FAMÍLIA ROLIM VERSUS FAMÍLIA FELIZARDO
Eu li e reli o texto “A DESCONSTRUÇÃO DA EGOLATRIA RUBENIANA” publicado neste blog. Em outras circunstâncias eu realmente não faria qualquer tipo de comentário, principalmente de um texto prolixo e com absoluta falta de nexo. Porém, uma frase me chamou a atenção, a que sugere uma briga entre a família Rolim e os Zecas. Ao contrário da primeira família citada, creio que o autor esqueceu de citar o sobrenome desta última, ou seja, Zeca Felizardo. Era assim que o meu avô era conhecido, aliás, todos nós somos verdadeiramente conhecidos pelos nossos sobrenomes; eles refletem a nossa genealogia e ajuda a nos separar dos homônimos. Pois bem, dentre tantos outros disparates que eu li, gostaria de me ater principalmente ao fato já citado. Lembro carinhosamente de meus avós Chico Felizardo e Zeca Felizardo (eu poderia aqui sintetizar a frase e citar somente Chico e Zeca Felizardo, porém para que não haja dúvida repito o sobrenome). Além de irmãos de sangue eram amigos fraternais e juntos dividiam as angústias e alegrias de uma vida permeada de lutas e sacrifícios, mas sempre com muita honradez, dignidade e respeito a todos. Nunca em minha vida eu soube de nenhum ato desses dois que os desabonassem; daí o meu orgulho em ser uma “Zeca Felizardo” e uma “Chico Felizardo”. Pois bem, a amizade e a estima pelos amigos sempre se sobrepôs a qualquer interesse pessoal e não menos pela família Rolim, a quem sempre tiveram o mais profundo respeito e admiração; fato que eu pude presenciar durante parte de minha vida, na convivência com os meus avós em Felizardo. A prova dessa grande amizade entre a família Rolim e a Felizardo são os enlaces matrimoniais de membros dessas famílias, dos quais posso citar o casamento de minha querida tia Ereneide com Vicente Rolim, cuja filha Danielle carrega em seu semblante os inconfundíveis traços das duas famílias. Isso para não falar do casamento de meu irmão Francisco José com Guadalupe, filha de Luiz Rolim que, embora tenham se separados, deixou também dois belos filhos, sendo o mais velho chamado de Luiz Rolim Neto, numa justa homenagem ao avô. E o que dizer dos casamentos dos meus primos Paulo e Marcone, filhos de Vicente Felizardo, com Núbia e Norma, respectivamente, filhas de Valter Rolim; e de Tia Mundinha com Viceli Rolim. Creio que enxergar uma guerra entre duas famílias de amizade tão fraterna só pode ser fruto de uma mente fantasiosa. A propósito, uma guerra em que os inimigos se casam e formam lindas famílias é no mínimo surpreendente. É bem verdade que torci muito para o meu primo Rubens e a minha tia Cineide serem eleitos. Conheço muito bem os dois, sei que são pessoas honradas e inteligentes. Se não foi possível um deles ser eleito, paciência, a vida é assim. Sei que algumas telhas se quebram num processo como esse, mas é natural, acontece sempre na política; não tenho dúvidas que o tempo vai curar qualquer ferida. Mas não posso deixar de me reportar novamente ao texto citado e falar que os pseudos intelectuais, a exemplo de Luiz Antonio, são assim mesmo, verborrágicos. Usam e abusam das frases retiradas de dicionário, porém, formam frases sem sentido, sem espírito crítico, sem nenhuma reflexão pessoal. Os seus conceitos são simplistas e reducionistas e conseguem apenas exibir repertórios artificiais. Creio que valha apena refletir sobre a frase de Nelson Werneck Sodré, escritor e historiador carioca, que disse: “Saber não é escrever difícil e nem falar difícil, saber é tornar fácil aquilo que é difícil, é transferir a muitos aquilo que pertence a poucos”.
Aproveito para informar que não pretendo prolongar qualquer tipo de debate sobre essa questão e encerro aqui qualquer discussão sobre o assunto.
Adélia Maria Vieira Guedes, é neta de Chico Felizardo e de Zeca Felizardo.
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