quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Para refletir


VIAGEM APOSTÓLICA A MADRID
POR OCASIÃO DA XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
18-21 DE AGOSTO DE 2011

ENCONTRO COM JOVENS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI

Basílica do Mosteiro de São Lourenço do Escorial
Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011

Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid,
Queridos Irmãos no Episcopado,
Queridos Padres Agostinianos,
Queridos professores e Professoras,
Distintas Autoridades,
Meus amigos!

Com regozijo esperava este encontro convosco, jovens professores das universidades espanholas, que prestais uma colaboração esplêndida para a difusão da verdade em circunstâncias nem sempre fáceis. Saúdo-vos cordialmente e agradeço as amáveis palavras de boas-vindas e também a música executada que ressoou maravilhosamente neste mosteiro de grande beleza artística, testemunho eloquente durante séculos de uma vida de oração e estudo. Neste lugar emblemático, razão e fé fundiram-se harmoniosamente na pedra austera para modelar um dos monumentos mais renomados de Espanha.

Saúdo também com particular afecto quantos participaram nestes dias no Congresso Mundial das Universidades Católicas, em Ávila, sob o lema: «Identidade e missão da Universidade Católica».

Encontrar-me aqui no vosso meio faz-me recordar os meus primeiros passos como professor na Universidade de Bonn. Quando ainda se sentiam as feridas da guerra e eram muitas as carências materiais, a tudo supria o encanto de uma actividade apaixonante, o trato com colegas das diversas disciplinas e o desejo de dar resposta às inquietações últimas e fundamentais dos alunos. Esta universitas, que então vivi, de professores e estudantes que procuram, juntos, a verdade em todos os saberes ou – como diria Afonso X, o Sábio – esse «ajuntamento de mestres e escolares com vontade e capacidade para aprender os saberes» (Sete Partidas, partida II, título XXXI), clarifica o sentido e mesmo a definição da Universidade.

No lema da presente Jornada Mundial da Juventude - «Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2, 7) -, podeis também encontrar luz para compreender melhor o vosso ser e ocupação. Neste sentido, como escrevi aos jovens na Mensagem preparatória para estes dias, os termos «enraizados, edificados e firmes» falam de alicerces seguros para a vida (cf. n. 2).

Mas onde poderão os jovens encontrar estes pontos de referência numa sociedade vacilante e instável? Às vezes pensa-se que a missão dum professor universitário seja hoje, exclusivamente, a de formar profissionais competentes e eficientes que satisfaçam as exigências laborais de cada período concreto. Diz-se também que a única coisa que se deve privilegiar, na presente conjuntura, é a capacitação meramente técnica. Sem dúvida, prospera na actualidade esta visão utilitarista da educação mesmo universitária, difundida especialmente a partir de âmbitos extra-universitários. Contudo vós que vivestes como eu a Universidade e que a viveis agora como docentes, sentis certamente o anseio de algo mais elevado que corresponda a todas as dimensões que constituem o homem. Como se sabe, quando a mera utilidade e o pragmatismo imediato se erigem como critério principal, os danos podem ser dramáticos: desde os abusos duma ciência que não reconhece limites para além de si mesma, até ao totalitarismo político que se reanima facilmente quando é eliminada toda a referência superior ao mero cálculo de poder. Ao invés, a genuína ideia de universidade é que nos preserva precisamente desta visão reducionista e distorcida do humano.

Com efeito, a universidade foi, e deve continuar sendo, a casa onde se busca a verdade própria da pessoa humana. Por isso, não é uma casualidade que tenha sido precisamente a Igreja quem promoveu a instituição universitária; é que a fé cristã nos fala de Cristo como o Logos por Quem tudo foi feito (cf. Jo 1, 3) e do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Esta boa nova divisa uma racionalidade em toda a criação e contempla o homem como uma criatura que compartilha e pode chegar a reconhecer esta racionalidade. Deste modo, a universidade encarna um ideal que não deve ser desvirtuado por ideologias fechadas ao diálogo racional, nem por servilismos a um lógica utilitarista de simples mercado, que olha para o homem como mero consumidor.

