terça-feira, 30 de março de 2010


LACRAIA?

Parabéns ao Icó é notícia

O blog Icó é notícia está fazendo dois anos de muito sucesso, resultado do trabalho dos seus administradores que fazem uma ampla cobertura da região. Manter um blog noticioso de atualização diária não é fácil. Produzir notícias de interesses demanda muito esforço e eles conseguem corresponder ao que se propõem. Gosto particularmente dos blogs noticiosos que tem outros propósitos além do desfiar detalhes da violência.
Fiquei contente com a nossa posição no ranking regional (9°) e quero ressaltar a coragem do blog de Lindomar Rodrigues (Acopiara) que tenho visitado algumas vezes e tantos outros que são a minha fonte ainda que não estejam no ranking.
Ranking é uma coisa meio complicada de produzir porque não se pode comparar sem uma plataforma comum para análise comparativa.
Por exemplo, o alagoinha.ipaumirim iniciou em setembro de 2007 mas só começou a contar as visitas em julho de 2009. Ipaumirim.net tem menos visitas porém ele começou muito depois do alagoinha.ipaumirim. Considerando os meses contabilizados, ele pode ter uma média de visitas bem melhor do que o alagoinha. O blog da escola D. Francisco, em Ipaumirim, tem um público específico, a quem direciona suas mensagens e cujos interesses orientam a seleção do material a ser publicado. Outros sites e/ou blogs "oficiais" tem um direcionamento menos crítico porque fazem apologia de quem os assina ou financia.
O importante é que todos, juntos, oferecemos uma excelente alternativa informativa a nossa região principalmente porque repassamos e/ou produzimos informações que tratam dos nossos interesses.

Ranking dos blogs de Icó e região: *

1º - Lindomar Rodrigues (Acopiara) - 487.822 visitas
2º - Iguatu.Org - 328.620 visitas
3º - Icó é Notícia - 228.184 visitas
4º - Iguatu Notícias - 144.472
5º - Ceará Notícias.com - 130.884
6º - Rádio Vale do Salgado AM - 78.781
7º - Blog do Fabrício Moreira - 60.198
8º - Rádio Brasil FM - 57.823
9º - Alagoinha Ipaumirim - 54.604
10º - LC Ponto Net - 15.695
11º - Três Bodegas Agora - 11.938
12º - Ipaumirim.Net - 7355

*Obs: Não foi possível computar os acessos do blog Iguatu.Net, Portal Baixio, e sites Icó FM Papagaio Fm e Lavrense, pois não disponibilizavam dos números de visitas (Atualização às 1hs de 30/03)

Campus da UFCG de Cajazeiras ganha quatro novos cursos, afirma Diretor do CFP

O diretor da UFCG, campos de Cajazeiras, Cezário Almeida confirmou que recebera recursos para construir a central de laboratórios em pesquisas e saúde e cultura do semi-árido, que agregará sete laboratórios.

“Estamos abrindo novos cursos no CFP, são eles: Química, Física, Biologia e Matemática, já para o vestibular 2011.1”, destacou o diretor do Centro de Formação de Professores, Doutor Cezário Almeida.

Residências
O doutor Cezário Almeida destacou ainda, que está pleiteando para o Centro de Formação de Professores, a construção de duas residências universitárias, uma masculina e outra feminina, ambas com suítes e que abrigará duas pessoas por quarto, oferecendo assim, maior conforto e qualidade de vida aos discentes que residem fora de Cajazeiras.

“Estamos trabalhando um projeto de mestrado, que será encaminhada a Brasília até o dia 15 de Abril para apreciação da primeira proposta de pós-graduação encaminhada pelo CFP”, comemorou o diretor.

Mais investimentos
Cesário disse ainda que o magnífico reitor Thompson Mariz liberou recursos na ordem de 1 milhão e 100 mil reais, para o CFP (Centro de Formação de Professores), que serão investidos na construção de um novo bloco, com toda aparelhagem necessária, onde os professores terão seus espaços reservados para atendimento aos alunos e desempenhar melhor suas funções.

Fonte: http://www.diariodosertao.com.br/artigo

Talento

segunda-feira, 29 de março de 2010

O novo desenvolvimento do Nordeste

Abastecimento de água no Sertão, energia limpa e fábricas mais produtivas que as chinesas geram bons empregos e revertem migraçao.

Alexa Salomão e Gustavo Poloni,
enviados do iG ao Nordeste

No começo de abril, 60 operários darão início a uma obra num terreno de 220 hectares em Tauá, município de 17 mil habitantes localizado no sertão cearense. O trabalho promete ser duro. Distante 340 quilômetros do mar, Tauá ganhou fama por ser o lugar com a maior incidência de sol entre os 184 municípios do estado. Por causa dessa peculiaridade, em pouco tempo a cidade será conhecida também por abrigar a maior fazenda de energia solar da América do Sul, a segunda maior do mundo. A produção começa até o final do ano, mas a princípio será modesta: apenas 1 megawatt, suficiente para abastecer duas mil pessoas. Até 2013, esse número deverá chegar a 50 MW, gerando energia capaz de iluminar uma cidade de 100 mil habitantes. Idealizada pela MPX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista, o projeto piloto da fazenda vai atrair investimentos de US$ 250 milhões para a região. Mais importante, vai ajudar a consolidar o Ceará como a capital nacional da energia limpa e referência internacional em crescimento econômico sustentável.

Essa é a nova face do desenvolvimento nordestino. Indicadores macroeconômicos mostram nos últimos anos que a região tornou-se um dos mais dinâmicos pólos de investimentos e de consumo do País, movido principalmente pelo aumento da renda. Segundo o IBGE, o rendimento médio do nordestino aumentou 77% entre 2003 e 2008, enquanto o aumento médio da renda no Brasil foi de 60% no período. As pesquisas e seus números, no entanto, não captam que as transformações locais vão muito além do clichê divulgado no Sudeste que fala do aumento nas vendas de potes de margarina e de iogurte e da ridícula caricatura da troca do jegue pela moto como veículo de transporte.

A emergente economia nordestina é marcada pela criatividade, pela inovação e pela geração de novas tecnologias. Ao contrário do senso comum, que acredita ser o dinamismo monopólio do Sul, ilhas de excelência pipocam na região e colocam a economia local em linha com o que há de mais moderno no mundo e, em alguns casos, à frente do resto do Brasil. O parque de energia solar que brota sob o sol escaldante do sertão cearense é apenas um dos sinais de que Nordeste não apenas cresce, moderniza-se.

A equipe de reportagem do iG percorreu 1.500 quilômetros de estradas e nove cidades para ver de perto o que está ocorrendo no Nordeste. Ao longo das próximas semanas, apresenta uma série de reportagens que mostra as particularidades do crescimento econômico nordestino. Será uma viagem marcada por contrastes inesperados. Enquanto o resto do Brasil investe em térmicas movidas a óleo diesel, fonte poluidora de energia, a região semi-árida, pouco apropriada para hidrelétricas, firma-se como produtor de energias limpas graças ao aproveitamento não apenas do sol, ma também das marés e principalmente dos ventos. Parques de energia eólica desenham uma nova paisagem em praias do Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. A expansão acelerada das fazendas de ventos estimula a criação de uma nova indústria de fornecedores de equipamentos, como a Tecnomaq, empresa 100% cearense.

A produção de torres tornou-se um segmento tão pujante que a estimativa é que neste ano o setor ultrapasse a indústria automotiva e torne-se o maior consumidor de chapas de aço do país. “O Nordeste passa por um novo ciclo de desenvolvimento”, diz Luiz Eduardo Aquilar, presidente da Bons Ventos, hoje o maior parque eólico do país, localizado em Aracati, no Ceará. “A região deixou de ser apenas um local de sol e turismo e recebe investimentos que vão diminuir a desigualdade com o Sul e o Sudeste.

O desenvolvimento com preocupação ambiental, baseado em novas tecnologias, desponta em vários outros segmentos. A fábrica de calçados mais produtiva e ecologicamente correta do País não está no Rio Grande do Sul, o maior pólo calçadista brasileiro. Fica em Sobral, no Ceará. Lá a Grendene, fabricante com sede em Farroupilha, na serra gaúcha, instalou uma fábrica cujos índices de produção superam os dos fabricantes chineses, considerados os mais ágeis do mundo. “A fábrica de Sobral é mais uma prova de que os tempos de atraso do Nordeste ficaram para trás”, afirma Nelson José Rossi, gerente-geral da fábrica da Grendene.

O mais importante centro de desenvolvimento de softwares do País, segundo a consultoria ATKearney, não fica em São Paulo. Está no Recife, capital de Pernambuco. O Porto Digital, grupo de 135 empresas de tecnologia espalhados em 12 prédios históricos situados na área do antigo porto, tornou-se referência para empresas como a Microsoft e fonte de inspiração para universitários locais que sonham abrir seu próprio negócio. “Somos pobres e não podemos nos dar ao luxo de exportar cérebros e conhecimento”, diz Francisco Saboya, diretor presidente do Porto Digital. “Criamos uma alternativa para preservá-los”.

