segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Haja labirintite!

Lembrando Jackson do Pandeiro que hoje faria 90 anos

O folclore faz a festa em Ip

E.E.F. Dr. Jarismar Gonçalves de Melo

A E.E.F. Dr. Jarismar Gonçalves de Melo realizou, no dia 22 de agosto, as festividades de comemoração do Dia do Folclore instituído, no Brasil em 1965.

A programação apresentou múltiplas atividades. Danças, mitos, lendas, superstições, adivinhações, etc. transformaram a festa numa grande exposição de nossas tradições e de nossa multiculturalidade. Além das apresentações, foram realizadas oficinas e uma gincana cultural.

A realização do evento foi gratificante para professores, alunos, público presente e comunidade em geral.

O resultado positivo deve estimular a escola a trabalhar outros temas de interesse coletivo: a educação de qualidade, a preservação ambiental, a memória do município e a necessidade de se inserir na luta contra as drogas.
A seguir, algumas imagens do evento.
O saci


Sereia Iara

Ervas medicinais

Trava língua

Superstições

Paródia

PROVA DE DANÇA
TIA SOCORRO E A TURMA DO 1º ANO "B"

TIA IDALINA E A TURMA DO 5º ANO
ELABORANDO AMARELINHAS COM CAIXAS DE FÓSFOROS
TIA CRISTIANE E A TURMA DO 2º ANO "B"
TRABALHANDO A COLAGEM DA SEREIA IARA
TIA ULRIMAGNA DO 2º ANO "A" ELABORANDO
A COLAGEM DA MULA SEM CABEÇA

TIA TELMA E A TURMA DO 4º ANO "B"
ELABORANDO VAI E VEM COM GARRAFAS PET
TURMA DO 4º ANO DA TIA SUSANA
ELABORANDO SACIS DE ROLO DE PAPEL HIGIÊNICO

TIA AURICÉLIA E A TURMINHA DO 2º ANO

LEITURA DE ADIVINHAS


O PALHAÇO PIPOQUINHA FAZENDO
A ALEGRIA DA GAROTADA (GERALDINO)



Representação do samba


TIA JACEMA DO 6º ANO ELABORANDO
UM PROJETO SOBRE O FOLCLORE

MESA JULGADORA COMPOSTA POR:
GLÊICE, ALCIANA, JULIANA E A VEREADORA JOSELBA DINIZ

domingo, 30 de agosto de 2009

Som do domingo

Você conhece?



Dando minhas voltas pela internet encontrei a seguinte informação:
O jornal Correio da Fronteira foi o primeiro jornal do município de Ipaumirim, na época Alagoinha, fundado, em 1924, por Francisco Vasconcelos de Arruda.
A informação está no texto Imprensa do passado, de Oswaldo Araújo, publicado na Revista do Instituto do Ceará, pp. 112-116, disponível em:
Fonte: http://www.institutodoceara.org.br/Rev-apresentacao/RevPorAno/1974/1974-ImprensadoPassado.pdf
De Flávio Lúcio:
Impossível, Dr. Arruda nasceu em 1911, era da mesma idade da minha mãe. Como ele fundou um jornal em 1924 com apenas 13 anos? Outra coisa, ele só chegou em Ip na decada de 30. Consulte Zé Henrique.
Ab. FL
De José Henrique

DR. ARRUDA FUNDOU, CRIOU, ORGANIZOU, ESTABELECEU MUITA COISA EM NOSSO MUNICIPIO. FUNDAR JORNAL EM 1924. ISSO NÃO, SERIA IMPOSSIVEL. DR. ARRUDA CHEGOU AQUI NA DECADA DE 40. EU NASCI EM 1923. O BATISMO DO DR. ARRUDA, AO CHEGAR A ESTE MUNICIPIO, FOI A SECA DE 42, QUANDO ELE FEZ DISTRIBUIR UM ARMAZEM DE MERCADORIA COM OS POBRES QUE DESCIAM DA SERRA DA AREIA PARA "ATACAR" ESTA CIDADE.
Mulher da vida
Sim! Eu sou sim
uma mulher da vida
E tu?
Por acaso és da morte?
(Edir Pina de Barros)

Domingo memorioso

Julinha

- Essas quengas não conhecem seu lugar
- Estão cada vez mais atrevidas.


