quarta-feira, 30 de julho de 2008

Se liga, IP !!!

Interior terá 60 novos centros tecnológicos
Yanna Guimarães
da Redação

Uma parceria entre os governos Federal e Estadual promete quase 60 novos centros tecnológicos em todas as regiões do Estado. Dentre eles, seis novas unidades e dez extensões, todas do Cefet, e um Centro de Educação a Distância, que será sediado em Sobral. A promessa é que tudo esteja pronto até 2010



Cláudio Ricardo Gomes de Lima, diretor do Cefet-CE, diz que a criação dos centros tecnológicos vai alavancar o desenvolvimento do Interior (Divulgação)
Um interior técnico e cheio de possibilidades de emprego. Foi-se o tempo em que para garantir uma boa capacitação era necessário migrar para a Capital. Uma parceria entre os governos Federal e Estadual promete tornar tudo isso possível até 2010. Várias ações já estão em andamento, como a instalação de novos seis Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) em Acaraú, Limoeiro do Norte, Sobral, Crateús, Quixadá e Canindé. Além deles, mais de 50 outros centros tecnológicos menores em outros vários municípios e um Centro de Educação a Distância, em Sobral, iniciativa do deputado federal Ariosto Holanda (PSB).
Ele diz que, se de um lado há muita gente procurando emprego, de outro há muito trabalho sem profissional. "Temos muitos analfabetos funcionais, ou seja, pessoas que sabem ler e escrever, mas não sabem como usar essas habilidades, não sabem como entrar no mercado de trabalho". Para mudar essa realidade, o primeiro passo é a ampliação dos Cefets no Interior. Serão dez em todo o Estado até o fim do ano. Além da unidade de Fortaleza, os centros de Maracanaú, Cedro e Juazeiro do Norte já estão funcionando. Paralelamente à instalação das novas unidades, serão investidos R$ 18 milhões em dez unidades de extensão.
Elas serão implantadas em Caucaia, Baturité, Aracati, Tauá, Ubajara, Tianguá, Camocim, Jaguaribe, Morada Nova e Tabuleiro do Norte. Para completar a rede federal de ensino técnico, serão dois Núcleos de Informação Tecnológica, em Alto Santo e São João do Jaguaribe, e 39 Centros de Inclusão Digital (CID) em distritos dos municípios de Aracoiaba, Piquet Carneiro, Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte, Russas, Orós, Itaiçaba, Itapipoca e Baturité. "São estruturas de multimídia que vão se ligar diretamente com o Cefet", explica Ariosto. Todos esses centros vão formar o Instituto Federal de Ensino Tecnológico do Ceará.
"Muita coisa vai mudar, principalmente esse quadro de uma Capital inchada e um Interior pequeno. Vai criar uma classe média emergente nessas cidades, uma nova força de trabalho", destaca Cláudio Ricardo Gomes de Lima, diretor do Cefet-CE. Mas o investimento em capacitação técnica no Interior não termina por aí. No nível estadual serão construídas duas Faculdades Tecnológicas (Fatecs), em Itapipoca e em Iguatu. Já existem duas unidades, uma em Juazeiro do Norte e uma em Quixeramobim. Nos municípios próximos haverá a rede do Centro Vocacional Técnico (CVTec), que são dez escolas técnicas de nível médio.
Essas escolas serão construídas a partir do ajuste de dez, dos 33 Centros de Vocação Tecnológica (CVTs) que já existem. A diferença é que o CVT atua no nível de educação profissional inicial e continuada, com cursos de 60 a 120 horas. Já o CVTec dá cursos de dois anos. Nos outros 23 CTVs, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) vai implantar o ensino médio integrado ao ensino técnico, incorporando os centros pelo programa Brasil Profissionalizado, do Ministério da Educação, que financia a iniciativa de ampliação da oferta do ensino médio integrado ao ensino técnico no País.
E MAIS
A Instituto Federal de Ensino Tecnológico do Ceará, formado pelos Cefets e centros menores, passa a ter porte de universidade federal. Os Cefets, no entanto, passam a atender pelo nome de Instituto Federal. As várias unidades no Interior serão campi e o Instituto terá um reitor e não mais um diretor geral, como era com o Cefet.
Os primeiros 100 professores para o Interior já estão sendo selecionados. O Cefet-Ce está com inscrições abertas até amanhã para concurso público. São ofertadas 100 vagas para cargo efetivo de professor do ensino básico, técnico e tecnológico, sendo uma vaga para Fortaleza; 30 para Limoeiro do Norte; 28 para Sobral; 27 para Quixadá; e 14 para Maracanaú. As inscrições são feitas pelo site www.cefetce.br até as 18 horas do dia 25. O candidato tem de pagar taxa de R$ 70, por meio de boleto eletrônico, em qualquer agência bancária ou lotérica.
Um projeto de lei está para ser enviado pelo Ministério da Educação (MEC) à Casa Civil da Presidência da República, para que seja encaminhado ao Congresso Nacional, um projeto de lei que cria a 2ª universidade federal no Ceará, denominada de Universidade Federal de Integração Luso Afro-Brasileira (Unilab). A nova universidade será sediada em Redenção. A expectativa é que a universidade inicie suas atividades até 2010.
O projeto de lei deverá prever, inicialmente, que cinco mil vagas sejam ofertadas, com possibilidades de ampliação nos semestres seguintes. Será um pólo em cada país de língua portuguesa. A escolha de Redenção deve-se, de acordo com Mota, à importância que a cidade representou para o fim da escravidão no País, por ter sido pioneira na libertação dos escravos.
UNIDADES DESCENTRALIZADAS
Os centros tecnológicos que serão instalados no Interior terão especialidades conforme a necessidade da área. Por enquanto, as áreas já definidas são: Quixadá: licenciatura em Química e curso técnico em Turismo. Acaraú: curso técnico de Pesca e curso técnico de Aqüicultura. Limoeiro do Norte: cursos tecnológicos (ensino superior) em Mecatrônica, Alimentos, Recursos hídricos em irrigação e Recursos hídricos em saneamento. Cursos técnicos em Eletroeletrônica, Mecânica, Meio ambiente e Fruticultura.
Fonte: Cefet-CE.

Alô candidatos: que tal pensar a educação no município?

JUAZEIRO DO NORTE SEDIA CONGRESSO DE EDUCAÇÃO
Por: Alexandra Souza/Tarso Araújo
30.07.2008

Começa hoje e segue até o dia 1º de agosto, o Congresso de Educação do Cariri, em Juazeiro do Norte. O evento pretende reunir profissionais da área de educação, psicólogos e psicanalistas de várias cidades nordestinas. Segundo os organizadores do congresso mais de 1.500 pessoas, de 120 cidades nordestinas, já estão inscritas. Deste total, 64,7% são do Ceará; 13,3% do Piauí; 12,5% de Pernambuco; 9,8% da Paraíba; e os outros 1,4% são da Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas.
O Congresso de Educação do Cariri tem como objetivo principal compartilhar experiências na área de ensino, contribuindo para a formação continuada de professores da região e trazendo momentos de reflexão e troca de experiências. Especialistas de todo o país estarão presentes no evento. Entre os palestrantes, está o médico e professor Içami Tiba, que já realizou mais de 80 mil atendimentos psicoterápicos a adolescentes e suas famílias, escreveu diversos livros sobre educação e ministrou milhares de palestras em escolas e programas de TV.
Destaque-se também Cipriano Luckesi, graduado em Filosofia, mestre em Ciências Sociais e doutor em Filosofia da Educação. O educador traz para o Congresso uma palestra que enfoca a importância do afetivo e do cognitivo na educação, questionando criticamente o foco no cognitivo pela prática educativa tradicional e propondo a necessidade de voltarmos nossa atenção para a afetividade.
Durante os três dias de congresso, serão desenvolvidas várias atividades –como palestras, mini-cursos e oficinas – abordando temas ligados àeducação, especialmente questões ligadas a valores e emoções no contextoda prática pedagógica. O Congresso de Educação do Cariri é uma iniciativa que visa contribuir com a formação continuada de professores da região, trazendo momentos de reflexão e troca de experiências. Mais informações pelo site http://www.congressojuazeiro.com.br/.

