Ipaumirim 54 anos
12 de dezembro, dia de parabenizar o município mas principalmente de refletir sobre o que fazer para melhorar as condições de vida da população com investimentos em educação, saúde, segurança e habitação.
Praticamente em véspera de eleições, no próximo ano, é hora de cada um se pensar enquanto cidadão, preparar-se para novas escolhas, decidir entre o individual e o coletivo, entre a humilhação dos pequenos favores individuais e o bem da comunidade. Deixar de reclamar tanto dos políticos e centrar-se mais no eleitor, esse sim, o mais legítimo responsável por acertos e desacertos a que todos são submetidos.
Negociar votos no mercado dos pequenos favores é perder a chance de buscar alternativas positivas para o conjunto da população.
Vamos ter consciência que os favores individuais são o preço dos desmandos. Estamos abrindo mão dos nossos direitos, trocando a escola das crianças, a vacina, a merenda escolar, ruas calçadas, saneamento básico, médicos e remédios em hospitais e postos de saúde por uma postura ignorante e irresponsável que não nos perdoa.
Chega de colchões, óculos, receitas apressadas, gorjetas, pão e circo, um jeito antiquado e desrespeitoso de se fazer política e adubar miséria. Será que andamos com a auto-estima tão baixa que merecemos tão pouco?
São 54 anos. Não seria a hora de aproveitar e enumerar para cada velinha um compromisso e jamais apagá-las? Uma luz permanentemente acesa e alerta na luta pela qualidade de vida do nosso povo.
Sair do desabonador comércio eleitoreiro e dos anedóticos programas de governo que nunca são cumpridos até porque ninguém cobrou.
Entre tantas outras coisas que não me ocorrem, no momento, perdemos algodão, agências de banco, agroindústrias, perdemos o brio, nos acostumamos às esmolas, prostituímos a nossa cidadania em troca de insignificantes negociatas. Será que não é hora de dar a volta por cima, propor novos caminhos, recuperar o respeito por nós mesmos e entender que ninguém cuida melhor de cada um de nós do que nós mesmos quando temos responsabilidade e acreditamos que é possível reconquistar o respeito, a honra e a dignidade perdida? Só assim os políticos nos tomarão em conta e aprenderão que estão tratando com cidadãos e que, portanto, nos devem respeito e explicações. Chega de humilhação! Acorda Alagoinha!
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