A 40 quilômetros da capital pernambucana, outro porto se descola da média nacional. O Porto de Suape, em Ipojuca, recebe os mais modernos empreendimentos brasileiros na área de infraestrutura. É lá _e não no polo naval do Rio de Janeiro_ que está em fase final de instalação o Atlântico Sul, o mais moderno estaleiro das Américas. Entre seus equipamentos de última geração estão dois superguindastes Golias, legítimos colossos com 100 metros de altura, o equivalente a prédios de 30 andares, e capacidade para içar 1,5 mil toneladas. Com eles o Atlântico Sul ganha não apenas força, mas velocidade para montar os navios e fazer frente aos concorrentes coreanos, hoje os fabricantes mais eficientes dessa indústria.

Os quase 4 mil trabalhadores responsáveis por essa façanha serão predominantemente nordestinos porque o estaleiro optou por capacitar a mão-de-obra local. “Estamos assistindo a uma mudança de paradigma”, diz Sidnei Aires, vice-presidente do complexo industrial portuário de Suape. “Onde havia lavradores, pescadores e cortadores de cana agora temos operários com capacete e macacão: criamos um mercado de trabalho mais especializado.”

Por onde se vai na região, é nítido o movimento de valorização do profissional local. Quando comparado ao Sudeste e a Sul, o Nordeste de maneira geral ainda tem níveis de escolaridade e de qualificação profissional abaixo dos índices nacionais. Em média, o nordestino tem menos de seis anos de estudo, enquanto a média de permanência nos bancos escolares no Brasil é de sete anos. Mas gente talentosa, competente e bem formada desponta em diferentes frentes.

Um dos destaques do mais recente Prêmio Finep de Inovação é o engenheiro naval maranhense José Luiz Mattos, criador de um sistema de drenagem para porões de navios petroleiros e de minérios. A participação de nordestinos no prêmio multiplicou por 10 desde o início da década e eles já somam 22% dos inscritos. “Um numero cada vez maior de empresas nordestinas incorpora o investimento em inovação ao seu dia a dia”, diz Vera Maria, coordenadora nacional do Prêmio Finep de Inovação. “Essa prática tem elevado a competitividade das empresas locais.”

Na área financeira, ganha projeção uma jovem de 26 anos filha de agricultores. Lilian Prado ajudou a criar e dirige a Acreditar, instituição de microfinanças especializa na concessão de crédito para jovens e mulheres. A sede da empresa fica em Glória do Goitá, município pernambucano com 30 mil habitantes, metade deles vivendo na zona rural. A Acreditar investe em pequenos negócios para evitar o êxodo de pequenos agricultores para os centros urbanos do Sudeste por falta de trabalho no Nordeste, antigo problema para as comunidades locais. Seu trabalho ganhou projeção nacional.

O Itaú Unibanco se inspirou na história da instituição para redigir um manual de como montar uma empresa de microfinanças. “Lilian está se projetando nacionalmente como empreendedora social”, diz Denise Gibran Nogueira, gerente de sustentabilidade do Itaú Unibanco. “E, a Acreditar, inspirando a criação de outras instituições de microcrédito no Sul e no Sudeste.”

O projeto que mais bem sintetiza o frenesi gerado pela mudança em curso é a transposição do Rio São Francisco. Quase 5 mil máquinas e 10 mil operários trabalham na terraplenagem, abertura e concretagem dos canais que vão irrigar com a água do São Francisco rios intermitentes espalhados por 60 municípios. A obra, polêmica e arrojada, vai garantir água o ano inteiro para 12 milhões de nordestinos que hoje convivem com deficiências no abastecimento. Nesse batalhão de operários anônimos trabalha o topógrafo Áureo Araújo da Silva. Natural de Petrolândia, Pernambuco, ele deixou o Nordeste há 15 anos em busca de emprego e melhores condições de vida. Morou em São Paulo e no Rio de Janeiro. Há dois anos, recebeu convite para trabalhar nas obras de transposição e se mudou de volta para a cidade natal. “Fui embora porque aqui não tinha emprego, não tinha futuro”, diz Silva. “Agora a realidade é outra e sei que meu lugar é aqui.”

Fonte: IG/Blog do Luís Nassif.
Peguei no blog Icó é notícia
Cá com meus botões: Dizer que nada mudou é um cretinismo absoluto. Mudou, sim, e para melhor. Uns mais, outros menos. Mas otimismo demais faz parte de campanhas. Procure a sua parte nas mudanças. Na sua cidade o que mudou? Veja como a comunidade pode se inserir no processo. Nada espere dos políticos e dos seus tro-lo-lós eleitoreiros. Isso é farra. Os políticos podem não ser exatamente iguais mas são exatamente parecidos. Campanha pra deputado é piada, parece que todos saíram da mesma agência de marketing. Eles são tão bonzinhos....
Falando nisso, o que os deputados votados por Ip fizeram de significativo pelo município ao longo do tempo? Que eu lembre só Dr. Arruda tinha uma presença marcante. Os demais são como chuchu em salada, não interfere no gosto, só enche o prato. Acho que é porisso que o povo vende o voto a quem já foi comprado por quem recebeu dinheiro pra comprá-los. Eita nóis!
ML

Peguei no BOCADURA

Torcedor convicto

Que o Lions-Ipaumirim renasça!

Por Cairo Arruda
(membro da ACI)


Nos idos de 1974, por incentivo e apoio do Dr. Armando Martins, um dos expoentes do leonismo no Ceará, e super- secretário do então Governador César Cals (de saudosa memória), uma plêiade de cidadãos ipaumirinenses de bem e não-ipaumirinenses, reuniu-se na minha casa, num jantar, com a presença daquele leão autêntico, no sentido de fundar-se em Ipaumirim um clube de Lions, o que aconteceu diante de muita satisfação e entusiasmo, sendo o seu primeiro dirigente, o saudoso Dr. Francisco Almir Bezerra, (umariense, e genro do Cel. Francisco Irineu Bezerra, falecido), então assessor jurídico da Prefeitura Municipal.
Era desejo do Dr. Armando Martins, que eu fosse o 1º Presidente daquele Clube de Serviços, mas, na qualidade de prefeito do município, e por ser o Lions, uma entidade apolítica, convenci-o a retirar a minha indicação, e lhe sugeri o nome do Dr. Almir Bezerra, pessoa sem área de atritos junto à comunidade local, e, até então, elemento neutro politicamente, além do que, a nossa maior aspiração era que o quadro social daquela célula leonística se ampliasse cada vez mais, ficando á disposição de cidadãos outros (não interessando a sua coloração político-partidária), para dela participarem, facilitando assim, o seu crescimento.
Mesmo sem receber em suas hostes pessoas que não afinassem conosco, politicamente, graças ao dinamismo, interesse em servir desinteressadamente, desprendimento e capacidade da sua 1ª Diretoria e associados, aquele Clube se desenvolveu à altura, e tornou-se conceituado no seio da sociedade ipaumirinense.
Das promoções por ele levadas a efeito, a fim de angariar recursos para as suas principais atividades permanentes: Escolinha de Datilografia Edmilson Barros de Oliveira e Natal das Crianças Carentes, destacava-se o Festival da Cerveja, realizado sempre no hoje extinto Centro Comunitário Cel. Adauto Bezerra.
Por determinação e força de vontade desmedidas dos CLs Vicente Taveira Sobrinho (o conhecido Castro Alves) e Antonio Airton de Lima, ambos falecidos, o Lions construiu a sua sede própria no Bairro Alto Bandeirante, em terreno gentilmente doado pelo Cel. Manoel Ferreira de Sousa (Mano Ferreira, também falecido), obra esta, que concorreu fortemente para o desenvolvimento daquele subúrbio, inclusive, para que fosse eletrificado.
Infelizmente, devido a questões de ordem material, o Lions-Ipaumirim, tendo em sua Direção, os Professores Geraldo Ribeiro de Sousa, Rosineide Barbosa de Sousa e Edneide Ferreira Ramos, o Psicólogo Rubens Dário Rolim Vieira, os CLs Raimundo Ferreira de Sousa e Donato Crispim de Menezes, dentre outros, foi extinto em 2004, e, por deliberação unânime dos então dirigentes, o seu patrimônio físico-financeiro foi doado oficialmente à Sociedade Beneficente de Ipaumirim, ficando esta, responsável pela quitação do seu débito fiscal junto à Receita Federal, o que foi feito.
Para satisfação nossa, em contato com o empresário João Bosco Macedo, este me afirmou, recentemente, o nobre propósito de trabalhar, e, pelo que senti dele, já está fazendo, pelo soerguimento da unidade do Lions de Ipaumirim, se efetivamente contar com a boa vontade da comunidade local, principalmente daqueles que sempre desfraldaram a bandeira leonística , a exemplo dos que formam o LEO , que, embora desprovidos da existência do Padrinho Original (Lions-Ipaumirim), contam com um Clube atuante e operoso.
Daqui, das Alterosas, estou torcendo e rogando a Deus, para que essa preciosa ideia se concretize realmente, e que o Lions volte a atuar em Ipaumirim, ao lado do LEO Clube, composto que é, de jovens dinâmicos, desprendidos e operosos, tendo à frente o companheiro Raimundo Ferreira de Souza Filho!

