quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Comentário


 De uma maneira geral, a proposta comete um equívoco imperdoável. É a mesma proposta de Umari, exatamente igual inclusive os erros de digitação. Desconsidera as especificidades locais a despeito de que os dois municípios têm alguns aspectos bastante parecidos e que podem demandar intervenções semelhantes. Mas não deixa de ser um descaso e uma falta de respeito e consideração com o município. Não é possível que dentro de uma ampla coligação não houvesse uma só pessoa capaz de conter a grosseria que representa deixar passar uma falha dessa natureza. Estamos falando de uma proposta para gerir o destino de um município, não é uma querela entre vizinhos.
Vivemos um tempo em que um descuido informativo pode gerar resultados desastrosos. É preciso estar preparado para viver esse mundo onde o acesso à informação demanda responsabilidades indispensáveis. É ingenuidade imaginar que alguém não se interessaria em ler um programa de governo. Para o bem e/ou para o mal, as pessoas estão habituando-se a buscar informações e o peso que isto representa é considerável em todas as instâncias. Ninguém vive sozinho. Centralizar a responsabilidade de publicar um programa de governo sem, no mínimo, compartilhar com correligionários mais próximos é imputar ao grupo uma decisão que respinga para todo mundo. Não sei se é o caso mas este tipo de erro é típico de decisões centralizadas. Não é possível que numa discussão mais ampla ninguém tivesse percebido o problema que seria criado por conta da publicação de uma mesma proposta para municípios praticamente vizinhos. Se foi fruto da discussão coletiva, o equívoco torna-se ainda mais grave.
Todo mundo sabe que muitas propostas de governo são produzidas por escritórios, imitadas, plagiadas e é por isso que pouca gente nelas acredita. Mas absolutamente igual foi um equívoco inqualificável.
Este erro - se assim se quer chamar - não quer dizer que tudo o que se propôs é ruim. No momento, estamos apenas observando que é preciso ser mais atento e mais comprometido com a realidade com a qual se pretende trabalhar.
O que é bom para Umari não é obrigatoriamente bom para Ipaumirim. E vice versa.





FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, QUALIFICADOS, BEM REMUNERADOS, E FELIZES.

 Qualquer indivíduo com uma larga experiência política conhece de perto o fascínio que o emprego público exerce sobre a população particularmente nas comunidades atrasadas, sem qualificação profissional e sem perspectivas econômicas. Não há felicidade possível fora do emprego público. A urgência de sobreviver sem qualificação profissional e a falta de oportunidades associadas à ignorância nos torna incapazes de perceber o preço dessa negociação perversa, da domesticação política em que se transformaram as nossas eleições. A luta por interesses comuns dilui-se no desejo de viver à custa do governo. Essa é uma das questões que adubam a formação e continuidade de lideranças políticas, a centralização e o autoritarismo que tem mantido sob  rédea curta qualquer sonho de mudança.

Boa remuneração pode fazer alguém feliz, mas com certeza esse alguém não é o funcionário publico padrão. Portanto não adianta decidir voto achando que se vai incluir nesta categoria porque não vai mesmo. Boa remuneração vai para os que estão no Olimpo. E só. Você pode até receber pequenos agrados mas só quem garante a sua remuneração é a lei e a luta para que ela seja cumprida. O resto é agrado e favor. Escraviza, humilha e subjuga.

Portanto, esqueça reposição salarial, plano de salário e etc... que é pouco provável que isso aconteça.

No máximo, você poderá ser um funcionário público uniformizado e talvez feliz.

ML

Nenhum comentário: