sábado, 31 de julho de 2010

Militância política é...



O Prefeito de Planaltina-GO revela uma coisa bizarra ao dar uma entrevista para o SBT de Brasilia

Fonte: http://lista10.org/

Quem avisa, amiga é


Dicas no msn
Vi no jacaré banguela

CANDIDATOS SEM HINOS (Carlos Chagas)





O passado continua sendo nosso maior professor, menos por dizer o que devemos fazer, mais por apontar o que precisamos evitar. Vale contar um episódio dos tempos da participação brasileira na II Guerra Mundial, modesta se comparada com os grandes exércitos em confronto, mas heróica em termos de sacrifício, desprendimento e imaginação.

Em outubro de 1944, quatrocentos integrantes do grupo da recém criada Força Aérea Brasileira desembarcaram no porto de Livorno, na Itália, depois de meses de treinamento nos Estados Unidos. Eram pilotos, oficiais, sargentos, praças e até enfermeiras.

Na mesma tarde da chegada foram conduzidos, em caminhões, até uma base da Força Aérea americana que seria transferida para outro local, na cidade de Tarquínia. Assumimos as instalações, os aviões e toda a parafernália correspondente.

O coronel chefe da base que passava à nossa responsabilidade, coronel Gabriel Disosway, promoveu um desfile solene de sua tropa, que se despedia. Nossos aviadores ficaram perfilados sob o comando do coronel Nero Moura. No final, os americanos cantaram orgulhosamente o hino da Aeronáutica dos Estados Unidos. Pelo microfone, fomos convidados a cantar o hino da nossa Força Aérea. Seguiu-se um frio na barriga de todos os brasileiros, porque a FAB, criada meses antes com a reunião de pilotos do Exército e da Marinha, ainda não tinha hino.

O constrangimento só durou alguns momentos, pois, saído da fileira lá de trás, o sargento Oséas, amazonense atarracado com vivência no Rio, aproximou-se do comandante brasileiro e sugeriu: “coronel, mande nossa banda tocar a “Jardineira”, porque esses gringos não vão entender nada.”

A ordem foi dada e a nossa tropa inteira cantou a música vitoriosa no último Carnaval, cantada por Orlando Silva. Quase todos choravam, foi um sucesso absoluto, para espanto dos americanos que jamais haviam escutado hino tão sentimental.

Essa historinha se conta a propósito da sucessão presidencial. Quando sobem ou descem dos palanques, nem Dilma Rousseff nem José Serra nem Marina Silva são saudados com hinos relativos às suas campanhas, que ironicamente não existem, ao contrario de outros candidatos e de outras eleições passadas. Os marqueteiros de hoje andam perdendo tempo.

Vai, assim, a proposta, calcada na genial sugestão do sargento Oséas, da FAB, mais de sessenta anos atrás.
Que tal os partidários de Dilma Rousseff cantarem “A Banda”, de Chico Buarque, aquela do “estava atôa na vida, o meu amor me chamou, para ver a banda passar...”
José Serra se deliciaria com “Não dá mais para Segurar”, do Gonzaguinha, e Marina Silva aprovaria o “Abre Alas que eu Quero Passar”,do Sinhô. Os demais sete candidatos talvez se incomodassem com o “Ninguém me Ama, Ninguém me quer”, de Antônio Maria. De qualquer forma, o leque está em aberto, à espera de sugestões mais modernas...

Fonte: http://macariobatista.blogspot.com/

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Recordação de Canhoto da Paraíba (Urariano Mota)






Agora, neste fim de abril, faz dois anos que Canhoto da Paraíba partiu. Recordo a última vez em que o vi.

Naquele domingo ele estava com 81 anos, sentado em uma cadeira, como sempre esteve durante 16 horas, em seus últimos dias. Depois de um AVC, ele falava com dificuldade e baixo. Abreviava palavras, cortava sílabas. Eu havia ido à sua casa para lhe entregar os CDs Vale dos Tambores, do compositor e intérprete Carlos Henrique Machado, enviados de presente pelo próprio Carlos Henrique. Canhoto me recebeu no terraço, como sempre. .

Naquela manhã descobri que ele estava cego de um olho e via mal no outro. Para ele era nada. Canhoto era um homem com mania de felicidade. Em lugar de remoer o sofrimento, ele possuía o prazer de sorrir, de buscar a felicidade. Sofria, é claro, percebia o sofrimento, mas isso não o levava ao desespero, nunca. Naquele domingo, carreguei comigo meia garrafa de uísque para beber enquanto ouvia os choros de Carlos Henrique Machado. Então pedi à sua filha Vitória um copo com gelo. Que fez Canhoto? Pediu um também, porque desejava me acompanhar na bebida. Eu fiquei muito feliz, ter Canhoto comigo em uma bebida a ouvir choros no bandolim... quanta esperança. Vitória, a filha, secretária, enfermeira e companheira repôs a nossa alegria no quintal da realidade.

- Ele não pode beber. Ele toma Gardenal.

Então eu, o caridoso – e a caridade se confunde com a crueldade em mais de uma rima – levei o meu copo de uísque a seu nariz, para que ele, que não podia beber, sentisse o aroma do álcool com gelo no domingo. Mas Canhoto estava gripado, com as narinas cheias de vick vaporub. O frustrado, acreditem, fui eu. Canhoto, não, ele foi do desejo de me acompanhar à paciência de viver com o que é possível. E por isso, para não afrontá-lo mais, bebi menos, somente três doses. E assim melhor pude ver e observar a sua pessoa.

Aos primeiros acordes do choro Canto dos Quilombos ele sorriu. Melhor dizendo, pôs um sorriso que não voltava a se fechar nos lábios. Como é que podia ser infeliz a ouvir aquela composição? Não sei se descobri a pólvora, mas Canhoto era feliz porque era um homem musical. Ele retirava do som o remédio para a desgraça. Porque a sorrir ele balançava a cabeça também, a se repetir “sim” em silêncio. Então eu soube e senti que ele estava liberto. Não estava mais naquela cadeira, ou melhor, estando sentado nela, a cadeira era um objeto de conforto. Era como estar na dor e integrar a dor em algo maior, em outro lugar, onde a própria dor não tinha razão, como expressou Paulinho da Viola.

Então ele comentou baixinho, à sua maneira, mas com um ar no rosto que não admitia outra frase:

- Como tem gente boa no Brasil.

Vieram outros choros, até chegar à composição Catira. E Canhoto, esquecido do nome do artista que ouvia:

- É João Pernambuco?

É Carlos Henrique Machado, eu lhe respondi.

Senti que ele não me via, não pela ausência de visão, mas porque a ausência de luz era um elemento para a sua viagem. E ele estava mais do que certo, isso não era uma ilusão, um escapismo, como qualquer idiota de manual poderia escrever. Isso é típico da arte, qualquer arte. Fazer do circunstancial um elemento de composição, sempre. Na dor, na alegria, na felicidade, no sofrimento, no riso, na raiva - tudo matéria para a expressão.

Mas essas bobagens que acabo de escrever, no calor do que me vem, do que percebo agora, ele sabia sem conceito cerebral, porque sentia, a balançar a cabeça e a sorrir. Impossibilitado que estava de executar a beleza com as suas gordas, generosas, canhotas mãos – porque ele era todo esquerdo, agora sinto, o que nele era destro era apenas auxílio para o outro lado...