O cochicho indignado das mães de família não abalava a irreverência das mulheres de vida fácil. Num velho jipe sem capota, maquiagem carregada de rouge e batom encarnado, fantasias de laquê em cores vivas e muitos babados, elas desafiavam a comportada Ipaumirim nos dias de carnaval. Davam a sua volta gloriosa a caminho do Baixio cortando a cidade e a moralidade provinciana. Os homens, dissimulados, calavam em público mas deviam se deliciar com tanta ousadia.
Na calçada da casa do meu avô, eu observava aquele corso solitário e alegre. Eram as famosas raparigas do cabaré de Julinha brincando o carnaval fora do seu território.
Muitos outros cabarés famosos existiram em Ipaumirim. Lembro que ouvi contar do antigo cabaré de Cesarina e Ginu, das festas da Nova Brasília, às margens da BR 116, das perversidades do cabaré do Posto Fiscal. Nenhum deles deixou a marca alegre da casa de Júlia, próxima da ponte do riacho mais conhecido como o 23 e defronte a rodagem que dava saída para Lavras da Mangabeira, Crato, Fortaleza, Icó e muitos sítios no município e redondezas.
De onde veio Júlia, mulher miúda, de olhos pequenos e sorriso maroto, que administrava aquele território de prazer onde se ensinava os homens a amar suas distintas e recatadas ‘senhouras’?
Em dezembro de 2002, eu pedi a Jùlia para conversar com ela. Reticente e desconfiada, ela concordou para não ser indelicada. Firmamos um compromisso. Ela só falaria do que quisesse e eu não perguntaria nomes.
- Tu vai escrever um livro sobre mim? – perguntou.
- Não, Júlia, eu vou achar um jeito de guardar você na memória de Ipaumirim. Fique tranqüila.
Julia abre seu sorriso maroto e pergunta:
- O que você quer saber?
- Só que você quiser contar, respondo.
Não levo gravador nem máquina fotográfica para não quebrar a nossa naturalidade. Somos duas mulheres conversando sobre a vida. Trago apenas um caderno onde vou fazer as anotações. Esperamos que Elza traga o café antes de começar a nossa conversa. Júlia está vestida com um bonito robe cor de rosa que ganhou de presente.
Enquanto tomamos o café, Elza limpa a estante com óleo de peroba. A casa é humilde. O piso de cimento queimado brilha de tão limpo. A decoração simples traz fotos, quadros e imagens. Uma foto ampliada de Dr. Miraneudo Linhares, médico e ex-prefeito da cidade, outra de Júlia, ainda jovem, em branco e negro, fotografada por Zacarias Pontes, no curral de Cícero Fernandes. Um quadro de Padre Cícero a quem Júlia presta homenagem vestindo preto todo dia 20 de cada mês. Em cima de um aparador com várias imagens, destaca-se uma pomba representando o Divino Espírito Santo. Na estante, a foto do neto que trabalha no Mc Donalds, em Brasília.
O calor insuportável do verão sertanejo incomoda. Sentamos perto da porta de entrada para melhorar a sensação de abafamento.
ML
dezembro de 2002

sábado, 29 de agosto de 2009

"Uma parte de mim é todo mundo"

Filha de retirantes, Júlia nasceu em Caririaçu, no dia 06.01.1927. O pai, Tiburtino Pereira dos Santos, da serra de águas belas (PE) casou com sua mãe, Justina Maria da Conceição, morena clara, baixinha, alagoana de Palmeira dos Indios. Ela não sabe a data do casamento mas sua mãe contava que foi no tempo de uma fome muito grande.
Antes de migrar para o Ceará, a família tinha um pequeno sítio de café. Muitos morreram acometidos da gripe popularmente conhecida como ‘bailarina’. Era a gripe espanhola que chegou ao Brasil pelo Porto do Recife, em setembro de 1918 trazida pelos marinheiros que prestavam serviço militar em Dakar, no Senegal.


