sábado, 30 de novembro de 2013

As crianças não são hiperactivas, são mal-educadas

"É uma comédia que se acumula no dia-a-dia. Um sujeito vai ao café ler o jornal, e o café está inundado de crianças que não respeitam nada, nem os pardalitos e os pombos, e os pais "ai, desculpe, ele é hiperactivo", que é como quem diz "repare, ele não é mal-educado, ou seja, eu não falhei e não estou a falhar como pai neste preciso momento porque devia levantar o rabo da cadeira para o meter na ordem, mas a questão é que isto é uma questão médica, técnica, sabe?, uma questão que está acima da minha vontade e da vontade do meu menino, olhe, repare como ele aperta o pescoço àquele pombinho, é mais forte do que ele, está a ver?". E o pior é que a comédia já chegou aos jornais. Parece que entre 2007 e 2011 disparou o consumo de medicamentos para a hiperactividade. Parece que os médicos estão preocupados e os pais apreensivos com o efeito dos remédios na personalidade dos filhos. Quem diria?
Como é óbvio, existem crianças realmente hiperactivas (que o Altíssimo dê amor e paciência aos pais), mas não me venham com histórias: este aumento massivo de crianças hiperactivas não resulta de uma epidemia repentina da doença mas da ausência de regras, da incapacidade que milhares e milhares de pais revelam na hora de impor uma educação moral aos filhos. Aliás, isto é o reflexo da sociedade que criámos. Se um pai der uma palmada na mão de um filho num sítio público (digamos, durante uma birra num café ou supermercado), as pessoas à volta olham para o dito pai como se ele fosse um leproso. Neste ambiente, é mais fácil dar umas gotinhas de medicamento do que dar uma palmada, do que fazer cara feia, do que ralhar a sério, do que pôr de castigo. Não se faz nada disto, não se diz não a uma criança, porque, ora essa, é feio, é do antigamente, é inconstitucional.
Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal."


Henrique Raposo
Fonte:http://expresso.sapo.pt/as-criancas-nao-sao-hiperactivas-sao-mal-educadas=f780888#ixzz2m8dxJXtY

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IP nos esportes



Inauguração do campo de futebol do Sítio Marco

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Black Friday exige cautela dos consumidores

 
AE - Agencia Estado
 
SÃO PAULO - Apesar das reclamações sobre maquiagem de descontos em 2012, o Black Friday, dia de megapromoções - cópia da tradição norte-americana - caiu no gosto do consumidor brasileiro. Com destaque para o comércio eletrônico, as vendas na data por aqui crescem ano após ano. Alguns varejistas prometem descontos de até 80% nesta sexta-feira 29 de novembro, e se preparam para apagar a imagem de ?Black Fraude? que ficou do ano passado.
Ao consumidor, cabe, de qualquer forma, tentar se proteger de maus negócios. Uma das dicas é consultar o CNPJ da loja onde pretende comprar e evitar golpes. A Serasa oferecerá o serviço gratuitamente durante o fim de semana da Black Friday, fornecendo informações sobre a situação da empresa, razão social, ocorrência de protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, endereço, falências e a existência legal da companhia consultada.
O CNPJ da empresa se localiza em geral no rodapé do site ou nas seções ''quem somos'' ou ''fale conosco''. Desde maio deste ano, o decreto federal 7.962/13, que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor, obriga as lojas virtuais a exibirem em suas páginas na internet dados como nome, endereço e CNPJ.
Outra dica é a lista do Procon-SP com 325 sites que não são recomendados para compras online. Essas lojas de e-commerce acumulam queixas de consumidores e apresentaram irregularidades, principalmente a falta de entrega do produto. Antes de comprar, portanto, cheque as informações sobre o fornecedor.
O Proteste alerta, em sua cartilha do comércio eletrônico, que o consumidor tem o direito de se arrepender em até sete dias após a entrega. É um direito garantido pelo artigo nº 49 do Código de Defesa do Consumidor.
Por fim, como medidas adicionais, o consumidor deve seguir alguns procedimentos, como evitar compras por impulso; checar todas as características dos produtos, como cor, dimensões, funções, voltagem etc; comparar marcas e sobretudo preços; verificar se há juros nos pagamentos parcelados; e os prazos de entrega.
O número de lojas virtuais participantes do Black Friday aumentou: de 77 em 2012 para 120 este ano. Entre as novidades está o maior número de lojas que vendem itens de moda pela internet e a inclusão de prestadoras de serviços, como academias de ginástica, salões de cabeleireiros e até seguradoras.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,black-friday-exige-cautela-dos-consumidores,170938,0.htm