Eu vi. Canhoto passou a compor de outra maneira, enquanto acompanhava os movimentos do choro. Eu vi: Canhoto estava tocando! Acreditem, porque eu vi Canhoto a executar o violão, apesar do AVC, apesar do estado em que se encontrava, ele continuava a tocar. Como? – Ele estava com uma das pernas cruzada, posta sobre o joelho. Apesar da mão esquerda, imóvel, repousada em um braço da cadeira, com a direita ele marcava posições de acompanhamento na tíbia, no tornozelo!!! Essas coisas a gente vê e deve olhar para o outro lado em sinal de respeito. Mas era insopitável, irreprimível. Ver as notas a correr com o polegar, com o médio, o indicador, em marcações imaginárias em uma tíbia que se transformara em braço de violão.

Então caiu uma chuva pesada, e para melhor refletir sozinho sobre aquele mundo, me desculpei:

- Canhoto, vou agora, antes que a chuva piore.

E ele, num improviso de gênio e súplica:

- Vá não. A chuva passa...

E fiquei mais um pouco, em silêncio, porque Canhoto continuava a tocar e a chuva não tinha fim.
Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/recordacao-de-canhoto-da

Inspiração é...

(clique na imagem para ampliar)
Fonte: http://www.advivo.com.br/luisnassif/

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Relaxe

TRAIÇÃO À MINEIRA - SÓ 3 VEIZ!!!

Mineirim no leito de morte, decidiu ter uma conversa definitiva com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma:

- Muié, pode falá sem medo... já vô morrê mess e prifiro sabê tudim direitim....
- Ocê arguma veiz traiu eu?
- Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha....
- Pode falá muié....
- Quero não...
- Fala muié, disimbucha....
- Mió dexá pra lá, Zé.
- Vai, conta...
- Queto Zé, morre em paz...

Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:

- Tá bão Zé, vou contá, mais num mi responsabilizo...
- Pode contá.
- Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.
- Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito!
- A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe.
- Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô..
- Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano prêle e ele ti contratô di vorta.
- Ah, muié, cê foi muito boa cumigo...essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía....tá perdoada. E a segunda?
- Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?
- Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.
- Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano prêle ele ti sortá.
- Ê muié, isso nem conta também não, a carza foi justa...imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?
- Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?
- Lembro muié....quase me elegi.
- Pois é.... eu qui consegui aqueles 1.752 voto...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A política e seus personagens respeitáveis


Os 80 anos de Plínio

Plínio de Arruda Sampaio completará 80 anos no próximo dia 26 de julho. Seus amigos e companheiros do PSOL preparam uma festa suprapartidária para o sábado, 24, em São Paulo. Os 80 anos deste intelectual da ação serão comemorados em meio a uma de suas mais duras batalhas. Plínio é candidato à presidência da República pelo PSOL. Pode-se concordar ou discordar das posições de Plínio. Mas não se pode ignorar a admirável trajetória desse comunista que acredita em Deus, como ele mesmo se define. O artigo é de Gilberto Maringoni.

Gilberto Maringoni

Plínio nasceu no exato dia em que assassinaram o presidente da Paraíba – assim eram chamados os governadores -, no processo que deflagrou o início da Revolução de 1930. Ao longo do tempo, sua vida política o aproximou dos ideais de outro 26 de julho. Esta é também a data em que um grupo de barbudos tentou tomar de assalto o quartel Moncada, em Santiago de Cuba, em 1953. O comandante da ação era um grandalhão falante, cujo nome ecoaria mundialmente pelas seis décadas seguintes, Fidel Castro Rúz.

Plínio tem uma aparência de senador romano de filmes da Metro. Testa alta, nariz proeminente e olhar seguro. A voz calma e límpida e os gestos firmes não são próprios de alguém de sua idade. Mesmo quando faz um discurso incisivo contra o agronegócio ou em defesa de uma ação mais radicalizada por parte dos setores populares, parece o mais moderado dos homens. No fundo, poderia ser definido como um radical tranqüilo. “Se não fizesse política, o câncer teria me levado”, ironizou ao se recuperar de um tumor no estômago, há quase dez anos.

Militante
“Ele é antes de tudo um militante”, sintetiza sua esposa, Marieta Ribeiro de Azevedo Sampaio, com quem está casado desde 1954, época em que se formou em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco. “Quando eu o conheci, dois anos antes, ele já era um militante e é isso até hoje”.

Ligado à Igreja, Plínio deu seus primeiros passos na política através da Juventude Universitária Católica, organização surgida a partir da Ação Católica Brasileira. Em 1959, foi nomeado subchefe da Casa Civil de Carvalho Pinto, governador do Estado. Ali coordenou o Plano de Ação, um amplo programa de planejamento e de intervenção integrada de todas as esferas do Estado no desenvolvimento. Ainda nos anos 1950, entrou para o Partido Democrata Cristão (PDC), que tinha em André Franco Montoro (1916-1999) um de seus principais líderes.

Refaçamos as contas: são 80 anos de vida e quase 60 de atividade política incessante. Plínio vem de uma família de produtores de café e fez uma trajetória raríssima. De posições inicialmente moderadas, ao longo dos anos ele percorreu um caminho que o leva cada vez mais à esquerda. “Eu vim da direita”, costuma brincar. É um exagero. Mas contam-se nos dedos os ativistas com origem familiar abastada que transitaram rumo à esquerda socialista. No Brasil, possivelmente o caso mais notável seja o de Caio Prado Jr., com quem Plínio conviveu. O ex-Secretário Geral do Partido Comunista Italiano (PCI), Enrico Berlinguer (1922-1984) é outro. Se formos aos mais notáveis, vale lembrar que Friedrich Engels (1820-1895) era filho de um industrial inglês e Fidel Castro tinha um pai latifundiário.

Eleito deputado federal em 1962, Plínio logo se tornaria relator do plano de reforma agrária do governo João Goulart (1962-1964). A antipatia dos setores mais conservadores da sociedade foi imediata.

Golpe e exílio

Não deu outra: quando foi deflagrado o golpe de 1964, Plínio estava na primeira lista de cassações, juntamente com Luiz Carlos Prestes, João Goulart, Leonel Brizola, Miguel Arraes, Darcy Ribeiro, Celso Furtado e dezenas de outros.

No exílio, ele trabalhou na FAO (órgão da ONU que trata das questões relativas à agricultura e à alimentação), em Santiago do Chile e, a partir de 1970, nos Estados Unidos. Assessorou programas de reforma agrária em quase duas dezenas de países da América Latina e da África.

O ex-deputado voltou ao Brasil antes da Anistia. Chegou em 1976 e tornou-se professor da Fundação Getulio Vargas, após ter concluído um mestrado em Economia Agrícola na Universidade Cornell.

Tomou parte nas intensas lutas sociais que marcaram o final da ditadura. Ingressou primeiro no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e logo saiu para fundar o Partido dos Trabalhadores, em 1980, após as formidáveis greves do ABC paulista, lideradas por Luís Inácio Lula da Silva.

PT e Constituinte
Eleito deputado constituinte, em 1986, Plínio bateu-se por um projeto de reforma agrária que erradicasse o latifúndio. Com a paulatina destruição do texto constitucional, realizada por mais de 60 emendas, nos anos 1990, ele mostra um certo desencantamento com os rumos da Carta de 1988. Em palestra realizada há dois anos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em Brasília, o ex-parlamentar foi ácido: “O breve resumo histórico das idas e vindas do processo de elaboração da Constituição Cidadã impõe a conclusão de que o texto promulgado em de 1988 foi fruto de uma ilusão. Baseava-se no falso pressuposto de que a nova ordem econômica e política neoliberal, então hegemônica em todo o mundo capitalista desenvolvido, ainda não havia fechado as portas para o prosseguimento de projetos de construção nacional nos países de sua periferia”.