QUARTA VIA


MST cria sua própria estrutura de ensino
Escola financiada por Chávez forma pedagogos técnicos em agroecologia

A educação é hoje uma das principais preocupações do MST. Além de pressionar o Incra para a criação de mais vagas para os assentados em universidades públicas, o movimento também monta aos poucos sua própria estrutura de escolas. São exemplos disso a Escola Latino-Americana de Agroecologia e a Escola Nacional Florestan Fernandes, que ministram cursos de especialização de nível superior.
A Escola Latino-Americana, montada com recursos oferecidos pelo presidente Hugo Chávez, da Venezuela, funciona no município de Lapa, região metropolitana de Curitiba, e forma pedagogos especializados em agroecologia. Segundo seus diretores, defende uma nova matriz de produção rural, que leve mais em conta questões políticas e ambientais.
A Florestan Fernandes, situada no município de Guararema, interior de São Paulo, tem um leque mais amplo de cursos e atua como parceira de algumas universidades. É o caso da Fundação Santo André, instituição municipal da região do ABC paulista.
Em 2005, quando a fundação e o Pronera firmaram um convênio para a criação do curso de bacharelado em gestão de organizações sociais e cooperativas, ficou combinado que parte do curso seria ministrada na Escola Nacional.
As escolas do MST também oferecem cursos de formação política para seus militantes. Uma das maiores dificuldades enfrentadas hoje nos assentamento está relacionada ao ensino médio. Em algumas regiões fala-se em envelhecimento da população da reforma, devido ao fato de a grande maioria dos jovens mudar para a cidade, para cursar o ensino médio. Essa não é uma dificuldade só dos assentamentos: atinge outros setores da zona rural.
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União financia universidade para quadros do Movimento dos Sem-Terra

Em 2003, eram 13 cursos de pedagogia para 922 assentados; hoje são 49 para 3.649 e vão da agronomia ao direito
Roldão Arruda


Na sexta-feira, um grupo de 54 estudantes da Universidade Federal de Sergipe vai festejar a conclusão do curso de engenharia agronômica. Até aí não há de nada de novo, uma vez que o Brasil tem formado agrônomos há mais de 100 anos. A novidade está no fato de ser a primeira turma de agronomia no País em que todos os formandos são originários de assentamentos da reforma agrária, a maioria deles ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST).
Mas isso não é tudo. A formatura é apenas um indicador de um movimento muito mais amplo que vem ocorrendo nas universidades públicas brasileiras: a rápida expansão de cursos especiais para jovens e adultos de assentamentos.
Essa mudança começou a ganhar força em 2003 - o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele ano o Brasil dispunha de um conjunto de 13 cursos universitários para assentados - todos na área pedagógica - e 922 alunos matriculados. Hoje são 49 cursos, com 3.649 estudantes, divididos em diferentes áreas: da pedagogia ao direito, passando por ciências sociais, agronomia, geografia e outros.
O motor da mudança não está no Ministério da Educação, mas no próprio Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mais exatamente numa de suas divisões, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Ele foi criado em 1998, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, com a missão de "ampliar os níveis de escolarização formal dos trabalhadores rurais assentados", e voltou-se nos primeiros anos sobretudo à solução de problemas nas áreas de alfabetização, ensino fundamental e profissionalizante.
No governo Lula o programa ficou mais rechonchudo, em termos de verbas, e mais atento à área universitária. É o que indicam seus números.
Em 2003, o Pronera dispôs de R$ 9 milhões para executar suas tarefas. Neste ano o valor é seis vezes maior, chegando a R$ 54 milhões. Mais da metade - R$ 29 milhões - é destinada ao ensino universitário. Devem ser somados a isso cerca de R$ 4 milhões usados para bolsas de pesquisa para os alunos do último semestre do curso.Os cursos para assentados podem ser considerados especiais por vários motivos. Em primeiro lugar, as vagas só podem ser preenchidas por candidatos indicados pelas comunidades rurais de origem e desde que eles apresentem um atestado do Incra, comprovando sua ligação com a reforma agrária.
Em segundo lugar, não enfrentam os vestibulares comuns: fazem um concurso à parte, para escolher os mais capacitados entre eles. Além disso, as turmas funcionam com um calendário escolar próprio, que permite aos estudantes alternar atividades acadêmicas com trabalhos no campo. Por fim, a maioria deles conta com alojamentos especiais e ajuda de custo, no valor de R$ 300.
Na opinião do professor Givaldo Hipólito, da coordenação pedagógica do chamado Projeto de Qualificação em Engenharia Agronômica para Jovens e Adultos da Reforma Agrária (Proquera), da Federal de Sergipe, o investimento vale a pena. Ele observa que, dos 60 aprovados inicialmente para o curso, apenas 6 desistiram - o que representa 10%, taxa menor que a média universitária, de 30%. "São alunos esforçados, que enfrentaram o currículo e a carga horária comuns aos outros estudantes, submeteram-se a todos os exames e provas e saíram-se bem, com boas notas", comemora Hipólito.
Mas esse esforço do Estado para dar formação aos estudantes da reforma agrária também enfrenta críticas e até ações judiciais destinadas a barrar sua expansão. Elas envolvem conselhos e associações profissionais, procuradores de Justiça, professores e até estudantes.
Uma das críticas freqüentes é que não existe nenhuma garantia de que o estudante, após dispor de condições especiais, retorne à comunidade de origem, contribuindo para seu desenvolvimento. O estudante indicado ao curso exclusivo para assentados na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás pode, ao receber o diploma, ir para a cidade e trabalhar num grande escritório de advocacia. Da mesma forma o agrônomo de Sergipe pode empregar-se numa empresa do agronegócio.
A coordenadora do Pronera, Clarice Aparecida dos Santos, considera a crítica preconceituosa: "Por que não perguntam se o filho do grande proprietário rural que estuda numa universidade pública vai voltar para a zona rural?"
Segundo Clarice, as críticas recrudesceram depois que os sem-terra passaram a reivindicar cursos que vão além da área de pedagogia, destinado à formação de professores. "Há muito de preconceito nas ações destinadas a barrar cursos diferentes, como agronomia e direito. Por quê? Camponês não pode estudar direito? Nós atendemos à demanda que vem de baixo para cima. Se os assentados pedem cursos de direito é porque estão precisando de advogados. E se as universidades fazem convênios com o Pronera é porque seus professores vêem sentido nessa atividade."
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30.7.2008


O deputado Paulo Maluf (PP-SP) disse hoje a propósito da lista de candidatos com ficha suja divulgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros:
- Acho que o Gilberto Kassab tem ficha limpa, a Marta [Suplicy] tem ficha limpa e eu tenho ficha limpa. Quem tem ficha suja é juiz que se mete em política, quando deveria se meter só nos autos.
Kassab, Marta e Maluf fazem parte da lista. Ao defender Kassab e Marta, Maluf tenta passar a idéia de que é tão inocente quanto eles. Ou que Kassab e Marta são tão culpados quanto ele.
Maluf é "hours concours" - e ele sabe disso. E ele sabe que sabemos. Então por que disse o que disse?
Disse porque também sabe que a maioria do distinto público acaba acreditando em qualquer coisa - até nas mais absurdas. Ou acaba perdendo o interesse por assuntos que se repetem ou por histórias que nunca acabam.
Bush repete até hoje que invadiu o Iraque porque o governo de Sadam Hussein apoiava a organização terrorista comandada por Bin Laden. E armazenava armas de destruição em massa.
Duas mentiras mais do que comprovadas.
Mas faça uma pesquisa nos Estados Unidos. É assustador o número de pessoas que ainda acredita no que disse Bush.
Os governos mentem, mentem muito e não param de mentir porque dispõem de máquinas poderosas de propaganda para sustentar suas mentiras. Porque contam com a boa vontade da midia ou de parte dela. Porque a oposição quando foi governo procedeu da mesma forma. E porque a maioria do povo tende a acreditar no que os governos dizem.
Dificilmente haveria guerras no mundo se elas fossem transmitidas ao vivo e sem censura pela televisão.
Os parlamentos não seriam casas de negócios que são se seus canais internos de televisão pudessem transmitir o que se passa no escurinho dos gabinetes ou nos corredores acarpetados.
Para enfrentar a violência, as cidades se enchem de câmeras. Em certos prédios você só entra depois de ser fotografado e apresentar documento de identidade.
Por que o Executivo, o Legislativo e o Judiciário também não são vigiados por câmeras?
O mundo virou um gigantesco Big Brother. Falta pôr dentro quem manda no mundo.
do blog de Noblat, enviada por Flávio Lúcio

terça-feira, 29 de julho de 2008

computador enfermo

Acho que até o fim da semana meu pc sai do hospital. Aí retomaremos os posts.