E-mail: cairomiri@yahoo.com.br

domingo, 28 de março de 2010

Som do domingo

Domingo memorioso: Origem e formação dos Vieiras

Construção do açude do Pintadinho, em 1984
(imagem do arquivo particular de Dr. José Nery Vieira)

Muitas informações se têm sobre a ascendência da família Vieira. Segundo dados pesquisados pelo professor, escritor e historiador, Batista de Lima, bisneto de Félix Antonio Duarte, VIEIRA é sobrenome originário de Santiago de Compostela, na Galícia, norte de Portugal. Por volta de 1120, quando D. Afonso Henrique procedeu a unificação e criou o reino de Portugal, havia, na época, 55 famílias na região e uma delas era a dos Vieiras.
Com a criação do reino de Portugal, a família Vieira deslocou-se para as cidades portuguesas de Leiria e Minho. (...) Os Vieiras que chegaram ao Brasil teriam embarcado na cidade do Porto e desembarcado em Pernambuco de onde se espalharam por todo o Brasil. A família chegou ao Ceará pelo sul do estado, vindo de Pernambuco.
Por volta de 1750, vindo da cidade de Serrinha – Pernambuco – chegou à beira do Riacho do Machado o senhor Manoel Vieira da Costa e se instalou com a esposa, Angélica, no sítio Aba da Serra. Construíram uma casa virada para o nascente e tiveram quatro filhos, entre eles Antonio Félix Vieira, o caçula, que ali nasceu em 1764.
Antonio Félix Vieira casado com Maria Joaquina da Conceição, herdou de seu pai o sítio São José, localizado onde hoje fica o distrito de Mangabeira, município de Lavras da Mangabeira – CE. Outras informações dão conta de que a família Vieira também se acercou da Paraíba e parte dela se fixou em Cajazeiras


Imagem do livro "Em família", p. 85

Uma das filhas de Félix Antonio, Joana Maria de Lima, na intimidade conhecida por Dondon, casou com Vicente Felizardo Vieira, filho único de Bento Vieira e Joana Nunes Vieira, nascido em 1878, no sítio Lagoa do Mato, no município de Cachoeira dos Índios, anteriormente pertencente ao município de Cajazeiras – PB. Com a morte do seu pai, antes do seu nascimento, a viúva volta, com o filho, a morar com seus familiares no sítio Lagoa dos Nunes, município de Várzea Alegre – CE. O casal, Vicente e Dondon, teve nove filhos: Raimunda (Mundinha), Francisco, José (Zeca), Bento, Moisés, Argemiro, Bonifácio, Luiz e Elpídio.

Terras do Pintadinho
(do orkut de Joana D'arc)

Felizardo foi proprietário de muitas terras no Sítio Pintadinho, no distrito de Olho d’água do Melão, posteriormente Distrito de Felizardo no município de Ipaumirim. Agricultor, líder político, industrial, não exerceu cargo eletivo mas sempre participou ativamente de iniciativas para o bem da comunidade. Por ocasião da morte do seu sogro, ficou no comando da política sob orientações do Coronel Gustavo Lima, de Lavras da Mangabeira, de quem era afilhado de batismo.
Por volta de 1918, João Augusto de Lima veio a Olho d´água, na ocasião pertencente à jurisdição de Lavras da Mangabeira, com sua sogra, Joana Augusto e o cidadão Luiz Leite da Nóbrega ali fundando o Partido da Aliança Liberal, no prédio que o serviu de sede, ainda hoje chamado de Quarto da Aliança, localizado na atual Rua Zeca Felizardo nº 134, onde funcionou posteriormente a Escola Isolada de Felizardo. Vizinho a esse prédio, João Augusto instalou uma casa de tecidos, posteriormente uma mercearia de secos e molhados que, por conveniência comercial foi transferida para Alagoinha.
Em Olho d’água, sendo herdeiro de uma parte de terras conhecida por Manga, Vicente Felizardo comprou outra parte de terras ao Senhor Inacinho Rolim, pai de Dondon Pires Rolim casada com Herculino, filho de Félix Antonio.
Morando no sítio Pintadinho, manda buscar em Fortaleza uma professora de nome Gabriela para alfabetizar seus filhos e as demais crianças da comunidade. A professora lecionou durante dois anos em sua casa. Depois, veio morar em olho d’água, trouxe outra professora de Fortaleza, de nome Naninha, e, por fim, um professor, de Lavras da Mangabeira chamado Silva Ramos.
Na época não havia estradas, todo tráfego para Fortaleza era realizado de trem a partir da estação de Baixio, a 18 km do distrito.
Plantador de algodão abriu, no local onde hoje está a residência do senhor Zezé Dias, uma pequena indústria de descaroçar algodão, com instrumental rústico, formado de uma serra com dentes de 60 a 80 cm e uma limpadora, conhecida como bolandeira. Mais ou menos em 1925, transferiu-a para Alagoinha com o nome oficial de INDÚSTRIA ALGODOEIRA SÃO FRANCISCO, situada na Rua Bento Vieira, assim denominada em homenagem a seu pai, Bento Vieira. Parte da estrutura da fábrica ainda existe onde funciona o estabelecimento comercial de Paulo Alves de Freitas, em Ipaumirim. Paredes largas e sólidas, com aproximadamente 40 cm. De largura, pilares internos consistentes e sólidos com dimensão de 0,78cm por 1,30m, edificados ao estilo da época à base de barro e tijolos superpostos, sem ferro ou cimento.
Na época, ele residia, em Alagoinha, na atual Rua Monsenhor Manuel Carlos de Morais, nº 76, onde funcionou a LBA (Legião Brasileira de Assistência), atualmente Creche Maria Antonia de Oliveira.
Os negócios prosperavam e por volta de 1920 comprou ao Reverendo Bispo do Crato, todo o patrimônio da Capela de Olho d’Água, pertencente àquela diocese, terreno que se expandia até o cemitério. Anteriormente, entre 1889/1901, doou um terreno de 100m² entre as ruas do Sol (atual, Rua Prefeito Alexandre Gonçalves) e da Sombra (atual Rua Coronel Gustavo Lima) para a igreja de Alagoinha. Por falta de informações, desconhece-se o que foi feito dos terrenos de sua propriedade em Alagoinha.
A indústria se desenvolvia muito bem quando em 1932 surgiu a grande seca conhecida como “Seca de 32” que, na realidade, havia começado em 1929. Neste cenário de seca, Vicente felizardo mantinha contato com Mossoró (onde se centralizava o comércio de algodão), Cajazeiras, Campina Grande e outras circunvizinhas. O algodão era arrumado em fardos de lã, de 50 a 60 quilos, prensados á braço de homens, amarrados com cipó ou corda e transportados em dorso de animais conduzidos pelos comboieiros.
Além da seca e da fome, uma epidemia de febre tifóide assolou o Ceará. Na ocasião, a medicina precária desaconselhava qualquer nutriente ao paciente por acreditar que a alimentação comprometia ainda mais a doença. O tratamento indicado era repouso, antitérmicos e líquidos à base de chá de ervas. A doença se expandiu, causando a morte de várias pessoas inclusive de Vicente Felizardo que faleceu aos 55 anos, em 1933, na cidade de Cajazeiras. Foi sepultado em Olho d’água, ao lado direito do portão do cemitério em jazigo sinalizado por um tronco de madeira. Um mês depois, sua esposa também faleceu e ali foi sepultada.
Com a morte de Vicente Felizardo, tudo mudou. Bento Felizardo, seu filho, gerente da indústria, havia morrido antes do pai. A queda na produção de algodão em face do longo tempo de estiagem e outros agravantes resultaram numa dívida considerável que comprometeu a empresa. Os filhos resolveram encerrá-la. Havia um débito anterior para com o senhor Cícero Fernandes de Sousa, com quem mantinham comércio de algodão na cidade de Mossoró (RN) e a empresa lhe foi entregue como quitação do débito.
Na posse de Cícero Fernandes, a empresa passou a chamar-se Sousa Fernandes & Cia sendo posteriormente vendida para a firma Irmãos Alexandre, de Mauriti, e finalmente, improdutiva, teve suas máquinas vendidas para o Paraguai.
Nota: Este texto foi editado a partir do texto original publicado na seguinte obra: Em família, de Flaucineide Vieira Chagas e Raimunda Vieira Rolim, Cajazeiras, edição do autor, 2004. pp 25-35.
ML

Nota de falecimento

Laíre Gonçalves

Faleceu, ontem, em Fortaleza, Laíre Gonçalves, filho de Luiz Antonio e D. Mariri Gonçalves. Casado com Maria Gonçalves, deixa duas filhas (Magna e Nadejda) e cinco netos. Laire gostava de lutar com o gado e, quando jovem, era um exímio corredor de vaquejada. O enterro foi hoje em Ipaumirim. Rezemos por ele e façamos uma corrente de energia positiva para os que ficam.

sábado, 27 de março de 2010

Revoluções de estilo


A volta das sombrinhas de época
O acessório é uma alternativa estilosa para proteger a pele do sol. Veja alguns modelos vintage lindíssimos que separamos para você
Maria Beatriz Gonçalves