Dirigente petista, membro da coordenação da campanha Lula à presidência em 1989, Plínio foi o principal formulador da política agrária do partido por muitos anos. Foi líder da agremiação na Câmara e candidato a governador pelo PT, em 1990. Tornou-se presidente da Associação Brasileira pela Reforma Agrária (ABRA) e um dos mais importantes colaboradores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Membro da corrente majoritária do PT, a Articulação, aos poucos ele se tornou um aliado da esquerda partidária.

Paulatinamente desencantado com os rumos do PT, após a eleição de Lula, em 2002, Plínio foi candidato à presidência da legenda em 2005. Sua maior contrariedade estava com a política econômica capitaneada por Antonio Palocci e Henrque Meirelles, o que entendia ser uma continuidade da orientação adotada durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

PSOL e candidatura
Em setembro daquele ano, juntamente com cerca de dois mil militantes de todo o país, ele deixa a legenda que ajudou a fundar e filia-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

A avaliação de Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT, é dura sobre o episódio: “Foi um erro político imperdoável. Em 2005, a esquerda ganhou o primeiro turno na disputa pela presidência nacional do PT. Perdemos no segundo turno, entre outros motivos, porque ele e seu grupo saíram do partido".

Ivan Valente, deputado federal pelo PSOL-SP e ex-dirigente petista tem outra opinião: “A construção do PT representou um marco histórico de consciência e organização da classe trabalhadora brasileira. Mas é necessário reconhecer que o pragmatismo da chegada a todo custo ao poder desvirtuou seu programa, seus princípios e seus compromissos mais profundos com a transformação social”.

Em 2006, Plínio sai novamente candidato ao governo de São Paulo. “Tivemos quase 450 mil votos com um orçamento de cerca de R$ 20 mil reais. Os publicitários calculam, em campanha, que um voto custa, em média, de R$ 10 a R$ 15. Multiplicados pelo número de sufrágios, temos esses dispêndios milionários em campanhas. Pois gastamos cerca de R$ 0,04 por voto. Um fenômeno!”, diz ele.

Os 80 anos deste intelectual da ação serão comemorados em meio a uma de suas mais duras batalhas. Plínio é candidato à presidência da República pelo PSOL. Tem viajado incansavelmente. Sabe que o principal perigo para o Brasil e para o continente é a candidatura de José Serra, que reúne a maior parte da direita brasileira, de golpistas a neoliberais. Mas busca se diferenciar também da campanha de Dilma Rousseff, criticando especialmente a política monetária do Banco Central e a não efetivação da reforma agrária, no ritmo que julga necessário.

A festa dos 80 anos de Plínio será realizada no próximo sábado (24 de julho), num jantar-festa no restaurante Spasso Buffet & Music, a partir das 21h. O endereço é Avenida Rio Branco, 82, República (centro de São Paulo). Os convites custam R$ 20.

Sempre que perguntado quais os melhores anos de sua longa trajetória, Plínio repete um bordão:

“São aqueles que ainda vou viver”.

Para Ivan Valente, “Plínio é uma figura histórica da luta democrática, da resistência à ditadura e da construção de uma alternativa de esquerda para o nosso país. Sua trajetória é um exemplo para os que lutam por igualdade e justiça social”.

Pode-se concordar ou discordar das posições de Plínio. Mas não se pode ignorar a admirável trajetória desse comunista que acredita em Deus, como ele mesmo se define.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aos amantes do cinema



O FABULOSO DESTINO DE AMELIE POULAIN

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Municípios devem elaborar o plano municipal de saneamento básico até o final do ano


Todos os municípios brasileiros devem elaborar o plano municipal de saneamento básico que engloba água, esgoto, lixo e drenagem até 31 de dezembro de 2010, de acordo com a Resolução nº 33, de 10/05/2007, do Conselho das Cidades, que servirá de base para a formulação da política de saneamento de cada município, conforme determina a lei federal 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010.

Segundo o responsável pelo setor de saneamento básico da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e conselheiro titular do Conselho das Cidades / Ministério das Cidades e membro titular no Comitê de Saneamento Ambiental do Conselho das Cidades Engenheiro Adalberto Mendes, somente a prefeitura de cada município é que deve elaborar o plano municipal de saneamento básico, sendo portanto indelegável.

“No desenvolvimento do plano é que será definido o prestador de serviço. Conforme o ordenamento jurídico brasileiro a prestação de serviços de saneamento pode ser realizada por uma autarquia municipal, uma companhia municipal, por um consórcio público de direito público (segundo a Lei nº 11.107/05, regulamentada pelo Decreto nº 6.017/07), formado por pelo menos dois entes federativos, por uma empresa da iniciativa privada ou por uma empresa estadual. O que define o prestador de serviços é o plano, sendo escolhido aquele que apresentar a menor tarifa”, afirma Mendes.

O responsável pelo setor de saneamento básico da CNM explica também que neste momento não cabe qualquer negociação com a Sabesp, pois o contrato na cidade de São Roque já venceu e o plano de saneamento não foi elaborado. “Recomenda-se que ao vencer um contrato com a prestadora de serviços de saneamento básico a prefeitura retome os serviços, com a criação de uma autarquia e após as conclusões do plano, se a tarifa da Sabesp for a menor entre as alternativas possíveis é que se firma um contrato de programa”, comenta Mendes.

Segundo informações da prefeitura de São Roque, o Governo Estadual através da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo contratou uma empresa que presta consultoria e vai auxiliar os 34 municípios que fazem parte das bacias dos rios Sorocaba e Médio Tietê.

A Assessoria de Imprensa conta que para a elaboração do plano municipal de saneamento a cidade deverá seguir sete etapas e São Roque está finalizando a primeira. Os engenheiros da empresa contratada pelo Governo estiveram no município e realizaram um levantamento de campo. As demais etapas serão realizadas nos próximos meses.

Mendes diz ainda que para a formulação da política pública de saneamento é necessário haver uma inteiração junto a comunidade. “Durante todo o processo de elaboração do plano, a população deve participar ativamente desde o diagnóstico participativo, nos estudos técnicos e recomenda-se que haja uma conferência municipal de saneamento básico, onde a sociedade tomará as decisões e fará constar no projeto de lei que deverá ser analisado, discutido e votado na Câmara Municipal”, ressalta o Engenheiro.

Fonte:JE Online
http://blogln.ning.com/profiles/blogs/municipios-devem-elaborar-o

Risque meu nome do seu orkut (Xico Sá)

Você amigo, você fofolete, acaba o casamento, o romance, a novela, o amancebamento, o caso, o rolo, mas continuam acompanhando a vida do(a) ex no Orkut,no Facebook, nas redes sociais mais intimistas? Um desastre. Podendo evitar, meu caro, minha princesa, evitem.

Corra fora rapaz, corra, Lola, corra. Aproveitem que os laços foram cortados no plano real e passem a régua também nas espumas da virtualidade. O mais é sofrimento à toa, reacender a fogueira do ciúme, masoquismo, perversão, sacanagem. Um risco que não vale mesmo a pena.

Depois não digam que foi por falta de aviso.

Qualquer recado ou post, mesmo os mais inocentes ou sem propósito, vira um inferno na Terra. Para completar, tem sempre alguém mais sacana ainda e entra no jogo, só por ruindade, dando linha na pipa da maldade.

Aperreios no juízo
Prefira não, amigo, caia fora mesmo, Lola.

Não adianta nem tentar dizer que não liga, que é apenas virtual, que leva na buena, que acabou tudo bem e que é civilizadíssimo. Melhor evitar aperreios no juízo.