Aqui está a vossa importante e vital missão. Sois vós que tendes a honra e a responsabilidade de transmitir este ideal universitário: um ideal que recebestes dos vossos mais velhos, muitos deles humildes seguidores do Evangelho e que, como tais, se converteram em gigantes do espírito. Devemos sentir-nos seus continuadores, numa história muito diferente da deles mas cujas questões essenciais do ser humano continuam a exigir a nossa atenção convidando-nos a ir mais longe. Sentimo-nos unidos com eles, nesta cadeia de homens e mulheres que se devotaram a propor e valorizar a fé perante a inteligência dos homens. E, para o fazer, não basta ensiná-lo, é preciso vivê-lo, encarná-lo, à semelhança do Logos que também encarnou para colocar a sua morada entre nós. Neste sentido, os jovens precisam de mestres autênticos: pessoas abertas à verdade total nos diversos ramos do saber, capazes de escutar e viver dentro de si mesmos este diálogo interdisciplinar; pessoas convencidas sobretudo da capacidade humana de avançar a caminho da verdade. A juventude é tempo privilegiado para a busca e o encontro com a verdade. Como já disse Platão: «Busca a verdade enquanto és jovem, porque, se o não fizeres, depois escapar-te-á das mãos» (Parménides, 135d). Esta sublime aspiração é o que de mais valioso podeis transmitir, pessoal e vitalmente, aos vossos estudantes, e não simplesmente umas técnicas instrumentais e anónimas nem uns dados frios e utilizáveis apenas funcionalmente.

Por isso, encarecidamente vos exorto a não perderdes jamais tal sensibilidade e encanto pela verdade, a não esquecerdes que o ensino não é uma simples transmissão de conteúdos, mas uma formação de jovens a quem deveis compreender e amar, em quem deveis suscitar aquela sede de verdade que possuem no mais fundo de si mesmos e aquele anseio de superação. Sede para eles estímulo e fortaleza.

Para isso, é preciso ter em conta, em primeiro lugar, que o caminho para a verdade completa empenha o ser humano na sua integralidade: é um caminho da inteligência e do amor, da razão e da fé. Não podemos avançar no conhecimento de algo, se não nos mover o amor; nem tampouco amar uma coisa em que não vemos racionalidade; porque «não aparece a inteligência e depois o amor: há o amor rico de inteligência e a inteligência cheia de amor» (Caritas in veritate, 30). Se estão unidos a verdade e o bem, estão-no igualmente o conhecimento e o amor. Desta unidade deriva a coerência de vida e pensamento, a exemplaridade que se exige de todo o bom educador.

Em segundo lugar, havemos de considerar que a verdade em si mesma está para além do nosso alcance. Podemos procurá-la e aproximar-nos dela, mas não possuí-la totalmente; antes, é ela que nos possui a nós e estimula. Na actividade intelectual e docente, a humildade é também uma virtude indispensável, pois protege da vaidade que fecha o acesso à verdade. Não devemos atrair os estudantes para nós mesmos, mas encaminhá-los para essa verdade que todos procuramos. Nisto vos ajudará o Senhor, que vos propõe ser simples e eficazes como o sal, ou como a lâmpada que dá luz sem fazer ruído (cf. Mt 5, 13).

Tudo isto nos convida a voltar incessantemente o olhar para Cristo, em cujo rosto resplandece a Verdade que nos ilumina; mas que é também o Caminho que leva à plenitude sem fim, fazendo-Se caminhante connosco e sustentando-nos com o seu amor. Radicados n’Ele, sereis bons guias dos nossos jovens. Com esta esperança, coloco-vos sob o amparo da Virgem Maria, Trono da Sabedoria, para que Ele vos faça colaboradores do seu Filho com uma vida repleta de sentido para vós mesmos, e fecunda de frutos, tanto de conhecimento como de fé, para vossos alunos. Muito obrigado.

Fonte: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2011/august/documents/hf_ben-xvi_spe_20110819_docenti-el-escorial_po.html

Que lindo! Vi no Querido Leitor




Ainda bem que existe o cinema


Sabe aquele dia que sem nenhuma razão você fica pisando no astral? Pronto! Eis-me no dia de hoje. Acho que foi minha ida ao dentista que me deixou assim. Taí uma coisa que me tira do sério. DENTISTA! Quanto penso na boca aberta, na perda de tempo e na $$ que vou gastar para isto, sinceramente, fico deprê. Nenhuma destas coisas, sinceramente, me faz feliz. Fiz um plano de saúde - CAMED - que inclui dentista mas quem disse que presta? Dentista de plano de saúde é feito o popular "homem da cobra". Pelo menos os que eu fui. Please, me desculpem os decentes. Só conversa. No more.O cara fica lhe convencendo ou enrolando que isso que aquilo e aquilo outro. Pra eles, vc está prontinha para fazer publicidade de creme dental.
D E S I S T A.
C O R R A.

F U J A.

É fria. Quando você vai ao dentista de sua confiança viu que a figura só te enrolou. Mas o plano tá ai cobrando por ele. Aí, tá na hora de tirar o atraso. Aquela dentadura maravilhosa não existe. Ou será que os dentistas de plano que eu fui estão a "vista curta"? Difícil acreditar.
Plum... explodi. Principalmente porque estava superfeliz com uma decisão que tomei pensando em mim. Fazia tanto tempo que eu não decidia qualquer coisa pensando prioritariamente em mim que de repente me achei uma heroína. Vê se pode uma coisa dessa!
Aí fui ao dentista. Desmoronei. Afff.....
Cheguei em casa e resolvi vir pra net. Vê o que achei! Um site maravilhoso, um presente antecipado de natal que dou pra vocês. Espero que gostem.
Ainda bem que eu consigo renascer das cinzas com pouca coisa.
Pronto, desabafei.
Sorry, babies!
ML

TODOS OS FILMES QUE VOCÊ GOSTARIA DE TER VISTO.

500 VÍDEOS DE GRANDES FILMES DE 65 ANOS PARA CÁ ... em uma VIAGEM AO MARAVILHOSO

Sensacional!
Entrem no "link", cliquem no filmeque escolherem e depois no vídeo e verão os filmes na íntegra. Sabe aquele filme que gostou,mas de cujo título não lembra? Nem dos nomes dos atores e das atrizes?Pois bem, tudo o que quiser saber (ou lembrar) sobre filmes estrangeiros em 65 anos está catalogado e ao seu alcance. Ficha completa. Antes de pegar um filme na locadora, consulte este site. Um trabalho de alta qualidade!
http://www.65anosdecinema.pro.br/index.htm;

Achei aqui e transcrevi diretinho pra vocês : http://blogln.ning.com/profiles/blogs/heureca-heureca-500-v-deos-de-grandes-filmes-de-65-anos-para-c-em

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Deu no Icó é notícia

Denúncia de transporte irregular de carne no Baixio

A informação foi veiculada no jornal O Estado desta segunda-feira (29). De acordo com a matéria, destacada no caderno "Municípios", a população de Baixio, localizado próximo ao município de Icó e vizinho a Umari, reclama da falta de condições de transportes dos alimentos em parte da região.

A carne bovina é a mercadoria mais prejudicada com o transporte precário, sobretudo no trajeto abatedouro/cidade. Segundo moradores da região, as mesmas carroças utilizadas para remover os animais para os abatedouros são empregadas também para transportar os bois e vacas abatidos para os pontos de vendas. Há informações de que , além desse transporte, as carroças também eram destinadas a auxiliar na limpeza das ruas e avenidas, com o recolhimento de lixo.

Segue a matéria que, em Baixio, já existe uma coordenadoria de vigilância sanitária, trabalhando em conjunto com o Serviço Municipal de Saúde (SMS). Um veterinário trabalha junto com a equipe do SMS.

Porém, as pessoas que consomem a carne reclamam que não existe fiscalização para a forma de transporte da carne. “Não vivemos mais tempos medievais. Será que Baixio vai demorar mais um Governo para se desenvolver? A população, que é vítima desse atentado à saúde.

******
Pergunto eu: E em Ip, como anda a vigilância sanitária?
ML

domingo, 28 de agosto de 2011

Música de Deus

Politica em Ip: vocação ou profissão?


Sobre política e Jardinagem
(Rubem Alves)

De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim vocare, quer dizer chamado. Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um ‘fazer’. No lugar desse ‘fazer’ o vocacionado quer ‘fazer amor’ com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.

‘Política’ vem de polis, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.

Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades: sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu ‘o que é política?’, ele nos responderia, ‘a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas’.

O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.

Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.

Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.

Todas as vocações podem ser transformadas em profissões O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.

Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política. Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: ‘Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade... Ao contrário dos ‘legítimos’ políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem.’ Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.

Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolôs.

Escrevo para vocês, jovens, para seduzi-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?

Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireiros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.

Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam. (Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.)
Fonte: http://www.rubemalves.com.br/sobrepoliticaejardinagem.htm

Deu no Icó é notícia


ADUTORA DE IPAUMIRIM/ BAIXIO/ UMARI - A Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) divulgou o Extrato do Termo de Homologação e Adjudicação (Concorrência Pública Nacional nº20110001), que trata da execução das obras civis da Adutora de Ipaumirim/Baixio/Umari, localizada nos Municípios anteriormente citados.

ADUTORA DE IPAUMIRIM/ BAIXIO/ UMARI - O documento da Secretaria declara vencedora a empresa CR Empreendimentos e Construções, com a proposta no valor de R$6.171.485,16 (seis milhões, cento e setenta e um mil, quatrocentos e oitenta e cinco reais e dezesseis centavos). As informações foram divulgadas no Diário Oficial do Estado de 23 de agosto de 2011.

Fonte: Icó é notícia

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Enviado por Flávio Lúcio


Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (Judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920):

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

Poder Municipal homenageia maçonaria de Ip

Em sessão solene, a Câmara Municipal e a Prefeitura homenagearam , dia 20 de agosto - dia do maçom - , a Loja Maçônica Deus e Ipaumirim. O evento contou com a presença de autoridades municipais, maçons, familiares e amigos inclusive de outras cidades.

Francisco Nogueira Barbosa, fundador da loja maçônica de Ipaumirim, esteve presente ao evento no qual foi ressaltada sua iniciativa e atuação nnos primeiros tempos da loja. Foi ressaltada ainda a assiduidade do maçom Nogueira Gouveia que, desde o início de sua filiação, já participou de 3900 reuniões.

Fonte: Portal Ipaumirim.Net

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Teste de resistência: se não comer um, ganha dois

Oh, The Temptation from Steve V on Vimeo.

Parentes


Em Portugal somos todos primos. Basta levar a conversa para a genealogia e depressa encontramos um primo de um primo casado com a prima de um primo do nosso primo. E pronto. A qualidade de primicidade é tão desvalorizada como a de ser tia ou tio. Em geral, os tios são os amigos dos pais que conhecemos de pequeninos. A familiarização portuguesa não tem nada de mal. Mas os que são realmente nossos tios e primos deviam ficar ofendidos com os títulos oferecidos às pessoas que não têm laços de sangue autênticos connosco. Por outro lado, a banalização parental é carinhosa para os intrusos dilectos das famílias. É uma forma de lhes dizermos que deviam ser nossos parentes. Há ainda outro lado preguiçoso deste costume. Porque é que a filha da minha prima é minha prima também? A lógica hierárquica familiar devia condenar a rapariga a ser minha sobrinha e pronto. Outro efeito secundário dos laços de parentesco artificiais é uma tia verdadeira não poder partilhar o seu cargo com uma tia ad honorem e, nalguns casos, pro bono. Há dias uma muito querida tia minha olhou para mim e disse: «Tu és a filha do meu irmão». E não é que fiquei comovida com a revelação?

(Carla Hilário)
Fonte: http://bomba-inteligente.blogs.sapo.pt/

A esperteza dos tolos



http://theatre14.fr/affiches/affiches_2008/affiche_2008_journee%20.jpg

Jornal do Brasil, 25/08/2011
A Otan, a Líbia, e a esperteza dos tolos

Por Mauro Santayana

O dia 11 de novembro de 1630 foi decisivo para a história da França e da Europa. Nesse dia, em Versailles, um jovem rei, Luís 13, rompeu com a mãe, a Rainha Maria de Médicis, e entregou todo o poder político da França a seu ministro, o Cardeal de Richelieu. Richelieu amanhecera deposto pela Rainha, mas um de seus conselheiros o convenceu a ir até o monarca, e expor-lhe suas razões. Foi uma conversa sem testemunhas. O fato é que Luis 13 teve a atitude que correspondia ao filho de Henrique IV: “entre minha mãe e o Estado, fico com o Estado”.

