Curta-metragem “Submissão” critica a violação dos direitos das mulheres em países islâmicos
Uma das mulheres mais extraordinárias no mundo atual é Ayaan Hirsi Ali, autora do excepcional livro Infiel, a história de uma mulher que desafiou o Islã.
Nascida na Somália, na cidade de Mogadíscio – considerada uma das 10
mais violentas do mundo – Ayaan sofreu tudo o que uma mulher pode sofrer
sob um regime totalitário fundamentado extremismo religioso.
Foi
vítima de mutilação genital, levou surras constantes durante toda a
infância e juventude, chegando a ter o crânio rachado por um religioso
que lhe ensinava o Alcorão, e foi obrigada a se casar com um homem que
não amava. Isso, entre muitos outros acontecimentos terríveis, que ela
relata em seu livro.
Para escapar do casamento forçado, foge para
a Holanda como refugiada política. Neste país descobre uma cultura que é
o exato oposto de tudo o que havia conhecido. Uma cultura que, claro,
também tem os seus defeitos, mas baseada em liberdade e respeito. Lá
teve a oportunidade de estudar ciência política na faculdade e exercer o
pensamento crítico, que lhe era proibido quando vivia no mundo
islâmico. Engajou-se na vida política e, em 2003, elegeu-se deputada
pelo Partido Liberal VVD.
Atualmente Ayaan é presidente da AHA Foundation,
que ela mesma fundou para proteger e garantir os direitos das mulheres
ameaçadas pelo radicalismo islâmico. O slogan da fundação é: “Mulheres em todos os lugares, de todas as culturas, merecem acesso a educação e direitos humanos fundamentais.”
Como uma crítica ao fundamentalismo islâmico, em 2004 escreveu e co-dirigiu com o diretor holandês Theo van Gogh o curta-metragem Submissão – Parte 1.
Como retaliação, Theo Van Gogh foi assassinado a facadas por um
extremista, que deixou um bilhete no local do crime, avisando que Ayaan
seria sua próxima vítima. Felizmente, o assassino foi preso e ela não
sofreu nenhum atentado. Mas continua a receber ameaças de morte e
precisa andar sempre cercada de seguranças. Devido a todos estes
problemas, a parte 2 do curta Submissão nunca foi realizado. A
continuação trataria da situação dos homossexuais masculinos no mundo
islâmico, outro tema muito controverso.
Em 2005, Ayaam Hirsi Ali foi eleita – com todos os méritos – uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
É realmente uma pena que a parte 2 provavelmente nunca será finalizada.
Fonte: http://entremundos.com.br/revista/submissao/
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