Você já prestou atenção, meu jovem, na fartura de tragédias amorosas que tiveram como espoleta da discórdia um simples comentário na internet, uma foto sensual no Orkut, uma alteração no status do relacionamento?

E tem outra: precisa ser muito tranqüilo para não ficar fuçando a vida do(a) entidade chamada ex. Quem resiste aí levante o dedo.
Melhor evitar o brinquedo assassino chamado ciúme, esse satanás de chifre.

Sim, tem de ser forte para cair fora, para bloqueá-lo(a), para dar um tempo inclusive na amizade forçada – não há civilização no fim do amor, a barbárie e a selvageria sempre prevalecem.

Não basta o sofrimento mais do que real da ressaca amorosa? Basta. Como recomendava a canção das antigas, risque o meu nome do seu caderno, pois não suporto o inferno do nosso amor fracassado.

Ninguém segura essa onda. Claro que só uma minoria maluca chega à violência, ao inconcebível. A maioria, mesmo silenciosa, sofre horrores, se acaba, o velho pote até aqui de mágoa, como diria o xará Buarque. Faça não, caia fora, faz bem para manter a sanidade.

Risque o meu nome do seu Orkut e diga ao Facebook que não estamos mais em um relacionamento sério…


Fonte: http://colunistas.yahoo.net/posts/3686.html

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vi no treta.com.br




As dez denúncias do psicanalista Adam Phillips


Um dos mais influentes psicanalistas da Inglaterra, autor de dez livros e editor da nova tradução da obra de Sigmund Freud (1856-1939), Adam Phillips, 48 anos, mais parece um profeta do que um homem da ciência. Pelo menos essa é a idéia que se tem depois de ler a entrevista que ele concedeu à revista Veja (12 de março de 2003, “Páginas amarelas”), da qual se extraíram as dez denúncias abaixo numeradas:


1. Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas.

2. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada.

3. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados, com o estilo de vida que levamos.

4. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.

5. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar.

6. No século 14, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: “ser rico e famoso”. Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.

7. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos, dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos, enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.

8. [Precisamos] instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos, ensiná-las a ser críticas, mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas.

9. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.

10. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo “se um produto é caro, então é bom”. Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida.

Fonte: http://omundocomoelee.blogspot.com/

Escultura em melancia



Vi no blog Querido Leitor e repasso pra vcs. De repente, alguem gosta e quer fazer.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Arruda Neto

Por Cairo Arruda
(membro da ACI)

De forma prematura, nós, descendentes do casal Miguel Vasconcelos de Arruda e Francisca Ferreira Arruda, acabamos de perder, dia 19 último, o nosso 6º irmão, Ricardo José de Arruda Neto, aos 62 anos, residente em Mossoró-RN, de cuja agência do BNB foi gerente, e também Agente de Desenvolvimento, até aposentar-se; deixando viúva, a prendada Vanúsia, e órfãos: Teófilo,Tamires e Valdir.
Arruda Neto, como era tratado pelos mais íntimos, era apaixonado pela radiodifusão, e foi um dos fundadores da Rádio Vale do Salgado, de Lavras da Mangabeira-CE, sendo um dos seus maiores acionistas, ao lado do mano Francisco Vasconcelos de Arruda Sobrinho, atual Diretor Comercial, e o magno idealizador desse antigo sonho que, em 1979, tornou-se realidade, graças, principalmente, ao empenho do seu Superintendente Miguel Vasconcelos de Arruda, cargo que, com a sua morte, passou a ser exercido por este Comentarista.
Arruda Neto, por vários anos, exerceu a atividade radiofônica na Difusora Rádio Cajazeiras, de Cajazeiras-PB, e, ao dela afastar-se para assumir um cargo junto ao BNB, através de concurso, recebeu como prova de reconhecimento de sua Direção, pelos bons serviços prestados àquela Emissora, um microfone de ouro.
No BNB, foi gerente em várias cidades do Rio Grande do Norte, e também de Lavras da Mangabeira-CE.
Era natural da cidade de Barro-CE, e filho honorário de Mossoró, tendo sido sócio ativo e Presidente de um dos seus Clubes de Lions; e como radialista, colaborador da Rádio Difusora de Mossoró.
Como irmão, sempre foi uma criatura fraterna, solidária e sensível para com os problemas da irmandade e da família, não medindo esforços para, dentro de suas limitações, colaborar com as justas e merecidas causas.
Arruda Neto deixou, realmente, no seio de seus familiares, uma lacuna difícil de ser preenchida.

E-mail: cairomiri@yahoo.com.br

O que todo brasileiro deve saber sobre Leonel Brizola seis anos depois de sua morte

Leonel Brizola
Por Gilberto Felisberto Vasconcellos

Leonel Brizola não gostava do “ismo” brizolismo, considerava-o excessivamente personificado e personalizado, ao contrário de seus detratores (e foram muitos tanto na direita quanto na esquerda) que tripudiavam o “personalismo” dele, líder egocêntrico, personalista, narcisista, individualista, ou senão centralizador tal qual Lênin e Trotsky. Essa calúnia foi repetida durante décadas, muita gente nas universidades e nos sindicatos acreditou que ele fosse um homem neuroticamente obcecado pelo poder, fazendo de tudo para lá chegar, pouco importando por quais meios, se espúrios, imorais e ignominiosos.
Curiosamente a maior parte de sua vida viveu fora do poder e, durante muito tempo, exilado e perseguido. A maledicência a fim de detratá-lo não dava margem a que se perguntasse acerca do mais importante: por que e para que queria o poder? Nos cursos de ciências sociais diziam-no que não estava politicamente vinculado a nenhuma classe social, ora tido como populista, ora bonapartista, ora intersticial, mas foi um homem público que desafiou a própria morte com coragem e intrepidez pelo destino da pátria e a sorte do povo.

Leonel Brizola se identificou politicamente com o trabalhismo, reportando-se ao nome de Getúlio Vargas na história do Brasil e, antes dele, ao mártir Tiradentes. Não abdicou nunca desta filiação, mantendo-a firme no caminho do socialismo, convicto de que o capital não representa solução para a humanidade. Em sua palavra e ação, a centralidade do trabalho indigitava a concepção originada de Marx e Engels (como a do jovem Getúlio procedia de Saint-Simon), ou seja: o trabalho criador de riqueza, o homem se fazendo pelo trabalho, a história do homem como a história do trabalho.

O Trabalho de Quem Não Trabalha

A notória repulsa de Leonel Brizola à monarquia é que ela esteve associada ao latifúndio e à escravidão. Todavia, o problema hoje é que a direita, ainda que de modo transverso e caricato, se apropriou da noção de trabalho. Antonio Ermínio de Moraes se define como trabalhador, George Soros alardeia todo santo dia que começa a trabalhar às cinco horas da manhã, José Serra se vê como um infatigável trabalhador desde quando estava no útero da senhora sua mãe.

A força de trabalho tornou-se objeto de falsificação, tal como tudo no capitalismo, embora sem explorar a força de trabalho nenhum capitalista ganha nada, não obtém aquilo que é o motivo de sua existência: o lucro.

Lembro Samir Amin dando o recado lá da África: a lógica do capitalismo é expandir o capital, e não promover o desenvolvimento. O que move o capitalismo é o lucro, e não a renda distribuída. O Banco Mundial é que juntou capitalismo com desenvolvimento, assim como o neoliberalismo mistifica o laço indissolúvel entre democracia e capitalismo. É mais um logro burguês afirmar que é possível o pleno emprego. O capitalismo é contra a democracia. O desespero do desemprego é um problema para os que estão desempregados, e não para os capitalistas. O desemprego (a existência de “exército industrial de reserva” que divide a classe operária) favorece os interesses dos capitalistas. É ilusória ou demagógica a vontade do capitalista em eliminar o desemprego.