Padre Cícero e Floro Bartolomeu
entre as lideranças políticasde Juazeiro do Norte


Na década entre 1910 e 1920, Juazeiro do Norte passa por período de grande efervescência política e econõmica. Na década anterior, apesar do seu considerável desenvolvimento, a vila de Tabuleiro Grande como se chamava anteriormente, pertencia ao município do Crato.
Floro Bartolomeu, médico baiano, que chegou ao Ceará noano de 1908 em busca das minas de cobre de Coaxá, no município de Aurora, termina fixando-se Juazeiro e e aliado ao Padre Cícero impulsiona o desenvolvimento da região.
Em 1911, passou a ser Vila do Juazeiro e Padre Cícero foi nomeado seu primeiro prefeito. Em 1914, a vila foi elevada á categoria de cidade. O messianismo religioso e o dinamismo que o padre implanta na cidade estimulando a cultura e as artes populares, impulsiona a economia local e atrai mulktidões de fammintos vindos das mais variadas regiões dp nordeste


Juazeiro do Norte nos anos 10 do século XX

Parte da família migrou para Juazeiro do Norte onde morreram vários deles, alguns de fome. Para sobreviver, a mãe pedia esmola, preparava um caldo e dava uma xícara a cada filho. O seu pai morre quando Júlia ainda estava na barriga da mãe. Dos 17 filhos que tiveram, sobreviveram apenas Júlia e o irmão Deoclécio. É do irmão velho, a sua lembrança mais doída. Chamava-se Poliano. Morreu aos 8 anos. A criança queixava-se constantemente de fome e dizia para sua mãe que ia morrer porque não tinha feijão pra comer. Júlia não o conheceu mas sua mãe se martirizava ao contar-lhe este pedaço de vida quase todos os dias. De tanto ouvir, ela assimila o sentimento de culpa. O medo da fome e a herança da culpa involuntária marcaram sua infância e lhe perseguiram durante toda a vida.
A nossa conversa é interrompida por um silêncio pesado. Ela mergulha nas suas lembranças e se emociona.
- Eu não gosto de comer só. Mesmo pouco, preciso repartir com alguém, diz Júlia.
Elza entra rapidamente na sala, recolhe as xícaras e pergunta para que aquele copo com água em cima da mesa. Júlia explica que a chuva da noite anterior veio com muito vento arrastando a poeira. Ela preparou uma solução de água e sal e jogou no terreiro para espantar a ventania. Segundo ela, um método infalível que usou a vida inteira nas noites chuvosas quando as mulheres ficavam apavoradas com medo de tempestades.

Serra de São Pedro


Com a morte do pai, a mãe e o irmão migram para a área rural localizada na serra de São Pedro . Foram viver perto da irmã de uma irmã de seu pai. No período de migração da família, Manuel Cilivesti e Zefinha Cilivesti haviam-se instalado no pequeno povoado e conseguiram algum recurso. Tinham uma pequena propriedade na localidade de Queimadas onde eram proprietários de uma casa de farinha. Lá, Júlia nasceu e eles foram seus padrinhos de batismo.
Justina foi trabalhar no sítio Vitorina, propriedade de Manoel Vitorino, onde moravam numa pequena casa de tijolo. Dormiam em rede ou sobre uma cama de vara com um colchão de palha de banana. A mãe não os deixava dormir no chão.
O dia de serviço, no campo, era aproximadamente cinqüenta tostões. Recebia por semana e dava para comprar um pouco de arroz, açúcar, café cru e carne. Abastecia-se na venda de Carlos Morais.

Casa de farinha

Na região haviam muitas casas de farinha e durante as farinhadas eram dois meses de festa. No período, sua mãe trabalhava como serradeira de mandioca. No inverno, plantava milho e botava vazante nas terras do patrão. Para ajudar no sustento, era parteira na redondeza.

O parto era sempre um segredo entre comadres. Quando difícil, vestia-se a parturiente com a camisa do marido pelo avesso para facilitar o trabalho de parto. Nos três primeiros dias de resguardo, a mulher só podia sentar-se de lado. Com quatro dias, podia sentar-se no chão sobre uma esteira de palha de bananeira. Tinha que manter a cabeça amarrada com um pano para cobrir os ouvidos. As crianças só tomavam conhecimento oito dias depois do parto quando a mulher já podia sentar-se normalmente. Se havia extrema necessidade, podia descer algum batente desde que contasse com ajuda de alguém. Para Júlia, esses cuidados garantiam a saúde das mulheres daquela época.
Viviam entre Juazeiro do Norte e o pequeno povoado de São Pedro do Cariri, posteriormente Caririaçu, trabalhando alternadamente na farinhada e no corte do arroz.
O corte de arroz era uma atividade basicamente feminina, exercida principalmente por mulheres viúvas. Cabia aos homens cortar e carregar cana. O pagamento era recebido a cada dia. O patrão chamava-se José Bezerra, pai dos coronéis Adauto e Humberto Bezerra, figuras de destaque na política cearense no período da ditadura militar iniciada com o Golpe de 1964.