Os acessórios sempre fizeram parte da indumentária feminina, seja expressando um valor cultural simbólico, denotando status social ou como mero adorno do visual. Outra máxima do mundo do vestuário é a apropriação de criações do passado na tentativa de obter uma nova referência. Recentemente, um hábito tradicional no Japão voltou a ser moda nas ruas com uma roupagem ocidental: o uso das sombrinhas de época.
O guarda-sol, que caiu em desuso no século 20, surgiu antes mesmo do guarda-chuva, sendo usado pelos Assírios e gregos na Antiguidade. Depois, caiu no gosto da nobreza européia do século 18, feito com cabos decorativos e armação com barbatana que fixava a cobertura feita de tecidos orgânicos e de renda, quando enfim virou um acessório de moda essencial dos trajes ostensivos da época - importantíssimo para as mulheres da corte que queriam manter o visual pálido que era sinônimo de beleza.
É o século 21 resgatando o século 18, 19 e tudo o que houver de referências de todos os tempos, como já aconteceu com o véu, que vive um momento de retomada nos dias de hoje, e o espartilho, que com alguma relutância foi abandonado de vez pelas mulheres depois da primeira guerra mundial para voltar à cena hoje no corpo de moças que buscam um look vintage com apelo sexy.
Hoje, no Japão, muito além das sombrinhas feitas de fibra de arroz usadas há séculos pelas orientais, as adolescentes moderninhas circulam pelas ruas de Tóquio influenciadas pela diversidade do ocidente. Mais que isso, muitas se espelham em referências de um passado longínquo e optam por aderir, por exemplo, ao visual luxuoso das cortesãs européias, transformando-se numa espécie de lolita-gótica-vitoriana para expressar sua individualidade.
Por isso o estilista canadense John Di Cesare encontrou um público fiel no país, disposto a pagar caro por suas belíssimas sombrinhas vintage em formato de concha, as tais “parashell”. Mas será que esta moda pega no Brasil?

Além de conseguir um visual poético e nostálgico, usar uma sombrinha pode ser muito importante na prevenção do câncer de pele. Se quiser aderir, o Etsy tem várias opções disponíveis para os mais diferentes gostos e estilos - mas prepare-se para chamar muita atenção nas ruas!

Fonte: http://revistacriativa.globo.com/Revista/Criativa/

A mulherada está pegando fogo

Os moralistas podem entrar em pânico. Baseado numa pesquisa feita na Inglaterra, é possível afirmar que as mulheres jovens de hoje têm tantos parceiros sexuais quanto os homens de antigamente.
Dez por cento das 3 mil inglesas que responderam ao questionário (feito por uma empresa farmacêutica) afirmam ter transado com mais de 10 caras. Aos 24 anos. Nada de beijinho e ralação. Só valia o serviço completo. Elaiê.
Na média, as moças mandaram ver com 5,65 rapagões. Três vezes mais mocinhos do que as suas vovós pegavam (1,67) quando tinham a mesma idade, na década de 1960. As suas mamães, nos anos 80, saboreavam 3,72 espécimes masculinos.
Os homens que fiquem espertos. O mito de que eles acumulam conquistas, enquanto as meninas ficam se guardando, já era. É visível isso, convenhamos.
A erotização precoce, a queda de tabus como a virgindade, a naturalidade com que o sexo é tratado, tudo isso é gritante. As mulheres são independentes, os direitos são iguais, aquela conversa toda.
Patético é os homens promíscuos serem tratados como garanhões e pegadores, enquanto elas são vagabundas e vadias. Ah, tá. Esse raciocínio é de um requinte intelectual admirável.
Os machos precisam se cuidar. Podem engolir seco, salivar, ficar inseguros, sentir medo, raiva, nojo, inveja, o que for. Já era. A mulherada está pegando pesado mesmo. Como eles sempre fizeram. A diferença é que elas não saem por aí contando vantagem.
Os homens não suportam mulheres com passado. Tudo bem. As mulheres não suportam homens sem futuro. Se vira, mané.

Fonte: http://blogs.r7.com/o-provocador/

Adivinha quem vai pagar a conta


Campanha para deputado e senador
vai custar até R$ 5 milhões

Os cálculos são do DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Para ter alguma chance de aparecer no mar de candidatos que disputarão uma das vagas do Congresso Nacional será preciso levantar uma inacreditável soma de recursos. As despesas globais podem chegar a R$ 5 milhões.
No pacote de gastos entram, por exemplo, despesas com: contratação de pessoas para montagem dos comitês, deslocamento de militantes, aluguéis de imóveis e veículos, gastos com viagens, montagem de comícios, impressão de material de divulgação, e, principalmente, elaboração de programas de rádio e tv.
“Não existe mais o candidato que gasta saliva e sola de sapato. 90% são midiáticos. Têm de encontrar alguma forma de aparecer nos veículos de comunicação. Vale tudo para se tornar conhecido” – afirma Antônio Augusto Queiroz, diretor de documentação do DIAP.
O problema é que, segundo Queiroz, na busca dos recursos, vão se formando compromissos a serem cumpridos depois da eventual vitória. “É a velha história: não existe almoço grátis. Se alguém apoiou é porque está esperando contrapartida” – comenta. “O ideal é que esta contrapartida fosse doutrinária, ideológica, de defesa de idéias, mas o fato é que em geral há um interesse econômico por parte de quem financia a campanha – o que pode desvirtuar a atuação de um parlamentar ou de um administrador”, completa o pesquisador do DIAP.
O financiamento público de campanha está praticamente descartado pelos partidos, que engavetaram a discussão, assim como o financiamento privado, restrito a pequenas contribuições de pessoas físicas. “Isso está longe de ser aprovado no congresso, porque a maioria dos partidos não abre mão de que as empresas continuem contribuindo na hipótese de permanecer o financiamento privado”, avalia Queiroz.

Fonte: http://blogs.r7.com/christina-lemos/

sexta-feira, 26 de março de 2010

Adoroooooooooo

Noite alta, céu risonho


(Do livro Do Miolo do Sertão
A História de Chico Rolim contada a Sebastião Moreira Duarte
pags. 61 a 63)


Mas, acima de tudo, era nas noites de serestas que mais nós quebrávamos a monotonia da vida em nossa vila esquecida. Uma vez por mês, pelo menos, conforme combinado, nós nos juntávamos em frente à mercearia de Majestoso Gondim e saíamos noite a dentro a cantar. Era um grupo afinado na voz e no sentimento. Renato Gondim e seu irmão Santino puxavam pelas cordas dos violões. Zeca Ferreira, Leonísio, filho do Delegado Zé Granjeiro, e eu acompanhávamos em respeitoso silêncio ou em solos dos mais inspirados. A melhor voz era de Majestoso Gondim, abrindo-se em barítono à porta de uma das nossas namoradas, embriagada de êxtase:
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor.
Só tu dormes, não escutas
O teu cantor.
Tínhamos por princípio não ingerir um único trago de bebida alcoólica. Lembro-me que uma vez, como os tocadores se atrasassem seu compromisso para além do tempo previsto – de meia noite a uma hora da manhã – Zeca Ferreira e Leonísio me desafiaram para ver quem bebia uma garrafa de madeira de Lei sem titubear. Era uma provocação à nossa inexperiência etílica. Para descartá-la propus:
- Tudo bem. Aceito entrar na brincadeira, com uma condição: abrimos uma garrafa e a dividimos em três copos cheios. Cada um de nós se obrigará a tomar a cachaça de uma só vez e sem cuspir no fim.
Para meu desapontamento, os meus colegas aceitaram o desafio. Em vez de uma garrafa, tomamos três, repetidamente. Tudo parecia uma patuscada inocente, menos para Zeca Ferreira que quase perdeu as tripas ao desfazer-se do álcool mal amigo.
Comportadíssimos na serenata, nós nos permitíamos de vez em quando sair do sério, quando elas terminavam. Tendo encontrado certa vez, na mercearia de Majestoso, uns molhos de palha de carnaúba para fazer cangalha, nós resolvemos esticar a noite nua presepada de causar inveja ao melhor truão de picadeiro. Cobrimo-nos com essas palhas, amarrando-as com barbante, encobrindo o corpo todo, da cabeça aos pés. Com voz de assombração, saímos em bando, “rezando” num vozerio soturno no rumo do cemitério. A vilazinha de Umari era tão tranqüila àqueles tempos, que um de seus habitantes, tendo se deitado na própria calçada para aproveitar o frescor da noite, aí adormeceu, deixando a casa aberta. Quando acordou em pleno sono com o barulho daquelas “almas do outro mundo”, correu como um tresloucado a fechar portas e janelas. Indo e vindo em torno do cemitério, nós continuamos a “reza”. Na manhã do dia seguinte, não foi surpresa ver o coitado procurar o coronel José Leite Ribeiro para contar-lhe o ocorrido. Quatro soldados apareceram na semana seguinte para patrulhar a noite do Umari. Só agora saberão que aquilo não passava de uma pândega de rapazes se divertindo noite a dentro numa rua deserta.
Fonte: http://domiolodosertao.blogspot.com/

Opinião

Ciro Gomes para vice de Dilma?

