domingo, 29 de junho de 2008

Domingo dos conchavos

Bonde eleitoral: rumo a 2010


Alô cidadão de IP: começou a temporada de loteamentos




Tudo é sempre tão igual que as encenações estão cada vez mais sofríveis. A péssima atuação dos atores, os enredos pobres, a figuração dispensável. Quando a turma da contra regra dirige a cena é sinal que há algo de novo no mundo do picadeiro.

É o mundo do faz de conta onde o faz de conta é principalmente o eleitor.

Faz de conta que vc serve pra alguma coisa além de votar;

Faz de conta que os políticos estão interessados no seu bem estar;

Faz de conta que essa conta não é você quem vai pagar;

Faz de conta que a caixa preta das prefeituras vai ser aberta;

Faz de conta que não vai faltar médico em hospital;

Faz de conta que não vai faltar remédio;

Faz de conta que as escolas públicas serão melhores;

Faz de conta que vai ter mais segurança.

Faz de conta que a Câmara de Vereadores é o limbo;

Faz de conta que ninguem recebe benesses para aprovar contas de prefeitura

E o eleitor faz de conta que acredita e vota de novo. Nos mesmos, nas mesmas coisas, nos mesmos esquemas........

O circo pode até pegar fogo mas la nave va....


Só esqueci uma coisa: faz de conta que essa pelada eleitoreira não é um acerto de marcha para o jogo eleitoral de 2010......


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PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:

QUANTO CUSTA UMA ELEIÇÃO EM IPAUMIRIM?


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O argumento que tem rolado na periferia é que se houvesse (???) a possibilidade de montar um conchavo/consenso/mix ou baculejo seria o barateamento das eleições. A engenharia de composição do loteamento seria mais rebuscada e o eleitor que gosta de vender votos seria poupado de pedir dinheiro a todos. Continua valendo pedir aos candidatos a vereador.

Assim sendo, o atravessador eleitoral vulgo cabo eleitoral, perderia uma fonte de renda e o vendedor do voto alcançaria um status mais elevado: deixaria de rastejar no charco para se humilhar na fila.


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Eu sempre me pergunto por que os candidatos fazem esse tremendo jogo de cena mas depois de eleitos nunca realizaram uma auditoria independente nas prefeituras.


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A briga da mídia continua mas todo mundo que foi ao supermercado já sabe que o céu não é de brigadeiro....


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Do forum da comunidade de Umari-CE, no orkut:



"Esse silêncio é normal para quem não tem argumento, nem idéias para trocar, o Dr. é um candidato ruim demais, ou melhor qualquer um de sua corja, e a Dona Neide é uma invenção da Família Alves de Ipaumirim, para a permanência no poder, pois eles necessitam disso para viver e como em Ipaumirim o povo já os Expulsaram do cenário político da cidade, eles querem se instalar aqui em nossa cidade, onde essa mulher estava quando a cidade estava lutando para tirar a corja Lustosa & Barbosa do poder, só agora é que apareceu seu amor por Umarí, tenham cuidado pois novamente chega um FORASTEIRO PARA PLEITEAR O COMANDO DE UMARÍ, vamos botar pra fora a chutes e ponta pés as famílias que querem usurpar nosso município. Já não chega a família Barbosa & Lustosa agora a Alves também ? "


Fonte:



E por aí esquenta o debate em Umari.......


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Canauna no orkut


Bem legal mais um blog relacionado com Ip. É o http://lucianocanauna.blogspot.com que está bem interessante. Vamos prestigiar mais essa iniciativa do conterrâneo Luciano. Valeu! Desejamos o maior sucesso. Ip precisa mesmo de espaços para que as pessoas possam se expressar.


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Do blog de Cláudio Humberto


Lavanderia NE


"A Polícia Federal desenvolve a Operação Quixadá no Nordeste, pegando doleiros usados por deputados e prefeitos para lavar dinheiro roubado"


sábado, 28 de junho de 2008

Sábado em queda livre: em tempos de vice...



• Uma das histórias que mais gosto do ex-governador Jaime Lerner (que entre outras qualidades tem um incrível senso de humor) é a que conta que ao visitar um tio seu, já no leito de morte, recebeu um último valioso e experiente conselho: “meu filho, tome cuidado com a mulher com quem você for se casar, porque é a mesma de quem um dia você vai se separar”.

• O conselho é tão bom que é daqueles que não devia ser dado, mas vendido. E se aplica muito bem a esse tempo de casamento entre partidos, as chamadas coligações, tão em discussão agora, que incluem nas conversas a escolha dos candidatos a vice-prefeito. Por isso eu digo: “candidato, tome muito cuidado com o vice que você vai escolher na sua chapa, porque é o mesmo com quem você um dia terá que fazer campanha e com quem você poderá até governar no futuro”.

• É que muitas vezes a escolha do vice leva em consideração apenas as acomodações partidárias do momento, sem pensar na realidade que virá pela frente. E acontece de candidatos precisarem aceitar vices a quem, por exemplo, nem conhecem, mas que são impostos pelo partido que vai coligar. Como a adesão do outro partido pode ser fundamental naquele momento, seja por conta do aumento do tempo de TV, da força da sigla ou porque quebra alguma perna do adversário, acaba se aceitando. É como um casamento arranjado sem que ambos sequer tenham convicção religiosa ou social para isso. Um dia a casa cai. E tudo o que o parecia qualidade na jovem mulher, quer dizer, no candidato a vice, revela-se motivo para pesadelo.

• Ainda na campanha, uma regra básica é que vice não dá voto, mas pode tirar. Pense bem: ninguém vota em vice. Ou muito pouca gente. “Ah, acho o candidato X muito melhor, mas vou votar naquele incompetente do candidato Y, apenas porque a vice dele é mulher”. Isso não existe. Ou se existe é em clusters muito fechados, pouco significativos para o total da votação. No mundo da política, candidatos a vice que agregam são em geral os que trazem apoios importantes de lideranças políticas, de bairro, de classe ou religiosas ou apoio financeiro. Mas isso é o mundo da política.

• No mundo da comunicação, agregam aqueles vices que são diferentes do candidato, mas não a ponto de criar uma contradição, o que seria o pior cenário: candidato evangélico com vice que faz apologia do casamento gay, por exemplo. Achou um absurdo? Pois eu já vi candidato convicto de que isso soma. “Se eu sou uma coisa e ele é outra, todo mundo vai votar na gente”. É ao contrário. Ou você é uma coisa, ou você é outra e as pessoas vão votar por causa disso ou apesar disso. Unanimidade a partir de armação é que não existe. Tem que ter lado. Porém se o vice for igual ao candidato, não cria caldo. O que não quer dizer que não seja bom para a administração. Porque campanha é campanha, governo é outra coisa.

• Voltando à comunicação: para nós o melhor vice é o que agrega no discurso, complementando atributos. Exemplo: candidato a governador com atuação na capital e candidato a vice do interior. O candidato a vice terá a função de acalmar o interior, mostrando que no governo da dupla todas as cidade terão vez. Outro: candidato a prefeito sem muito curriculo e candidato a vice com atuação comprovada. Com isso a gente consegue resgatar a atuação do vice e colar no candidato, tranquilizando as pessoas sobre o fator experiência, permitindo que elas justifiquem: “ah, ele tem uma turma boa pra ajudar”. Mais: candidato obreiro, vice da área social; candidato do legislativo, vice do executivo; homem e mulher; laico e religioso; experiente e jovem; e por aí afora.

• Problema mesmo é candidato que tira voto. Aquele que quer aparecer a todo custo e começa a criar confusão fazendo pressão, dando entrevista, alimentando fofoca, gerando crise. Ou aquele que tem problemas com a Justiça, com o Tribunal de Contas, com o passado em geral. Tem também, e muito, aquele vice escolhido pra perder, que não seria o mesmo se fosse pra ganhar. Isso acontece quando o candidato não era o favorito inicialmente mas vai para o segundo turno acompanhado daquele vice-mala. Daí é que surgem os problemas e daí é que fica mais difícil trocar o vice problemático.