O desemprego dá lucro ao capitalista. Como dizia Darcy Ribeiro, a massa excedentária é um componente estrutural do capitalismo e ineliminável, tal qual o subdesenvolvimento Há jovens deserdados que estarão condenados a não ter nunca na vida emprego.
Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, leitores do Manifesto Comunista escrito pelos jovens Marx e Engels, estavam de olho na força de trabalho que não consegue assalariar-se, compelida a se virar no subemprego, nas formas precárias, incertas e perigosas do troco descolado, como acontece no dia a dia do Rio de Janeiro.

A ciência sobre o capitalismo não foi feita por nenhum teórico capitalista, mas pelo comunista Karl Marx, que julgava a palavra “proletário” mais incisiva do que “trabalhador”. Engels explicou que o proletariado é a moderna classe dos trabalhadores assalariados.
Os partidos políticos de esquerda, ou supostamente de esquerda, resolveram adotar a palavra “trabalhador”, o que correspondeu à substituição de “burguesia” por “empresariado”. Fato é que do nosso léxico político desapareceu a palavra “proletariado”. A última pessoa que, se não me engano, remou contra essa maré lingüística, foi o cineasta Glauber Rocha em sua famosa autodefinição: “eu sou um proletário intelectual”.

Nos discursos de Leonel Brizola, logo na seqüência dos primeiros acordes do hino nacional, invariavelmente o vocativo era chamado: “povo brasileiro”. Mudam-se os tempos, muda-se a linguagem. O pensamento não está apartado da linguagem. O pensamento se revela na linguagem. Basta reparar a dicção, a pronúncia de um político tucano abrindo a boca: a fala dele é inconfundivelmente a da classe dominante. A linguagem, tal qual o salário, é luta de classes.

Cidadão Miserável e Cidadão Milionário

Corriqueiro é ouvir a palavra “cidadania” por tudo quanto é canto. Essa palavra “cidadania”, que estava lá no armário burguês da revolução francesa, de repente foi posta em circulação na década de 80 pelas ONGs que se espalharam por toda a América Latina.
Segundo o marxista James Petras, as ONGs foram criadas pelo neoliberalismo, a ideologia da globalização imperialista do capital, com o objetivo de atacar o “estatismo” e as políticas públicas, substituindo-as por uma solidariedade que é falaciosa e aparente.

A aparência do solidarismo trazida pela caridade das ONGs despolitiza e desmobiliza o pobre explorado. A retórica da “cidadania” é moral e tem por objetivo mostrar que a exploração econômica não existe como causa objetiva da pobreza. O pobre deve ter fé no processo eleitoral argentário, deve votar sob a influência do monopólio da mídia. Essas ONGs, bando de gafanhotos endolarados, apareceram para nos ensinar o que é “cidadania”. Assim, começamos a ouvir “cidadania” para cá, “cidadania” para lá, e sempre como alguma distante, alheia e contraposta ao Estado. Tal qual sucedeu com o projeto Camelot da CIA durante a década de 60, foi colocada uma dinheirama nas ONGs a fim de cooptar e seduzir muita gente com a palavra de ordem: “cidadania já”!

Privatizando as empresas estatais, o neoliberalismo precisava se fazer popular com as ONGs da “cidadania”. Na década de 80 o neoliberalismo usou cada vez mais a acústica “cidadã”. Como dizia o maestro Villa Lobos, começamos a papagaiar a palavra “cidadania” por todos os rincões deste país, na mídia, no parlamento, na universidade e até nas conversas das donas de casa. Antes o que se ouvia (também vinda do exterior) era a palavra “modernidade” ou senão “globalização”.

A palavra “cidadania”, o xodó do departamento lingüístico do World Bank, que já foi presidido pelo sádico Roberto Mc Namara durante a guerra do Vietnã, tornou-se um lugar comum dos partidos políticos. As ONGs funcionaram como um eficaz instrumento neoliberal. À semelhança dos pardais que enfeitaram de cocô nossas cidades, importados de Paris, a palavra “cidadania” veio com as ONGs financiadas pelo Banco Mundial. Dentro desse pacote do imperialismo a “cidadania” se fez verbo. A cidadania dos políticos e dos intelectuais, o verbo do poder a partir da década de 80, segundo James Petras, o autor de Neoliberalism and Class Conflict in Latin America (1997).

ONGs, Instrumento do Neoliberalismo

Foi diabólica a estratégia das ONGs por toda a América Latina. “Cidadania” e “sociedade civil” (ocupando a esquerda que discutia se a “sociedade civil” provém dos textos de Hegel ou de Gramsci), enquanto por cima com o “capitalismo da flexibilização” (a cumplicidade entre o Estado e o capital globalizado), o Banco Mundial e as corporações multinacionais faziam a festa “anti-estatista” do livre mercado com as privatizações internacionais, sendo a mais criminosa a da Vale do Rio Doce, “o maior crime do século”, no dizer de Bautista Vidal. Sempre coniventes com o salário baixo da população, os ongueiros (empolgados pela “cidadania” desatrelada do Estado) conduziam o programa de “auto-ajuda” dos pobres e de “educação popular”, ocultando a classe social, o nacionalismo e o imperialismo.

A ONG colocou a “vontade” (tudo se resume em querer) no lugar da classe social como força política. A luta de classes passou a ser uma invenção de ressentidos e de gente que não está bem com a vida tal qual ela é mostrada pela telenovela.
Nas ONGs o conceito econômico de capitalismo converte-se em conceito moral, daí o estribilho “ética na política”, que corresponde à mistificação de que a pobreza, o mar de pobres, não é senão o resultado de erros (que poderiam ser evitados) cometidos por uma administração “incompetente”, palavra essa que se espraiou como uma epidemia revivendo o espírito da UDN.

A ONG afirmou o lado caridoso, compadecido, assistencialista e comunitário do neoliberalismo, a retórica sobre os “excluídos”, “as linhas de pobreza”, os racialmente discriminados e a igualdade de gênero sexual, como se o racismo na historia da humanidade não tivesse nada a ver com o capitalismo. A política da ação voluntária em âmbito local passou a ser sinônimo de realismo e de “transparência” social. Os dólares do Banco de Desenvolvimento Inter-americano e o Banco Mundial cacificavam as micro-empresas de intelectuais e políticos cooptados pela agenda neoliberal.

O discurso das ONGs, a ideologia dominante das multinacionais dominantes, é o discurso do poder econômico e cultural nas últimas décadas. Foi isso o que estruturou os programas de pós-graduação nas universidades. O discurso sobre a pobreza – a referência lacrimosa e emocional aos “excluídos” – separou e inocentou o setor rico da sociedade com a idéia da auto-exploração do pobre, tal qual o pregão pentecostal dos evangélicos sobre o rico que vai para o céu. A “auto-ajuda” das igrejas universais consagrou o pastor barulhento como o novo tipo de político que se legitima cada vez mais no desejo dos pobres e despossuídos. É por isso que o mote da “cidadania” foi o dispositivo lingüístico usado pelos ongueiros contra o conceito de luta de classes do marxismo. O manifesto das ONGs inverte o de Marx e Engels: cidadãos e excluídos uní-vos!