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Lulu e a sacanagem desautorizada (por Xico Sá)


É, velho Crumb (ilustração), aventuras e desventuras do macho perdido e da fêmea que se acha.
Repare nessa história.
Vingativa, ela queimou o filme dele, um reles ficante –status “rolinho primavera”- no Lulu, o aplicativo que funciona como um clube onde as garotas avaliam os rapazes do desempenho sexual ao caráter propriamente dito.
Ô mundão objetivo e sem porteira. Mas pensando como cronista de costumes, Lulu é apenas uma vingança tardia das velhas notas masculinas para as moças na escola. Vingança lupicinicamente machista, óbvio,só vingança, vingança, vingança aos deuses clamar.
O Lulu é um SPC, um Serasa moral, um cadastro geral dos marmanjos para consumo.
Reproduz, para todas as mulheres do mundo, o que já se faz em pequenas rodas femininas.
Calma, meu rapaz, é só um banheiro ampliado, um tricô ao infinito, um fuxico hiperbólico.
Não vale pedir para as amigas lavar a sua honra, tornando-lhe um homem de qualidades. Relaxa. Leva na esportiva, fair play, brother, fair play.
Deu pra maldizer o nosso lar, pra sujar meu nome, me humilhar… Não passa nada.
O Lulu é a verdadeira biografia desautorizada. O Rei deve ser contra. Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer.
A avaliação de usos e costumes também está valendo: #UsaRider. Melhor ainda é o critério estético: #CurteRomeroBritto. Essa é genial.
Sim, falam até de pau pequeno (#NãoFazNemCosca é a hashtag maldita), mas, meu amigo, você também acha que tem, por mais que normal ou saído à semelhança do “jumento na sacristia”, como no conto do gênio cearense Moreira Campos. O primeiro insatisfeito nessa parada é você mesmo.
Relax, meu rapaz, leve na buena onda, no humor, na graça, ser maldito também tem seu charme e a vida é sempre mais subjetiva do que sugere o vão aplicativo. Como diz a lírica do Conde do Brega: ninguém é perfeito e a vida é assim.
Fonte: http://xicosa.blogfolha.uol.com.br/2013/11/27/lulu-e-a-sacanagem-desautorizada/

terça-feira, 26 de novembro de 2013

As técnicas e truques de beleza dos anos 30 e 40

Pense em um secador de cabelos, um modelador ou apenas em um creme facial. Provavelmente alguém inventou uma versão muito estranha de tudo isso no passado. Eram técnicas esquisitas na tentativa de melhorar a aparência. 

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O "congelamento" de sardas com dióxido de carbono era um tratamento popular na década 30. Os olhos dos pacientes eram protegidos com plugs herméticos e suas narinas vedadas. Eles tinham que respirar através de um tubo. © Getty Images

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O efeito "permanente" sendo realizado na Alemanha em 1929. © Wikicommons 

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Um gigantesco secador de cabelos. © Wikicommons


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Essa  máscara assustadora da década 40 era conectada a um aquecedor na tentativa de estimular a circulação e fazer a pele parecer fresca. © Everett coleção / Re

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Cadeira de massagem nos anos 40 para diminuir a flacidez após a perda de peso. © Alfred Eisenstaedt / Time & Life Pictures / Getty Images