• O melhor é nem aceitar vice complicado. Se aceitar, reconhecer o erro e mudar de idéia o mais rápido possível, de preferência antes do horário gratuito começar ou antes do início do segundo turno. Romper namoro é mais fácil que romper noivado que é mais fácil que se divorciar que é menos complicado do que se separar com filho, casa e papagaio. Porque vai ficando cada vez mais difícil, ao longo da campanha, a substituição, especialmente porque a uma certa altura não é tão fácil achar alguém que esteja disponível, que queira, que tenha ficha limpa, que seja filiado aos partidos da coligação, que abra mão de outro mandato etc. Drama maior ainda é quando o comando político não sabe que decisão tomar, se o vice sai, se o vice fica, e o sujeito lá no purgatório, sendo responsabilizado sozinho por uma derrota que nem era tão somente dele. Ou então aquele que consegue se segurar, é eleito, e aí sim é que começa a criar os verdadeiros problemas, não tendo a compreensão daquela máxima de que vice é apenas expectativa de poder.

• Meu conselho é que, se tiver dúvida, escolha o que atrapalha menos agora e no futuro. Alguém por acaso lembra do senador Marco Maciel nos programas de TV do presidente Fernando Henrique Cardoso? Pois ele foi eleito vice-presidente duas vezes, exerceu dois mandatos e não criou uma única dificuldade, pelo contrário. Vices como o dr. Marco todo mundo procura, pouquíssimos acham e esse caso até é um lugar comum, mas inevitável. Desculpa aí, mas vasculhei a minha memória e muitos exemplos não achei. Em compensação, vices que deram problema formam uma lista impublicável, de tão grande.

• Vamos falar mais sério ainda: se o projeto do candidato for saltar desta eleição para outro cargo num futuro próximo, tem que planejar quem vai ser o sucessor com muita calma. Isso pode acontecer até sem projeto, que a gente não sabe quais planos o destino traça para nós. É duro, mas vice assume também em caso de impedimento, morte. Não é problema seu? É sim, ô líder de meia pataca (eta expressão antiguinha essa).

• Em resumo: se você for o candidato, muita atenção nessa época de coligação. E dois últimos conselhos, estes sem valor de venda, por isso dados de mão beijada: tome cuidado com os neófitos, que política é coisa pra profissional; finalmente, examine friamente a história do seu vice, incluindo caráter, honestidade, vaidade, independência, ambição, personalidade forte, família complicada, tendência a traição e a mudar de lado. O que hoje contribui com o seu esquema político, um dia poderá se voltar contra você.
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Vice qualquer coisa

Você saberia me dizer, o que é, ou para que serve um vice?
Vice é aquele que não é!
Ainda há uma palavra pior do que vice. É o sub. Sub é deprimente. Vice é mais chic. No fim, nenhum dos dois é nada. De qualquer forma, vou falar de vice, pois me parece a posição mais ridícula que uma pessoa pode assumir na vida.
O vice é quase uma profissão. Ele é, seguramente, aquele que quase chegou lá, que é pago para não fazer, não falar, não aparecer: um tapa-buraco profissional.
Já pensou se Deus tivesse um vice? Bem no caso teriam de ser três inúteis: um para o Pai, outro... Anjo não poderia ser. Homem ou mulher, muito menos, por falta de estofo de divindade. Bicho também não. Haveria de ser criada uma espécie nova de ser: um não ser. Virtudes, qualidades, compromissos, para quê? Afinal, se a pessoa do vice deve ser invisível, mudo, cego, inodoro, para que votar neles, para que conhecê-los? Dera que alguém lembra do vice de César, de Alexandre, de Napoleão, mesmo os mais modernos, o vice do Lula, do Evo, do Chaves, da turminha do Miammar?
Mas são caros. Valem quase tanto quanto um presidente em termos de peso ao erário nacional. O salário? Ali, bonitinho. Às vezes alguns querem falar, mas, como criança em roda de gente grande, um olhar, um retire-se, pronto; quem sabe, talvez cumprindo suas funções, nem aparece. Vice não é gente. Nem feto. Explico-me. Um feto é alguém num amanhã, muito breve. Um vice não é nada nunca.
E, às vezes, quando chega a vez de assumir, está tão pouco afeito ao trabalho, ou tão satisfeito com sua nulidade, que alega impedimento regimental, e não assume.
Por que tê-los?
Por que pagá-los?
¨****

(O Peregrino
Publicado no Recanto das Letras em 26/05/2008Código do texto: T1005475 )
Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/ensaios/1005475

Álbum da semana

Alda e Zé Aristides


Genilda Barbosa com os filhos: Ivan, Roberto, Carmen e Wescley

Dona Ofélia e Dona Ivone Souza


Delice e Trigueiro



Dorinha, Mifran e Bim Arruda



Geórgia e Beto


Iunar, mãe de Hermano e Zé Omar



João Joca e esposa


Maria e Jarismar Gonçalves


Zé Strauss


Vanda Gonçalves e João Moreira


Zé Alves Filho


Socorro Vieira e Zé Nilson com as gemeas de Arabele


Gesilda


Ceição e Raimundo de Mano


Pedro Victor e Penélope

terça-feira, 24 de junho de 2008

orkut

Pessoal

No mes de junho o bicho tá pegando! Além das coisas de fim de semestre que sempre complica a rotina dos professores (quem é professor sabe do que estou falando), ando com uma gripe terrível. Daquelas que vc nunca melhora e não adianta meu otimismo porque essa é das "brabas". Por conta deste conjunto de coisas, estou meio distante do blog.
Outro dia, entrei na comunidade de Umari - no orkut - e vi que eles conseguiram criar um espaço bem interessante de debate. Resolvi então abrir duas comunidades totalmente livres de censura onde as pessoas possam debater as questões de interesses coletivo.
As duas comunidades são: alagoinha.ipaumirim e Tribuna livre de Ipaumirim. Vou manter os espaços abertos inclusive depois que eu retomar minhas atividades rotineiras no blog. Acho que é um espaço legal e é provável que algumas pessoas sintam-se mais à vontade para postar diretamente. Elas funcionarão como um termômetro e como sugestão de pauta para o nosso blog.
Boa ressaca para todos. Estou morrendo de inveja dos que forrozaram pra valer na bonita festa nordestina.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Muita gripe

Passando para desejar feliz São João para todos. Estou caidaça numa gripe infame. Daquelas que nem dá pra abrir o olho. Assim que melhorar, espero que seja logo, volto a postar.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

QUARTA VIA

Não tema o futuro. Olhe para a frente
(Ricardo Neves)


Se você viajasse com um motorista que não conseguisse desgrudar do espelho retrovisor, ficaria muito preocupado, não? Provavelmente você o advertiria de que o retrovisor - assim como a visão do passado - é para ser usado como referência no processo de andar para a frente. Ou em direção ao futuro.
O foco excessivo no que passou pode se tornar um obstáculo para que você navegue aproveitando as oportunidades ou se desviando dos riscos reais a sua frente. A humanidade já deveria ter aprendido que não devemos olhar para a frente como se o futuro fosse uma extensão do passado.
Essa quase fobia em navegar em direção ao desconhecido ficou mais problemática em um mundo que muda mais rápido do que conseguimos assimilar. É compreensível que isso cause desconforto, insegurança, estresse e medo.
Para os que são mais velhos e têm maior dificuldade de assimilar mudanças, o futuro inesperado passa a ser visto como um destino desastroso para a humanidade.
O senso comum dos que se tornaram adultos no século XX, ante os desafios que emergem, enxerga os problemas como insolúveis. Não consegue ver que respostas inovadoras estão sendo criadas.
Assim, aos jovens eu sugeriria: sejam pacientes com os mais velhos, sem acreditar em suas arengas de fim de mundo. Compreendam que muitos dos fantasmas evocados pela geração anterior são questões que emergem mais da nostalgia de sua juventude que ficou para trás.
Estamos às portas de uma nova sociedade digital global. Um mundo multipolar com centros de importância planetária não apenas no Hemisfério Norte.
Por muito tempo, férias em Londres e Paris continuarão sendo chiques. Mas países como China, Brasil, África do Sul, Índia, que ao longo do século passado foram sempre citados como Terceiro Mundo, passarão a ser os grandes e vibrantes mercados produtores e consumidores.
Este novo mundo é assustador para quem não quer mudar o sistema operacional mental que funcionou nas cabeças do século XX. Ainda mais para aqueles que cultivam utopias e revoluções salvacionistas ou são órfãos delas. "
A dificuldade não está nas novas idéias, mas em escapar das velhas que se enraízam por todos os cantos de nossa mente", já dizia em sua velhice o economista inglês John Maynard Keynes. A mudança da mentalidade é o segredo daquilo que pode ser o avesso do desespero.


