sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Comentário


Se você der uma busca geral na internet para fazer uma leitura dos programas de governo para os municípios, de maneira geral vc encontra ações que representam apenas obrigações para qualquer governante. Elas obedecem às tendências, regras e programas das instâncias superiores. Querendo ou não, o município tem que cumprir as exigências do Plano Nacional de Educação (disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm).

 No meu modesto entendimento, cumprir obrigações é dever. Não cumprir é que é complicado. Portanto não há a menor vantagem ou diferencial nos que dizem que vão fazer o dever de casa.
Cabe à população verificar a qualidade do que se está fazendo, a forma como a lei é cumprida.
Excluindo este grupo de ações/intenções, o que se oferece como diferencial que seja significativo ou que represente alguma inovação?
Tem algumas coisas que não vão acontecer mesmo, como por exemplo, viabilizar edição de revistas. As aulas de música, teatro, esportes diversificados, etc., etc. e etc., também põe na conta do proselitismo. Eliminação do analfabetismo funcional. Sinceramente, quem acredita que isso vai acontecer?
Valorizar professor, essa é que não vai acontecer mesmo. No dia em que isso acontecer realmente em qualquer lugar do Brasil, vai ser a mudança da mudança da mudança. Ou seja, apague. Faça de conta que não leu.
Educação recebe recursos diferenciados e seria saudável que a população fosse notificada onde, quando e como estes recursos são aplicados. Acho que isto está explícito na proposta desde que crava a transparência como princípio e norma de conduta. Não custaria nada, portanto reiterar a proposição no quesito educação.
Educação é, em muitos municípios, uma secretaria desprestigiada, complicada e politicamente utilizada para pequenos favores.
Implantar um modelo de gestão adequado, propor inovações nas práticas, estabelecer e executar critérios de avaliação compatíveis com o que propõe o PNE é um passo significativo. Fazer acontecer exige a reavaliação da atuação dos gestores e a aplicação de reestruturações ousadas que vão cortar na carne de muita gente. Uma secretaria que demanda competência, articulação e firmeza não é coisa para amador.  Além da própria secretaria, a prefeitura tem que mudar radicalmente a sua visão de presente/futuro para investir num projeto de sucesso. A  comunidade precisa ser envolvida e   responsabilizada  por este projeto. Para mudar a educação é preciso mudar a postura de todos os envolvidos no processo.
 
Ou então vamos ficar a preencher relatório que é o que se normalmente se faz para abastecer as planilhas de governo.
ML

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