Pensar política é ter em mente o que é
necessário para a
melhoria da vida alheia.
Essa afirmação é curiosa, mas pertinente, fazer política se
materializa no ato de pensar antes nas necessidades dos outros do que nas suas.
Quando o político “é bom, é espetacular” ele idealiza ações que envolvem o bem
estar da comunidade. Não há espaço para politicagem nem clientelismo, as
melhorias são feitas para atender aos anseios mais urgentes da maioria.
Isso faz a sociedade analisar e concluir: temos uma mínima
quantidade de bons políticos e a grande maioria enraizada numa maneira pobre e
vergonhosa com sua base não nas propostas e ações eficientes, mas na manutenção
de votos que ocorre quase sempre pela negociação e compra dos mesmos. Essa
política, é bom que fique claro, não condena apenas seus falsos protagonistas,
o verdadeiro protagonista também tem sua parcela de culpa, essas pessoas que
pensam individualmente em demasia só são o que são porque o povo lhes dá essa
condição.
Sendo científico, recorto a realidade para concluir que em
nossa cidade parecem existir mais políticos do que eleitores, tamanha a
preocupação com os problemas alheios, isso seria fascinante se a preocupação
fosse produtiva, mas ao que parece a inquietação é meramente especulativa.
Acreditar que a consciência se instalará do nada na cabeça
das pessoas é mera ilusão, o jornalista Juca kfouri achava, há 40 anos quando
iniciou as atividades profissionais que as coisas iriam melhorar, hoje ele
parece mais lúcido quanto ao mal crônico que afeta além de boa parcela dos
dirigentes de futebol, também grande parte da sociedade.
Inverter os papéis nesse caso não é a melhor alternativa,
isso pode ser interessante nas atuais produções da globo, mas na política, que o
povo deixe para os políticos a preocupação com os problemas alheios e assuma a
função que lhe é devida, que até pode envolver a preocupação com o próximo
quando esta for bem intencionada. Caso isso não seja possível deve a massa
escolher dentre as opções as melhores e torcer, fiscalizar e até denunciar
sempre que necessário.
E nesse país confuso onde tratam carnaval como eleições e
eleições como carnaval, que o mês de outubro testemunhe a vitória das melhores
intenções, e troca de textos só quando a incompetência dos políticos tornar
indispensável tal atuação.
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