sábado, 26 de julho de 2008

Album da semana

Açude da Fazendinha
Todas as imagens foram capturadas no orkut e blogs de pessoas de Ipaumirim. As vistas da cidade e paisagens foram principalmente do blog de Cleidinha e do orkut de Geysa.
Férias em Ip

Sítio Serrote visto da Pedra de São Sebastião

Zilda Dore e família

Silvina Victor e Ivanise

Roberto Jorge e Jéssica Lara

Raimundinho e Laura de Leotácio

Praça Luiz Leite da Nóbrega
Praça Oswaldo Ademar Barbosa

Jairzinho,
neto de Jair e bisneto de Zé Henrique

Nadejda e Rolim

Perpétua Diniz
(a garota não sei o nome mas acho que é sua filha)
Jéssica

Geysa

Escola D. Francisco de Assis Pires
Arco Nossa Senhora da Conceição
Entrada da cidade pela Vila São José
Tia Cristina e Fátima Lemos

Antigo Clube Recreativo de Ipaumirim
- do blog de Cleidinha -
Cezário Lucena

Ipaumirim florido
jardim da casa de Maristela
- do blog de Cleidinha -

Francineide Maciel e Airton Farias
-do orkut de Felipe -

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sábado em queda livre

Educação infantil: o futuro é agora


Não há cidadania possível se a educação não tiver lugar de destaque no programa de governo de qualquer candidato. Os exemplos e resultados do descaso com o setor estão presentes nas estatísticas da violência, na desigualdade social e nos escândalos cotidianos de um pais degradado pela corrupção.
A comunidade precisa mais do que nunca desse olhar renovador e fiscalizador sobre a educação das suas crianças desde a mais tenra idade. São elas que vão cuidar da nossa velhice, do futuro dos nossos filhos e construir tempos melhores para todos. Não podemos entregar-lhes o mundo sem cuidar da sua formação, sem despertá-los para a cidadania e sem cultivar a solidariedade. Precisamos prepará-los para conduzir o mundo viciado que vamos deixar-lhes como herança.
Essa preocupação precisa ser a pauta principal dos pais, exigência inegociável, campo de batalha ou o que você quiser chamar na luta para mudar a mentalidade e recuperar a nossa própria capacidade de cuidar do presente e projetar o futuro.
A educação infantil, responsabilidade do município, tem que estar explícita no programa dos candidatos.
O portal do MEC disponibiliza informações fundamentais para compreender a responsabilidade do município neste processo. Entre vários documentos importantes, está um texto muito interessante, de fácil compreensão, que se chama: Política Nacional de Educação Infantil: pelo direto das crianças de 0 a seis anos à educação. (2006).
Recortei alguns pontos do documento porque são pontos de reflexão – não menos importantes que os demais – mas apontam para exigências que precisam estar presentes em nossas preocupações porque esclarecem as obrigações do poder público e nos obrigam a solicitar a prestação de contas do que fazem os políticos do crédito que lhes damos em forma de voto.
(...)
“A Constituição Federal atribuiu ao Estado o dever de garantir o atendimento às crianças de 0 a 6 anos em creches e pré-escolas (art. 208, IV), especificando que à União cabe prestar assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para garantir equalização das oportunidades e padrão mínimo de qualidade. Especificando ainda mais, determinou que os municípios atuassem prioritariamenteno Ensino Fundamental e na Educação Infantil (art. 211, § 2º).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabelece em seu art. 11, inciso V, que os municípios incumbir-se-ão de “oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o Ensino Fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino apenas quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e ao desenvolvimento do ensino”.
(...)
"A Lei que instituiu o PNE determina que os estados, o Distrito Federal e os municípios elaborem seus respectivos planos decenais. Esses planos devem ser construídos num processo democrático, amplamente participativo, com representação do governo e da sociedade, com vistas a desenvolver programas e projetos nos próximos anos.
A Educação Infantil, constituindo um capítulo desses planos, tem seu horizonte de expansão e melhoria definido como obrigação dos sistemas de ensino da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios."
(...)

Diretrizes da Política Nacional de Educação Infantil

(...)
É dever do Estado, direito da criança e opção da família o atendimento gratuito em instituições de Educação Infantil às crianças de 0 a 6 anos.
A educação de crianças com necessidades educacionais especiais deve ser realizada em conjunto com as demais crianças, assegurando- lhes o atendimento educacional especializado mediante avaliação e interação com a família e a comunidade.
(...)
"As professoras e professores e os outros profissionais que atuam na Educação Infantil exercem um papel socioeducativo, devendo ser qualificados especialmente para o desempenho de suas funções com as crianças de 0 a 6 anos.
A formação inicial e a continuada das professoras e professores de Educação Infantil são direitos e devem ser asseguradas a todos pelos sistemas de ensino com a inclusão nos planos de cargos e salários do magistério."
(...)
"O processo de seleção e admissão de professoras e professores que atuam nas redes pública e privada deve assegurar a formação específica na área e mínima exigida por lei. Para os que atuam na rede pública, a admissão deve ser por meio de concurso."
(...)
"A política de Educação Infantil em âmbito nacional, estadual e municipal deve se articular às políticas de Saúde, Assistência Social, Justiça, Direitos Humanos, Cultura, Mulher e Diversidades, bem como aos fóruns de Educação Infantil e outras organizações da sociedade civil."

Metas

(...)
"Atender, até 2010, 50% das crianças de 0 a 3 anos, ou seja, 6,5 milhões, e 80% das de 4 a 6 anos, ou seja, 8 milhões de crianças. Assegurar que, em todos os municípios, além de outros recursos municipais, os 10% dos recursos de manutenção e desenvolvimento do ensino não vinculados ao Fundef sejam aplicados, prioritariamente, na Educação Infantil. "
(...)
Somente autorizar construção e funcionamento de instituições de Educação Infantil, públicas ou privadas, que atendam aos requisitos de infra-estrutura.
Adaptar os prédios de Educação Infantil de sorte que, em cinco anos, todos estejam conforme os padrões de infra-estrutura estabelecidos."
(...)
"Admitir somente novos profissionais na Educação Infantil que possuam a titulação mínima em nível médio, modalidade Normal.
Formar em nível médio, modalidade Normal, todos os professores em exercício na Educação Infantil que não possuam a formação mínima exigida por lei.
Extinguir progressivamente os cargos de monitor, atendente, auxiliar, entre outros, mesmo que ocupados por profissionais concursados em outras secretarias ou na secretaria de Educação e que exercem funções docentes."
(...)
"Articular a Educação Infantil com o Ensino Fundamental, de forma que se evite o impacto da passagem de um período para o outro em respeito às culturas infantis e garantindo uma política de temporalidade da infância.
Articular a Política Nacional de Educação Infantil com os fóruns de Educação Infantil e outras organizações da sociedade civil que atuam na área."