Ricardo Neves é consultor de inovação e estratégia e escreve quinzenalmente em Época.
Fonte: entrelaços.blogger.com

segunda-feira, 16 de junho de 2008

SEGUNDA BEM HUMORADA

Relato de um cearense do serviço secreto: Quando os cearenses dominarem o mundo

Todo mundo sabe que os cearenses estão por toda parte. Em geral, o cearense é aquele sujeito baixinho que é o guardador de carro em São Paulo, ochefe de um restaurante na Madison em Nova York, o designer que bolou o logo da Eurocopa em Portugal, ou mesmo um borracheiro no interior da China, tentando passar despercebido, mas é o cara!.
O que pouca gente sabe é que, na verdade, isso é uma bem arquitetada jogada que visa a plantar gente nossa em postos-chave da administração mundial.
Quando estivermos prontos, será deflagrada a grande tomada de poder e meu conselho é que você fique imediatamente amigo ou amante de um cearense, pois sabe como é: pros amigos tudo, para os inimigos, a lei!
Tomaremos o poder a partir de uma senha pré-estabelecida, que só um cearense saberá o significado oculto. Aos berros de 'Queima Raparigal!' as hostes de cabeças-chatas invadirão os parlamentos e palácios, além de todos os jornais e redes de TV do mundo livre.
Ninguém desconfiaria que Francisco das Chagas, humilde faxineiro da CNN (futura afiliada da TV Diário), na verdade, é um professor do ITA que rapidamente conectará a rede de Atlanta para nossos propósitos. Invadiremos e tomaremos o Estado de Pernambuco, vamos dinamitar a nossa refinaria que eles roubaram e vamos construir outra lá no Pecém; também vamos extinguir os times Náutico, Santa Cruz e Sport Recife.
Elegeremos um papa cearense, Raimundo I, que canonizará Padre Cícero e determinará que, daí por diante, em todas as igrejas católicas ahóstia seja feita com macaxeira, farinha, rapadura, alternadamente ou os três ingredientes juntos. O vinho será uma cachacinha de primeira misturada com 'Q-SUCO' de uva. Essa simples bula papal fará com que a economia do Ceará dê um salto. O único problema é achar uma mitra que caiba na cabeça chata do papa, mas nós cearenses sabemos improvisar: Raimundo I usará uma fronha de travesseiro enquanto se encomenda outra.
A literatura de cordel ganhará status de arte maior e Clodoaldo Mastrúcio ganhará o Nobel de Literatura com seu livrinho 'A moça que engravidoudo cavalo e a besta da sua mãe'.
Nas artes plásticas, as garrafinhas com areia colorida, os quadros de Xico da Silva e as esculturas de Zé Pinto irão ocupar alas e alas do Louvre.
Para arranjar espaço, todas aquelas velharias do Turner vão para o museu de Aracati.
A Monalisa fica, pois na avaliação de Serotônio Macêdo, novo curador do museu, ela é uma 'cabôca danada de aprumada'.
O novo Secretário Geral da ONU será Seu Lunga, que resolverá o conflito Israel/Palestina doando vastas extensões do sertão cearense pros brigões. A ata de doação será concisa e formal. Nas suas palavras: 'Magote de fio d'uma égua, bando de mulambeiros, a terra é seca do mesmo jeito e o mar é da mesma cor. Deixem de botar boneco que vocês nem vão notar a diferença e o Ceará ainda é maior que aquela tripinha de Gaza'.
A famigerada música cearense tomará o mundo. Numa revanche histórica, as aberturas das novelas globais terão como trilha sonora os seguintes temas: novela das 06h, Belchior, das 07h, Raimundo Fagner, das 08h, Aviões do Forró. Vamos aperfeiçoar o Oscar. Bolaremos uma categoria que premiará o melhor filme de cangaço, melhor cena de amor numa jangada e melhor mocotó.
O cruzamento mais famoso do Brasil não mais será 'Ipiranga com Av. São João' e sim Barão do Rio Branco com Liberato Barroso.
O jornal do 10 será transmitido para todo o mundo com a seguinte noticia:* O rodeio será substituído pela vaquejada; Coca-cola pela água de côco; Garota de Ipanema por Garota da Barra do Ceará; Praia de Copacabana por Praia do Futuro; Fla x Flu por Ceará e Fortaleza, Real Madrid por Ferroviário; Central Park por Parque do Cocó; As torres gêmeas, que já foram destruídas mesmo, por Palácio do Progresso; As melhores faculdades européias pelo Liceu do Ceará; Demitiremos Gugu Liberato e Faustão e colocaremos em seus lugares João Inácio Jr e Ênio Carlos; Roberto Carlos por Babau do Pandeiro; Funk por Xaxado; Disneylândia por Beach Park; Av. Paulista por Bezerra de Menezes; Canecão por Siará Hall (na Washington Soares é show); Escolas de samba por quadrilhas juninas; Chiclete com banana por Mastruz com Leite; Colocaremos alguns cearenses nas presidências dos principais países como: França: Cid Gomes (pela 'delicadeza' de seus gestos); Cuba: Inácio Arruda; Argentina: Débora Soft (ela é burra mesmo e eu quero mais é que a Argentina se exploda).
A primeira ministra da Inglaterra será Patrícia Gomes. A capital do Brasil será Fortaleza. A capital do mundo ainda será Nova York, mas a gente vai rebatizá-la de Nova Quixeramobim e vamos trocar aquela estátua cafona por uma enorme estátua da Índia de Iracema.
Yeah! Não vejo como o plano possa falhar, pois cada vez mais nossos agentes se espalham pelo Brasil e pelo mundo todo.
Só nos resta esperar, de preferência no fundo de uma rede, enquanto as engrenagens giram por si. Adeus e até a vitória! Como sou modesto, quero para mim apenas um título de nobreza e umas terras anexas, de preferência o município de Caucaia que é vizinho da capital e tem belas praias.
Saudações cearenses!!!E que nosso Padim Pade Ciço teja com todos nós!!!!!
(Autor desconhecido)

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O sujeito está na cama com a amante, quando ouve os passos do marido. A mulher manda-o pegar as roupas e pular pela janela. Ele reluta, porque está caindo uma chuva forte, mas, não tendo outro jeito, pula e cai na rua, no meio de uma maratona. Ele aproveita e corre junto com os outros, que o olham de um jeito esquisito. Afinal, ele está pelado!
Um corredor pergunta-lhe:
- Você sempre corre assim, pelado?
- Sim! - responde o amante - É tão bom ter essa sensação de liberdade...
Outro corredor pergunta:
- Mas você sempre corre assim, pelado, carregando suas roupas?
O sujeito não se dá por vencido:
- Eu prefiro assim. Posso me vestir no final da corrida e pegar o carro para ir para casa.
Um terceiro corredor insiste:
- Mas você sempre corre assim, pelado, carregando suas roupas e com uma camisinha no pinto?O sujeito responde:
- Só quando está chovendo!