Ao tomar conhecimento da reviravolta, quando os inimigos do Cardeal festejavam sua derrota, o poeta Guillaume Bautru, futuro Conde de Serrant – um dos fundadores da Academia Francesa, libertino, sedutor, e homem de frases curtas e fortes – resumiu os fatos, ao ridicularizar os açodados: “c’est la journée des dupes”. Em nossa boa língua pátria, “o dia dos tolos”. Ao mesmo tempo em que se vingava da princesa italiana, que o humilhara, Richelieu iniciava uma fase de grandeza da monarquia de seu país que só se encerraria 162 anos depois, com a decapitação de Luís 16.

A história é cheia de jornadas semelhantes. Os planos, por mais bem elaborados sejam, nunca se cumprem exatamente e, na maioria das vezes, se frustram, diante dos caprichosos deuses do inesperado. O caso da Líbia, se o examinarmos com cuidado, está prometendo ser uma operação “des dupes”. Não vai, nesta análise, qualquer juízo moral sobre Khadafi. É certo que se trata de um megalômano, que, tendo chegado ao poder aos 27 anos, provavelmente não estivesse preparado para administrar o êxito que coroou a sua participação na revolta contra outro déspota, o rei Idris. Mas Khadafi não teria sido quem foi, durante 42 anos, se a Europa e os Estados Unidos não tivessem tido atitude sinuosa e incoerente para com o seu regime. Reagan chegou a determinar o ataque aéreo a Trípoli e Bengazi, em 1986, quando uma residência de Khadafi foi atingida e uma sua filha adotiva morreu. Esses ataques, longe de enfraquecer o governante, fortaleceram-no, e desestimularam os poucos inimigos tribais internos.

Os interesses econômicos da Europa, que fazia bons negócios com o dirigente do velho espaço dos beduínos, berberes e tuaregues, ditaram as oscilações da diplomacia diante de Trípoli. A bolsa, sempre pejada e generosa, de Khadafi, favorecia seus entendimentos e os de seus filhos com altos funcionários das chancelarias européias e financiavam festas suntuosas a que eram convidadas as grandes celebridades do show business e dos círculos ociosos da grã-finagem internacional. Enfim, Khadafi fazia o que quase todos fazem. Não é por acaso que Berlusconi sempre o teve como um de seus mais devotados amigos, até que, coerente com seu caráter, somou-se à cruzada contra Trípoli.

Khadafi, por mais insano tenha sido – e todos podiam identificar os sinais de sua mente vacilante – fez um governo de bem-estar social, como nenhum outro da região. Contando com os recursos do petróleo, criou sistema de assistência à saúde que, mesmo restrito aos centros urbanos, tem sido exemplar. Reduziu drasticamente os níveis de mortalidade infantil, possibilitou o tratamento gratuito de toda a população, universalizou a educação, estimulou a agricultura nas raras terras cultiváveis, e fixou salários dignos para os trabalhadores. É certo que se enriqueceu e enriqueceu seus familiares e favoritos, mas os líbios não tinham por que queixar-se de sua política social. Em contrapartida, não admitia qualquer tipo de oposição.

Monsieur Sarkozy, que anda fazendo apostas perigosas com a posteridade, e Cameron, da Grã Bretanha, foram os grandes animadores da intervenção maciça da Otan contra a Líbia. A ocasião era propícia. A Europa se encontra combalida com a crise econômica e o avanço da corrupção está erodindo a coesão de seus povos. O tema é de particular intimidade da França, detentora, na História, dos mais espetaculares escândalos, entre eles o da frustrada construção do Canal do Panamá por uma companhia francesa: a empresa obtivera, mediante propinas a muitos parlamentares, a concessão de uma loteria especial para o financiamento da obra, recolhera investimentos pesados dos homens de negócios europeus e dos poupadores modestos, e quebrou espetacularmente poucos meses depois. Durante muito tempo, “panamá” passou a ser sinônimo, em todas as línguas, de negócios escusos e da corrupção política. Talvez com a única exceção dos tempos de De Gaulle, nunca houve governo na França imune a denúncias de sujeiras semelhantes. A corrupção foi uma das causas da Revolução Francesa.