O documento finaliza com as recomendações e com a publicação da relação de Resoluções e Pareceres do Conselho Nacional de Educação que Dizem Respeito à Educação Infantil
Fonte: portal.mec.gov.br/
(
os grifos são meus)

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Estado vai instalar centros de educação infantil
Rita Célia Faheinada
Centros educacionais infantis serão construídos no Interior. Primeiro vão ser beneficiados os municípios com populações maiores de mulheres trabalhadoras.
(25.07.2008)

Centros de Educação Infantil equipados para atender meninos e meninas de zero a cinco anos de idade serão instalados em municípios com maior número de mulheres trabalhadoras. O pedido de empréstimo financeiro para esse projeto já foi encaminhado pelo Governo do Estado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A expectativa é de que as negociações sejam concluídas no segundo semestre deste ano e a instalação dos centros comecem após o período eleitoral.
A instalação dos centros, de acordo com Maria Izolda Cela de Arruda Coelho, secretária estadual de Educação Básica, é um compromisso assumido pelo governador Cid Gomes. "Ele decidiu apoiar uma das áreas que consideramos importante". Vão funcionar inicialmente 72 Centros de Educação Infantil e a finalidade é estimular a melhoria no atendimento às crianças com idades entre zero a cinco anos, segundo a secretária.
"Há carência de equipamentos e situações inadequadas para atender às crianças nessa faixa etária", afirma Izolda Cela, enfatizando que a prioridade são para os municípios com populações maiores de mulheres que trabalham fora e têm filhos pequenos. Mesmo que a responsabilidade, determinada por lei federal, seja dos municípios, o Governo do Estado vai instalar e equipar os centros e os municípios serão convidados a firmar convênios para assumir as despesas de funcionamento e manutenção.
Fortaleza e municípios da Região Metropolitana da Capital já estão inclusos no projeto. Serão três centros em Fortaleza, já os demais municípios serão identificados a partir da população de mulheres trabalhadoras. "A demanda é grande. O percentual de atendimento às crianças nessa faixa etária ainda está baixo, especialmente considerando às que têm quatro e cinco anos de idade", informa Izolda Cela.
Ela diz que os centros vão induzir os dirigentes municipais a construir novos centros até que se universalize a educação infantil no Estado. Até 2010, a secretária prevê um avanço significativo nesse período de ensino. Os Centros de Educação Infantil vão atender a crianças de zero a três anos de idade em tempo integral e de quatro e cinco em um período.
FIQUE POR DENTRO
Atualmente, a educação infantil é função própria dos municípios e o ensino médio dos Estados. Apenas o ensino fundamental é responsabilidade comum das duas esferas. A competência da União é na redistribuição em relação a toda educação básica.
Considera-se educação infantil, no País, o período de vida escolar em que se atende, pedagogicamente, crianças de zero a seis anos de idade. Na educação infantil, meninos e meninas são estimulados, através de atividades lúdicas e jogos, a exercitar suas capacidades motoras, fazer descobertas, e iniciar o processo de letramento.
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) chama o equipamento educacional que atende crianças com idade de zero a três anos de creche. O equipamento educacional para crianças de quatro a seis anos chama-se pré-escola.
Medidas legais recentes modificaram o atendimento das crianças na pré-escola. Alunos com seis anos de idade devem, obrigatoriamente, estar matriculados no primeiro ano do ensino fundamental.
Os dispositivos legais que estabeleceram as modificações citadas constam no Projeto de Lei nº 144/2005, aprovado pelo Senado em 25 de janeiro de 2006 que estabelece a duração mínima de nove anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade. Essa medida deverá ser implantada até 2010 pelos municípios, estados e pelo Distrito Federal. Durante esse período, os sistemas de ensino terão prazo para adaptar-se ao novo modelo de pré-escolas, que agora passarão a atender crianças de quatro e cinco anos de idade.

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/ceara/806803.html
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Abusos invisíveis
Cristovam Buarque
Jornal do Commercio
25/07/2008



Nos últimos dias, o sistema judiciário fez duas descobertas: existem algemas no Brasil e o uso delas é um abuso, ainda mais grave quando na frente da televisão.
A descoberta tem uma explicação: as algemas eram invisíveis enquanto os presos eram pobres e sem camisas. Descobriram que há abuso no uso de algemas. Pena que não estejamos descobrindo outros abusos, porque eles ainda não chegaram aos ricos.
Durante séculos, nosso país utilizou o seqüestro de africanos para servirem como trabalhadores em nossa agricultura e ninguém via como seqüestro. Se um único brasileiro branco e livre fosse seqüestrado na África e levado para outro continente, a elite empresarial brasileira daquele tempo logo descobriria que havia um abuso na retirada de uma pessoa de sua casa para levá-la e vendê-la para o trabalho forçado. Esses mesmos escravos eram sujeitos à tortura, às penas de trabalho forçado, e à venda de seus filhos, como também às chibatadas. Mas era com os pobres, excluídos, que o abuso ficava invisível. Não era visto. O sistema judiciário daquele tempo ainda não tinha descoberto que isso acontecia.
No século 21 ainda existem prisões diferenciadas para pessoas que cometeram o mesmo tipo de crime. Quando, raramente, um criminoso rico vai preso e fica preso, tem direito a uma prisão especial, diferente das infernais prisões onde são jogados os criminosos pobres. Por isso, não é visto ainda como abuso colocar um preso pobre nas condições das prisões comuns. Se algum dia, um rico for preso e não tiver um diploma superior, provavelmente o sistema judiciário brasileiro vai fazer outra grande descoberta: o abuso da má qualidade das prisões do brasileiro comum.
Cerca de 15 milhões de adultos não sabem ler e outros 30 milhões não entendem o que lêem, porque os analfabetos, todos eles, são filhos de famílias humildes. Se um dia aparecesse um rico analfabeto, certamente o sistema judiciário faria a grande descoberta de que poder público é omisso ao deixar que isto aconteça no Brasil. Mas, os analfabetos são pobres, invisíveis.
Estima-se que a cada minuto de ano letivo (200 dias, com 4 horas) 60 crianças abandonam a escola. Isso não é visto como abuso. Porque o abuso não é visto. Se uma única criança rica fosse impedida de estudar, o abuso seria rapidamente descoberto e provavelmente tratado. Como acontece quando faltam remédios para as doenças que vitimam os ricos e os pobres, mas sem qualquer criminalização das autoridades quando os hospitais públicos ficam superlotados.
As autoridades do Poder Judiciário têm duas desculpas para explicar a invisibilidade dos abusos. A primeira, é que só podem agir quando provocadas por um advogado, e estes só trabalham para os ricos. O Poder Judiciário, portanto estaria isento. Não teria culpa de que os defensores públicos sejam poucos, e de que os advogados mais competentes não trabalhem para os pobres. Esquecem de dizer que além da competência, influi também a rede de conexões que o advogado tem. A segunda justificativa é que a culpa é do Poder Legislativo que faz leis imperfeitas.
A culpa é de todos nós que aceitamos um país onde há dois tipos de pessoas: os incluídos, beneficiários da lei, e os excluídos, vítimas da lei: A culpa é de todos que toleramos os abusos invisíveis.

Cristovam Buarque é senador (PDT/DF).
Fonte: Jornal do Commércio
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Obras na BR 116

Do quilômetro 418 ao 546 (de Ipaumirim até a divisa do Ceará com Pernambuco), vai ser substituída toda a pavimentação e, onde é possível, algumas curvas serão retiradas. A licitação vai ser em julho e é de cerca de R$ 120 milhões. As obras devem começar em novembro e durar um ano.

SINALIZAÇÃO

Há um contrato de R$ 12 milhões para investimento em sinalização em todas as BRs, tanto sinalização horizontal quanto vertical. Inclui pintura no asfalto e placas novas.

FONTE: clippingexpress.com.br/noticia.

R$ 45 milhões em obras para 91 municípios

25/07/2008

Noventa e um municípios cearenses deverão ser beneficiados com obras de estruturação e requalificação urbana. A Secretaria das Cidades prevê um investimento de cerca de R$ 40 milhões nas ações. Somada às contrapartidas, os recursos sobem para R$ 45 milhões. Os projetos, que estão sendo executados a partir da assinatura de convênios com as prefeituras, envolvem obras de pavimentação, urbanização, construção e recuperação de espaços e equipamentos públicos. Segundo o secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, destacou que os investimentos também são frutos da parceria do Governo do Estado com as prefeituras e com o Legislativo Estadual. "Temos procurado somar esforços para resolver, ou pelo menos reduzir, os problemas que afligem o nosso povo. Até o final do governo nós teremos conseguido melhorar significativamente a infra-estrutura dos municípios cearenses".

