Ônibus "Jardineira" - Fortaleza 1947
O ônibus da imagem tem mecânica de caminhão Ford 1946, sobre o qual foi montada uma carroceria em madeira (feita em Fortaleza) do tipo "Jardineira". Percorria a linha entre Fortaleza e Recife no ano de 1947. O veículo tinha capacidade para 47 passageiros sentados, e a viagem levava 3 dias. Pertencia à Empresa Redentora
www.museudantu.org.br/ECeara2.htm
www.museudantu.org.br/ECeara2.htm
Quem se lembra de uma jardineira que conduzia passageiros para a feira de Ipaumirim? Eu não lembro o seu percurso mas lembro bem que parava na Rua Coronel Gustavo Lima, ao lado do largo da feira , na esquina vizinha da antiga coletoria. Seguido, ficava o caminhão de Zé Saraiva que viajava para o Juazeiro levando o pessoal que voltava da feira de Ip e os que iam para a feira do Crato.
Na década de 60, no fim das férias, a turma de estudantes que ia para o Crato utilizava o famoso caminhão. Tanto as meninas que moravam no pensionato de D. Maria Nunes quanto os meninos que viviam em outros pensionatos para rapazes. No caminho, era um descer e subir de pessoas, malas, sacos, caixas, fardos, galinhas e o que se pode imaginar comprado numa feira do interior. A estudantada das cidades onde não passava o trem ia embarcando no caminhão a cada parada. A algazarra era geral. Essa viagem era o 10!
Quando criança, eu tinha uma vontade danada de viajar na gaiola mas ela nunca ia para os lugares que eu ia. A solução era aproveitar enquanto estava estacionada para sentar-me nos seus bancos e imaginar minha viagem. Nem sempre o motorista permitia mas no dia que ele deixava era uma festa.
Na hora da partida, quase sempre, alguém enfiava uma manivela na frente do carro para o motor dar partida.
Quase não encontro a tal gaiola na internet porque ela era mais conhecida como jardineira. Não sei por que chamávamos de gaiola. Seria por galhofa ou seria um termo da nossa região?
Na minha busca, passei por bondes e pelas marinetes da Paraíba. Acabei divagando nos anos 70 com as gozações que se faziam com o filme "A dama do lotação", estrelado por Nuno Leal Maia e Sonia Braga. Para tirar sarro, dizia-se que o filme, na Paraíba, chamava-se "A rapariga da marinete".
Na década de 60, no fim das férias, a turma de estudantes que ia para o Crato utilizava o famoso caminhão. Tanto as meninas que moravam no pensionato de D. Maria Nunes quanto os meninos que viviam em outros pensionatos para rapazes. No caminho, era um descer e subir de pessoas, malas, sacos, caixas, fardos, galinhas e o que se pode imaginar comprado numa feira do interior. A estudantada das cidades onde não passava o trem ia embarcando no caminhão a cada parada. A algazarra era geral. Essa viagem era o 10!
Quando criança, eu tinha uma vontade danada de viajar na gaiola mas ela nunca ia para os lugares que eu ia. A solução era aproveitar enquanto estava estacionada para sentar-me nos seus bancos e imaginar minha viagem. Nem sempre o motorista permitia mas no dia que ele deixava era uma festa.
Na hora da partida, quase sempre, alguém enfiava uma manivela na frente do carro para o motor dar partida.
Quase não encontro a tal gaiola na internet porque ela era mais conhecida como jardineira. Não sei por que chamávamos de gaiola. Seria por galhofa ou seria um termo da nossa região?
Na minha busca, passei por bondes e pelas marinetes da Paraíba. Acabei divagando nos anos 70 com as gozações que se faziam com o filme "A dama do lotação", estrelado por Nuno Leal Maia e Sonia Braga. Para tirar sarro, dizia-se que o filme, na Paraíba, chamava-se "A rapariga da marinete".
Há algum tempo atrás, eu estava em Ypiales, cidade do interior da Colômbia, e saí andando pelas ruas. De repente, dei com uma rua curta e bem larga onde estavam estacionadas várias gaiolas. Lá, elas são ricamente coloridas com motivos florais e também, acredito que de acordo com o gosto do proprietário, com desenhos extravagantes pintados com tinta metálica em cores fortes e contrastantes. Diferente da nossa que tinha saídas laterais para cada fileira de banco, elas têm uma saída única e um corredor interno para circulação de passageiros. Digamos que elas ficam no intervalo entre a gaiola e a marinete.
MLuiza
Recife-PE
Nunca mais as vi e, hoje, como publiquei a matéria do DN sobre os mistos ou mixtos (???), acabei pinçando esse fragmento de lembrança. Se Maria do Carmo Brito ainda estivesse conosco, com certeza, lembraria em detalhes. Deve ter mais alguém que se lembre. Quem?
MLuiza
Recife-PE
De Flávio Lúcio:
Babá, viajei muito para Fortaleza na jardineira que fazia a linha Cajazeiras-Fortaleza. Seu proprietário era Felisberto Pontes, irmão de D. Socorro Pontes, mãe de Tadeu que mandou fotos para o Blog. O ônibus saia de Cajazeiras, passava em Ipaumirim ao final tarde, pernoitava no Icó, saindo pela madrugada com destino a Fortaleza. Quando não havia percalço ao longo do caminho, chegava ao destino por volta das 8 da noite. No bagageiro, que ficava na parte de cima do veículo (veja na foto), além das bagagens dos passageiros, transportava-se de um tudo: sacos de frutas, milho e feijão, galinha, porco, carneiro etc. O nome "gaiola" vem de sua semelhança com uma gaiola de pássaro: vazado dos dois lados.
Viajei muito para o Crato no caminhão do Zé Saraiva quando lá estudava. Era também o meu "correio". Sempre às segundas-feira procurava por ele para receber e/ou enviar carta ou encomenda para casa. A última viagem que fiz com ele foi quando em janeiro de 1960 fui ao Crato, apanhar no Colégio Diocesano minha transferência para me matricular no colégio em Fortaleza.
Na época havia também um mixto que fazia a linha Cajazeiras-Lavras da Mangabeira passando por Ipaumirim e transportava passageiros que iam pegar o trem para o Crato. Chegava em Lavras antes da passagem do trem para o Crato pela manhã e retornava para Cajazeiras após a volta do trem a tarde. Também utilizei muito esse transporte na época em que estudava naquela cidade.
Beijão,
Flávio Lúcio
Viajei muito para o Crato no caminhão do Zé Saraiva quando lá estudava. Era também o meu "correio". Sempre às segundas-feira procurava por ele para receber e/ou enviar carta ou encomenda para casa. A última viagem que fiz com ele foi quando em janeiro de 1960 fui ao Crato, apanhar no Colégio Diocesano minha transferência para me matricular no colégio em Fortaleza.
Na época havia também um mixto que fazia a linha Cajazeiras-Lavras da Mangabeira passando por Ipaumirim e transportava passageiros que iam pegar o trem para o Crato. Chegava em Lavras antes da passagem do trem para o Crato pela manhã e retornava para Cajazeiras após a volta do trem a tarde. Também utilizei muito esse transporte na época em que estudava naquela cidade.
Beijão,
Flávio Lúcio
Nenhum comentário:
Postar um comentário