de Seu Chiquin vivia cheia de clientes e ele não entendia o porquê, já que Seu Chiquin era ignorante todo!

Zuca dizia: "- Aqui, na minha oficina, o cliente chega, eu ofereço um banco pra sentar, eu trato bem, dou uma água....Na oficina do Seu Chiquin, o cliente chega e ele diz: "fala chupa pica, já deu o cú hoje?" e mesmo assim a oficina vive cheia!!!

Fonte: http://www.setecandeeiroscaja.blogspot.com/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Produção de um vídeo. Fantástico

Porcelana - Making Of from Real Creations on Vimeo.



Vi no Querido leitor e repasso pra vocês. Os detalhes da produção mostrados no making of são veramente impressionantes.

Supremo desejo


Hora de chutar o balde!

domingo, 7 de novembro de 2010

Amaro Farias: linda homenagem aos 103 anos

IP PARA QUE TE QUERO?

IP DAS CAMPANHAS ELEITORAIS,
DAS CONSTRUÇÕES SAZONAIS,
DAS PONTES E DOS ASFALTOS




IP ALÉM DAS CAMPANHAS





COMO NA MÚSICA...

Eu e as minhas crises




O voto do Nordeste: para além do preconceito


Por Tânia Bacelar de Araujo

O Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS. Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão - como antes - da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto- confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas. É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, "Bolsa Família"), mas uma região plena de potencialidades. O artigo é de Tânia Bacelar de Araújo.

A ampla vantagem da candidata Dilma Rousseff no primeiro turno no Nordeste reacende o preconceito de parte de nossas elites e da grande mídia face às camadas mais pobres da sociedade brasileira e em especial face ao voto dos nordestinos. Como se a população mais pobre não fosse capaz de compreender a vida política e nela atuar em favor de seus interesses e em defesa de seus direitos. Não "soubesse" votar.

Desta vez, a correlação com os programas de proteção social, em especial o "Bolsa Família" serviu de lastro para essas análises parciais e eivadas de preconceito. E como a maior parte da população pobre do país está no Nordeste, no Norte e nas periferias das grandes cidades (vale lembrar que o Sudeste abriga 25% das famílias atendidas pelo "Bolsa Família"), os "grotões"- como nos tratam tais analistas ? teriam avermelhado. Mas os beneficiários destes Programas no Nordeste não são suficientemente numerosos para responder pelos percentuais elevados obtidos por Dilma no primeiro turno : mais de 2/3 dos votos no MA, PI e CE, mais de 50% nos demais estados, e cerca de 60% no total ( contra 20% dados a Serra).

A visão simplista e preconceituosa não consegue dar conta do que se passou nesta região nos anos recentes e que explica a tendência do voto para Governadores, parlamentares e candidatos a Presidente no Nordeste.

A marca importante do Governo Lula foi a retomada gradual de políticas nacionais, valendo destacar que elas foram um dos principais focos do desmonte do Estado nos anos 90. Muitas tiveram como norte o combate às desigualdades sociais e regionais do Brasil. E isso é bom para o Nordeste.

Por outro lado, ao invés da opção estratégica pela "inserção competitiva" do Brasil na globalização - que concentra investimentos nas regiões já mais estruturadas e dinâmicas e que marcou os dois governos do PSDB -, os Governos de Lula optaram pela integração nacional ao fundar a estratégia de crescimento na produção e consumo de massa, o que favoreceu enormemente o Nordeste. Na inserção competitiva, o Nordeste era visto apenas por alguns "clusters" (turismo, fruticultura irrigada, agronegócio graneleiro...) enquanto nos anos recentes a maioria dos seus segmentos produtivos se dinamizaram, fazendo a região ser revisitada pelos empreendedores nacionais e internacionais.

Por seu turno, a estratégia de atacar pelo lado da demanda, com políticas sociais, política de reajuste real elevado do salário mínimo e a de ampliação significativa do crédito, teve impacto muito positivo no Nordeste. A região liderou - junto com o Norte - as vendas no comercio varejista do país entre 2003 e 2009. E o dinamismo do consumo atraiu investimentos para a região. Redes de supermercados, grandes magazines, indústrias alimentares e de bebidas, entre outros, expandiram sua presença no Nordeste ao mesmo tempo em que as pequenas e medias empresas locais ampliavam sua produção.

Além disso, mudanças nas políticas da Petrobras influíram muito na dinâmica econômica regional como a decisão de investir em novas refinarias (uma em construção e mais duas previstas) e em patrocinar - via suas compras - a retomada da indústria naval brasileira, o que levou o Nordeste a captar vários estaleiros.