A mãe levava os dois filhos para o trabalho e os deixava brincando embaixo de um pé de juá. Ali, as crianças ficavam durante a jornada de doze horas, das seis da manhã às seis da noite. De manhã, tomavam café preto com farinha seca. Colocava a farinha dentro do café e tomava. O almoço variava entre feijão, xerém de milho, baião de dois, mungunzá que a mãe pilava num pilão de pedra. Também se alimentavam da farinha de semente de jerimum, seca e torrada, que a mãe pilava. Haviam os tomates que nasciam em penca atrás de casa e eram comidos com açúcar. A mãe comprava um jogo de corredor, salgava a carne e guardava. Com o osso fazia um pirão. Julia foi criada com leite de cabra.
As vizinhas costuravam-lhe as poucas roupas. Júlia lembra seus vestidos de xadrez feitas de tecido barato também utilizado para toalha de mesa. A mãe usava saia comprida, com dois babados, sempre nos tons azul e preto porque era viúva.
Justina era asmática e o corte de arroz, realizado com água até a cintura, agravava cada vez mais a cada temporada de trabalho. Um dia foi se receitar com Padre Cícero. Levou junto os dois filhos para serem abençoados. O padre colocou a mão sobre a cabeça das crianças e deu-lhes sua benção. Receitou-lhe um remédio que a fez melhorar um pouco mas logo depois ficou outra vez doente. O irmão também sofria de asma.
Um dia, a mãe voltou para casa com muito cansaço e febre alta. Foi piorando e por volta de três horas da tarde faleceu. Júlia estava junto e correu para chamar a vizinha. O enterro foi na rede. As duas crianças voltam do cemitério para casa com uma mocinha que passa a dormir com eles. Era 1934. Júlia não lembra o mês nem sabe a idade que a mãe tinha.
Já não há mais condições de continuar nossa conversa. Júlia desaba num choro comovente. Fico emocionada e constrangida. Demoro mais um pouco e vou correndo para minha casa, não quero perder minhas informações. Tenho que registrar tudo no meu caderno de anotações. Nossa primeira conversa durou cerca de três horas.

ML

No próximo domingo continuaremos com a segunda parte.

Álbum da semana

Vítor e Pérola
(netos de Josenira Holanda e Vanaldo)
Válter Vieira e família

Neuzinha Oliveira
(90 anos)

Avanildo Oliveira

Neuzinha e Avanir

Mazim e Neuzinha

Naylê Nóbrega Nery

Maria, de Zé Alves

Família Crispim

Dona Ofélia de Souza

Beni Vieira e família

Celinha e Blandina

Arabelle e as gatinhas

Ana Lúcia e Marcondes

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Deu no "Arrudeia Ceará"


Feira Nova, Largo das Trincheiras e Pedro II foram alguns dos nomes dados à Praça do Ferreira. Em 13 de outubro de 1871, a praça recebeu seu atual nome em homenagem ao boticário e coronel Antônio Rodrigues Ferreira.
No passado, foi cercada por mongubeiras que serviam para amarrar animais que traziam do Interior as mercadorias para abastecer o comércio local. Vendia-se de tudo nas calçadas: frutas, camarão seco, pente fino, calças de mescla, espelhinhos, toalhas de rosto, retoques de algodão, e nylon, pó de arroz e revistas velhas. Deste núcleo central, o arquiteto Adolfo Hebster constituiu a malha urbana da cidade.
Hoje, a Praça do Ferreira ainda funciona como centro de encontros, passeios e comércio. Camelôs com seus CDs e DVDs, vendedores com carrinhos de lanche, amadores, músicos e artistas são alguns dos personagens que cruzam o espaço atemporal da praça. Também há aqueles que preferem sentar, conversar ou tirar uma soneca nos intervalos do trabalho, sentados nos bancos da praça sob a sombra das árvores e o som do barulho do centro da cidade.
O lugar sofreu uma série de reformas ao longo do tempo. Dentre elas, em 1932, o coreto foi substituído pela Coluna da Hora, com seu relógio que servia de orientação para toda a cidade. Sua inauguração foi no início de 1934, sendo demolido em 1969. Porém, em 1991, foi inaugurada a versão moderna da Coluna da Hora com a última reforma da praça.
Sobre Antônio Ferreira Rodrigues:
O Boticário Ferreira, nasceu em Niterói em 1801 e por volta de 1925 conhece a Antônio Caetano de Gouveia, Cônsul de Portugal, o qual o trouxe para o Ceará, como seu caixeiro. Com 21 anos de idade e com adiantada prática de Farmacologia, obtida na sua terra natal e suas receitas salvaram a mulher de seu protetor, que o ajudou a obter da Junta Médica de Pernambuco licença para montar uma botica e se estabelecer.
Em pouco tempo, o boticário Ferreira tornou-se popular pela sua caridade e sociabilidade. Em 1927 casou-se mas nunca teve filhos. Envolveu-se na política e viu-se continuamente eleito para a Câmara Municipal. Dedicou-se inteiramente a política de Fortaleza, durante os 18 anos que foi vereador e procedeu ao levantamento da planta urbana da cidade de Fortaleza.
Construiu algumas praças, alargou ou ratificou o alinhamento de outras, deu grande impulso a Santa Casa de Misericódia e realizou tantas obras de importância para a cidade que é considerado o seu primeiro urbanista. Demoliu o Beco do Cotovelo construindo ali a grande praça que levaria o seu nome. Morreu em 1859, aos 60 anos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO HOMEM