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Entra um bêbado na mercearia do Kachika e pergunta:
- Tem comida pra pato?
Kachika responde:
- Não temos comida pra pato.
No outro dia o bêbado volta e pergunta:
- Tem comida pra pato?
- Não, não temos comida pra pato.
O bêbado como é muito chato no outro dia ele volta e pergunta:
- Tem comida pra pato?
E o Kachika furioso responde:
- Não temos comida pra pato, e se você voltar aqui e perguntar se tem comida pra pato eu te prego na parede, ouviu!
No outro dia o bêbado volta e pergunta:
- Tem prego ?
- Não! .
- E comida pra pato?

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Por que os camelos são assim?

Uma mãe e um bebê, camelos, estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Mãe, mãe, posso te perguntar umas coisas?
- Claro! O que está incomodando o meu filhote?
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar melhor pelo deserto melhor do que qualquer um! disse a mãe, toda orgulhosa.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! -respondeu a mãe com orgulho nos olhos..
- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto . Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???

Moral da história: "Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no lugar certo!"
(Onde você está agora?)

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Um cara está sentado no bar, quando uma mulher exuberante senta ao seu lado. Mal se senta, ela diz:
- Oi, Paulo!
- Eu conheço você? Pergunta o homem, espantado.
- Claro! Sou eu, o Luís, seu melhor amigo!
- O quê?! Luís? Mas, é você, mesmo! Incrível! O que aconteceu?
- Eu fui a Marrocos e fiz uma operação de mudança de sexo... - respondeu a bonitona.
- Puxa, ficou uma beleza! Você se transformou realmente numa mulher... Mas, me diz uma coisa... Dói muito quando eles cortam o seu bilau fora?
- Olha, cara... Doer, dói... Mas pra mim, que escolhi me transformar numa loira, não foi a pior coisa.
- E qual foi a pior?
- Ah, sem dúvida é na hora em que eles enfiam aquele tubo de metal na sua cabeça e sugam metade do seu cérebro fora!
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Luiz Fuinha parou o caminhão em frente à loja do turco Mamede e oferece:
- Seu Mamede, tem aqui um caminhão de arroz, sem nota, o preço é metade, o sinhô interessa?
- Claro que Mamede aceita! - e vira-se para o filho:
- Mamedinho, vai brá esquina e se abarecer o fiscal vem correndo pra avisá bábai, viu!
Começam a descarga e de repente surge Mamedinho gritando:
- Bábai!... Fiscal vem vindo!
- Bára tudo e volta carregar - ordena Mamede.
O fiscal se aproxima e diz:
- Venda grande não é seu Mamede?
- Oh! Si, si... melhó venda de ano que Mamede feiz..
- E isso aí tem nota, seu Mamede? - quis saber o fiscal.
- Ainda num tem nota não, borquê Mamede está esberando carregar bra ver quanto mercadoria cabe na caminhón... depois, enton, Mamede tira nota, né?
- Não pode! A nota fiscal tem de ser emitida antes de carregar!
- Ah!... Enton bára tudo, que Mamede non qué broblema com receita!... Volta descarregar tudo e guardar lá dentro do loja!
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Humildade Mineira
Três paulistas querendo contar vantagem pro mineirim:
1º. paulista: - Eu tenho muito dinheiro... Vou comprar o Citibank!
2º. paulista: - Eu sou muito rico... Comprarei a Fiat Automóveis.
3º. paulista: - Eu sou um magnata... Vou comprar a Usiminas.
E os três ficam esperando o quê o mineiro vai falar.
O minerim da uma pitada nu cigarro de paia, ingole a saliva... faz uma pausa... e diz:
- Num vendo..

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O teste da banheira

Durante visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:
"Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?"
Respondeu o diretor:
- "Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não."
"Entendi", disse o visitante, "uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher."
"Não", respondeu o diretor, "uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?"

Dedicado a todos que escolheram o balde...


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De repente o genro entra em casa e vai correndo para o telefone, pega o telefone e liga para o carpinteiro:
- Socorro, socorro, minha sogra esta querendo suicidar-se pulando da janela!!!!!
O homem meio na dúvida fala:
- Meu senhor aqui não é do Bombeiro, é da Carpintaria.....
O homem mais assustado diz:
- Eu sei é porque a janela está emperrada e não quer abrir!!!!!!

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Uma mulher de 80 anos ficou grávida. Fenômeno! Depois de ter o filho, os amigos ficaram encantados e foram visitar a criança. A todo momento pediam para ver a criança e a velha desconversava. Lá pelas tantas, os amigos reclamaram:
- Poxa vida, nós viemos aqui, encantados em ver que você conseguiu engravidar, e você não nos deixa ver a criança? O que aconteceu?
- Nada, droga! - responde a mamãe idosa - só estou esperando o bebê chorar pra eu me lembrar de onde coloquei ele!

domingo, 15 de junho de 2008

Album da semana

GENTE
TENTEI O DIA INTEIRO E NÃO CONSEGUI POSTAR ABSOLUTAMENTE NADA. GUARDAREI AS FOTOS PARA O PRÓXIMO ALBUM. SE ALGUEM QUISER ENVIAR FOTOS PARA POSTAR, MANDAR PARA: luiza_ipaumirim@yahoo.com.br

sábado, 14 de junho de 2008

Sábado em queda livre

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

Os partidos começam a realizar suas convenções para homologar candidaturas, com ou sem coligações, vulgo conchavos, para estabelecer territórios, zonas de mando e otras cositas impublicáveis.
Cai o pano e - por trás das cortinas - entra o vale tudo. Quanto vale um voto? E um cabo eleitoral? E se financiar a campanha, recebe o que ? Construções? Coleta do lixo? Fornecimento? Eleitor não vale. Só vale voto.
Demandas da comunidade? Faz parte do discurso, talvez do programa. Na administração, a conversa é outra. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Ah, tá!

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E IP, quando vai cumprir o ritual? Quem será o(a) vice e o(a) versa?

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São João

Vai ter São João em Ip? Em Lavras, vai ser animado. Pelo menos, é o que diz o site da emissora Vale do Salgado. Em Cajazeiras, já é tradição. Da ultima vez que passei em Ip, foi tão triste.. deu uma uma pena!!!!!

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E no rolo dos títulos? Quantos foram cancelados em Ip?

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Carta enviada ao blog a respeito do artigo de Rubens Dário: Alagoinha, enchente, cocada e educação publicado em 25 de abril de 2008.