Quase todos estão saudando a vitória contra Khadafi, mas isso não significa que tenham conquistado a Líbia. São grupos internos de interesses diferentes que se uniram, para livrar-se de um inimigo comum, com o apoio das potências estrangeiras, que bombardearam sistematicamente a população civil – o que, convenhamos, é terrorismo puro. Mas, sempre que as armas se calam, novo e mais complicado conflito se inicia. Quem assumirá o poder? Irão as tribos do deserto, que se relacionam entre elas mediante complexa malha de fidelidade, fundada no parentesco e nas alianças bélicas seculares, unir-se sob um protetorado estrangeiro? É duvidoso.

Há uma questão de fundo, que Sarkozy e Cameron, em seu açodamento, desprezaram. Londres e Paris, pressurosos em aproveitar os episódios dos países árabes, a fim de reocuparem seu domínio colonial, tomando o lugar da Itália na influência sobre a Líbia, esqueceram-se de Israel. Mubarak, do Egito, o principal aliado de Tel-Aviv, e fiel vassalo de Washington, perdeu o poder e corre o risco de perder também a cabeça. Israel tomou a iniciativa de provocar as novas autoridades do Egito ao cometer o ataque fronteiriço, que causou a morte de oficiais daquele país, na pressão para que se feche novamente a passagem aos palestinos. Nada indica que os governos que eventualmente sucedam aos déspotas destituídos no Egito e na Tunísia, e os que possam vir a ser derrubados nas vizinhanças, sejam mais condescendentes com Israel. Até mesmo a Síria é uma incógnita, no caso em que Assad perca o mando. A Itália, acossada pela crise econômica e pela desmoralização de Berlusconi, em lugar da neutralidade, somou-se, na undécima hora, aos agressores.

Os fundamentalistas se somam aos que saúdam os movimentos de rebeldia nos países árabes. A Palestina, por intermédio do Hamas, aplaude o fim de Khadafi. Terá suas razões para isso. E a rede Al Jazeera já está emitindo de Trípoli. Como se queixou Khadafi, a Al-Qaeda não o apoiava.

Enfim, para lembrar o burlador Conde de Serrant, é bem provável que este ano de 2011 fique na história como o ano dos tolos.

Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/a-esperteza-dos-tolos

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fotos da ponte nova em Ip



Fotos by Cleidinha e disponíveis no seu orkut.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Que barato!





Filha de Janete do Zorra Total

Promotoria de Justiça de Ipaumirim realiza semana do MP nas escolas


O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), através do promotor de Justiça da comarca de Ipaumirim Thiago Marques Vieira, em parceria com a Secretaria de Educação do Município realizará, no período compreendida entre os dias 29 de agosto e 02 de setembro, a I Semana do MP nas Escolas e a I Semana de Direitos Humanos.


Na oportunidade da realização da Semana do MP nas Escolas também será dado início a um outro projeto chamado: Promotores de Justiça Juvenis (PJJ). Este projeto tem por finalidade precípua capacitar adolescentes para serem disseminadores dos direitos e deveres básicos das crianças e adolescentes, transformando-os em agentes sociais capazes de interferir de modo ativo na condução das políticas públicas da sociedade em que estão inseridos, cobrando direitos e respeitando deveres básicos.

Estas atividades tem por finalidade discutir os direitos humanos dentro e fora das escolas - principalmente nos dias de hoje, em que verificam-se tantas cenas de violência e desrespeito à condição humana.

A Semana do Ministério Público nas Escolas, além de aproximar a Promotoria de Justiça da sociedade, coloca-se como oportunidade do agente ministerial fiscalizar, de perto, a promoção da educação no município, bem como contribuir de modo mais efetivo para o processo de conscientização das crianças e adolescentes.

O evento desenvolverá uma série de atividades nas escolas da rede municipal, incluindo a realização de várias oficinas, debates, palestras com a presença do representante do Ministério Público, entrevistas na rádio, e uma audiência pública na Câmara Municipal. A semana se propõe a discutir vários problemas como o trabalho infantil, a violência na escola, bullying, exploração sexual, consumo de drogas e álcool na adolescência.