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Criatividade e bom humor fazem a diferença

Corrida da Galinha agita agreste de Pernambuco


Evento é realizado desde 1993 em São Bento do Una e virou atração turística.Durante três dias, cidade monta um galinhódromo para competição.
Glauco Araújo,
do G1, em São Paulo

Galinhódromo tem 120 metros de extensão e é todo cercado
para evitar a fuga das competidoras durante as provas


Turistas e pilotos de última hora podem
alugar uma galinha para participar das provas


Donos das galinhas participantes se vestem
com roupas específicas durante as competições


Arquibancada ficou lotada na última edição do evento,
em 2007


Galinha vencedora da corrida tem direito
a colocar o pé na "calçada da fama"


A cidade de São Bento do Una, que fica a cerca de 350 quilômetros do Recife, vai sediar a 11ª Corrida da Galinha durante os dias 25, 26 e 27 de julho. O evento reúne centenas de ‘máquinas penosas’, como são chamadas as estrelas da competição, turistas e moradores do agreste pernambucano. O evento deste ano é temático e está focado nas Olimpíadas de Pequim. Segundo o publicitário Marcos Valença, 48 anos, um dos organizadores da corrida, até o tradicional símbolo olímpico, com cinco argolas entrelaçadas, inspirou o novo logotipo da competição das galinhas. “Usamos cinco ovos no lugar das argolas olímpicas já que o tema deste ano é ‘Com um pé em Pequim’. É uma espécie de intercâmbio galináceo com a China”, disse. Apesar de se chamar Corrida das Galinhas, galos também podem participar da competição. “Tendo bico, pata e pena, não tem problema e já está no páreo”, afirmou Valença. A corrida foi criada em 1993, no Recife, por um grupo de amigos estudantes. “A gente chegava da aula e não tinha o que fazer. Resolvemos soltar as galinhas da cidade pra ver o que dava”, disse o publicitário, lembrando que a cidade é conhecida pela avicultura.

Competições
São realizados quatro treinos classificatórios na sexta-feira (25) e sábado (26) para selecionar as nove “máquinas” mais rápidas em cada categoria (galinha e galo).
Galinha vencedora da corrida tem direito a colocar o pé na "calçada da fama" (Foto: Divulgação)
O grid de largada será feito no domingo (27). As nove máquinas mais rápidas em cada categoria serão classificadas. A competição para “pilotos de última hora” também será disputada no mesmo dia. A modalidade “segura nos trinta” é feita com galinhas d'Angola (guiné). Os competidores terão de pegar a ave em uma arena, em 30 segundos. Essa prova será executada em várias etapas durante todos os dias. No “ovo ao alvo”, os competidores deverão segurar um ovo, arremessado por juízes para o alto, sem quebrá-lo. No “coma seu frango”, os participantes têm de comer um frango assado inteiro no menor tempo possível. Na modalidade “penas, plumas e paetês”, ganha quem levar a ave mais fantasiada. O “canto do galo” é a disputa para quem imitar melhor um galo cantando. “O dono da galinha vencedora da corrida terá direito a colocar os pés da ave na calçada da fama, um milhão [milho grande] e R$ 500. Para o dono da galinha derrotada, o prêmio é uma panela de pressão e tempero para canja”, disse Valença.
Infra-estrutura

A competição em si será realizada no galinhódromo, cuja pista, em circuito fechado, tem 120 metros de extensão e é protegida por tela para evitar a fuga das participantes. A arquibancada tem capacidade para 2 mil torcedores e é apelidado de poleiro.
A transmissão das corridas será feita da torre de comando, montada no centro do galinhódromo, que também dispõe do ninho vip, camarotes destinados às autoridades e imprensa. O sistema de som da arena é chamado de "cocoricó". Durante as corridas, as galinhas e os participantes que cometerem alguma irregularidade são obrigados a fazer um "pinto-stop" nos boxes. Algumas modalidades como “Segura nos Trinta”, “Ovo ao Alvo”, “Penas, Plumas e Paetês”, “Coma seu frango” e “O Canto do Galo” são realizadas no terreiro.

Turistas

A organização do evento permite que os turistas participem das corridas. Se não tiver uma galinha na bagagem, a saída é usar o serviço "rent a chicken", onde é possível alugar uma galinha. Segundo Valença, nos últimos anos, até atletas de última hora chegam a efetuar locações para garantir a participação na corrida. Em casos de violência contras as atletas penosas, a cidade montou a Delegacia da Galinha, local onde podem ser feitas denúncias de maus-tratos às galinhas. Tudo sempre levado no bom humor.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Quinta da entrevista: Paulo Blikstein

Paulo Blikstein


Para criar uma geração de cientistas, temos de ensinar ciência do século 21'
O paulistano disputado por conceituadas instituições dos EUA fala ao ‘Estado’ sobre o uso da tecnologia na educação
Renata Cafardo


Aos 35 anos, o paulistano Paulo Blikstein precisa escolher em qual das conceituadas universidades americanas vai querer trabalhar. Stanford, Berkeley, Carnegie Mellon e Universidade de Nova York começaram há dois meses uma disputa para ter o engenheiro brasileiro como professor. E isso, no mundo acadêmico dos Estados Unidos, quer dizer ofertas e mais ofertas para conquistar o indeciso. Fora o salário que chega a US$ 10 mil por mês, uma das instituições garante US$ 200 mil para começar seu projeto de pesquisa, outra oferece cobrir despesas com mudança e moradia e todas fazem uma espécie de leilão de metro quadrado do laboratório em que Blikstein poderá trabalhar. Além das quatro, Harvard lhe ofereceu uma bolsa de pós-doutorado, que inclui dar aulas para a instituição. Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Blikstein passou a se interessar por educação e pesquisar sobre como a tecnologia poderia trabalhar a favor do ensino de qualidade. Sua devoção pelo educador Paulo Freire fez com que passasse a defender que a tecnologia fosse usada de maneira relevante para a vida dos estudantes. “Em muitas escolas, usar a tecnologia se resume a buscar dados para um trabalho. Mas é preciso aproveitar toda a motivação incrível que as crianças têm para criar, para mexer com tecnologia”, diz. Para isso, ele desenvolveu uma placa de robótica, com software livre, que pode ser usada em escolas no mundo todo para fazerem experiências de eletrônica e computação.
Blikstein fez mestrado e trabalhou em um grupo sobre aprendizagem no Massachusetts Institute of Technology (MIT), que fez com que testasse boa parte de seus projetos em escolas públicas brasileiras e de outros países em desenvolvimento. Agora, se dedica à criação de modelo computacional que pode prever como as crianças aprendem. “A idéia é que no futuro ele seja parte do treinamento de professores. Do mesmo jeito que um economista, antes de implementar mudanças na economia do país, simula o que pode acontecer.” O brasileiro tem ainda dez dias para decidir seu futuro. Atualmente, ele vive em Chicago, onde termina seu doutorado na Universidade Northwestern.

Como acabou sendo tão disputado pelas universidades?
A avaliação das universidades é muito objetiva, eles vêem o número de publicações, e eu tenho muitas nesses oito anos que estou nos EUA. Há muitos modismos em pesquisas e eles não gostam do que é a nova moda. Eu fui sempre teimoso, dediquei-me a poucas idéias e persisti com elas, isso foi bom na minha avaliação. Como eu sou brasileiro, estudei na escola da filha do Paulo Freire, convivi intensamente com as idéias dela, isso deu um caráter original para o trabalho com tecnologia. Mas o processo é difícil, as universidades concorrem muito entre si e sabem as propostas umas das outras. Me ofereceram laboratório de 75 metros quadrados e colocam isso no contrato. Se tivesse só uma seria bem mais fácil.

Como você alia Paulo Freire e tecnologia?
É engraçado porque Paulo Freire é mais famoso nos EUA do que no Brasil. Lá tem Pelé, Ronaldo, Gisele Bündchen e Paulo Freire. O que ele falou, entre outras coisas, é que a educação tem de ser relevante para a vida do aluno e tem de ser adaptada ao contexto em que ele vive. Quando ele começou, foi numa vila de pescadores, que tinha aulas de alfabetização convencional em que tentavam ensinar a ler e escrever com palavras como ‘carros’, ‘prédio’. Ele começou a ensinar ‘peixe’, ‘rede’, ‘mar’ e deu certo. Muitas coisas que se faz de tecnologia são para adestrar os alunos dentro do laboratório de informática, se faz um joguinho de matemática, em que se acerta a conta e ganha cinco minutos de tiro ao alvo. Em muitas escolas, usar a tecnologia se resume a buscar dados para um trabalho. Mas é preciso aproveitar toda a motivação incrível que as crianças têm para criar, para mexer com tecnologia. O trabalho que eu faço é usar a tecnologia para construir projetos relevantes para a vida delas. Aquilo que a gente chama de aprender fazendo. Faz um robô, cria um programa, cria um produto, vê que não funciona direito, faz de novo.