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Este dispositivo de 1930 foi inventado por Max Factor para a aplicação e correção da maquiagem. © Wikicommons

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A máscara de gelo, também inventada por Max Factor, era confeccionada com cubos de plástico. Essa técnica era uma das mais populares em Hollywood nos anos 40. © London Media

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Esta touca charmosa dos anos 40 prometia ao usuário uma pela rosada, simulando as condições alpinas. © London Mídia

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Algumas mulheres passavam horas em máquinas de aquecimento como esta para deixarem seus cabelos enrolados. © Everett coleção / Re

procedimentos de beleza11.jpgTratamento de beleza em 1940 no salão de Helena Rubinstein. © Wikicommons

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As mulheres usavam máscaras de borracha para se livrarem das rugas. © Wikicommons
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Uma máscara de frutas em 1930. © Wikicommons 

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Esta máquina de sucção dos anos 30 era feita com pontas de vidro, uma mangueira de borracha e uma bomba de vácuo, para manter a pele lisa e sem manchas. © London Media

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Em 1940 os banhistas usavam capas como esta para se proteger do sol. © Wikicommons

Fonte:  http://obviousmag.org/sphere/2013/11/as-tecnicas-e-truques-de-beleza-dos-anos-30-e-40.html

 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Cine Ipaumirim: Submissão

Curta-metragem “Submissão” critica a violação dos direitos das mulheres em países islâmicos

Ayaan Hirsi AliUma das mulheres mais extraordinárias no mundo atual é Ayaan Hirsi Ali, autora do excepcional livro Infiel, a história de uma mulher que desafiou o Islã. Nascida na Somália, na cidade de Mogadíscio – considerada uma das 10 mais violentas do mundo – Ayaan sofreu tudo o que uma mulher pode sofrer sob um regime totalitário fundamentado extremismo religioso.
Foi vítima de mutilação genital, levou surras constantes durante toda a infância e juventude, chegando a ter o crânio rachado por um religioso que lhe ensinava o Alcorão, e foi obrigada a se casar com um homem que não amava. Isso, entre muitos outros acontecimentos terríveis, que ela relata em seu livro.

Para escapar do casamento forçado, foge para a Holanda como refugiada política. Neste país descobre uma cultura que é o exato oposto de tudo o que havia conhecido. Uma cultura que, claro, também tem os seus defeitos, mas baseada em liberdade e respeito. Lá teve a oportunidade de estudar ciência política na faculdade e exercer o pensamento crítico, que lhe era proibido quando vivia no mundo islâmico. Engajou-se na vida política e, em 2003, elegeu-se deputada pelo Partido Liberal VVD.

Atualmente Ayaan é presidente da AHA Foundation, que ela mesma fundou para proteger e garantir os direitos das mulheres ameaçadas pelo radicalismo islâmico. O slogan da fundação é: “Mulheres em todos os lugares, de todas as culturas, merecem acesso a educação e direitos humanos fundamentais.”

Como uma crítica ao fundamentalismo islâmico, em 2004 escreveu e co-dirigiu com o diretor holandês Theo van Gogh o curta-metragem Submissão – Parte 1. Como retaliação, Theo Van Gogh foi assassinado a facadas por um extremista, que deixou um bilhete no local do crime, avisando que Ayaan seria sua próxima vítima. Felizmente, o assassino foi preso e ela não sofreu nenhum atentado. Mas continua a receber ameaças de morte e precisa andar sempre cercada de seguranças. Devido a todos estes problemas, a parte 2 do curta Submissão nunca foi realizado. A continuação trataria da situação dos homossexuais masculinos no mundo islâmico, outro tema muito controverso.

Em 2005, Ayaam Hirsi Ali foi eleita – com todos os méritos – uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.