Por Cairo Arruda
(membro da ACI)

Lula acaba de afirmar uma coisa certa e coerente: a Dilma é que deve escolher o seu candidato a vice-presidente, a exemplo do que ele fez , ao escolher acertadamente o mineiro José de Alencar. Digo acertadamente, porque a boa escolha lhe rendeu muitos votos não só em Minas Gerais como alhures, dado o espírito conciliador desse intrépido homem de negócios e político, o que reforçou o esquema eleitoral do candidato titular naquela concorrida disputa.
Tenho amigos empresários em Fortaleza, que estavam indecisos entre votar em Ciro e/ou José Serra, naquela eleição presidencial, e somente vieram a decidir sufragarem o nome de Lula, depois de ouvirem a explanação de Alencar, na sede da Confederação das Indústrias, secção do Ceará.
O cargo de vice (apesar de não existir nome de rua com vice, segundo Jô Soares) tem muito peso numa chapa para o Executivo, principalmente em se tratando de Planalto.
No que pese a importância e significação do aliado PMDB numa disputa como essa – em que a oposição, representada pelo PSDB, PPS e DEM, está por demais sedenta do Poder, e ainda, dada a boa performance do Governador José Serra nas pesquisas de intenção de votos, necessário se faz, que haja muita cautela, inteligência, perspicácia e sabedoria, por parte dos defensores da pré-candidata Dilma Rousseff, para não darem com os burros nágua. Quanto mais prudência e bom senso, melhor!
Acho, na qualidade de um mero observador desse início de refrega eleitoral, que a estratégia ideal quanto ao vice de Dilma, seria a preferência pelo nome de Ciro Gomes (PSB-Ceará), que entraria no contexto como representante do Nordeste, somando mais e mais, pois poderia convencê-lo a desistir da disputa à eleição de Presidente.
Apesar das articulações em andamento, visando à concretização do acordo PT/PMDB, para que esta agremiação índique o candidato a vice, os articuladores poderão partir para uma saída honrosa, sem ferir os brios do partido do saudoso Ulisses Guimarães, num reforço importante da candidata do Presidente Lula, mas, para isso, tem de haver muito desprendimento e espírito de renúncia, partindo, mormente, do Deputado Michel Temer, o mais cotado para companheiro de chapa da “Mãe do PAC”.

E-mail:cairomiri@yahoo.com.br

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Deus de Odeta


Durante o período comunista, a Albânia foi o mais ateu dos países. A religião foi mesmo abolida oficialmente pelo regime de Enver Hoxha, que declarou a Albânia um “Estado Ateu”.

Duas gerações cresceram sem Deus (se não considerarmos o culto do próprio Hoxha). E quando o regime caiu, em 1990, o sentimento de orfandade foi insuportável.

Houve lutas pelo poder sem regras nem escrúpulos, sórdidas fraudes económicas, motins bárbaros nas ruas. Durante anos, o país viveu na anarquia, sob a égide de um estado mafioso.

Quando isto acontece, muita gente se converte à nova ordem. As pessoas são mergulhadas na lógica do absurdo e começam a respirar essa atmosfera, para não sufocarem. Mas não todas. Há sempre quem mantenha uma sanidade imaculada, sejam quais forem as circunstâncias. Por vezes não se percebe que bússula misteriosa as orienta.

Os pais de Odeta eram assim. Ele era sociólogo e ela professora de inglês. Nasceram no regime comunista, nele foram educados e tiveram de viver, mas nunca perderam o sentido crítico, nem a capacidade de se manterem informados.

Agora, que tudo se desmoronara à sua volta, mantinham a serenidade intelectual que lhes permitia, mais uma vez, sobreviver. Mesmo quando a filha, Odeta, lhes disse, com um ar dramático de adolescente, que queria adoptar uma religião. Não sabia ainda qual, mas contava com eles para a ajudarem a decidir.

O casal discutiu a situação. Sempre foram ateus, embora soubessem que, numa perspectiva histórico-sociológica, o sentimento religioso é recorrente no ser humano. Pareceu-lhes portanto legítima e respeitável a decisão da filha de 16 anos. Odeta era muito inteligente, honesta e uma aluna brilhante. Saberia optar. Ofereceram-lhe vários livros: a Bíblia, o Corão, obras sobre o budismo e o hinduísmo, o Tao Te Ching de Lao Tse e até um volumoso tratado sobre xamanismo.

“Estas são as principais religiões”, disseram. “Lê tudo e tira as tuas conclusões. Se quiseres converter-te a alguma, nós apoiamos-te”.

Odeta fechou-se no quarto durante todo o período das férias de Verão. Leu, sublinhou, tirou notas. Num caderno apontava as frases que mais a impressionavam, noutro registava as contradições que ia encontrando. Com um lápis vermelho, assinalava, nos livros, as afirmações que já tinham sido desmentidas pela Ciência. A cor azul marcava as que lhe pareciam premonitórias de futuros acontecimentos históricos. Num quadro afixado na parede, ia atribuindo pontos, e somando.

Talvez ela não tivesse a noção disso, mas estava a ser protagonista de uma experiência rara. A muito poucos seres humanos foi dada a oportunidade de escolher uma religião, de forma absolutamente livre, sem influências nem preconceitos.

É verdade que isto se passou em 1998, quando começaram a ser conhecidos os massacres dos muçulmanos albaneses no Kosovo. Mas Odeta estava fechada no seu quarto, em Tirana. Lia aqueles livros com o desapego de quem estuda para um exame.

Quando a conheci, ela já tinha decidido. Era muçulmana. “É a religião mais científica”, explicou.

Ainda tentei confundi-la: “Se acreditas na Ciência, para que precisas de uma religião?” Mas Odeta tinha estudado bem a matéria. “Para que a Ciência não seja a minha religião”, respondeu.

Fonte: http://reporterasolta.blogspot.com/

Indignação (José Pedro Goulart)


Se não tivesse havido o convite para aquele final de semana, ou aquele final de semana não fosse do pai, tudo seria diferente. Se não tivesse a família saído à noite naquele dia, ou se na volta, no carro, a menina tivesse sentado em outro lugar.

E se ela não tivesse reclamado de algo, mencionado a mãe, tivesse dito que queria voltar para casa. E se a madrasta não estivesse de anel ou não tivesse desferido o tapa que feriu o rosto da criança; e se não tivesse saído sangue da testa e ela não tivesse ficado assustada.

Se o lamento da menina não tivesse aumentado e se isso não tivesse deixado a madrasta transtornada. E se o elevador em que eles subiram com a criança chorando não estivesse vazio, mas com um vizinho que pudesse com sua presença impor alguma razão.

E se o pai, ao entrar no apartamento com a menina em prantos, segundos antes de tê-la arremessado com força no chão, tivesse se detido por um instante na foto na parede onde ela aparecia sorrindo, brincando com os irmãos.

E se a madrasta tivesse pensado nos próprios filhos que eram irmãos da filha da outra e não tivesse avançado com tanta raiva sobre ela, apertando-lhe a garganta, até que ela parasse de chorar.

E se o pai diante da cena tivesse lembrado do dia em que soube que ela iria nascer; e depois, quando viu que ela se aquietava nos seu braços; e depois quando ensinou-lhe os primeiros passos; e depois quando acostumou-se a ouvi-la o chamar de papai. Sendo assim, nesse momento, por lampejo de lucidez ou reverberação afetiva, ele tivesse dito a si ou à mulher: NÃO.

Se, naquele momento, um celular, a campainha, a porta, o interfone, qualquer coisa, tivesse interferido. Ou se na menina tivesse sobrado alguma força a ponto de poder fugir.

E se ela não tivesse ficado desacordada e isso não tivesse parecido ao pai e à madrasta que ela estava morta. Se então o pai não quisesse proteger a mulher como a ninguém e não pegasse uma tesoura e uma faca na cozinha.

E se, uma vez no quarto dos filhos com intenção de cortar a rede na janela, ao subir na cama de um deles, ele tivesse quebrado o lastro com o peso do corpo e prendido o pé.

Se ao enfiá-la pela rede ainda sem tê-la solto, ele a tivesse escutado suspirando. Ou se ele, por um mínimo, ínfimo momento que fosse, antes de soltar a perna dela, tivesse olhado para cima e se perguntado o que, afinal, estava fazendo. Se algum fato desses, se algum desses acontecimentos tivesse acontecido diferentemente do que aconteceu, a menina estaria viva.

O que importa na vida é a sorte e o amor. Da sorte terrível daquela menina o que se disse já basta. E o amor, naquela noite, estava distante.

Fonte: http://entrelacos.blogger.com.br/

quarta-feira, 24 de março de 2010

A quintessencia da frivolidade


O programa de maior audiência da televisão brasileira é a versão moderna de um zoológico, onde em vez de observar animais observamos do que são capazes semelhantes nossos trancafiados em uma jaula com aparência de casa.