Sopão Pós-Moderno

O assistencialismo ongueiro é tão despolitizante quanto o pós-modernismo, a mais recente ideologia do imperialismo na área da cultura. O pós-modernismo divulga que a história acabou, que não há outra alternativa senão o capitalismo, que a “cidadania globalizada” é a realidade do século XXI com a “sociedade civil internacional”, que o marxismo está morto (a queda da União Soviética é identificada com o fim do socialismo) que nada é possível ser feito politicamente em termos nacionais na era da globalização, que a classe social é um conceito obsoleto, o qual deve ser substituído pela idéia de “identidade” e de gênero, ou seja, o que conta é a condição de lésbica, de gay, de afrodescendente.

Assim, o capitalismo deixa de ser um sistema dividido antagonicamente em classes sociais, a política é enfocada pelo prisma de um embate de celebridades, a exemplo de Fernando Gabeira no Rio de Janeiro. O pós-modernismo é repercutido pelo PSDB e por toda a mídia, é a ideologia de que o poder é difuso, fluido, volátil, não tem base material e econômica, tampouco um ponto central e definido. Tudo se resume a uma questão de “lifestyle” (o estilo de vida que a pessoa leva), e não de classe social.

Nas ciências humanas tudo virou relativo e pluralista, não há mais causas nos fenômenos sociais e políticos. O Banco Mundial fez a cabeça dos professores e estudantes das universidades, os quais dirão amém ao triunfalismo capitalista. A universidade, o que havia de esquerda na universidade, se neoliberalizou com a receita pós-moderna. A ênfase da política foi colocada exclusivamente nas eleições, ou no “cretinismo parlamentar”, como dizia Karl Marx. É a urna eleitoral, e não a mobilização popular, que decide os rumos da sociedade. Com educação (um, dois, três milhões de lepitópis nas favelas) o subdesenvolvimento será eliminado, o imperialismo econômica e políticamente não impede o país de ser passado a limpo. A educação é o motor da história, segundo o Banco Mundial: a educação é a principal alavanca da “cidadania”. E isso nada tem a ver com a estrutura social e econômica do capitalismo que autoperpetua o desenvolvimento do subdesenvolvimento. A agenda do Banco Mundial é suprimir a perspectiva do socialismo, colocando em seu lugar a meta da educação. Não será surpreendente se, mais dia ou menos dia, esse organismo do capital internacional vir a se apropriar do programa educacional dos Cieps.

O discurso da “cidadania” usa e abusa da expressão “vontade política” (outro clichê do Banco Mundial), mas na verdade consagra a impotência política. Lembro Darcy Ribeiro exilado em Montevidéu no ano de 1969, dez anos antes da fundação do PDT, preocupado em amalgamar o nacionalismo com o marxismo, a fim de elaborar um projeto político para ganhar o apoio da massa da população. Vamos, dizia ele, passar o Brasil a limpo. Sabemos que isso lamentavelmente não foi conseguido depois de sua volta do exílio em 1979.

Obsolescência do Trabalhismo
Darcy Ribeiro no final da vida se dizia um homem fracassado, que fracassou em quase todos os seus belos e grandiosos projetos. A questão colocada hoje é a seguinte: estava equivocado o diagnóstico histórico feito por Darcy Ribeiro e Leonel Brizola sobre o Brasil e a América Latina? Claro que, para responder a isso, é preciso saber e estudar em que consiste esse interpretação elaborada desde os anos 50, pois não é com amnésia histórica que se lida com os problemas da atualidade. Eles acertaram em um ponto básico: o subdesenvolvimento (atraso, fome, miséria, injustiça, promiscuidade, violência) irá continuar com o vínculo espoliativo mantido pelo intercâmbio internacional do sistema capitalista.

O que há na conjuntura atual do capitalismo que não foi mentalizado por Darcy e Brizola? Mudou substancialmente alguma coisa na relação entre países atrasados e avançados? Com a didática de tarimbado professor, Darcy Ribeiro dizia que a direção multinacional da sociedade latinoamericana continuou a questão-chave, principalmente depois de 1945, que é o ponto de inflexão na história do imperialismo. Com United Fruit na Guatemala plantavam-se bananas, hoje são plantadas indústrias estrangeiras, mas a rapinância continua a mesma, com o detalhe de que Darcy e Brizola denunciaram a financeirização da acumulação de capital, ou seja, o capitalismo cybervideofinanceiro aumenta ainda mais o atraso histórico da América Latina.

O colapso econômico do neoliberalismo não quer dizer no entanto que houve o colapso ideológico da hegemonia neoliberal. Esta continua firme e forte em todos os partidos políticos. A razão é pragmática e cínica. Principal agência das multinacionais, a televisão não perde as eleições. Portanto, dizem as vozes pós-modernas, o futuro do trabalhismo está na televisão do futuro. É este o conteúdo adaptacionista do “neotrabalhismo”, que apresenta Leonel Brizola como se ele tivesse sido um político telefóbico.

Com a ênfase abstrata e demagógica na educação, retroagindo às formulações elaboradas por Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, o “neotrabalhismo” subtrai a centralidade do trabalho superexplorado das massas, assim como desconecta-o do atraso nacional que não é mais decorrência espoliativa imperialista, ou seja, é o adeus à concepção sobre as “perdas internacionais da nossa economia”.

Os intelectuais orgânicos das ONGs, que colocam a “cidadania” no lugar da crítica ao capitalismo, propagam pelas universidades que o legado anacrônico de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola deveria ser jogado no lixo da história. Se o diagnóstico de ambos estivesse correto, eles teriam alcançado o poder pelo voto, como se a derrota eleitoral fosse indício de inconsistência teórica. Esse argumento é uma falácia com má fé porque pressupõe que triunfar na política, que é conflito de interesses materiais, seja o resultado da razão e de argumentos. Convenhamos que Stalin não triunfou na União Soviética porque pensou melhor a realidade russa do que Trotsky.

Luta de Classes

“Briga de foice no escuro”, assim definiu Leonel Brizola a política, isto é, a luta de classes. Leonel Brizola morreu com seu cérebro (sentimentalismo é dizer que ele vive), mas perdura o seu pensamento e o que deixou como exemplo público, inclusive a relação do trabalhismo brizolista com as classes sociais, ou seja, com as classes subalternas. Leonel Brizola nasceu politicamente vinculado à classe operária na Rio Grande do Sul. Mas o que era o heteródito PTB e a classe operária até 1964? É necessário perguntar pela relação partido político e classe social. Depois de 1979 frequentemente se ouvia que o PDT, cujos quadros eram preenchidos pela pequena burguesia, não era um partido da classe operária. Seu foco de atenção ou de persuasão era a massa marginalizada da população, os desempregados e subempregados. Por outro lado, argumentava Darcy Ribeiro em um país ocupado pelo imperialismo, não existe uma classe burguesa independente que tenha a vocação de ser uma classe (situada no topo da sociedade) a fim de exercer o comando econômico e político.

A revitalização do brizolismo passa necessariamente pela crítica marxista ao capital monopolista. O renascimento do PDT, tal qual este existiu como referência essencial na sociedade brasileira sob a liderança de Leonel Brizola, não poderá se efetivar sem que se coloque o socialismo no cerne de seu projeto político para a América Latina. Essa é a única maneira do PDT não tornar-se cativo da ideologia do Banco Mundial, para quem o domínio das corporações multinacionais (com o binômio democracia e educação) irá eliminar o subdesenvolvimento e o atraso da sociedade brasileira.