O governo vai aumentar em 148% o valor do repasse para a vasectomia realizada em ambulatórios e em 20% o montante destinado ao procedimento com necessidade de internação. A meta do Ministério da Saúde é passar de 35 mil para 50 mil vasectomias anuais realizadas em ambulatórios em 2010.
A estratégia faz parte da Política Nacional de Saúde do Homem e tem como objetivo igualar em R$ 306,47 os montantes destinados a ambulatórios e hospitais para cada cirurgia de esterilização. A ideia é incentivar o aumento da operação em ambulatórios. Em torno de 69% das vasectomias são realizadas com internação, que, de acordo com o ministério, deveria ser destinada para cirurgias mais complexas.
Outros procedimentos médicos específicos para os homens também terão os valores de repasse reajustados e equiparados. A circuncisão, indicada para pessoas com fimose (excesso de pele na extremidade do pênis), terá o valor reajustado em 570% no atendimento ambulatorial e em 100% nos hospitais.
O procedimento facilita a higiene e, segundo a pasta, está relacionado à prevenção de tumores no pênis e de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Cerca de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de DST, dos quais 6,6 milhões são homens. Desse total, 18% não procuraram nenhum tipo de tratamento.

Governo quer aumentar para 50 mil
número de vasectomias em ambulatórios

A remoção parcial da próstata terá aumento de 23% no volume repassado para internações, uma vez que é realizada apenas em hospitais. Indicada para homens cuja próstata pesa mais de 80 gramas, a operação melhora o fluxo urinário e dispensa o uso de sonda.
A cirurgia para tratar o câncer de próstata terá o valor de repasse aumentado em 30%. O procedimento consiste na remoção total da próstata, das vesículas seminais ou de outras estruturas prévias, além da reconstrução da bexiga e da uretra.
Para cirurgias em pacientes com câncer de próstata em metástase – quando a doença atinge outras partes do corpo – o reajuste será de 12,5%. O valor da biópsia de próstata – procedimento para diagnóstico precoce do câncer – terá o valor de repasse aumentado em 100%.


Fonte: Agência Brasil

Governo vai bancar formação de médicos e professores



“Quem quiser ser professor não vai pagar a sua formação”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Haddad, o jovem interessado pode procurar o curso de uma universidade pública ou de uma instituição particular com financiamento.

Projeto de lei enviado pelo Ministério da Educação ao Congresso Nacional prevê que estudantes de pedagogia possam pagar com trabalho o empréstimo obtido por meio do Programa de Financiamento Estudantil (Fies).