E assim a criança produz conhecimento usando tecnologia.
Muita gente acha que produzir conhecimento é escrever um trabalho, mas pode ser criar um robô, um programa para coleta de lixo no seu bairro. Nem todo conhecimento demanda papel. Nem tudo que você faz na escola precisa estar no papel. O que tenho trabalhado em escolas do Brasil é propor para crianças a produção de projetos para resolver problemas da comunidade. Não é importante só criar o robô e sim o trabalho exaustivo durante o processo de criação desses produtos e as conexões que podem ser feitas com o que a criança aprende na escola. Não adianta fazer um projeto de robótica e não conseguir entender como aquilo se conecta com a aula. Fazer é algo muito natural para a criança. Mas é preciso refletir sobre o que está fazendo.

Como?
Essa é a questão fundamental. Em vez de criar um robô, pode-se criar um laboratório de ciências para os experimentos. Mas não um laboratório para você pingar coisas num tubo de ensaio. É preciso criar algo complexo, usando sensores, computadores. Isso une o melhor dos dois mundos, tem o rigor investigativo da ciência e usa a tecnologia. Na verdade, é o que os cientistas fazem hoje em dia. Muita gente fala que devemos formar cientistas para o desenvolvimento do Brasil. Mas o laboratório moderno de pesquisa não tem aquele cara de branco fazendo fumaça, pingando ácido em um tubo de ensaio. É tudo informatizado, com modelos matemáticos. Se a gente realmente quer criar uma geração de cientistas para contribuir para o avanço tecnológico do Brasil, a gente tem de ensinar a ciência do século 21 e não a do século 19.

Mas dá para fazer isso com baixo custo, em escolas públicas?
Tem várias formas de fazer isso muito barato. Quando a gente começou a trabalhar com robótica, usava um kit que custava R$ 1 mil, ninguém queria brincar porque tinha medo de quebrar. Resolvemos criar uma placa barata, de código aberto, qualquer um pode baixar da internet e comprar componentes simples. É algo que você liga de um lado no computador e de outro em motores e sensores. Pode programar esses motores e sensores para fazer o que quiser.

Há pesquisadores que acreditam que o Orkut, o MSN e outras tecnologias atuais emburrecem. Como vê esse tipo de posicionamento?
Se as crianças ficarem à própria sorte com computadores, isso pode acontecer mesmo. A comunicação é da natureza humana. Se você deixar a criança sem nada além disso para fazer, ela pode passar horas e horas nisso. O problema é muito mais o que a gente deixa de colocar no computador das crianças e a dinâmica do uso dos computadores nas casas do que uma crise dos tempos modernos. É preciso colocar o computador na sala e não no quarto da criança, em um lugar privado. Você, ao mesmo tempo, sabe o que está acontecendo e cria um espaço comum para o computador. Além disso, do mesmo jeito que os pais vão para o futebol prestigiar os filhos, tem de fazer o mesmo virtualmente. Se o seu filho conseguiu terminar um jogo, valorize. As famílias também têm de ter projetos juntas no computador, como álbuns de foto, site com entrevistas dos avós, vídeos, fotos. É uma chance de resgatar no seu filho o gosto de criar e de aprender com a tecnologia.

Qual a sua opinião sobre educação a distância?
Há dez anos, quando começou a crescer o e-learning, havia uma idéia de que era uma coisa milagrosa e ia se fazer educação de qualidade, a baixo custo, superar distâncias enormes. Mas percebeu-se que educação consome tempo, precisa de recursos humanos. Educação não é acessar materiais educativos. Você tem de estar em contato com alguém que saiba mais do que você para aprender alguma coisa. O contato pode até ser virtual, mas para poder consumir os produtos de educação a distância é preciso ter o mínimo de formação. Ela só funciona para alguns tipos de conteúdo. Algumas escolas têm formas híbridas, com aulas presenciais e a distância, e acho que esse é o futuro. Nos EUA, muitas transmitem as aulas para os dormitórios dos alunos pela TV. Tem aluno que nem vai à aula, mas ele tem colegas presenciais e, se há dúvida, fala com o professor. Cada pessoa tem um estilo de aprender. O bom da educação a distância é que ela obriga os sistemas tradicionais a se adaptarem ao que as pessoas precisam. Essa diferença entre distância e presencial vai ficar cada vez mais tênue. Mas educação precisa de gente ensinando gente.

Como funciona seu modelo computacional para aprendizagem?
Na educação, as pessoas têm teorias diferentes sobre como as crianças aprendem. Então, você coloca sua idéia de como o aprendizado acontece em um modelo de computador. Isso pode ajudar a entender, por exemplo, se é melhor decorar a matéria ou ensinar com mais tempo. O que se cria é uma rede de conceitos de duas condições, uma delas transmitindo muito rapidamente e em mais quantidade e outra, em menor quantidade e com mais tempo para conexões. Em um sistema de ensino tradicional, o aluno só recebe informações e a rede não tem muito tempo para se organizar, então podem ter conexões erradas, mas haverá mais volume de informação. Em outra condição, com mais tempo, talvez a criança tenha menos informação, mas entenda melhor o contexto.

Você já usou esses modelos em sala de aula?
Estamos no estágio de recolher dados em sala de aula para os modelos. A idéia é que, no futuro, daqui cinco, dez anos, eles sejam parte dos treinamento de professores. Ele pensa se vai criar grupos grandes, pequenos, misturar alunos que sabem pouco com aqueles que sabem muito. Coloca os dados e o modelo fala quais as estratégias melhores. Do mesmo jeito que um economista, antes de implementar mudanças na economia do país ou comprar ações, vê o que vai acontecer. O professor também vai ter ferramentas para que possa simular o que vai acontecer na sala de aula. Não para substituir, mas para complementar o arcabouço de teorias.

Você já declarou que o avanço da tecnologia caminha com a evolução humana. O que quer dizer com isso?
Marshall McLuhan, um dos mais importantes teóricos da comunicação do século 20, diz que nós criamos tecnologias, e as tecnologias nos recriam. Pense em como a vida desmorona em apenas algumas horas quando falta energia elétrica. Descobrimos a eletricidade e ela nos recria como seres humanos, inventamos a internet e imediatamente ela reinventa a vida humana. Nós temos que pensar a escola como um organismo vivo e a tecnologia como um dos elementos dentro desse organismo, como o sangue correndo nas artérias. As escolas onde se faz o melhor uso de tecnologia não têm laboratório de informática isolado, a tecnologia está em toda parte.






Meio ambiente

Projeto de Lei de Lula Morais institui política de combate à desertificação

Uma política de combate e prevenção à desertificação no âmbito do Estado do Ceará. É esse o tema do projeto de lei n° 138/08 de autoria do deputado Lula Morais (PCdoB) aprovado em julho, no plenário da Assembléia Legislativa.
A lei que institui essa política tem entre seus objetivos apoiar o controle ambiental nas áreas em processo de desertificação; prevenir o processo de desertificação em áreas susceptíveis; instituir mecanismos de proteção, conservação e recuperação da flora e fauna e de solos degradados, nas áreas de risco ou impactadas pela desertificação; e estimular o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas voltadas ao aproveitamento sustentável dos recursos naturais, entre outros.
Segundo Lula Morais, os estados brasileiros mais afetados e mais sujeitos à desertificação de suas terras são os do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo e “apesar do grande potencial produtivo dessas regiões, fatores históricos e estruturais vêm condicionando seus padrões de organização social e exploração dos recursos naturais, provocando perdas econômicas e ambientais significativas, destruindo a produtividade da terra e contribuindo para o aumento da pobreza”. Sendo assim, de acordo com o parlamentar, essa lei pretende ser mais um instrumento capaz de minimizar e evitar o processo de desertificação do solo cearense.
O documento que implementa a lei define desertificação como: degradação das terras nas zonas semi-áridas e sub-úmidas secas, resultantes de fatores diversos, entre os quais as variações climáticas e as atividades humanas capazes de causar redução ou perda da complexidade do solo e da produtividade biológica ou econômica, também deve se entender a degradação da cobertura vegetal e o esgotamento dos recursos hídricos, tanto superficiais como subterrâneos.
Para a implantação da lei estão previstas a participação das comunidades impactadas ou situadas em áreas de risco no processo de elaboração e de implantação das ações de combate à desertificação, a incorporação do conhecimento tradicional sobre uso sustentável dos recursos naturais e o planejamento das ações em sintonia com as disposições do Plano de Gestão das Águas Superficiais e Subterrâneas, assim como diversas ações que possam contribuir para o combate e exclusão da desertificação no Estado.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Socialcomunicacao@al.ce.gov.br

terça-feira, 22 de julho de 2008

QUARTA VIA - Boaventura de Sousa Santos

Terremoto de longa duração

Consiste na convulsão social e política que vai decorrer da destruição progressiva do chamado modelo social europeu – uma forma de capitalismo muito diferente da que domina os EUA – assentado na combinação virtuosa entre elevados níveis de produtividade e elevados níveis de protecção social.