O PDT está compelido a avançar caminhando em direção ao que foi concebido no passado acerca da “espoliação internacional”, isto é, o subdesenvolvimento como sendo endêmico ao capitalismo no Terceiro Mundo. Por causa do processo social cada vez mais antagonicamente polarizado, brizolismo e marxismo devem se amalgamar em uma unidade orgânica, tal qual a política anti-colonialista de Hugo Chávez realizada na Venezuela juntando Bolívar e Marx.

Gilberto Felisberto Vasconcellos é sociólogo, jornalista e escritor.

Fonte: http://carosamigos.terra.com.br/

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nota de falecimento

Acabo de saber que faleceu, ontem, em Mossoró, Ricardo Arruda Neto. Sempre amigo de Ip, participava das festas de janeiro. Esteve lá na festa deste ano. O antigo site Ipfest tinha algumas fotos dele na solenidade em homenagem ao Dr. Arruda, seu tio. O nosso blog tem algumas fotos dele publicadas mas não consegui localizar. Ricardo é filho de Miguel Arruda e Dona Francisquinha. Irmão de Cairo, Marlei, Telmo, Bim, Mifran, Ceição e Dorinha (falecida precocemente). Tenho boas lembranças dele. Sempre tranquilo, respeitador, amistoso. Deixa saudades não apenas aos familiares mas aos amigos e conhecidos. Rezemos por ele e pela família neste momento difícil.

Aos meus amigos


"O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”
(Drummond)

Feliz dia do amigo


Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Há duas formas para se viver a vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein
Fonte:http://blogln.ning.com/profiles/blogs/feliz-dia-do-amigo-a-todos?xg_source=activity

Ojo - Não conheço o poema de outras fontes, peguei a versão que rola na internet, não sei se a autoria é correta.
ML

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cultura popular




Fonte: http://omundocomoelee.blogspot.com/

O fim da palmada educativa (Cláudio Andrade)


O autor do texto, Cláudio Andrade, discute até onde vai o limite do Estado em punir o castigo físico - a "palmada educativa" - sobre crianças. Mais importante que a probição do castigo corporal, é prestar atenção na formação dos futuros pais. Muitos se vêem na prematura condição de pais após uma transa passageira durante a adolescência, exemplifica o autor. "A inexperiência desses pais, o inconformismo com a chegada precoce da fase adulta e os fatores relacionados à saúde pública, como o vício em drogas lícitas e ilícitas, tornam a criação de uma criança, um fardo, dotado de riscos constantes."

O fim da punição física não vai melhorar a educação infantil, defende Andrade. "Fui uma criança levada e sempre apanhei, mesmo assim, o meu amor pelos meus pais nunca diminuiu. As lembranças que possuo de minha infância não são dos tapas de correção, que levei, e sim, dos ensinamentos para não roubar, devolver o que não era meu, beijar a mão de minha avó e pedir, ao contrário de pegar." Segue abaixo o texto:



A mensagem do Presidente Lula acrescenta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entre outros, o Artigo 17-A que concede as crianças e adolescentes o direito de serem cuidados e educados pelos pais ou responsáveis sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante. O texto define como tratamento cruel ou degradante qualquer tipo de conduta que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente.

Vale ressaltar de início que a relação entre pais e filhos nunca foi fácil, afinal a incumbência de formar um ser humano não é simples. Pais quase perfeitos podem gerar filhos imperfeitos, ao passo que pais problemáticos podem formar infantes psicologicamente sadios.

A formação oriunda do lar continua sendo o alicerce para o enfrentamento do 'mundo cão'. Todavia, cada criança reage de forma particular às ordens de comando. Para uns, basta um olhar e para outros, olhares, gritos e algumas palmadas, muito bem dadas.

O efeito nefasto surge quando a imoderabilidade suplanta à correção. Não existe um pai sequer no mundo, que não tenha perdido a calma com um filho. Notem: perdido a calma e não a cabeça.

Um pai precisa estar preparado para a função a si conferida por Deus. Esse preparo passa pela maturidade, formação ética e moral, estabilidade financeira e uma boa formação religiosa.

Um filho não pede para vir ao mundo, entretanto, se chega, esperado ou não, deve ser correspondido no que tange ao seu direito sagrado de sobreviver, adquirir personalidade, crescer com valores e posicionar-se enquanto ser social, com direitos e obrigações.

Infelizmente, muitos pais não estão preparados para tamanha responsabilidade. Um sexo entre namorados, por exemplo, não possui a intenção de gerar uma prole, mas acontece, todas as horas, nos sofás, nos carros, nas praias e claro, nos motéis.

Diante disso, num 'estalar de dedos', um jovem de dezoito anos cruza a linha imaginária entre a adolescência e a fase adulta. Essa mecânica constrõe, de forma inesperada, um lar com três crianças. Os pais e o bebê.

Quais as chances dessa união familiar dar certo? Mínimas, não acham?

A inexperiência desses pais, o inconformismo com a chegada precoce da fase adulta e os fatores relacionados à saúde pública, como o vício em drogas lícitas e ilícitas, tornam a criação de uma criança, um fardo, dotado de riscos constantes.

Punir, mediante dispositos legais, a correção imoderada, por si só, não muda nada. Não sou a favor do controle estatal na questão da natalidade, mas é responsabilidade do Estado prover, mediante os tributos pagos por nós, as condições ideais para a formação de nossas crianças, não importando quantos existam em um só seio familiar.

Para que um menor não seja fruto do meio, ele não pode ser vítima do lar. Fui uma criança levada e sempre apanhei, mesmo assim, o meu amor pelos meus pais nunca diminuiu. As lembranças que possuo de minha infância não são dos tapas de correção, que levei, e sim, dos ensinamentos para não roubar, devolver o que não era meu, beijar a mão de minha avó e pedir, ao contrário de pegar.

O Estado não deveria acobertar os problemas sociais gritantes de nosso país, repassando para os pais, possíveis sanções no exercício da paternidade. Para os 'mosntros', a lei já prevê a destituição de poder familiar, dentre outras ações de cunho cível e criminal.

Continuarei exercendo o meu poder familiar da mesma forma que recebi. Se hoje sou um ser humano mais digno, dou graças aos meus pais e, porque não, aos necessários corretivos por eles aplicados?

Reforma política de verdade

Por Cairo Arruda
(membro da ACI)

O sistema de reeleição foi implantado no Brasil por conveniência do governo de plantão, no caso, FHC, que desejava , e conseguiu, passar mais quatro anos no Poder, ensejando também que os então governadores, cuja maioria era do seu Partido – PSDB, usufruíssem do mesmo direito, disputando a eleição sem serem obrigados a desencompatibilizar-se. A única exceção, que tivemos, foi o saudoso Mário Covas, que na época governava São Paulo, e fez questão de licenciar-se do cargo, passando-o para o vice. E numa demonstração de reconhecimento dos paulistas ao seu ato de desprendimento e postura ética, foi reeleito, mas, devido a problemas de saúde, que o levaram à morte, não concluiu o mandato.
No meu entender, não estamos ainda preparados psicológica e politicamente (e os fatos têm demonstrado), para praticarmos a reeleição em qualquer nível – de prefeito a presidente da República, pois a grande maioria dos nossos políticos aproveita-se do exercício do cargo para tirar proveitos próprios e dos seus grupos político-partidários. Ademais, não contamos com partidos fortes, bem estruturados, que ficam a mercê de uma pequena cúpula de mandatários, que é quem dita as cartas.
Uma reforma política propriamente dita não foi ainda concretizada, porque “os donos da bola” – os detentores de mandatos, preferem manter o status quo, alegando, certamente, que em time que está ganhando não se mexe.
Contudo, a aprovação do Projeto da Ficha Limpa, de iniciativa popular, pelo Congresso Nacional, serviu de incentivo para, Entidades como: OAB, CNBB, AMB, APR e MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que se procupam com a ética na política, partirem para mobilizar a sociedade brasileira, a fim de encetar uma campanha de caráter nacional visando à concretização de uma reforma política de verdade, digna desse nome, e que traga em seu bojo, dentre outras mudanças, a extinção da reeleição, para já vigorar nas eleições municipais de 2012.
Não podemos continuar à espera da ação dos nossos congressitas em relação a essa nobre causa, pois, com as devidas exceções, eles sempre optam por legislar em causa própria, como a nossa história legislativa tem demonstrado, ao longo dos anos.

