Se
você der uma busca geral na internet para fazer uma leitura dos programas de
governo para os municípios, de maneira geral vc encontra ações que representam
apenas obrigações para qualquer governante. Elas obedecem às tendências, regras
e programas das instâncias superiores. Querendo ou não, o município tem que
cumprir as exigências do Plano Nacional de Educação (disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm).
No meu modesto entendimento, cumprir
obrigações é dever. Não cumprir é que é complicado. Portanto não há a menor
vantagem ou diferencial nos que dizem que vão fazer o dever de casa.
Cabe
à população verificar a qualidade do que se está fazendo, a forma como a lei é
cumprida.
Excluindo
este grupo de ações/intenções, o que se oferece como diferencial que seja
significativo ou que represente alguma inovação?
Tem
algumas coisas que não vão acontecer mesmo, como por exemplo, viabilizar edição
de revistas. As aulas de música, teatro, esportes diversificados, etc., etc. e etc.,
também põe na conta do proselitismo. Eliminação do analfabetismo funcional.
Sinceramente, quem acredita que isso vai acontecer?
Valorizar
professor, essa é que não vai acontecer mesmo. No dia em que isso acontecer
realmente em qualquer lugar do Brasil, vai ser a mudança da mudança da mudança.
Ou seja, apague. Faça de conta que não leu.
Educação
recebe recursos diferenciados e seria saudável que a população fosse notificada
onde, quando e como estes recursos são aplicados. Acho que isto está explícito
na proposta desde que crava a transparência como princípio e norma de conduta. Não
custaria nada, portanto reiterar a proposição no quesito educação.
Educação
é, em muitos municípios, uma secretaria desprestigiada, complicada e
politicamente utilizada para pequenos favores.
Implantar
um modelo de gestão adequado, propor inovações nas práticas, estabelecer e
executar critérios de avaliação compatíveis com o que propõe o PNE é um passo
significativo. Fazer acontecer exige a reavaliação da atuação dos gestores e a aplicação de reestruturações
ousadas que vão cortar na carne de muita gente. Uma secretaria que demanda competência,
articulação e firmeza não é coisa para amador. Além da própria secretaria, a prefeitura tem
que mudar radicalmente a sua visão de presente/futuro para investir num projeto de sucesso. A comunidade precisa ser envolvida e responsabilizada por este projeto. Para mudar a educação é preciso mudar a postura de todos os envolvidos no processo.
Ou então vamos ficar a preencher relatório que é o que se normalmente se faz para abastecer
as planilhas de governo.
ML
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