Igualmente importante foi a política de ampliação dos investimentos em infra-estrutura - foco principal do PAC - que beneficiou o Nordeste com recursos que somados tem peso no total dos investimentos previstos superior a participação do Nordeste na economia nacional. No seu rastro,a construção civil "bombou" na região.

A política de ampliação das Universidades Federais e de expansão da rede de ensino profissional também atingiu favoravelmente o Nordeste, em especial cidades médias de seu interior. Merece destaque ainda a ampliação dos investimentos em C&T que trouxe para Universidades do Nordeste a liderança de Institutos Nacionais ? antes fortemente concentrados no Sudeste - dentre os quais se destaca o Instituto de Fármacos (na UFPE) e o Instituto de Neurociências instalado na região metropolitana de Natal sob a liderança do cientista brasileiro Miguel Nicolelis que organizará uma verdadeira ?cidade da ciência? num dos municípios mais pobres do RN (Macaíba).

Igualmente importante foi quebrar o mito de que a agricultura familiar era inviável. O PRONAF mais que sextuplicou seus investimentos entre 2002 e 2010 e outros programas e instrumentos de política foram criados ( seguro ? safra , Programa de Compra de Alimentos, estimulo a compras locais pela Merenda Escolar, entre outros) e o recente Censo Agropecuário mostrou que a agropecuária de base familiar gera 3 em cada 4 empregos rurais do país e responde por quase 40% do valor da produção agrícola nacional. E o Nordeste se beneficiou muito desta política, pois abriga 43% da população economicamente ativa do setor agrícola brasileiro.

Resultado: o Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS.

Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão - como antes - da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto- confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas e da esperança na consolidação de avanços alcançados - alguns ainda incipientes e outros insuficientes. É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, "Bolsa Família"), mas uma região plena de potencialidades
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Tânia Bacelar de Araujo é especialista em desenvolvimento regional, economista, socióloga e professora do Departamento de Economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Fonte: Agência carta Maior - 2/11/2010

Entrevista // Tânia Bacelar

Josué Nogueira
Diário de Pernambuco
Edição de domingo, 7 de novembro de 2010


Há uma imagem deformada do Nordeste

A professora Tânia Bacelar nem imaginava. Mas, ao escrever o artigo ´O voto do Nordeste: para além do preconceito`, publicado na revista Nordeste e reproduzido por uma infinidade de blogs Brasil afora, antecipou uma resposta - e que resposta - à velha tese que motivou uma nova onda de ataques aos nascidos na área compreendida entre o Maranhão e a Bahia. O texto rebate com fatos e análises o conceito preconcebido de que os nordestinos são um peso para o país e que Dilma Rousseff (PT) só foi eleita presidente porque os eleitores da região votaram em troca do Bolsa Família. Nesta entrevista, Bacelar, doutora em economia e docente do departamento de Geografia da UFPE, aprofunda sua avaliação sobre os números das eleições no Nordeste. Diz que nos últimos oito anos, a região passou a receber investimentos em áreas estratégicas e que o resultado dessa ´atenção`, é crescimento, movimentação da economia, emprego, oportunidades.

O seu artigo responde à manifestação que ocupou o Twitter na semana passada sugerindo morte aos nordestinos por conta da vitória de Dilma. Como a senhora avalia essa situação?

Acho que esse debate reflete que existe um preconceito realmente e que há uma imagem deformada do Nordeste, principalmente no Sudeste e no Sul. Uma imagem de que o Nordeste é uma região de miséria, que é uma carga, como se não tivesse potencialidades. Isso reflete, primeiro, o desconhecimento da história do país. O Nordeste é o lastro econômico, cultural e político do Brasil. Mas num determinado momento dessa história, os investimentos e a dinâmica se concentraram no Sudeste e o Nordeste perdeu o trem da industrialização lá no século 20.

Quais perdas o país pode ter com posturas desse tipo?

A gente pode perder um dos aspectos pelos quais o país é admirado. Quem já viveu no exterior sabe que uma das características que tornam a nossa sociedade admirada lá fora é a capacidade de conviver com a diferença.

Em que áreas estão os potenciais do Nordeste?

O governo federal retomou o crescimento das universidades públicas. Fez quatro universidades na região. Cidades médias, como Petrolina (PE) e Mossoró (RN), não tinham universidades públicas. As pessoas têm potencial para se desenvolver, mas não têm oferta de oportunidade. Acho que a gente deve discutir onde devemos colocar os novos investimentos e o Nordeste já mostrou que pode dar uma resposta positiva com o pouquinho de mudança que já aconteceu nessa década. É errado achar que tudo o que é defesa de São Paulo é defesa do Brasil e tudo o que é defesa de qualquer outro lugar é ´defesinha` regional. São Paulo é muito importante mas não representa o Brasil. O Brasil é muito mais. A gente precisa balizar melhor esse debate sem deixar de reconhecer a importância de São Paulo. Mas não podemos caricaturar os outros de ser peso, de não ter com que contribuir.