cairomiri@yahoo.com.br

Só velhos comandam

Apesar do tempo que passa, não sei se conseguirei envelhecer, não sei se consigo deixar de ser tão infantil, já que minha infantilidade tão condenada por alguns é o que me faz parar no tempo e fugir desse fantasma que nossos políticos tão bem conhecem. Infelizmente para se ter poder aqui é preciso não só capacidade e sabedoria, mas também idade. Envelhecer fisicamente é uma dádiva de Deus a nós ofertada, envelhecer psiquicamente é uma escolha que só os palermas sedentos de poder fazem.
Sinto muito pelos excessivamente responsáveis, nunca integrarei seu grupo seleto, peço desculpas aos policiais, pois pra mim são maior símbolo de esclerose psíquica antes dos cinquenta que conheço. Mas tudo bem, a regulação nem é tanta hoje, a democracia disfarçada esconde as imperfeições de um país comandado por velhos, não vovôs, velhas cobras que sobrevivem no seio da pátria sugando, e fazendo apenas isso, protegidos por negociatas das quais o povo nem toma conhecimento. O pobre povo que vitimado pela própria ignorância e influenciado pelos senhores da palavra continuam cometendo o mesmo erro a cada dois anos. E esses senhores achando insuficiente o campo político expandem-se aos montes pelo religioso, e comunicativo também. Vão alongando sua passagem no comando do denominado resto que se deixa dirigir como um modelo anos 80 cansado e carente de peças e reparos.
Não sei se é sincero nem verdadeiro, mas minhas experiências de “não jovem” até agora não foram muito boas. Votei, infelizmente errado em todas as ocasiões, até venci, mas continua tudo igual, então, acho que perdi. Envelhecer é ótimo contanto que seja natural e não manipulado, aí é mentira, aí é querer ser político. Que maluco ia desejar isso? Pra mudar a vida de alguém, nenhum. Pra mudar a própria, todo mundo quer.

Thallysson Josué

sábado, 17 de julho de 2010

Aos amantes do cinema

Artistas de Ip


Vale a pena visitar o blog de Celinha, de Minervina, tem trabalhos lindos feitos por ela. Muito criativa, adorei.
As habilidades dos nossos conterrâneos precisam ser divulgadas. Tanta gente faz trabalhos lindos em Ipaumirim e ninguém sabe.
Adorei a ideia do blog de Celinha.
Vamos visitá-lo:
http://arteamao.zip.net/

Que fofo!

O futebol europeu faliu. Oba!


Afinal, uma boa notícia no mundo do futebol: os grandes clubes europeus faliram.
Não que seja uma novidade, mas agora até mesmos eles perceberam que o fundo do poço de arrogância chegou.
A constatação está em relatório da consultoria AT Kearney, publicado nesta quarta-feira, 14, pelo jornal espanhol El País. Leia aqui.
O documento vai direto ao ponto: a culpa da bancarrota é dos altos salários pagos aos jogadores. Eureca!
A carnificina que os dirigentes europeus promoveram nos últimos anos é bem típica do espírito imperialista que os acompanha desde a época das navegações.
Atravessam os mares, invadem outros países e arrancam de lá os maiores tesouros. Pilhagem. Essa tática predatória tem limite. E ele chegou. O crash se aproxima, irreversível.
Só os campeonatos da Alemanha e França são considerados lucrativos, e olhe lá. O lucro deles é baixíssimo, - 2% e 1%, respectivamente. O pior cenário econômico reúne Itália, Espanha e Inglaterra.
Não por acaso, os três campeonatos mais badalados. Pois são dados como mortos. Para eles não há saída, tamanha a esbórnia e desperdício.
O alerta dos consultores é claro: "Não é absurdo pensar que alguns clubes podem fechar as portas num prazo médio".
Os times não são especificados, mas é fácil imaginar quais sejam. Basta lembrar aqueles que todo garoto brasileira sonha em jogar: Real Madri, Barcelona, Inter, Milan, Manchester e por aí vai.
Se nossa cartolagem não fosse tão incompetente e corrupta, se houvesse um mínimo de visão de marketing esportivo, era a hora de dar o bote. Não custa sonhar. Em dois anos, bem planejados, poderíamos repatriar nossos craques e impedir a debandada dos novos talentos.
Mas quem vai dizer pra eles que a farra acabou? Chegamos a um ponto que ganhar R$ 200 mil por mês é pouco para a rapaziada da bola. A loucura não é só deles. Foi lavagem cerebral e lobotomia por contágio com a alucinação europeia.
Que seja breve e suficientemente dolorosa a decadência desses falsos magnatas. Vamos assistir de camarote. Ou de arquibancada. Bem melhor.
Fonte:http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Álbum da semana

Solenidade de fundação do
Lions Clube de Ipaumirim Donato Crispim

Solenidade de fundação do
Lions Clube de Ipaumirim Donato Crispim

Dr. Geraldo e Bosco Macedo
na solenidade de fundação do Lions Ip

Angela, Zé Macedo Filho, Célia e Bosco Macedo

Solenidade de posse de Bosco Macedo
na Presidencia do Lions Clube de Fortaleza/Iracema

Solenidade de posse de Bosco Macedo
na Presidência do Lions Clube Fortaleza Iracema

Arraiá do Jarismar

Arraiá do Jarismar
Festa linda pela simplicidade e respeito à tradição

Arraiá do Jarismar

Nazaré e Chaguinha Sampaio

Bonita festa do Colégio Estadual Dom Francisco de Assis Pires

Carla e Rosângela

Nenem Baraúna e Raimundo

Marcos Rodrigues e sua tia

Luizita Gonçalves

Irma Macedo e família

Raimundinho e Crisvane

Ipaumirim junino

Laura e Ana Luiza
- juventude carmin -
Belas!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

16 de julho: Dia de Nossa Senhora do Carmo

Minha santa protetora que nunca esqueceu de mim nos momentos de fragilidade e aflição. A vós, sou e serei eternamente grata pela força e coragem que não me deixa faltar.
Padroeira do Recife, até parece que eu vim para cá pela mão dela.
Se o meu umbigo, como mandava a tradição, foi enterrado na porteira de um curral para ter sorte na vida, a sorte maior é receber sua proteção e ter a convicção de que nunca estou sozinha.
Obrigada por tudo.
ML

Saudades

Estudei em Ipaumirim na 8ª série no XI de agosto em 1977, morava no sítio Ingá e segundo semestre em Bom Jesus. Gostaria de saber notícias de Fátima Crispim e seus irmãos (filha de Pedro Rolim). Sou neto do finado Antonio Paz casado com a Finada Lô, parente dos Gouveia. Meu pai é o finado Geraldo de Antonio Paz. Entro neste site todos os dias. Meu e-mail é adeizio@hotmail.com , moro em São Paulo.

Adeízio Aquino