“Se ele for atuar em escola pública não terá que retornar ao fundo o que recebeu para pagar sua mensalidade. Se o jovem tiver boa nota no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e quiser trabalhar na rede pública, não terá que pagar por isso”, explicou.
A ideia é que o estudante possa financiar 100% dos custos com atividade profissional. Para cada mês de trabalho, 1% da dívida consolidada será abatido.
A medida também será estendida aos estudantes de medicina. Após a formatura, o profissional terá que trabalhar no Programa Saúde da Família (PSF) em regiões onde há carência de médicos.
Fonte: Agência Brasil

Leitura e mídia:construindo cidadania em Ip


Dia 22.08, terça feira, a EEFM Dom Francisco de Assis Pires em parceria com os PCA’s, professores Coordenadores de Laboratórios e PSA’s organizaram e apresentaram as primeiras ações do projeto LEI: Leitura e Mídia, construindo cidadania, cujas atividades perpassaram pelas três áreas do conhecimento.
O evento contou com uma significativa colaboração dos professores e com a participação efetiva de um grande número de alunos. O Núcleo Gestor parabeniza a todos que contribuiram com o sucesso do evento.

Concurso Público em Mauriti


Por: Marjorie Castro


Município de Mauriti, região do Cariri, irá efetuar um concurso público para preencher vagas de cargos efetivos na câmara municipal de vereadores. O prazo para a realização do concurso é até o dia 31 de dezembro.
A realização do concurso é uma insistência antiga do promotor de Justiça de Mauriti, Ythalo Loureiro, que é contra a prática excessiva de contratos temporários. "O feito é de grande relevância por representar a quebra de uma prática corriqueira nas câmara de vereadores, que é contratar servidores de forma irregular", afirma o promotor.
Com o concurso e a contratação de servidores efetivos, há a garantia de permanecia no quadro de funcionários da câmara municipal. Tornando esses servidores independentes de cargos de confiança ou de contratos temporários.

Criação da Universidade do Sertão foi sepultada


A comunidade acadêmica dos campi de Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras se posicionou nos debates contra o desmembramento da Universidade Federal de Campina Grande, levando o reitor Thompson Mariz, presidente da comissão institucional responsável pelos estudos e condução das discussões públicas, a encerrar os trabalhos no decorrer do debate diurno no campus Cajazeiras. A universidade sertaneja teria um orçamento anual de R$ 140 milhões.
Thompson explicou que a rejeição começou a ser delineada com a reprodução sistemática das manifestações contrárias ao desmembramento, debate a debate, ocorrida em todos os campi diretamente envolvidos com o processo, desde o início das discussões no último dia 20, em Patos.“Consideramos que a amostragem era representativa de todo um conjunto, pois se os principais interessados, aos nossos olhos, não se posicionavam favoráveis, por que haveríamos de estender essa discussão?”, comentou Mariz.
Em Sousa, por exemplo, apenas dois representantes da sociedade e três alunos se pronunciaram a favor da proposta de criação da Universidade do Sertão diante de um plenário lotado, revelou Thompson.
O fato se reproduziu em Patos, Pombal e Cajazeiras. As intervenções quase chegaram à unanimidade no combate ao desmembramento, com os mais variados argumentos. Dentre eles, o elevado conceito que a instituição desfruta no país, o que garante aos seus alunos perspectivas favoráveis na conquista do mercado de trabalho; além da atual valorização dos campi, com a modernização de suas instalações, novas salas de aula, bibliotecas, ginásios de esportes e laboratórios; a construção do campus Sousa – único que não dispõe de sede própria – e a implantação do campus Pombal.
“Ações que dão credibilidade e reconhecimento ao atual modelo de gestão democrática praticado na instituição”, considerou o reitor.

Descontentamento

Mariz também destacou as incertezas externadas, principalmente por alunos e professores, sobre as políticas que poderão ser implantadas no futuro governo federal. “Tais observações foram consideradas pertinentes pela natureza das mudanças governamentais e recebidas como razões suficientes para que houvesse ponderação”.
Ele salientou que os debates poderão continuar existindo em outras esferas, organizados por representantes da sociedade civil ou da própria instituição, a exemplo de sindicatos e associações. “Não cabe, no entanto, sob a minha presidência, continuar insistindo numa tese amplamente rejeitada pela comunidade acadêmica. A UFCG é uma instituição plural e democrática e, assim sendo, continuará aberta a discussões com qualquer segmento interno e externo sobre esse ou qualquer outro tema relevante, demandado pela comunidade acadêmica ou pela sociedade”. Finalisou.