O presidente Lula foi corajoso ao mudar o foco dos investimentos?

Lula teve um atributo muito interessante. Perdeu várias eleições, levou muito tempo se preparando para ser presidente do país e fez as tais caravanas. Eu atribuo essa leitura que ele tem do Brasil à chance que ele teve de conhecer profundamente o Brasil inteiro. Isso muda a cabeça.

Quem votou em Dilma aposta na continuidade do governo. Pelos discursos proferidos até agora por ela a senhora acredita que as políticas de investimento no Nordeste serão mantidas?

Tenho me surpreendido positivamente com ela. Por exemplo, o discurso feito no momento em que ela recebeu a notícia que tinha vencido, considero muito bom. Ela começa falando das mulheres, depois assume o compromisso com a eliminação da pobreza extrema. Diz também ter compromisso com os pequenos empreendedores do Brasil e assume isso. Achei muito bonito, depois de falar da erradicação da miséria, ela ter se lembrado dos pequenos empreendedores. O Nordeste está cheio deles.

As oligarquias deram sua contribuição para o enraizamento desse preconceito, não?

Parte da explicação vem das oligarquias. Para as antigas, ainda bem que elasestão morrendo e perdendo eleitoralmente. Os resultados dessa eleição são um novo baque. É importante lembrar que elas não só existem no Nordeste. Santa Catarina é um ´brilho` de oligarquias. No discurso delas não interessava mostrar potencial. Porque elas se locupletavam da miséria. O discurso reproduzia a miséria. Elas ajudaram a criar o preconceito.

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/tania-bacelar-e-o-nordeste#more

sábado, 6 de novembro de 2010

Mundo macho


Como reagir aos diferentes comportamentos femininos

Não é surpresa que uma das maiores dificuldades dos homens é saber agir diante de algum comportamento diferente das mulheres. Tendo isso em vista, eu, Dr. Fleury, realizei pesquisas avançadas com cobaias masculinas extremamente corajosas, que foram colocadas em situação de risco para descobrir as melhores formas de se comportar diante de reações femininas não usuais.

Situação: Você chega em casa, sua mulher/namorada está mais feliz que o normal

Melhor reação: Haja naturalmente, coisas boas vão acontecer pra você, mas não dê bandeira que está achando aquilo estranho. Até ignorá-la um pouco ajuda, ela vai fazer de TUDO pra dividir essa felicidade com você. Dia de sorte. Certifique-se que você tenha uma amiga bissexual para tentar a sorte em dias como esse.

Situação: Você chega em casa, sua mulher/namorada está um pouco mal-humorada, fez uma comida rápida, e não quer conversa fiada.

Melhor reação: Haja naturalmente, coisas ruins podem acontecer se você fizer algum movimento brusco. Ignore-a quando não estiver falando, mas preste a maior atenção do mundo quando ela reclamar de alguma coisa. Finja que se importa. Certifique-se que você comprou os campeonatos de esporte para dias como esse.

Situação: Você chega em casa, sua mulher/namorada está muito puta, não tem almoço.

Melhor reação: Não reclame da falta de comida, você terá que pedir um Mc Donalds. É uma boa ideia pedir uma sobremesa com maior teor de chocolate possível, é uma eficiente maneira de melhorar o humor da mulher. Quando ela mandar você pra longe, vá para longe. Quando ela falar, ouça. Você corre sérios riscos de dormir no sofá hoje. Certifique-se de sempre ter um estoque de bebidas alcoólicas para dias como esse.

Situação: Você chega em casa, percebe que ela está meio destruída. Retratos no chão, pratos quebrados e suas roupas jogadas. Sua mulher/namorada está sentada no sofá calmamente com um olhar sereno e sorriso monalisa, esperando você entrar.

Melhor reação: Corra para as colinas. Sua vida é mais importante que suas coisas, você tem emprego, pode conseguir tudo de novo. Certifique-se de sempre estar com o visto normalizado para dias como esse.