Serão distribuídas cartilhas aos alunos da rede municipal, com a apresentação, de modo claro e dinâmico, dos temas a serem discutidos durante o evento. Todas as discussões serão travadas tanto no âmbito interno da escola, quanto com a sociedade em geral, e os poderes públicos locais.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do MP-CE

Fonte: www.icoenoticia.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vamos torcer!


Sobre dois anúncios colocados em nosso blog buscando uma mesma pessoa - Diogénes Gonçalves de Holanda - recebi hoje a seguinte correspondência e já enviei o telefone de uma das pessoas que o procura. Não tinha publicado o telefone para evitar trotes. Por favor, se alguém puder ajudar, vamos trabalhar para este reencontro.

"Pediria a você que me pusesse em contato com algum familiar que o procura, pois sou voluntário na procura de familiares e amigos desaparecidos (nada cobro a não ser a alegria do reencontro). Em pesquisa feita tudo leva a crer que ele encontra-se em Rurópolis/PA, e encontrei opções para contatá-lo, através de familiares dele naquela cidade ou através de pessoas que com certeza o conhecem.

O contato comigo pode ser feito para meu email ou para
meu orkut:http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4541461411541688877&rl=t

Poet@
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4541461411541688877&rl=t

Para isto existe o nosso blog. Fico contente se pudermos ajudar.
ML


Os anos ocultos de Jesus


O que ele fez antes dos 30 anos? A Bíblia não conta. Mas a história e a arqueologia têm muito a dizer

por Eduardo Szklarz e Alexandre Versignassi

Para saber mais

Quem Jesus Foi? Quem Jesus Não Foi?
Bart D. Ehrman, Ediouro, 2009

A Origem do Cristianismo
Karl Kautsky, Civilização Brasileira, 2010

Fonte: http://blogln.ning.com/

sábado, 20 de agosto de 2011


Acabei de ler no twitter que já foi liberada para o tráfego a ponte da Vila São José que leva até a BR 116. Não tenho mais detalhes. Se alguém tiver fotos e quiser enviar, publicaremos.

Notícia boa para Icó e região

Confirmado: Universidade Federal Regional do Cariri com campus em Icó

Esta notícia foi esperada há anos por nossos munícipes. Dezesseis de agosto dia em que à presidenta Dilma anunciou a criação de quatro universidades (duas na Bahia, uma no Ceará e outra no Pará). 47 novos campi universitários e 208 novas unidades dos Institutos Federais de educação, ciência e tecnologia (IFs) em todo o País.

Segundo o MEC, a UFRC terá sede em Juazeiro do Norte, no prédio hoje pertencente à UFC, mas também estará em ICÓ, Barbalha, Crato e Brejo Santo.

Nos últimos dias esta notícia repercutiu em toda imprensa e, principalmente, na rede social twitter.

Os estudantes precisam se aprofundar no tocante que isso significa para nossa cidade, não só os estudantes, mas toda a população para entenderem a importância de uma universidade em nossa urbe.

Uma conquista que desperta a autoestima de toda a cidade e região. O retorno para o município é positivo: educacional, cultural, social e econômico etc.

Vão aparecer vários pais para a universidade. Mas é importante que todos saibam que isto faz parte da terceira fase da expansão universitária e profissional, com ações programadas para todo o País. É um programa do Governo Federal batizado de: Expansão da Educação Superior e Tecnológica e Profissional.

Então, não vou bater palmas para político seja “a” ou “b”.

Precisa-se acreditar em um futuro promissor para o Icó.

Chegou a hora dos governos municipal e estadual terem responsabilidade com a educação, para quê esses jovens estejam preparados para serem aprovados na prova de seleção, que os filhos do Icó tenham esse sonho realizado: sentar-se em uma cadeira de Universidade Federal.

Estou com um projeto em mente e compartilho com vocês: terminando meu curso de Direito, logrando êxito na OAB, pego o beco para o torrão, aonde lidarei com as querelas judiciais e farei outra graduação no curso de Ciências Políticas (os cursos ainda não foram confirmados) em nossa Universidade. Se Deus quiser...

E, quem está de parabéns somos todos nós icoenses.