Do Jornal da Paraíba
27/08/09



Câmara vai promover debate sobre a criação da Universidade Federal do Sertão

Após os protestos de funcionários e professores dos Campi de Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras, acontecidos na última semana, onde vestidos de preto e com as bocas vedadas, a Câmara Municipal de Cajazeiras vai promover um debate sobre a criação da Universidade Federal do Sertão, com o objetivo de esclarecer a população acadêmica e ao povo em geral, a importância da nova universidade para a região
O evento acontecerá na Câmara Municipal de Cajazeiras , na próxima quinta-feira (03) a partir da 14h00 e contará com participação de vereadores, professores, estudantes, diretores de centros acadêmicos e representantes de entidades de classe.
Para o presidente da Câmara de Cajazeiras, vereador Marcos Barros a criação da Universidade Federal do Sertão, trará um avanço educacional para a região, independentemente de qual seja a sede da reitoria, “ precisamos fortalecer esta idéia, assim como foi a criação da UFCG, onde t]muitos não acreditavam e está ai, uma universidade forte e oferecendo um maior numero de cursos para os nossos estudantes”, frisou. O deputado José Aldemir, um dos grandes defensores da criação da nova universidade, afirmou que o sertão deve se unir para a efetivação desta conquista, “ esta é uma luta de todos, não devemos deixar escapar a oportunidade, esqueçamos as divergências políticas e ideológicas, o grande foco agora são os nossos alunos” disse Aldemir.

JOSELITO FEITOSA

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Poder e poesia

John F. Kennedy (1917 - 1963)
Robert Frost (1874 - 1963)

Quando John F. Kennedy tomou posse como Presidente dos Estados Unidos, em 1961, convidou um dos grande poetas do seu tempo, Robert Frost, para discursar na cerimonia.

Frost, que já tinha, na altura, 87 anos, compôs um poema magnífico para a ocasião. Levava-o escrito num papel quando subiu ao púlpito montado nos enormes jardins em frente ao Capitólio, onde costuma decorrer a inauguração presidencial. Intitulava-se “Dedication” e começava assim: “The glory of a next Augustan age...”, A glória da próxima Era Augusta...

Mas Frost não leu o poema que escrevera de propósito para aquele momento que todos acreditavam ser o início de um novo capítulo na História da América, na História do Mundo. Não conseguiu.

O sol saiu de repente de trás de uma nuvem, e brilhou, em frente de Frost, tão intensamente, que o velho poeta não conseguia abrir os olhos. Após várias tentativas trémulas e falhadas de ler o que trazia escrito, desistiu. Meteu o papel no bolso. Optou por recitar outro poema, que tinha escrito noutra altura e conhecia de cor, ou que simplesmente inventou no momento. Nunca ninguém soube ao certo. Só se sabe que o recitou de olhos fechados, sem falhas nem hesitações, do princípio ao fim, como se estivesse a ler de um livro imaginário. Chamava-se “The Gift Outright” e começava assim:
“The land was ours before we were the land's.
She was our land more than a hundred years
Before we were her people. She was ours
In Massachusetts, in Virginia...”
A Terra era nossa antes de possuirmos a terra, era nossa mais de cem anos antes de sermos o seu povo, era nossa no Massachussetts, na Virgínia...
Kennedy seria assassinado dois anos depois, meses após a morte do próprio Frost. Tudo o que pudesse haver de profético no poema escrito e dedicado ao Presidente não se chegou a concretizar. Talvez por isso o poeta não o tivesse chegado a ler, dizem os adeptos de teorias conspirativas, que gostam de ligar Kennedy, a mafia, o Santo Graal, os extraterrestres... Talvez não tivesse chegado a altura.

“Dedication” acabava assim: “A golden age of poetry and power / Of which this noonday's the beginning hour". Uma idade de ouro de poder e poesia, de que é a hora primeira este meio-dia.

De cada vez que, nos EUA, termina um ciclo de um ou dois mandatos republicanos e um democrata regressa à Casa Branca, renasce a lenda da poesia e do poder. É um dos mitos mais antigos e recorrentes da História humana: o poeta que chega a uma instância de poder imenso, a união da força e da beleza, o Império do Bem.

Parece uma contradição, mas ao mesmo tempo parece fazer todo o sentido. E parece que chegou a altura. Nunca se desejou tão ardentemente essa utopia, mas nunca se foi tão céptico.

Talvez não estejam ainda reunidas as condições. Talvez o Mal não esteja satisfeito. Talvez seja mais prudente optar pelo mal menor. Talvez seja muito cedo. Talvez seja tarde demais.

Todos sabem que ainda não vai chegar a idade de ouro do poder e da poesia. No último momento, o poeta vai ficar ofuscado pelo sol.