Oi Maria,

Acho que essas coisas não expiram e ainda está em tempo responder isso, não?
Certo, fui eu que escrevi o texto que você critica. Permita-me refutar alguns posicionamentos seus."A impressão que fica é que não há necessidade de se estudar para trabalhar e conseqüentemente ganhar dinheiro". Sua impressão está correta, fico feliz por ela condizer com a minha visão de mundo, no caso dessa realidade específica de Ipaumirim. Uma pena é você ter interpretado de forma enviesada o que escrevi.
Ora, veja, não sou contra a educação, por Deus. Justamente ao contrário, creio que qualquer mudança efetiva nas estruturas sociais tem a educação como ponto de partida fundamental. Percebi outro dia que entrei em minha segunda década de estudos ininterruptos, desde a pré escola. E não poderia, de forma alguma, exercer minha profissão ou mesmo discutir com você se não tivesse estudado. E estudado muito, não só na escola, pq saber que b com a faz ba te torna um técnico em letrinhas, não um alfabeto, agora conseguir usar essa ferramenta para algo além de assinar seu nome exige uma vivência que as escolas brasileiras - principalmente as das regiões pobres e rurais, como é o caso - não oferecem.
E é esse justamente o ponto, a qualidade do que é ensinado. Retomo seu "A impressão que fica é que não há necessidade de se estudar para trabalhar e conseqüentemente ganhar dinheiro". Ora, está absolutamente correto, é claro que não há! Estudar física? Para que diabos serve horas e mais horas de ótica, calcular a trajetória da luz é importante para quem? E números irracionais? Química orgânica? Gramática de excessão? A lista é enorme, posso continuar citando disperdicios educacionais até o fim dos bits da internet..
Por uma lógica fria e objetiva, estudar é tempo perdido, investimento jogado fora. No que isso vai ajudar o cidadão a conseguir os empregos aos quais ele tem acesso? De fato, ele perde dinheiro quando estuda, pelo tempo que deixa de trabalhar.
Os exemplos que você coloca sobre a importancia da educacao no dia-a-dia são referentes à educação superior, ou se ensina agricultura sustentável com manejo racional de pastagem nas aulas de geografia do ensino médio na rede pública do Ceará? E aí eu te pergunto, qual é a exigência de trabalho de nível superior em Ipaumirim? Qual é a possibilidade real de um trabalhador da cidade, ou da fábrica de big, caso queira, ingressar numa universidade? A resposta pra ambas é a mesma: mínima em relação ao tamanho da população. Infelizmente é assim nossa realidade.
As crianças tem que estudar? Que estudem xadrez no lugar de matemática, lógica no lugar de física, poesia no lugar de gramática. Isso é formar um indivíduo, um cidadão. O que temos hoje é um modelo que forma técnicos para passar no vestibular. E se o aluno nao quer passar no vestibular, bau bau, depois de ler e escrever e fazer as contas básicas acabou-se pra ele a escola.
O que vc acha?
Meu blog é o www.mochileiroimpreciso.wordpress.com, podemos continuar o debate.
beijo
Postado por Breno no blog ALAGOINHA.IPAUMIRIM em 11 de Junho de 2008 00:40
Em tempo: Breno é o rapaz que fez a matéria no UOL sobre as inundações em Ipaumirim. Repasssei ao Rubens Dário a sua carta. Obrigada por participar do nosso blog.
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Procura-se
Data: 28/03/2008 17:28:51
De: cicera holanda de lucena (jessica100igual@hotmail.com)
IP: 201.9.69.126
Assunto: Procurar minha mãe
Oi gugu, te envio este imail com a esperança q você me ajude a encontrar minha mãe q desaparesceu eu tinha 05 anos nunca a procurei mas gostaria de saber seu paradeiro para confortar meu coração hoje tenho 35 anos já sou mãe e faço de tudo para q meus filhos não sofram o q eu sofri. Bem se você se interesar moro em Ipaumirim uma cidadezinha q fica no Ceará. O endereço é BR116 km 420 Posto Fiscal de Ipaumirim e minha mãe se chama Maria Lurdes Lucena me ajude por favor.
thal brigada.
Alguem pode ajudar????
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

QUINTA DA ENTREVISTA: Patrick Michaels



O grande cético

Climatologista americano não vê motivos para temer o aquecimento global e diz que é inútil tentar reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
(Diogo Schelp)
"Basta olhar pela janela e comparar a realidade com a previsão do tempo feita dias atrás. Se erros são comuns no curto prazo, imagine em períodos longos"
Patrick Michaels
O climatologista Patrick Michaels, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, é o mais conhecido entre os chamados céticos do aquecimento global. A qualificação é paradoxal, pois ele colaborou com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e não contesta os princípios científicos que sustentam a advertência, feita pela conferência da ONU, sobre o aumento nas emissões de gases do efeito estufa. A diferença é que, ao contrário do IPCC, ele não vê nada de catastrófico nas mudanças climáticas. Pesquisador do Instituto Cato, em Washington, Michaels dedica-se a palestras e a escrever artigos contra o que considera uma visão apocalíptica da climatologia. Ele argumenta que o fato de suas pesquisas contarem com o apoio de indústrias de energia reforça a credibilidade de seus artigos, pois faz com que sejam examinados com maior rigor por seus críticos. O cientista, que recentemente participou do seminário internacional "Aquecimento global – O dilema político e econômico", promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e pelo Ibmec, em São Paulo, concedeu a seguinte entrevista a VEJA.

Veja – Empresas de energia ajudam a financiar seus estudos sobre o aquecimento global. Isso não afeta a credibilidade de seu trabalho?
Michaels – Ao contrário, reforça. Como a contribuição do setor energético é de conhecimento público, os críticos dedicam vigor especial à busca de erros em minhas pesquisas. Todo artigo que publico é revisado minuciosamente por especialistas. Para sobreviverem a tal escrutínio, meus argumentos precisam ser bastante sólidos.

Veja – O senhor concorda com a afirmação de que a temperatura global está aumentando?
Michaels – Sim.

Veja – O senhor concorda que isso ocorre devido à ação humana?
Michaels – Sim, é correta a tese de que a temperatura na superfície terrestre aumenta devido à crescente emissão de gás carbônico. Mudanças na concentração desse gás fazem com que a temperatura fique mais alta na superfície, enquanto a estratosfera esfria. Ocorreram dois períodos recentes de aquecimento do ar na superfície terrestre. O primeiro foi no início do século XX, entre 1910 e 1945, e o último começou nos anos 70 e dura até hoje. O aquecimento da primeira metade do século passado provavelmente pouco teve a ver com a eventual influência humana na composição da atmosfera. Esteve muito mais relacionado ao aumento da temperatura do Sol. Já o segundo período parece estar muito mais vinculado ao fator humano e ao aumento do nível de gás carbônico na atmosfera.

Veja – Qual desses períodos foi mais quente?
]Michaels – As magnitudes do primeiro e do segundo período de aquecimento global mal podem ser diferenciadas estatisticamente, pois são muito semelhantes. De qualquer forma, o atual período é 0,8 grau mais quente que o anterior. Praticamente metade desse aumento de temperatura tem como causa mudanças nas concentrações de dióxido de carbono no ar, que se elevaram muito no segundo período.

Veja – Suas opiniões parecem moderadas para quem é considerado o mais influente cético em relação ao aquecimento global. Afinal, em que pontos o senhor discorda das teses apresentadas nos relatórios do IPCC?
Michaels – Não há discordâncias relevantes entre minha opinião e os dados do IPCC. Eu mesmo contribuí com análises de pesquisas que foram utilizadas pelo IPCC. Considero, no entanto, que algumas previsões são exageradas. Quando aplicamos a taxa atual de elevação de temperatura em modelos de computador, chegamos à conclusão de que o aquecimento no século XXI não será maior do que a previsão mais otimista do IPCC. Ou seja, por volta do ano 2100 a temperatura global estará apenas 1,7 grau acima da atual. Digo isso porque a taxa de aquecimento tem sido notavelmente constante. O aumento na temperatura é proporcional à concentração de gás carbônico e ao impacto desse gás no efeito estufa. Esses fatores indicam uma tendência de aquecimento constante, mas não crescente. Outra ressalva diz respeito à maneira como as previsões climáticas são feitas. Apesar de serem baseadas nas análises e nos métodos mais modernos que existem, é preciso cautela. Basta olhar pela janela e comparar a realidade com a previsão do tempo divulgada dias atrás. Se os erros são tão freqüentes no curto prazo, imagine quanto se pode errar em um período mais longo.

Veja – O senhor considera irrelevante o aumento de 1,7 grau na temperatura até o fim do século?
Michaels – Há grande chance de essa previsão nem sequer se concretizar. A tecnologia que usaremos daqui a 100 anos nas indústrias, nos automóveis e nas usinas geradoras de eletricidade será provavelmente mais eficiente em termos de emissão de gás carbônico do que a atual. Infelizmente, não posso precisar como serão as novas tecnologias, mas a história da evolução tecnológica é um guia do avanço que pode ocorrer. Por essa razão, nossa previsão sobre o aumento na emissão de gás carbônico é bastante questionável. Não há como saber se os índices atuais de poluição serão mantidos no fim do século XXI.