É realmente uma pena que a parte 2 provavelmente nunca será finalizada.
Fonte: http://entremundos.com.br/revista/submissao/

25 de novembro, o dia internacional de combate à violência contra a mulher

Data foi estabelecida no Primeiro Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe realizado em Bogotá, em homenagem às irmãs Mirabal

Por que 25 de novembro?

Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente. Minerva e Maria Teresa foram presas por diversas vezes no período de 1949 a 1960. Minerva usava o codinome “Mariposa” no exercício de sua militância política clandestina. Este horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo.

Maria da Penha Maia Fernandes

Lei Maria da Penha

Em agosto de 2006, foi aprovada a Lei nº 11.340, que define em seu artigo 2° que toda mulher, independente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, escolaridade, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhes asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
A Lei 11.340/06, conhecida com Lei Maria da Penha, ganhou este nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso.
Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, grtitando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocuta-la no chuveiro.
Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendações para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. E esta foi a sementinha para a criação da lei. Um conjunto de entidades então reuniu-se para definir um anti-projeto de lei definindo formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência às vítimas.
Vi no: http://jornalggn.com.br/noticia/25-de-novembro-o-dia-internacional-de-combate-a-violencia-contra-a-mulher

Música sempre


domingo, 24 de novembro de 2013

O IP QUE DÁ CERTO

Muita gente não consegue imaginar a força que tem um conjunto de coisas simples e fundamentais na definição do destino. Talvez por serem óbvias e façam parte do nosso dia a dia acabam se misturando com outras situações rotineiras que nunca chamam a atenção. Entre estas coisas, a importância e a responsabilidade das escolas na formação dos nossos filhos no que diz respeito a sua preparação para a cidadania e para o compartilhamento do conhecimento como um bem a que todos temos direito.
Eu sempre reclamo porque as pessoas com quem converso não percebem a diferença que fez o Colégio XI de Agosto na abertura de oportunidades para o nosso município. É indiscutível que foi a escola a principal responsável pela mudança do nosso perfil de migrante. Nunca agradeceremos o suficiente aos que bravamente  tornaram esta realidade possível.
Não fui aluna do XI de Agosto, saí muito cedo de IP. Mas fui aluna do Grupo Escolar D. Francisco de Assis Pires onde aprendi a ler e estudei os meus primeiros anos. Na época, até o penúltimo ano do primário. No ano do antigo admissão, porta de entrada para o ginásio, saí e nunca mais voltei a estudar em IP. Até hoje os meus olhares para o passado me remetem a importância que esta escola teve na minha vida. Não existiria o depois se ela não tivesse me preparado. Naquela época, uma educação diferenciada era vista como um plus, não como um direito de todos.
Foi o XI de Agosto que rompeu - em nossa cidade - esta barreira cruel abraçando o maior desafio e trazendo a todos a oportunidade de avançar além do curso primário que o velho grupo nos oferecia.   O XI de Agosto foi emblemático não só porque trouxe novas oportunidades mas também porque mostrou que uma construção baseada na solidariedade e no atendimento da coletividade traz frutos positivos que se multiplicam indefinidamente por muitas gerações. É outro espírito, outra proposta. Rica, desafiadora e gratificante.
Os novos tempos muito mais complexos continuam a desafiar a nossa capacidade para ingressar no mundo do conhecimento. As nossas escolas precisam acompanhar esse movimento. E acredito que a despeito das dificuldades enfrentadas elas têm atuado  com muita coragem e ousadia na formação dos seus alunos. E não fosse a desgraceira que a politicagem local faz quando quer imprimir  suas podres marcas na rotina das escolas, acredito que estariam ainda bem melhores.
Uma escola é um trabalho coletivo. A luta pela reciclagem dos professores, pelas condições de trabalho, pela integração da comunidade no esforço comum de levar adiante um projeto maior é que vai definir para onde vai a escola e para onde vão os nossos filhos.
A comunidade precisa apoiar as escolas, incentivar seus filhos e filhas para o aprendizado da cidadania. A presença do poder público é fundamental e sempre bem-vinda quando chega para incentivar e facilitar o processo de qualificação das escolas.
Faz-se necessário abrir canais de comunicação entre os diversos segmentos da nossa comunidade para que cada um de nós possa trabalhar juntos aos demais pelo interesse comum. Estratégias não faltam, talvez falte a iniciativa de buscar alternativas diferenciadas para estabelecer metas mais ousadas na qualificação dos nossos professores e estudantes. Precisamos lutar para nos tornar referência regional do ensino público.
Eu gosto de ver as coisas coletivamente mas é preciso valorizar e mostrar que é possível ser do Ipaumirim, estudar no Ipaumirim e percorrer caminhos que estão no topo do conhecimento da educação formal.
Acho que é isso que o Jaime traz para nós. Mais um exemplo da importância de preparar bem os nossos jovens. Não apenas para saber ler mas para aprender a reconhecer e valorizar os seus próprios méritos investindo nos melhores caminhos.