Boaventura de Sousa Santos

Um terremoto está a assolar a Europa. Não é detectável nos sismógrafos convencionais porque tem um tempo de desenvolvimento atípico. Não ocorre em segundos se não em anos ou talvez décadas. Consiste na convulsão social e política que vai decorrer da destruição progressiva do chamado modelo social europeu – uma forma de capitalismo muito diferente da que domina os EUA – assentado na combinação virtuosa entre elevados níveis de produtividade e elevados níveis de proteção social, entre uma burguesia comedidamente rica e uma classe média comedidamente média ou remediada; na eficácia de serviços públicos universais; na consagração de um direito de trabalho que, por reconhecer a vulnerabilidade do trabalhador individual frente ao patrão, confere níveis de proteção de direitos superiores aos que são típicos no direito civil; no acolhimento de emigrantes baseado no reconhecimento da sua contribuição para o desenvolvimento europeu, e das suas aspirações à plena cidadania com respeito pelas diferenças culturais.
A destruição deste modelo é crescentemente comandada pelas instituições da União Europeia e pelas orientações da OCDE. Três exemplos recentes e elucidativos. A directiva européia que permite o alargamento da semana de trabalho até às 65 horas. A chamada Diretiva de Retorno, aprovada pelo Parlamento Europeu, que permite a detenção de imigrantes sem documentados até dezoito meses, incluindo crianças, o que virtualmente cria o delito de imigração.
As alterações ao Código do Trabalho em vias de serem aprovadas no nosso país, cujos principais objectivos são: baixar os níveis de proteção ao trabalhador consagrados no direito do trabalho, já de si baixos pelos níveis de violação consentida; transformar o tempo de trabalho num banco de horas gerido segundo as conveniências da produção por maiores que sejam as inconveniências causadas ao trabalhador e à sua família e com o objetivo de eliminar o pagamento das horas extraordinárias; desarticular o movimento sindical através da possibilidade da adesão individual às convenções coletivas por parte de trabalhadores não sindicalizados, o que objetivamente abre as portas a todo o sindicalismo dependente e de conveniência.
Há em comum nestas medidas dois fatos que escapam por agora à opinião pública. O primeiro é que, ao contrário do que aconteceu na legislação européia anterior (que procurou harmonizar pelo padrão dos países com proteção mais elevada), a atual legislação visa harmonizar por baixo, transformando os países mais repressivos em exemplos a seguir. O segundo fato é o objectivo de fazer convergir o modelo capitalista europeu com o norte-americano. A miragem das elites tecno-políticas européias – muitas delas formadas em universidades norte-americanas – é que a Europa só poderá competir globalmente com os EUA na medida em que se aproximar do modelo de capitalismo que garantiu a hegemonia mundial deste país durante o século XX. Trata-se de uma miragem porque concebe como causas da hegemonia norte-americana o que os melhores economistas e cientistas sociais dos EUA concebem hoje como causas do declínio da hegemonia norte-americana, fortemente acentuado nas duas últimas décadas.
A transformação do trabalhador num mero fator de produção e a transformação do imigrante em criminoso ou cidadão-fachada, esvaziado de toda a sua identidade cultural são as duas fraturas tectônicas onde está a ser gerado o terremoto social e político que vai assolar a Europa nas próximas décadas. Vão surgir novas formas de protesto social, muitas delas desconhecidas no século XX. A vulnerabilidade do Estado será visível em muitas delas, tal como aconteceu com a greve de caminhoneiros, vulnerabilidade reconhecida por um primeiro-ministro cuja eventual ignorância da história contemporânea foi compensada pela intuição política: foi a greve de caminhoneiros que precipitou a queda do governo de Salvador Allende.
A quem beneficiará o fim de um sindicalismo independente e agravamento caótico do protesto social? Exclusivamente ao Clube dos Bilionários, os 1125 indivíduos cuja riqueza é igual ao produto interno bruto dos países onde vive 59% da população mundial.


Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/

Temos alguma equipe de IP participando da fase final?

OLIMPÍADAS ESCOLARES: FASE FINAL COMEÇA HOJE
Por: Luciano Augusto

Os finalistas no handebol, basquete, futsal e vôlei das Olimpíadas Escolares do Ceará entram em quadra nesta terça-feira (22) no primeiro dia das finais da competição. Das 8h às 17h, os complexos esportivos da Universidade de Fortaleza (Unifor), do Colégio Irmã Maria Montenegro e da Faculdade Integrada do Ceará (FIC) abrirão espaço para que Fortaleza conheça os grandes campeões que irão representar o Estado na edição nacional do evento.
"O Ceará chegará à fase nacional com o nosso melhor e maior número de atletas. Fomos bastante criteriosos", disse o secretário do Esporte do Estado, Ferruccio Feitosa.
Na noite desta segunda-feira (21), o secretário Ferruccio Feitosa e a titular da Secretaria de Educação Básica, Izolda Cela, fizeram a abertura oficial dos jogos escolares às 109 delegações presentes com mais de dois mil atletas na pista de atletismo da Universidade de Fortaleza (Unifor). "Podemos assegurar que é a maior competição esportiva do Estado", declarou Ferruccio Feitosa.
Ao todo, as nove fases regionais (Litoral Leste, Inhamuns, Litoral Oeste, Centro, Vale Jaguaribe, Cariri, Norte, Fortaleza e Ibiapaba) classificatórias à grande final em Fortaleza envolveu mais de 25 mil alunos de 12 a 17 anos de escolas públicas e privadas do Estado. Desta terça até sexta-feira (25), 109 municípios com 3.669 atletas irão disputar as decisões em dez modalidades (atletismo, basquete, futsal, handebol, judô, karatê, natação, tênis de mesa, vôlei e xadrez).

