A proposta, neste item, é simples,
enxuta e perfeitamente exequível. Se garantir o que promete já é alguma coisa. Cumpre o que é da sua obrigação. Mas ainda é pobre, conservadora, limitada e assistencialista.
Existe uma incompreensão da dimensão
social quando a limitamos ao mero cumprimento de programas e ações pontuais. A
dimensão social perpassa todos os processos em qualquer âmbito e/ou setor: economia,
saúde, educação, infraestrutura, segurança, etc. Quem define a importância da
dimensão social é a qualidade do desempenho no conjunto das ações.
Se, como propõe, a gestão será pautada
pela transparência como princípio e regra de conduta, ou seja, se efetivamente
vai haver participação da comunidade em todos os níveis, naturalmente a dimensão
social poderá ser redesenhada dentro deste conjunto porque serão efetivamente
alteradas as relações de poder. A dimensão social toma uma outra feição porque
traz implícita o conceito de responsabilidade coletiva.
Para enfrentar tamanho desafio é preciso
vontade política, competência, coragem, aguçada capacidade de negociação,
criatividade e um olhar confiante no futuro. Para isto é preciso renovar, o que
implica em descartar velhos e nocivos hábitos e também as companhias úteis em momentos de
campanha eleitoral mas pouco
aconselháveis para acompanhar de perto processos desafiadores.
Se não mudam as pessoas, não mudam os
processos. Para quebrar essa lógica implícita que faz a tradição da política
local, distribui benesses e responsabilidades entre amigos e penaliza a sociedade é preciso autonomia e muita coragem.
A pergunta é: Existe vontade, coragem e força
para fazer isto acontecer?
ML
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