Washington Araújo

Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa

Nos últimos dez anos, o canal de maior audiência da TV aberta no Brasil exibiu durante 900 noites seguidas a atração Big Brother Brasil. Em outras palavras, a TV Globo passou mais de dois anos transmitindo, de forma ininterrupta, o programa que segue o formato criado em 1994 pelos holandeses Joop van den Ende e John de Mol, nomes que deságuam na ora famosa marca Endemol.
No conjunto, são dois anos e meio falando de prêmio de dinheiro graúdo. R$ 500 mil, R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão. E também de anjo, monstro, liderança, paredão, eliminação. E tome Pedro Bial pontificando, filosofando, misturando superego, mito do herói, arquétipo e inconsciente coletivo, Brecht e Paulo Coelho, Maiakovski e Paulo Leminski, Renato Russo e Bob Dylan, arrematando tudo com a manjada moral da história extraída possivelmente dos contos da lavra dos irmãos Grimm.
O BBB é mais atração que programa. Programa tem algum tipo de encadeamento, de estrutura enquanto atração: tem pouco de previsibilidade, a "coisa em si" é o que capta os sentidos da audiência. Há a ilusão da imprevisibilidade. Apenas ilusão, porque o que vale mesmo é a realidade fabricada ali na mesa de edição; é ali que se constroem os mocinhos e os bandidos, os "cabeças" e os iletrados, o éticos e os aéticos.
Contrariando a máxima de que homem algum é uma ilha, o BBB termina sendo a própria ilha a ter como mar suas paredes e o tempo todo é desperdiçado com conversa, namoro, intriga, ginástica, bebedeira. No entretempo, os super-heróis do Bial se digladiam para eliminar os outros e vencer. E é o vale-tudo: fazem alianças, traem, simulam, dissimulam, enfim, tentam se aproximar do Santo Graal, aquele objeto de desejo agora representado pelo cheque de R$ 1,5 milhão.
Quem está ali se depara com o dilema da modernidade: se tornará celebridade instantânea ou retornará ao anonimato. Ser celebridade, mesmo que por poucos dias, parece conceder um sentido à vida desses participantes; e renunciar aos holofotes deve, em sua estima, equivaler simbolicamente à própria morte.
Em volta da piscina
Concordo com o ótimo poeta brasiliense Gustavo Dourado. E, de sua autoria, compartilho os bem-humorados versos:
"É um joguete da mídia:/ De lucro comercial.../ Os bobos no telefone:/ Escravidão digital.../ A mando do Grande Irmão:/ Que acumula o vil metal.../// Loteria de milhões:/ Os bundões em evidência.../ Decadente baixaria:/ Em busca de audiência.../ Programinha indecente:/ Que está na repetência..."
É aquele desfile de corpos sarados – na maioria dos casos – com mentes vazias. Gigantes materiais e pigmeus éticos. Muita futilidade, caras e bocas, mau caratismo explícito, atentados ao pudor e à língua pátria, preconceitos raciais e sociais de todos os matizes. O voyeurismo estimulado pela atração supera e muito o interesse e curiosidade com que visitantes param em um zôo para observar a jaguaritaca, o filhote de anta e o urso polar, a girafa ou o flamingo.
O programa de maior audiência da televisão brasileira é a versão moderna de um zoológico, onde em vez de observar animais observamos do que são capazes semelhantes nossos trancafiados em uma jaula com aparência de casa, com jeito de casa. Ninguém joga pipoca nem banana, mas a atenção é concentrada: em determinada noite da semana se contabilizam formidáveis dezenas de milhões de ligações telefônicas jogadas na jaula em forma de casa com o nobilíssimo intuito de sensibilizar os administradores do zôo para que expulsem da casa – em forma de jaula doméstica – este ou aquele participante.
Em pleno verão carioca, sempre no período de janeiro a março, sabemos na edição noturna os que ficaram papeando na piscina ou desmaiados em volta desta, sempre em trajes sumários, sumaríssimos. E os instintos estarão, quase sempre, à flor da pele. E isso me faz lembrar os jacarés do papo amarelo, aquela espécie de jacaré que habitava rios, lagos e brejos próximos ao mar, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e na bacia do Rio Paraná, chegando até o Pantanal. É que ali já estiveram trancafiados gente de quase todos os estados brasileiros. Largados em volta da piscina colocando em dia seus papos amarelos. E põe amarelos nisso.

A verdadeira natureza

Todos parecem desfrutar do mesmo DNA do Pedro Bial: belos, sarados e afinados com essa cultura de frivolidades de que a atração é seu fruto mais maduro e consumido. Quando Bial surge na tela com seus jargões pomposos – meus heróis, meus ídolos, tripulantes de minha nave, habitantes da casa mais vigiada do Brasil, meus mais-mais – os participantes dão uma última retocada no visual, uma nova cruzada de pernas, e como integrantes de bem ensaiado coral capricham no sorriso e retribuem o desejo de boa noite.
Bial não consegue disfarçar seu encantamento com aqueles espécimes humanos, fala como se Oráculo fosse e tem a plena convicção que jamais – jamais! – será contraditado ou contrariado por quaisquer deles – e não importa quão infamante seja seu gracejo ou quão estúpidas as observações a ser proferidas em tom ora solene ora galhofeiro. E todos sabem que agradar o Bial é o mesmo que aparecer bem nas casas de milhões de telespectadores.
Mas nem tudo está perdido. O Big Brother Brasil está a merecer estudo sociológico. A casa-jaula assemelha-se também a uma gaiola de hamsters (aqueles pequenos roedores brincalhões). São 80-90 dias de cativeiro, privados de intimidade, alvos de simpatia e da antipatia de uns e de outros, do ciúme e da inveja de uns e de outros, com tanto tempo ocioso e pouco afeitos à atividade de pensar, talvez acreditando piamente que pensar enlouquece.
Como hamsters, têm acesso à roda gigante: festas no sábado, gincanas premiando o vencedor com carros 0 km, esforço físico colossal para fixar na mente dos telespectadores a marca do detergente que pode limpar tudo menos os lugares vazios, muito vazios de ideais e de sentido para a vida.
Do ponto de vista financeiro a atração é uma mina de ouro. Muito merchandising, pouco investimento. Assim como é fácil de tratar o hamster e de o mesmo não necessitar de alimentação dispendiosa, a manutenção da casa do BBB é relativamente econômica. Eles mesmos são quem fazem a comida e esta precisa ser conquistada vencendo obstáculos. E agora o formato da Endemol inclui a existência da Casa Grande & Senzala – ou, como chamam seus participantes, a casa de luxo e o puxadinho.
Hamsters levam a vantagem de rapidamente conquistar a nossa simpatia com seu comportamento amistoso ao contrário dos heróis do Bial, que na maioria das vezes apenas revelam sua verdadeira natureza com o passar do tempo em cativeiro.

A maior tragédia
Nesta décima edição houve recorde de votos para eliminação de um participante: 92 milhões. Pausa para alguns rápidos cálculos. Neste paredão recorde, caso 100% dos votos tenha sido transmitido por ligação telefônica, podemos calcular que as ligações renderam R$ 27,6 milhões – considerando o preço da ligação a R$ 0,30.
Agora... sim, sempre tem um agora. Agora, vamos imaginar que a Rede Globo tenha feito um contrato "50% por 50%", ou melhor, "meio a meio" com uma operadora de telefonia. Então, nesse único paredão a emissora carioca teria embolsado nada desprezíveis R$ 13,8 milhões. Toda essa dinheirama em um único paredão. Acontece que em três meses a quantidade de paredões varia de 14 a 16. Portanto, seguindo certa mentalidade de nossos meios de comunicação, ante tamanho volume de dinheiro, algum desses empresários pensaria duas vezes antes de riscar de sua grade conteúdos que favoreçam e cultura e cidadania do povo brasileiro?
Outra constatação é que pensamentos egoístas e imagens preconceituosas dominam o programa ou, ao menos, a quase totalidade da edição do programa. Os que se sentem acima da média – que, aliás, é muito baixa – avocam para si o atributo de serem elas mesmas, de serem sinceras em suas opiniões, de não estarem jogando pra platéia e que "dinheiro não é tudo na vida". Para estes, os outros apenas vêm confirmar o pensamento de Jean-Paul Sartre de ser, os outros, o próprio inferno.
O Big Brother Brasil é autoexplicativo. Mesmo quem diz que nunca assistiu consegue rapidamente formular opinião sobre o programa. Até porque é de longe fonte primária para o jornalismo de frivolidades – também conhecido como de entretenimento –, crítica de televisão e, na verdade, reedita o velho colunismo social dos jornais impressos. Só que bem mais ao gosto dos dias atravessados que vivemos, com direito a pergunta em rede nacional em horário nobre tão instrutiva e recatada quanto: "Você é ativo, passivo ou ambos?" E a resposta de supetão: "Nessa idade, eu sou tudo".
À sua maneira, os participantes se põem a conversar sobre tudo e todos, sobre tudo e nada. É uma pena que não consigam elaborar em 90 dias perguntas que façam a vida valer a pena. Penso em busca de respostas para questões essenciais: todo mundo é corrupto ou depende das circunstâncias? Você toparia tudo – mas tudo mesmo! – por dinheiro? Todo mundo mente, faz intriga, é fofoqueiro, traíra ou X9? Existe algum ser humano que seja confiável quando há muito dinheiro em jogo? Por que tenho medo de lhe dizer o que eu sou?
É que ainda não entendemos que a pior tragédia na vida de um homem é aquilo que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo. Não preciso escrever mais nada, né?

Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pela UNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil, Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.org
Email - wlaraujo9@gmail.com


Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/

Tempo de leão



Vá preparando a Declaração de IR 2010!!!!!


E NÃO SE ESQUEÇA!!!!

Já atualizou sua lista de dependentes do IR? Não?

Então pode copiar da minha.

DECLARAÇÃO ANUAL DE RENDIMENTOS - PESSOA FÍSICA
.