Jaime Ribeiro Filho, nasceu no dia 26/02/1986 no sítio São Vicente, zona rural do município de Ipaumirim-CE. Iniciou os estudos no Centro Educacional XI de Agosto e concluiu o ensino fundamental na escola de ensino fundamental e médio Dom Francisco de Assis Pires. Prestou seleção para o CEFET-PB (atual IFPB) da Cidade de Cajazeiras, onde foi aprovado e cursou todo o ensino médio (2001-2004). Em 2004, prestou vestibular para o curso de graduação em Farmácia da Universidade Federal da Paraiba (Campus de João Pessoa) e foi aprovado. Durante os quatro anos de graduação, participou de diversos projetos envolvendo ensino, pesquisa e extensão universitária. No sexto período da graduação, entrou para o laboratório de imunofarmacologia, onde passou a investigar o efeito de plantas e fármacos, em doenças envolvendo respostas imunológicas, como a asma e a inflamação. Após concluir a graduação, Jaime ingressou no mestrado do Programa de Pós Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos na área de Farmacologia na própria UFPB, tendo desenvolvido seu projeto no laboratório de Imunofarmacologia. Parte do seu mestrado foi desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz na cidade do Rio de Janeiro (FIOCRUZ-RJ), por meio de uma colaboração entre UFPB e FIOCRUZ. A FIOCRUZ é um dos principais centros de pesquisa e ensino da América Latina. É uma instituição federal e desenvolve colaborações com importantes centros como a Universidade de Harvard (EUA). Em fevereiro de 2011, Jaime recebeu o título de mestre em farmacologia pela UFPB. Mas antes, em outubro de 2010, ainda no mestrado, Jaime foi aprovado para o doutorado do Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular da FIOCRUZ-RJ, na área de Imunologia e Farmacologia. Durante o doutorado, Jaime demonstrou pela primeira vez, os efeitos antialérgicos, antiinflamatórios e analgésicos da curina, uma nova substância obtida a partir de uma planta encontrada na região nordeste. Sua pesquisa foi publicada na revista científica americana: "Toxicology and Applied Pharmacology" (Toxicologia e Farmacologia Aplicada), uma das revistas mais conceituadas na área, internacionalmente. No dia 22 de novembro de 2013 Jaime defendeu sua tese de doutorado na FIOCRUZ-RJ, que lhe dará o título de doutor em Ciências. Atualmente Jaime é professor de pesquisador na área de ciências biomédicas na Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro -RJ." (Federalina Quaresma, via facebook)


Parabéns, Jaime. Que o seu sucesso estimule os nossos jovens a vencer barreiras e a construir um futuro melhor para todos. Parabéns as nossas escolas que iniciaram sua preparação. Parabéns aos seus pais que acreditaram em você.
O nosso blog fica muito contente com o sucesso dos nossos conterrâneos  quando construído na base do esforço, da coragem e da dedicação.
ML