Veja – Quais seriam as conseqüências do aumento de 1,7 grau na temperatura média global?
Michaels – Há grande variedade de opiniões. Alguns economistas pensam que um aquecimento modesto seria benéfico. As visões apocalípticas da mudança climática estão associadas à idéia, com pouco embasamento científico, de que a Groenlândia está perdendo sua camada de gelo. Muitos estudos comprovam que, entre as décadas de 50 e 60, as temperaturas naquela região foram, em média, mais altas do que na última década.

Veja – Que benefício pode existir no aquecimento global?
Michaels – O clima não é apenas aquilo que se mede no termômetro, mas uma combinação de temperatura e umidade. Em locais com a devida umidade, quanto maior a temperatura da superfície, maior é a quantidade de seres vivos. Os trópicos são o exemplo. Essa é uma das vantagens do aquecimento. Outra diz respeito às taxas de mortalidade, que são mais altas no inverno do que no verão. Se, com o aquecimento, tivermos invernos mais curtos, o número de mortes também diminuirá. Quando a temperatura sobe de forma drástica, como ocorreu durante as ondas de calor na Europa, algumas pessoas morrem por não estar preparadas para mudanças climáticas bruscas. O calor será menos nocivo se a temperatura aumentar gradualmente.

Veja – Uma prova do perigo do aquecimento global citada com freqüência são seus efeitos sobre os ursos-polares. Com a diminuição da área congelada no Ártico, a espécie enfrenta maior dificuldade para encontrar alimento. O número de ursos-polares já está diminuindo...
Michaels – Pesquisas do governo canadense revelam que, na realidade, o número de ursos-polares é alto.

Veja – Outra conseqüência incontestada no meio científico é a elevação do nível do mar. Isso não é um problema?
Michaels – Devido a fatores geológicos, não climáticos, nos últimos 100 anos o nível do mar subiu quase 30 centímetros na costa leste dos Estados Unidos. Poucas pessoas perceberam, pois os moradores da costa se adaptaram perfeitamente ao novo nível.

Veja – As geleiras dos Andes estão diminuindo. Como ficariam as populações andinas se elas desaparecessem?
Michaels – Quando o gelo das montanhas se derrete, como está ocorrendo nos Andes, pode-se tentar represá-lo. Dizem que, devido ao risco de terremotos, é perigoso construir barragens para captar a água do degelo nos Andes. Mas esse tipo de represamento existe na Califórnia, que também é uma região de atividade sísmica intensa. Sugerir que os sul-americanos não conseguiriam se adaptar a tal situação é falta de respeito para com esses povos.

Veja – Se o senhor estiver correto e o aquecimento global não for uma ameaça para a humanidade, isso significa que é desnecessário reduzir as emissões de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa?
Michaels – É extremamente imprudente gastar dinheiro para tentar reduzir as emissões de gás carbônico. O custo para chegar a isso seria muito alto. Esse capital poderia ser mais bem investido em pesquisa e desenvolvimento de novas fontes de energia. Um exemplo: a resposta política do governo americano ao aquecimento global foi uma lei, aprovada em 2005, que exige a substituição de certa quantidade de gasolina por etanol. Nos Estados Unidos, existe apenas uma matéria-prima capaz de produzir grande quantidade desse combustível, que é o milho. A demanda foi tamanha que, no ano passado, os Estados Unidos dedicaram a esse fim 33% da colheita de milho. A colheita americana representa 54% da produção mundial. Em outras palavras, 15% de todo o milho do planeta foi desviado para a produção de combustível. Como conseqüência, o preço do milho, da soja e do trigo subiu dramaticamente. Hoje se vêem em vários países protestos contra o preço abusivo dos alimentos. O caso do etanol americano foi o resultado de uma intervenção política irracional.

Veja – Outras tentativas de reduzir as emissões também devem ser abandonadas?
Michaels – É impossível reduzir drasticamente as emissões e ainda dispor de recursos para investir em novas fontes de energia. Não existe uma alternativa que seja ao mesmo tempo tecnológica e politicamente viável. O fracasso do Protocolo de Kioto é um exemplo dessa incapacidade. Se todos os países fizessem o que prometeram ao assinar esse documento, a temperatura deixaria de subir 0,7 grau em cinqüenta anos. O primeiro problema é que se trata de uma variação pequena demais para ser medida. O segundo é que o custo para chegar a isso seria muito alto e provavelmente ineficaz. Um exemplo: nos Estados Unidos, a gasolina atualmente custa cerca de 1 dólar o litro. Pensava-se, há alguns anos, que a elevação do preço em 25 centavos seria suficiente para atingir o objetivo do Protocolo de Kioto no que diz respeito às emissões automotivas. O preço está onde está devido à alta do barril de petróleo e o consumo de combustível praticamente não mudou. A questão é saber até que ponto é preciso encarecer a energia para que as emissões caiam pela metade. Muito melhor seria investir em tecnologia agora para que, daqui a 100 anos, estejamos em um patamar tão avançado que torne possível encontrar uma solução técnica para o aquecimento. Difícil será incentivar as pesquisas tecnológicas se a economia for arruinada pelas tentativas de tentar frear agora o aquecimento global. Essa saída é contraprodutiva.

Veja – Grande parte da pressão para que o Brasil barre a destruição da Amazônia está ligada ao temor de que o desmatamento contribua para o aquecimento global. Em sua opinião, essa é a razão correta para proteger a floresta?
Michaels – Não. A verdadeira razão, nesse caso, é o valor intrínseco da floresta. Os números mostram que o desmatamento não é o grande culpado pelo aumento do aquecimento global, se comparado com a queima de combustíveis fósseis. Tentar justificar a preservação com o argumento do aquecimento global é uma mentira. Acredito que a preservação das áreas silvestres é uma decisão social e econômica que as pessoas nos países em desenvolvimento precisam tomar.

Veja – Os países emergentes argumentam que não é justo terem de reduzir suas emissões de poluentes porque os países ricos, para chegar ao patamar em que estão, poluíram muito mais. O senhor concorda?
Michaels – É um argumento falso. Os países pobres podem até afirmar que sua emissão de poluentes per capita é bem menor que a dos países ricos. Se o cálculo for feito em proporção ao PIB de cada país, no entanto, chegaremos à conclusão de que poluem muito. Essa é a maneira correta de analisar o assunto.

Veja – Por que tantos cientistas respeitados corroboram a idéia de que é preciso reduzir as emissões de gases do efeito estufa quanto antes?
Michaels – Não acredito que muitos cientistas defendam essa posição.

Veja – Como o senhor vê as posições sobre o aquecimento dos dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos?
Michaels – Os discursos de Barack Obama e John McCain são indistinguíveis. Tudo indica que, se o atual presidente dificilmente vai aprovar qualquer lei que restrinja as emissões de dióxido de carbono, é quase certo que o próximo vai fazê-lo. Infelizmente.

Fonte:veja.abril.com.br/
Sábado, Junho 07, 2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

QUARTA VIA

Os Brics e a reorganização do mundo
CELSO AMORIM


Chegou a hora de começar a reorganizar o mundo na direção que a esmagadora maioria da humanidade espera e precisa

OS BRICS estão na moda. A sigla, criada por analistas financeiros, estava associada sobretudo ao impacto que o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China tem -e terá cada vez mais- na economia global. Com quase metade da população mundial, 20% da superfície terrestre, recursos naturais abundantes e economias diversificadas em ritmo sustentado de crescimento, era natural que fossem considerados grupo de indiscutível peso econômico, equivalente hoje a 15% do PIB mundial.

Diante da desaceleração da economia norte-americana e das incertezas que se afiguram à evolução do comércio e das finanças internacionais, os Brics têm contribuído para manter nos trilhos a economia mundial. É caso exemplar da capacidade de países "não ricos" de mitigar possíveis efeitos de uma crise que se origina principalmente no mundo desenvolvido.