RELAÇÃO OFICIAL DOS MEUS DEPENDENTES:

01) Governo Federal - IR, CPMF etc.;
02) Governo Estadual - IPVA, ICMS etc.;
03) Governo Municipal - IPTU, TRSD, ISSQN etc.;
04) INSS - Contribuição previdenciária;
05) Conselho Regional Profissional - Contribuição anual ;
06) Sindicato da Categoria Profissional - Contribuição anual;
07) DMAE/COMLURB - Contas de água e esgoto (consumo mínimo mesmo que não tenha consumido) e taxa de coleta de lixo;
08) CEEE/CEG - Contas de luz e gás (consumo mínimo mesmo que não tenha consumido);
09) Telefonica/BrasilTelecom /TIM/ CLARO / VIVO celular - Assinatura mensal;
10) Plano de Saúde - Mensalidade;
11) Detran - Licenciamento anual de veículo, transferência e renovação de carteira de habilitação;
12) Contran - Taxa de inspeção veicular ;
13) IRB - Seguro automotor obrigatório ;
14) Concessionárias de estradas de rodagem - Pedágios ;
15) CET/DSV/ESTAR - Talões de estacionamento ;
16) Terminais aeroviários e rodoviários - Taxa de uso dos sanitários e estacionamento ;
17) Instituições financeiras - Taxas de administração e manutenção de contas correntes, renovação anual de cartões de crédito, requisição de talões de cheque etc.;
18) Tomadores de conta de veículos, guardadores de lugar em filas, cambistas diversos, flanelinhas e vendedores de semáforos - Caixinha, cafezinho etc.;
19) Carteiro, lixeiro, varredor de rua, porteiro do prédio, leitores de relógios e entregadores de contas, entregadores de gás, de água etc. - Páscoa, Natal, Ano Novo etc.
Mais 513 deputados federais
81 senadores, com as respectivas AMANTES e PARENTES
E também deputados estaduais, Prefeitos e vereadores.
Gastos livres e sem controle dos Palácios do Planalto e da Alvorada.
Fora o Cartão de Crédito do Presidente Lula que já ultrapassou os 2 milhões!!! Saiu no jornal O Globo do dia 16/03/09!

É mole ?

Fonte: http://www.ctvclic.com/bocadura/bocadura.htm

terça-feira, 23 de março de 2010

Vampiros nossos de cada dia


Lidar com "vampiros da vida real" exige mais do que crucifixos, alho e água benta
FERNANDA JUNQUEIRA
Colaboração para o UOL

Devido ao sucesso da série "Crepúsculo", da escritora Stephenie Meyer, nunca se ouviu tanto falar em vampiros. Vários outros livros surgiram após o fenômeno editorial, e as charmosas e fictícias criaturas das trevas estão em alta entre o público jovem. Na vida real, porém, elas sugam energia, em vez de sangue, e estão longe de ter o ar sexy e misterioso de Edward Cullen, interpretado por Robert Pattinson no cinema. Os vampiros “de verdade” assumem diversas formas conhecidas: podem ser aquela colega de trabalho invejosa, o chefe opressor ou a amiga que adora bancar a vítima. Lidar com elas exige muito mais do que crucifixo, água benta ou alho: requer jogo de cintura, maturidade e paciência. “Os vampiros emocionais solicitam grande demanda emocional, necessitando de diversas formas de atenção daqueles que os cercam. Em geral são pessoas inseguras, que não conseguem atingir um contato satisfatório com elas mesmas. Daí, acabam projetando suas dificuldades em outra pessoa”, explica a psiquiatra Renata Camacho, especialista em saúde mental da mulher. Para o psicólogo canadense Albert J. Bernstein, autor de “Vampiros Emocionais” (Ed. Campus), eles sempre colocam suas necessidades à frente das alheias e acreditam que as normas se aplicam aos outros, nunca a eles.
Existem relações que podem ser extremamente parasitárias – um sinal típico da existência da "vampirização emocional". Isso acontece quando a pessoa se alimenta de você sugando toda a sua energia física e/ou emocional. Quando estamos diante dessas pessoas, nos sentimos exaustos fisicamente, sonolentos, fracos ou agitados. Existem muitas características que podem ser associadas aos vampiros emocionais. Uma delas é o narcisismo, em que a pessoa está voltada apenas para ela mesma, ignorando os sentimentos ou as necessidades do outro.

Tipos básicos

Segundo a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente de projetos da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), existem três tipos básicos de vampiros emocionais. “O primeiro inclui as pessoas que tendem a se posicionar como vítimas por serem extremamente carentes e ‘sugam’ toda a sua energia emocional”, explica. A pessoa que sempre se faz de vítima manipula a outra e chama sua atenção. É importante estar atento a este tipo de personalidade, que sempre se coloca no papel de coitada e utiliza deste meio para conseguir tudo o que quer. O segundo, para Sâmia, reúne aquelas pessoas altamente críticas e condenatórias, que apontam a todo o momento as falhas alheias. “Elas também tiram o seu brilho e a inibem o tempo todo. Você sempre se sente inadequado diante delas. E, por último, existem aquelas pessoas que têm a necessidade de serem sempre o centro das atenções, criando situações de drama em que você não consegue se posicionar”, explica. Para Sâmia, todos esses comportamentos são originados a partir de experiências negativas. Essas pessoas, em geral, sentem-se vazias e buscam em você reconhecimento, atenção e aprovação para preencher suas vidas.
A secretária Ana Paula Lopes, 25 anos, de São Paulo, enfrenta uma “vampirização” muito comum: tem uma amiga que nunca telefona ou manda e-mails perguntando como ela está. E quando se encontram, a amiga egocêntrica faz com que a conversa gire somente em torno dela. “A maior dificuldade no processo da comunicação é ouvir. A dificuldade destas pessoas não é só ouvir os outros, mas também ouvir a si mesma. Uma das estratégias para interromper o falar sem parar é, por exemplo, fazer algo fora do padrão daquele momento, como olhar o relógio, pegar o celular, tossir, se levantar (se estiver sentada), algo que quebre o ritmo”, recomenda o consultor Eduardo Shinyashiki, diretor da Sociedade Cre Ser Treinamentos e autor de “Viva Como Você Quer Viver” (Editora Gente).

Egocentrismo

Para a psicóloga Marilda Lipp, presidente do Centro Psicológico do Controle do Estresse, com sede em Campinas (SP), muitas vezes as pessoas “vampirescas” não percebem o efeito negativo de seu comportamento nos outros porque são egocêntricas, voltadas para si mesmas, com pouco interesse verdadeiro no que não lhe diz respeito. “Este egocentrismo pode ser devido a um traço de personalidade, uma disfunção psicológica, ou pode ser algo totalmente temporário que ocorre em momentos de estresse e crise”, explica. “No estresse emocional, a pessoa está sempre voltada para si mesma, pois necessita fazer um esforço grande para preservar sua sobrevivência. O egocentrismo é uma característica da pessoa estressada que, sem energia para nada mais do que se manter funcionando na vida, acaba deprimindo e cansando as pessoas ao seu redor. Mas, deve-se lembrar de que, no caso do estresse excessivo, uma vez que a crise passe, há um retorno ao funcionamento normal”, completa.

Erro alheio

Outro tipo de vampiro comum é aquele que se preocupa mais com a vida alheia do que a própria. “Ele pergunta tudo, quer saber tudo, e depois também critica tudo. Pode-se chamar este sugador de ‘especulador crítico’. O interesse dessas pessoas não é real, buscam apenas informações que possam comprovar o quanto os outros erram ou são incompetentes em uma tentativa de se sentirem melhor quanto aos seus próprios defeitos”, diz Marilda Lipp. A crítica é uma forma de fazer com que o outro se sinta inferior, e sempre que nos sentimos inferiores, sentimos também depressão. Como a palavra diz, “depressão” é o oposto de “ação”. Fica-se depressivo, inativo, apático na depressão porque a energia foi desviada.

Abuso da boa vontade

Há, ainda, quem costuma jogar as cobranças que recebeu nas costas dos outros. Para lidar com gente assim, é necessário estabelecer limites: aprender a dizer não e limitar a interação com essa pessoa, para não permitir que uma relação invasiva possa potencializar os problemas que tem com esse tipo de relacionamento. Em muitas situações, essa pessoa não quer assumir responsabilidades e utiliza a boa vontade dos outros para que realizem o que , na verdade, seria tarefa dela.

Dinheiro pra que dinheiro?

(Clique na imagem para ampliar os valores
repassados aos municípios da região Centro Sul)

A Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz) divulgou a portaria (nº 024/2010), de 15 de março, com os valores repassados e transferidos pelo Estado aos municípios cearenses, em fevereiro, no que concerne as quotas de ICMS, IPVA e IPI - Exportação.

No total, o valor repassados aos 184 municípios chega a R$ 111.564.294,49 (cento e onze milhões de reais), divididos entre os três repasses, sendo o maior o de ICMS (R$ 85.665.651,33 - oitenta e cinco milhões). O arrecadado em IPVA no Ceará foi de R$ 50.885.509,14 (cinquenta milhões).

Os repasses foram divulgados no Diário do Estado de segunda (22) e o documento tem a assinatura do secretário adjunto da Fazenda (Sefaz), João Marcos Maia.

Fonte: http://www.icoenoticia.com/

segunda-feira, 22 de março de 2010

O passado existiu?