Civilização ou barbárie (Emir Sader)


Esse é o lema predominante no capitalismo contemporâneo. Universalizado a partir da Europa ocidental, o capitalismo desqualificou a todas outras civilizações como ‘bárbaras”. A ponto que, como denuncia em um livro fundamental, Orientalismo, Edward Said, o Ocidente forjou uma noção de Oriente, que amalgama tudo o que não é Ocidente: mundo árabe, japonês, chinês, indiano, africano, etc. etc. Fizeram Ocidente sinônimo de civilização e Oriente, o resto, idêntico a barbárie.

No cinema, na literatura, nos discursos, civilização é identificada com a civilização da Europa ocidental – a que se acrescentou a dos EUA posteriormente. Brancos, cristãos, anglo-saxões, protestantes – sinônimo de civilizados. Foram o eixo da colonização da periferia, a quem queriam trazer sua “civilização”. Foram colonizadores e imperialistas.

Os EUA se encarregaram de globalizar a visão racista do mundo, através de Hollywood. Os filmes de far west contavam como gesto de civilização as campanhas de extermínio das populações nativas nos EUA, em que o cow boy era chamado de “mocinho” e, automaticamente, os indígenas eram “bandidos, gestos que tiveram em John Wayne o “americano indômito”, na realidade a expressão do massacre das populações originárias.

Os filmes de guerra foram sempre contra outras etnias: asiáticos, árabes, negros, latinos. O país que protagonizou o mais massacre do século passado – a Alemanha nazista -, com o holocausto de judeus, comunistas, ciganos, foi sempre poupada pelos nortemamericanos, porque são iguais a eles – brancos, anglo-saxões, capitalistas, protestantes. O único grande filme sobre o nazismo foi feito pelo britânico Charles Chaplin – O grande ditador -, que teve que sair dos EUA antes mesmo do filme estrear, pelo clima insuportável que criaram contra ele.

Os países que supostamente encarnavam a “civilização” se engalfinharam nas duas guerras mundiais do século XX, pela repartição das colônias – do mundo bárbaro – entre si, em selvagens guerras interimperialistas.

Essa ideologia foi importada pela direita paulista, aquela que se expressou no “A questão social é questão de polícia”, do Washington Luis – como o FHC, carioca importado pela elite paulista -, derrubada pelo Getúlio e que passou a representar o anti-getulismo na politica brasileira. Tentaram retomar o poder em 1932 – como bem caracterizou o Lula, nada de revolução, um golpe, uma tentativa de contrarrevolução -, perderam e foram sucessivamente derrotados nas eleições de 1945, 1950, 1955. Quando ganharam, foi apelando para uma figura caricata de moralista, Jânio, que não durou meses na presidência.

Aí apelaram aos militares, para implantar sua civilização ao resto do país, a ferro e fogo. Foi o governo por excelência dessa elite. Paz sem povo – como o Serra prometia no campo: paz sem o MST.

Veio a redemocratização e essa direita se travestiu de neoliberal, de apologista da civilização do mercado, aquela em que, quem tem dinheiro tem acesso a bens, quem não tem, fica excluído. O reino do direito contra os direitos para todos.

Essa elite paulista nunca digeriu Getúlio, os direitos dos trabalhadores e seus sindicatos, se considerava a locomotiva do país, que arrastava vagões preguiçosos – como era a ideologia de 1932. Os trabalhadores nordestinos, expulsados dos seus estados pelo domínio dos latifundiários e dos coronéis, foi para construir a riqueza de São Paulo. Humilhados e ofendidos, aqueles “cabeças chatas” foram os heróis do progresso da industrialização paulista. Mas foram sempre discriminados, ridicularizados, excluídos, marginalizados.

Essa “raça” inferior a que aludiu Jorge Bornhausen, são os pobres, os negros, os nordestinos, os indígenas, como na Europa “civilizada” são os trabalhadores imigrantes. Massa que quando fica subordinada a eles, é explorada brutalmente, tornava invisível socialmente.

Mas quando se revela, elege e reelege seus lideres, se liberta dos coronéis, conquista direitos, com o avança da democratização – ai são diabolizadas, espezinhadas, tornadas culpadas pela derrota das elites brancas. Como agora, quando a candidatura da elite supostamente civilizada apelou para as explorações mais obscurantistas, para tentar recuperar o governo, que o povo tomou das suas mãos e entregou para lideres populares.

É que eles são a barbárie. São os que chegaram a estas terras jorrando sangue mediante a exploração das nossas riquezas, a escravidão e o extermínio das populações indígenas. Civilizados são os que governam para todos, que buscam convencer as pessoas com argumentos e propostas, que garantem os direitos de todos, que praticam a democracia. São os que estão construindo uma democracia com alma social – que o Brasil nunca tinha tido nas mãos desses supostos defensores da civilização.