Agora, os quatro países decidiram ampliar a agenda de atuação conjunta. Buscam se fortalecer politicamente como um bloco que ajude a equilibrar e democratizar a ordem internacional deste início de século.

A convite do chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, participei em Ecaterimburgo, em 16 de maio, da primeira reunião ministerial dos Brics, com meus colegas Pranab Mukherjee e Yang Jiechi. O encontro diz mais sobre a multipolaridade do que quaisquer palavras.

Os Brics são um exemplo de como países com culturas diversas podem se unir em torno de projetos comuns em favor da paz, do multilateralismo e do respeito ao direito internacional.

A convergência que soubermos cultivar, sem prejuízo da pluralidade de pontos de vista, deverá reforçar a ação dos quatro em diversas instâncias e foros multilaterais.

As Nações Unidas são o único espaço político que incorpora todos os diferentes sistemas de valores. Há consenso entre os Brics de que é fundamental levar a bom termo um processo abrangente de reforma da ONU, de modo a mantê-la no centro da ordem mundial que desejamos. Postergar indefinidamente a reforma, inclusive a do Conselho de Segurança, agravará o risco de erosão de sua autoridade.

Na OMC, a articulação que Brasil, China e Índia já desenvolvem no âmbito do G20 mostra o potencial desse tipo de cooperação.

Acolhemos o futuro ingresso da Rússia na OMC como fator positivo na evolução do sistema multilateral de comércio.

Devemos também continuar promovendo a reforma e a atualização das instituições financeiras internacionais. O assunto será abordado em novembro, na reunião dos ministros da Economia dos Brics, proposta pelo Brasil.

Lembremos, ainda, o diálogo entre o G8 e o G5, em que os Brics estão presentes dos dois lados da mesa. Ao mesmo tempo em que têm interesse na estabilidade econômica e na expansão das trocas, sem barreiras injustificadas ao comércio ou aos investimentos, os Brics compartilham o desejo de ver suas visões refletidas nos debates sobre os grandes temas da agenda internacional, como o combate à fome e à pobreza, a segurança energética, a mudança do clima e a promoção do desenvolvimento.

A perspectiva de nossos países é fundamental para fazer avançar a discussão de alguns temas globais e a própria governança mundial.

O acesso a recursos naturais, com todas as suas implicações econômicas e geoestratégicas, parece tornar-se cada vez mais crucial na agenda internacional.

Entre os quatro encontram-se dois países que figuram entre os maiores supridores de recursos naturais do mundo, especialmente energéticos, Brasil e Rússia, e dois dos maiores consumidores, China e Índia. O mesmo poderia ser dito, "mutatis mutandis", sobre a questão da segurança alimentar. Discussões entre os quatro em áreas como essas podem ser tão ou mais relevantes do que os próprios debates no âmbito do G7.

É grande o potencial para cooperação em áreas de tecnologia avançada. No plano comercial, Rússia, China e Índia já importam quase US$ 16 bilhões em produtos brasileiros.

O fato de criarmos novas associações não diminui a importância de outras alianças que o Brasil tem construído no governo Lula. É o caso do foro de cooperação com a África do Sul e a Índia, das cúpulas América do Sul-países árabes e África-América do Sul. É sobretudo o caso do processo de integração em nossa região, que ganhou impulso com a recente assinatura do tratado da Unasul.

Os Brics têm um objetivo claro, no contexto dessas coalizões de geometria variável. Sem arroubos nem bravatas, chegou a hora de começar a reorganizar o mundo na direção que a esmagadora maioria da humanidade espera e precisa.


CELSO AMORIM , 66, diplomata, doutor em ciências políticas pela London School of Economics (Inglaterra), é o ministro das Relações Exteriores.

Fonte: www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0806200807.htm

segunda-feira, 9 de junho de 2008

TERÇA POESIA E PROSA


A arte de ser feliz
(Cecília Meireles )


Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
**************

A dignidade da arte

Eu escrevo para os que não podem me ler. Os de baixo, os que esperam há séculos na fila da história, não sabem ler ou não tem com o quê.
Quando chega o desânimo, me faz bem recordar uma lição de dignidade da arte que recebi há anos, num teatro de Assis, na Itália. Helena e eu tínhamos ido ver um espetáculo de pantomima, e não havia ninguém. Ela e eu éramos os únicos espectadores. Quando a luz se apagou, juntaram-se a nós o lanterninha e a mulher da bilheteria. E, no entanto, os atores, mais numerosos que o público, trabalharam naquela noite como se estivessem vivendo a glória de uma estréia com lotação esgotada. Fizeram sua tarefa entregando-se inteiros, com tudo, com alma e vida; e foi uma maravilha.
Nossos aplausos ressoaram na solidão da sala. Nós aplaudimos até esfolar as mãos.

(Eduardo Galeano em O livro dos abraços)


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CONTRADIÇÕES
(Ernani Chagas)

Esquisita, nervosa, pequenina,
de olhos tristes e de fundas olheiras,
tem um vago gemer de casuarina
o seu andar sutil como o das freiras.
Transparece no rosto, à pele fina,
um ríctus de amarguras derradeiras,
e tem na leve compleição franzina
o talhe esguio e nobre das palmeiras.
Em certas vezes quando a vejo,
creio que o lindo gesto, de incontido enleio,
é uma eterna promessa para alguém.
E ela que sabe do meu abandono,
volve-me o rosto com gracioso entono
e ri de mim porque lhe quero bem!

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Absolvendo o amor
(Martha Medeiros)

Duas historinhas que envolvem o amor.

A primeira: uma mulher namora um príncipe encantado por três meses e então descobre que ele não é príncipe coisa nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga: "não dá mesmo para acreditar no amor".

Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa desses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e a partir daí não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar tentando. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história.
Quando entra, é para contribuir, para apimentar, para fazer feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima.

Fique com o cartão dele, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque este estará sempre a postos. Viver sem amor por uns tempos é normal.

Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão pra existir. Não adianta querer compensar com amor pelos amigos, filhos e cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.

Segunda história. Uma mulher ama profundamente um homem e é por ele amada da mesma forma, os dois dormem embolados e se gostam de uma maneira quase indecente, de tão certo que dá a relação.
Tudo funciona como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não pára, um tic-tac excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa.

Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e que ameaça ser eterno. Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de quê, mas sente.
Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos das outras mulheres, daquela mulher lá do início do texto, por exemplo, que se iludiu com mais um bobalhão que desapareceu sem deixar rastro - ou bobalhona foi ela, nunca se sabe.

Mas o fato é que terminou o amor da mulher lá do início do texto, enquanto que essa mulher de fim de texto, essa criatura feliz e apaixonada, é ao mesmo tempo infeliz e temerosa porque teve a sorte de ser premiada com aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha.

Uma mulher infeliz por ter amor de menos, outra infeliz por ter amor demais, e o amor injustamente crucificado por ambas.

Coitado do amor, é sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí é o luxo supremo.

Qualquer amor - até aqueles que a gente inventa - merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós.