No início do ensaio «Um dois, esquerda ou direita – o meu país», de 1940, integrado na antologia Livros & Cigarros agora editada pela Antígona, George Orwell escreveu o seguinte:

«Ao contrário do que muita gente julga, o passado não era mais fértil em acontecimentos do que o pre­sente. Se assim parece, é porque, ao recordarmos os tempos idos, amalgamamos coisas que sucederam com vários anos de intervalo, e porque são bem escassas as memórias que nos chegam genuinamente virgens. É em grande medida devido aos livros, filmes e remi­niscências vindas a lume entretanto que prevalece agora a ideia de que a guerra de 1914-18 possuiu um carácter tremendo, épico, que falta à guerra actual

De facto, a memória que reconhecemos como construída é frequentes vezes mais forte, e aparentemente mais sólida, do que os vestígios materiais que nos chegam do passado. Aquilo que me atrai é ver como essa memória construída ganha força, se autonomiza, e produz em nós certezas e percepções de experiências que jamais vivemos. Para o historiador profissional essa é uma dificuldade: a imaginação tolda a consciência e inventa ilusões, obrigando a um esforço suplementar, muitas vezes inglório, de busca da objectividade possível. Já para o cidadão comum essa dificuldade deixa de o ser, tornando-se até um factor adicional de enriquecimento do imaginário. O ideal, no limite, será podermos cruzar as duas perspectivas e perceber que a História não é apenas «o que foi» mas de igual forma aquilo que outros nos disseram que foi e nós próprios fomos construindo e interiorizando, sujeitos a múltiplas influências e leituras, como representação.

«Mas caso tenhamos vivido durante essa guerra e sejamos capazes de separar as nossas memórias genuínas dos acréscimos posteriores, verificamos que não eram habitualmente os acontecimentos grandio­sos que nos faziam vibrar. Não creio que a Batalha do Marne, por exemplo, se tenha revestido, para o público em geral, da natureza melodramática que mais tarde lhe foi conferida. Nem sequer me recordo de ouvir a expressão ‘Batalha do Marne’ até se terem passado vários anos

O trabalho de construção ficcionada do passado produz também esse efeito. Quanto mais nos distanciamos temporalmente dos acontecimentos, mais deles emergem os grandes momentos, os grandes movimentos, os campos magnéticos. Mas quanto mais os estudamos, quanto melhor lhes observamos os detalhes, os ampliamos, mais deles se destacam os pormenores irrepetíveis, da vida comum, de todos os dias. Sem filtros ou grandes explicações. A «verdade» está assim em todo o lado: no passado e nos sucessivos presentes que o foram remodelando. Está em toda a parte e ao mesmo tempo em parte alguma. Por isso jamais tem fim o trabalho do historiador e por isso a História é sempre parcialidade e incerteza. O que só enriquece o seu poder de questionamento e de atracção.

Da série: Beleza interior



Oriente

Ocidente

Chove em IP


Para aumentar as esperanças dos ipaumirinenses, chove pelo segundo dia seguido em Ipaumirim. A chuva começou por volta das 23h deste domingo, dando sinais de que os próximos dias também serão chuvosos.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) havia chovido em 85 municípios do Estado do Ceará até a tarde deste domingo (21).
As maiores precipitações foram registradas nas seguintes cidades: Iracema (102mm), Campos Sales (92mm), Iguatu (90mm), Quixelô (80mm) e Várzea Alegre (77mm).
Em Lavras da Mangabeira, as precipitações pluviométricas foram acompanhadas de relâmpagos e trovões. Informações dão conta de que teria inclusive caido um raio no município.

Da redação do Portal Ipaumirim
Fonte: http://ipaumirim.net/colunas//blog2.php/2010/03/21/mais-uma-boa-chuva-molha-o-ipaumirim

domingo, 21 de março de 2010

Som do domingo

DOMINGO MEMORIOSO; RELATOS DO DISTRITO DE FELIZARDO: Joaca Rolim

Imagem do livro: Em família

Joaquim Félix Rolim, Joaca, nasceu em Olho d’Água no dia 14 de maio de 1898, no mesmo dia do seu irmão. Em 1913, com 17 anos, por força da grande seca, mudou-se para o município de Missão Velha, Sítio Missão Nova, em busca de trabalho junto a uns parentes que residiam no Cariri. No engenho de Antonio Gonçalves, seu tio, um dos seus primeiros trabalhos foi como cambiteiro. Do que ganhava para se manter, retirava uma parte para pagar um professor de nome Róseo Fidelis, com quem aprendeu as primeiras letras. Dotado de notável inteligência não recusava qualquer atividade, foi mestre em diversas profissões: pedreiro, seleiro, carpinteiro, sapateiro, fornalheiro e agricultor.
Como pedreiro, construiu várias casas, sendo reconhecido profissionalmente com a construção da igreja de Missão Nova, feita em alvenaria com longos arcos sem concreto armado, moldurados por cipós de São Caetano, com seis altares todos trabalhados á mão, projeto planejado pelo próprio Joaca, baseado no aspecto exterior da Basílica de São Pedro, em Roma, guardadas as devidas proporções. Por esta construção, Joaca recebeu o titulo honorífico de Engenheiro prático concedido pelo ex-Presidente da República, Getúlio Vargas.

Igreja de Missão Nova, primeiro templo católico do Cariri, construído em 1735 e reformada entre 1928 e 1933, por Joaca Rolim
Fonte Diário do Nordeste, HISTÓRIA E MEMÓRIA (9/12/2007)
(Ver nota n° 1
)

Construiu ainda o Colégio Santa Tereza, no Crato – CE, por onde passaram milhares de alunos e também a Igreja da cidade de Milagres – CE.

Colégio Santa Teresa de Jesus
Crato - CE

Igreja de Milagres - CE

Fonte: http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/eumoronoviverbememiorgulho.spaceblog.com.br/images/gd/

Foi presidente da Conferência de São Vicente, em Missão Nova, juiz de paz, chefe político, vereador em duas legislaturas, fazendeiro, etc..
Conhecido como o homem dos três P’s, “pedreiro, poeta e profeta”. Como poeta escreveuo um livro intritulado “Casos e cousar sertanejas”. Como profeta da chuva, atividade que nasceu de sua experiência com a vida, suas previsões e respesctivos acertos são expressivos inclusive considerando índices não alcançados pelo Centro de Tecnologia Espacial do Ceará.
Casou-se com Antonia de Caldas Rolim, natural de Missão Nova. Dessa união tiveram 14 filhos sendo que três faleceram quando criança.
Madrinha Toinha, como era chamada pelos moradores de Vila Missão Nova, era considerada pelos serviços filantrópicos que prestava à comunidade. Experiente conhecedora das propriedades de ervas medicinais, era exímia no preparo de chás para cura das enfermidades que abatiam a população local.
Sendo Joaca Rolim, um senhor de engenho, oferecia trabalho temporário a muitos que lá chegavam por ocasião da moagem. Tinha uma média de 65 agregados com quem mantinha boas relações de amizade. Antes do seu falecimento, pediu aos filhos que deixassem seus moradores amparados. Seu filho, Dr. Antonio Rolim, doou a cada um deles uma tarefa de terra e 800m² ajudando na construção do condomínio de trinta casas construídas em alvenaria e servidas de água e luz, formando uma comunidade de aproximadamente 120 pessoa. O condomínio recebeu o nome de Condominio Nadir Soares Rolim, esposa de Dr. Antonio.
A preservação do nome do patriarca joaca Rolimé reavivada anualmente, em janeiro, durante três dias de festas reunindo-se mais de 300 membros descendentes na casa grande, em Missão Nova.

Fonte: CHAGAS, Maria Flaucineide Vieira & ROLIM, Raimunda Vieira. Em família. Edição do autor. Cajazeiras, 2004. pp. 19-21.

NOTAS:

1. Diz a História que em 1725 sobreveio uma grande seca - atingindo a Missão dos Cariris Novos, atual cidade de Missa Velha - inviabilizando as construções, por falta de água. Intuitivamente, os colonizadores procuraram as proximidades da sanefa esverdeada da Chapada do Araripe e encontraram um riacho de águas constantes. Ficava onde hoje se localiza a vila de Missão Nova. Ali, ao lado esquerdo do riacho, ainda perene nos dias atuais, construíram, em louvor de Santo Antônio, a primeira igreja católica do Cariri. Presume-se que a capela primitiva foi concluída por volta de 1735. De 1928 a 1933, Joaquim Felix Rolim (Joaca Rolim), misto de senhor de engenho e competente pedreiro, decidiu reconstruir a atual e ampla Capela de Missão Nova, sobre os escombros do primitivo templo.
Fonte: http://opovo.uol.com.br/opovo/colunas/cariri/694673.html
Coluna: Cariri
Puros de origem
Tarso Araújo
12 Mai 2007

sábado, 20 de março de 2010

Álbum da semana

Quinco (de Manuel Gomes) e Viviane

Vanuza Brasil e família

Socorro Olimpio, Chico e Vicente de Aurélio,
Bosco e Genilda Macedo

Rosemairy Torquato

Fernanda Olimpio e Pablo (de Guedinha)

Cineide Vieira e Maria de Zé Alves


Socorro Lemos e Chinha Vieira

Ítalo, Maninho e Netinho
(filhos de Chinha e Coca)
Blandina Henrique

Lucas
(tataraneto de Zé Macedo e D. Soledade, bisneto de Giselda, neto de Leda)
Amazonia e companheiro