Vamos esperar que o nosso sonho seja realizado. O primeiro passo já foi dado.
* Texto escrito por Victor Luiz - Bacharelando em Direito
Fonte: Icó é notícia

Vi no Icó é noticia

Plantão Judiciário atende interior do Ceará no fim de semana.

Na região, Ipaumirim

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) assegura, neste sábado (20) e domingo (21), a continuidade da prestação jurisdicional à população residente no interior do Estado.

Os juízes plantonistas atenderão das 8hs às 14 hs, nos fóruns de 20 Comarcas, sendo na região em Ipaumirim, na Vara Única, através do juiz Leonardo Afonso Franco de Freitas.


5º Núcleo Regional
Unidade/Comarca: Vara Única de Ipaumirim

Plantonista: juiz Leonardo Afonso Franco de Freitas

Rubens Dário pintando na blogosfera


A Ode Ceia De Ó Mero

Eu sou o que sou.
http://aodeceiadeomero.blogspot.com

Bem legal. Vale visitar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dia da fotografia

A Libertação Popular do Sudão soldado do Exército está em linha durante um ensaio da cerimônia do Dia da Independência em Juba 05 de julho de 2011. (Goran Tomasevic / Reuters)#

Vamos aguardar


A vida secreta de Marighella



Marighella (à dir.) com a sobrinha Isa apoiada em seu ombro, ao lado da companheira Clara Charf e do resto da família Grinspum em 1962

MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO

"Um dia, faz 40 anos, eu estava indo com meu pai para a escola e ele disse: 'Vou te contar um segredo: seu tio Carlos é o Carlos Marighella'". Assim começa o documentário "Marighella", de Isa Grinspum Ferraz, com estreia prevista para outubro. Em uma hora e 40 minutos, "Marighella" desfia a trajetória do ícone da esquerda brasileira que acabou baleado e morto dentro de um Fusca em 1969, em São Paulo.
Meio século da história do país pode ser contado a partir dos acontecimentos em sua vida: a gênese do comunismo baiano, mulato, do qual Jorge Amado era partidário; o conflito entre integralistas e comunistas; a legalização do Partidão; a clandestinidade; a frustração com Stálin; o golpe militar e, por fim, a luta armada.
Mas o que torna "Marighella" único é o olhar íntimo que só quem era de dentro da família seria capaz de documentar: "Tio Carlos era casado com tia Clara. Eles estavam sempre aparecendo e desaparecendo de casa. Era carinhoso, brincalhão, escrevia poemas pra gente. Nunca tinha associado o rosto dele aos cartazes de 'Procura-se' espalhados pela cidade", continua a voz em off da própria Isa, que assina direção e roteiro do filme.
"A ideia é desfazer o preconceito que até pouco tempo atrás havia contra meu tio. Era um nome amaldiçoado, sinônimo de horror. Além da vida clandestina e do ciclo de prisões e torturas, procuramos mostrar também o poeta, estudioso, amante de samba, praia e futebol, e acima de tudo o grande homem de ideias que ele foi", diz Isa, socióloga formada na USP.
Na esteira da pesquisa que foi feita, surgiram algumas revelações. Clara Charf, companheira de Marighella de 1945 até sua morte, hoje aos 86, desenterrou uma pasta que pertencia a ele, na qual aparecem correspondências, mapas e esboços de ações guerrilheiras. A produção também descobriu uma gravação de Marighella para a rádio Havana, de Cuba. Em sua fala tipicamente cadenciada, ele anuncia o rompimento com o Partido Comunista e a adesão à luta armada. Mesma época em que intelectuais europeus como o cineasta francês Jean-Luc Godard passam a enviar remessas de dinheiro em apoio à sua causa.
O filme ainda traz trilha sonora de Marco Antônio Guimarães e Mano Brown e depoimentos esclarecedores de militantes históricos, como o crítico literário Antonio Candido: "Marighella encarnava moral e psicologicamente o seu povo. Ele era pobre e não abandonou sua classe".
Já a judia Clara enfrentaria resistência do pai ao assumir o relacionamento, no que acabou se transformando numa versão tropical de "Romeu e Julieta". "Carlos era preto, comunista e gói (não judeu)", lembra Clara, aos risos. "Mas era muito doce e, no fim, conquistou a todos."

Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/a-vida-secreta-de-marighella