Fonte: entrelaços.blogger

domingo, 8 de junho de 2008

SEGUNDA BEM HUMORADA


Cueca apertada

O sujeito, riquíssimo, sofria de uma terrível dor de cabeça até que um dia foi procurar um médico:
- O senhor vai ter de arrancar os testículos - sentenciou o médico.
- Você está maluco! - protestou ele.
Dias depois foi procurar outro médico e ouviu o mesmo conselho.
- O senhor vai ter de arrancar os testículos.
Então, resolveu procurar o melhor especialista que havia nos Estados Unidos.
- Sinto muito - fez o doutor, após um rápido exame.
- Mas a dor só vai desaparecer se o senhor arrancar os dois testículos.
Desesperado com a dor que se tornava cada dia mais insuportável, ele resolveu se submeter à cirurgia recomendada pelo médico.
Assim que terminou a convalescença, para vencer a frustração, decidiu reformar todo o seu guarda-roupas e procurou o mais famoso costureiro em Paris.
- Pode ficar tranqüilo - disse o costureiro, em tom afetado. - Eu vou lhe fazer algumas roupas chiquérrimas. Você vai ficar lindo de morrer! Pode passar daqui a 15 dias que vai estar tudo prontinho!
- Você não vai tirar minhas medidas? - espantou-se o sujeito.- Não é necessário! Só de olhar para esse seu corpo deslumbrante eu já sei o tamanho que você vai precisar.
- Duvido!
- Quer ver? Calça, 42, Paletó, 46, Camisa, número 3...
- Incrível... está certíssimo!- Cuecas número 4!
- Epa! Aí você se equivocou, eu uso cuecas número 3.
- Tá querendo me enganar, é? Tem que ser número 4!
- Sempre usei número 3!
- Você pode até usar cuecas número 3, mas vai te apertar as bolas e te dar uma dor de cabeça terrível!

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Depois que a esquadra de Cabral chegou ao Brasil, logo em seguida vieram dúzias de aproveitadores de todos os tipos: caçadores de diamantes, garimpeiros, aventureiros, indiófilos e… missionários, sempre em busca de novos clientes.
Certo dia, o Padre Bento acaba de converter mais um e está mergulhando-o nas águas de um pequeno córrego:
- A partir de agora, te chamarás João, e não mais Tiribuci. E a partir de agora cumprirá todas as obrigações impostas pela Igreja Católica e amanhã, Sexta-feira Santa, não comerás carne, somente peixe!
No dia seguinte pela manhã, o padre encontra o ex-Tiribuci, às margens do mesmo córrego, enfiando a cabeça de uma capivara na água.
- A partir de agora - dizia ele. - Te chamarás peixe, e não mais capivara!

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Um professor de Matemática quis pregar uma peça em seus alunos:
- Aqui vai um problema: Um avião saiu de Amsterdã com uma velocidade de 800 km/h, à pressão de 1.004,5 milibares; a umidade relativa do ar era de 66% e a temperatura 20,4 graus Celsius. A tripulação era composta por dois pilotos e cinco aeromoças, e a capacidade era de 105 assentos para passageiros. Pois bem, a pergunta é…Quantos anos eu tenho?
Aí ele deu aquele risinho de quem se sente superior, pois na verdade não tinha dado nenhuma pista da sua idade. Os alunos ficam assombrados. O silêncio é total. Então o Joãozinho, lá no fundo da sala, levanta a mão e diz de pronto:
- 44 anos, professor!
O professor, muito surpreso, olha pra ele e diz:
- Caramba, está certo! Eu tenho 44 anos. Mas como você adivinhou?
- Bem, eu deduzi porque tenho um primo que é meio babaca, e ele tem 22.

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Um homem e uma mulher (cada um em seu carro) se envolvem num acidente de grandes proporções. A barbeiragem foi dela, os carros ficaram inteiramente destruídos mas, por sorte, nenhum dos dois está ferido. Depois de conseguirem sair do que restou dos carros, a mulher, que era um avião, diz:
- Olha só! Você, um homem, e eu, uma mulher, saímos ilesos de um acidente horrível desses! Só pode ser um sinal de Deus! Ele está nos dando uma oportunidade para nos conhecermos e ficarmos juntos para o resto da vida!
- Concordo - responde o homem - Isso só pode ser um sinal divino!
A mulher continua:
- E olha só, um outro milagre: meu carro ficou totalmente destruído mas essa garrafa de whisky, que estava no banco de trás, não quebrou! Só pode ser outro sinal. Vamos beber e comemorar esta sorte de termos nos encontrado.
E ela entrega a garrafa ao homem.
Ele concorda na hora, abre a garrafa e toma alguns goles diretamente do gargalo. Depois, devolve a garrafa a mulher. Ela a pega, coloca a tampa de volta, e a devolve ao homem.
Ele, não entendendo o gesto, pergunta:
- Você não vai tomar?
- Não. Vou esperar a polícia chegar com o bafômetro...

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Um casal estava na cama conversando, quando a mulher diz bocejando pro marido:
- Vou dormir...boa noite
E ele diz:
- Já vai dormir? Logo agora que eu iria abusar de você?
E ela entusiasmada diz:
- Então abusa vai, abusa.
E ele diz:
- Vai lá na cozinha e pega uma cervejinha e algumas azeitonas pra mim!


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Uma dona de casa ouve, de repente, bater à porta. Quando abre, encontra um desconhecido que lhe pergunta se tem vagina. Incrédula com a pergunta, bate-lhe com a porta na cara.
Por três dias a situação se repete, e então ela resolve contar ao marido o que vem acontecendo.
Este instruiu-a:
- Amanhã eu não vou trabalhar, se ele vier e perguntar de novo se você tem vagina, diz que sim e eu estarei atrás da porta para o que der e vier.
No dia seguinte, o desconhecido voltou a aparecer e, quando ela abriu a porta, perguntou de novo se ela tinha vagina. Como tinha combinado com o marido, respondeu que sim.
Ao que o desconhecido retorquiu:
- Diga, então, ao seu marido para deixar de usar a da minha mulher.

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Professora mandou os alunos escreverem uma redação que terminasse com: 'Mãe.... Só tem uma'.
No dia seguinte, ela chama o Giovani para ler a sua e o garoto começa:
- Eu estava doentinho, espirrando, tossindo, febril, não conseguia comer Nada, não podia brincar, nem vir à escola. Aí, de noite, a mamãe esfregou Vick Vaporub no meu peitinho, me deu um leitinho quente com um comprimidinho, me cobriu, eu dormi e, no dia seguinte acordei bonzinho e feliz.' Mãe...... Só tem uma.
A classe toda aplaudiu, a professora elogiou, deu dez para Giovani. Chamou o Adriano que já foi logo lendo a redação dele:
- 'Eu tinha Prova de Conhecimentos Gerais no dia seguinte, não sabia nada, não conseguia decorar nada, comecei a chorar, achando que ia tirar zero. Aí a mamãe sentou do meu lado, pegou o livro, me explicou tudo direitinho, tomou a minha lição e eu fui dormir sossegado.
Quando acordei senti que sabia tudo, vim à escola. Fiz a prova e tirei 10.'* 'Mãe...... Só tem uma'*.
A classe, emocionada, aplaudiu . A professora deu 10 para ele também. Desta vez chamou o Wandergleidson Jachson Júnior, vulgo micuim:
- 'Cheguei no barraco, minha mãe que estava na cama com um negão, que nem conheço, diferente do cara da semana passada, gritou para mim':
-Wandergleidson Júnior, seu neguinho filho da P U T A, vai lá na geladeira e traz duas cerveja. Aí eu abri a geladeira, olhei lá dentro e gritei pra ela:
'MÃE...... SÓ TEM UMA!!!'...

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No hospital

- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
- Qual e o nome do paciente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302,por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um instante só! Hummm! Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302! É que todo mundo entra e sai desta merda deste quarto e ninguém me diz p.... nenhuma. Eu só queria saber como estou...

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O marido estava sentado quieto lendo seu jornal quando sua mulher, furiosa, vem da cozinha e senta-lhe a frigideira na cabeça. Espantado, ele levanta e pergunta:
- Por que isso agora?
- Isso é pelo papelzinho que eu encontrei no bolso de sua calça com o nomeMarylu e um número...
- Querida, lembra do dia em que fui na corrida de cavalos? Pois é...Marylu foi o cavalo em que eu apostei, e o número foi o quanto estavam pagando pela aposta!
Satisfeita, a mulher saiu pedindo 1001 desculpas.
Dias depois, lá estava ele novamente sentado, quando leva uma nova porrada, só que dessa vez com a panela de pressão.
Ainda mais espantado (e zonzo), ele pergunta:
- O que foi dessa vez, meu amor???
- Seu cavalo ligou...