TERÇA POESIA E PROSA



RECEITA DE DOMINGO
Paulo Mendes Campos

Ter na véspera o cuidado de escancarar a janela. Despertar com a primeira luz cantando e ver dentro da moldura da janela a mocidade do universo, límpido incêndio a debruar de vermelho quase frio as nuvens espessas. A brisa alta, que se levanta, agitar docemente as grinaldas das janelas fronteiras. Uma gaivota madrugadora cruzar o retângulo. Um galo desenhar na hora a parábola de seu canto. Então, dormir de novo, devagar, como se dessa vez fosse para retornar à terra só ao som da trombeta do arcanjo.
Café e jornais devem estar à nossa espera no momento preciso no qual violentamos a ausência do sono e voltamos à tona. Esse milagre doméstico tem de ser. Da área subir uma dissonância festiva de instrumentos de percussão - caçarolas, panelas, frigideiras, cristais anunciando que a química e a ternura do almoço mais farto e saboroso não foram esquecidas. Jorre a água do tanque e, perto deste, a galinha que vai entrar na faca saia de seu mutismo e cacareje como em domingos de antigamente. Também o canário belga do vizinho descobrir deslumbrado que faz domingo.
Enquanto tomamos café, lembrar que é dia de um grande jogo de futebol. Vestir um short, zanzar pela casa, lutar no chão com o caçula, receber dele um soco que nos deixe doloridos e orgulhosos. A mulher precisa dizer, fingindo-se muito zangada, que estamos a fazer uma bagunça terrível e somos mais crianças do que as crianças.
Só depois de chatear suficientemente a todos, sair em bando familiar em direção à praia, naturalmente com a barraca mais desbotada e desmilingüida de toda a redondeza.
Se a Aeronáutica não se dispuser esta manhã a divertir a infância com os seus mergulhos acrobáticos, torna-se indispensável a passagem de sócios da Hípica, em corcéis ainda mais kar do que os próprios cavaleiros.
Comprar para a meninada tudo que o médico e o regime doméstico desaconselham: sorvetes mil, uvas cristalizadas, pirulitos, algodão doce, refrigerantes, balões em forma de pingüim, macaquinhos de pano, papaventos. Fingir-se de distraído no momento em que o terrível caçula, armado, aproximar-se da barraca onde dorme o imenso alemão para desferir nas costas gordas do tedesco uma vigorosa paulada. A pedagogia recomenda não contrariar demais as crianças.
No instante em que a meninada já comece a "encher", a mulher deve resolver ir cuidar do almoço e deixar-nos sós. Notar, portanto, que as moças estão em flor, e o nosso envelhecimento não é uma regra geral. Depois, fechar os olhos, torrar no sol até que a pele adquira uma vida própria, esperar que os insetos da areia nos despertem do meio-sono.
A caminho de casa, é de bom alvitre encontrar, também de calção, um amigo motorizado, que a gente não via há muito tempo. Com ele ir às ostras na Barra da Tijuca, beber chope ou vinho branco.
O banho, o espaçado almoço, o sol transpassando o dia. Desistir à última hora de ver o futebol, pois o nosso time não está em jogo. Ir à casa de um amigo, recusar o uísque que este nos oferece, dizer bobagens, brigar com os filhos dele em várias partidas de pingue-pongue.
Novamente em casa, conversar com a família. Contar uma história meio macabra aos meninos. Enquanto estes são postos em sossego, abrir um livro. Sentir que a noite desceu e as luzes distantes melancolizam. Se a solidão assaltar-nos, subjugá-la; se o sentimento de insegurança chegar, usar o telefone; se for a saudade, abrigá-la com reservas; se for a poesia, possui-la; se for o corvo arranhando o caixilho da janela, gritar-lhe alto e bom som: never more.
Noite pesada. À luz da lâmpada, viajamos. O livro precisa dizer-nos que o mundo está errado, que o mundo devia, mas não é composto de domingos. Então, como uma espada, surgir da nossa felicidade burguesa e particular uma dor viril e irritada, de lado a lado. Para que os dias da semana entrante não nos repartam em uma existência de egoísmos.

Do livro 'O Cego de Ipanema' - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960
Fonte: http://www.almacarioca.com.br/cro190.htm

segunda-feira, 21 de julho de 2008

SEGUNDA BEM HUMORADA


Uma senhora decidiu saber se os maridos da suas três filhas gostavam dela. No dia seguinte foi dar uma voltinha com o primeiro e na beira de um lago escorrega, cai e sem saber nadar, começa a se afogar. O cara, sem vacilar pula na água e a resgata. No dia seguinte encontra na porta da sua casa um Peugeot 206 com o seguinte recado:
- Obrigado. Da tua sogra que te adora.
Foi dar uma voltinha com o segundo e na beira de mesmo lago escorrega, cai e sem saber nadar, começa a se afogar. O cara, sem vacilar pula na água e a resgata. No dia seguinte encontra na porta da sua casa um Peugeot 206 como seguinte recado:
- Obrigado. Da tua sogra que te adora.
Foi com o terceiro e na beira do lago escorrega, cai e de novo, começa ase afogar. O cara, fica olhando para a mulher se afogando e diz:
- Velha de merda... Há anos que eu esperava por isso!!!
E vai embora. No dia seguinte encontra na porta da sua casa um Mercedes Benz 500SL com o seguinte recado:
- Obrigado, Do teu sogro que te adora.


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Era bem cedinho e o seu Benedito resolveu visitar o cumpade no sítio vizinho. Quando chegou lá, viu que tudo estava muito em silêncio. Chamou, mas ninguém respondeu. Seu Benedito resolveu entrar na casa, pois a porta estava só encostada. Foi em silêncio até o quarto do cumpade, pra ver se tava tudo bem. Passou pelo corredor e viu que a porta do banheiro estava entreaberta e o cabra na maior masturbação, até gemendo. Resolveu sair quietinho da casa e esperar na varanda. Quando o cumpadre saiu do banheiro, seu Benedito fingiu que estava chegando àquela hora ao sítio e foi logo dizendo:
- Ô cumpade, o mundo é cheio de concidência memo! Tô chegando nessa hora, nem chamei ainda, e já dou de cara com ocê na porta?
- Mai o mundo é cheio de concidência memo, cumpade. Sabe que eu tava pensando nocê fais 5 minuto?
- Fala isso não, cumpade!!!
- Verdade, home!!!
- Pelamordi Deus! Fala isso não, cumpade…

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Prioridade

Uma senhora bem idosa estava no convés de um navio de cruzeiro segurando seu chapéu firmemente com as duas mãos para não ser levado pelo vento. Um cavalheiro se aproxima e diz:
- Me perdoe, senhora... não pretendo incomodar, mas a senhora já notou que o vento está levantando bem alto o seu vestido?
- Já, sim, mas é que eu preciso de ambas as mãos para segurar o chapéu.
- Mas, senhora... a senhora deve saber que suas partes íntimas estão sendo expostas!- disse o cavalheiro.
A senhora olhou para baixo, depois para cima, e respondeu:
- Cavalheiro, qualquer coisa que o Sr. esteja vendo aqui em baixo tem 85 anos. O chapéu eu comprei ontem!


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A família está reunida na sala. Juquinha chega para o avô e pede:
- Vô, fecha os olhos.
- Pra que filho? - Pergunta o avô.
- Fecha os olhos!
- Está bom... - Diz o velho. E fecha os olhos.
- Xiii... não aconteceu nada! - diz o pestinha decepcionado.
- O que que você queria que acontecesse? - Pergunta a mãe.
- Bem, é que eu ouvi papai dizer que quando o Vô fechasse os olhos, nós íriamos nadar em dinheiro!

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Três advogados e três engenheiros estavam viajando de trem para uma conferência. Na estação, os três advogados compraram um bilhete cada um, mas viram que os três engenheiros compraram um só bilhete.
- Como é que os três vão viajar só com um bilhete? (perguntou um dos advogados)
- Espere e verá - respondeu um dos engenheiros.
Então, todos embarcaram. Os advogados foram para suas poltronas, mas os três engenheiros se trancaram juntos no banheiro. Logo que o trem partiu, o fiscal veio recolher os bilhetes. Ele bateu na porta do banheiro e disse:
- O bilhete, por favor.
A porta abriu só uma frestinha e apenas uma mão entregou o bilhete. O fiscal pegou e foi embora. Os advogados viram e acharam a idéia genial. Então, depois da conferência, os advogados resolveram imitar os engenheiros na viagem de volta e, assim, economizar um dinheirinho (reconheceram a boa idéia dos engenheiros, porém com a criatividade que é peculiar da própria profissão, resolveram melhorar). Quando chegaram na estação, a história se repetiu, ou seja, os engenheiros compraram só um bilhete. Para espanto deles, os advogados não compraram nenhum.
- Mas, como é que vocês vão viajar sem passagem? Um engenheiro perguntou perplexo.
- Espere e verá. Respondeu um dos advogados.
Todos embarcaram e os engenheiros se espremeram dentro de um banheiro e os advogados em outro banheiro ao lado. O trem partiu. Logo depois, um dos advogados saiu, foi até a porta do banheiro dos engenheiros, bateu e disse:
- A passagem, por favor!

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A professora pergunta para Joãozinho:
- Qual será sua profissão Joãozinho?
- Vou ser Engenheiro!
- O que o Engenheiro faz?
- Bebe cerveja, anda de moto e come a mulherada...
- Joãozinho! Vá agora mesmo para diretoria!
Depois de um bate-papo com a diretora Joãozinho vai paracasa e sua mãe pergunta:
- Porque chegou mais cedo meu filho?
- Porque eu falei que vou ser Engenheiro.. .
- O que o Engenheiro faz?Bebe cerveja, anda de moto e come a mulherada....
- Joãozinho! Vá para o quarto agora!
Joãozinho fica de castigo, pensa, pensa e volta para falarcom a mãe.
- Mãe... então vou ser Engenheiro Júnior!
- O que o Engenheiro Júnior faz?
- Toma guaraná, anda de bicicleta, e bate punheta!