domingo, 23 de dezembro de 2007

(Alberto Moura)



A UM POETA (Alberto de Moura)
(
Maria Josué)




Das lições tantas que você me ensinou,
Uma marcou!… e acredito ser correta
A afirmação de que, em cada verso, “o amor
precisa estar presente na alma do poeta.”



E na linguagem que só nós entendemos
muitas vezes dando margem à fantasia
criamos emoções novas e as vivemos
sob a doce conivência da poesia




Levados por este sentimento - o amor-
Muitas vezes rimando-o com dissabor
Cantamos amores perfeitos ou inversos


E nesse encanto de sentir e escrever
O que sinto, aprendi muito com você,
Por isso, ao Mestre, com afeto, estes meus versos.

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DEPOIMENTOS



"O “seu” Alberto era, para mim, uma pessoa muito, muito especial... um amigo querido com quem tive o privilégio de ter uma convivência mais aproximada e descobrir que por trás daquele jeito sisudo e até arrogante escondia-se um ser humano muito sensível e fiel as suas amizades. Adorava Ipaumirim e por mais atrativos que uma viagem a outro lugar pudessem lhe oferecer, ele sempre optava por ficar por aqui, afirmando que nada substituía a paz e a tranqüilidade da terra que ele adotara como sua. Tive também a feliz oportunidade de ser sua vizinha e era sempre prazeroso sentar-se ao seu lado na sua calçada, onde costumávamos conversar sobre tudo... Nosso assunto preferido, no entanto, era a poesia... e eu aprendi muito com o poeta... Na sua calçada, hoje e para sempre, um vazio incalculável, impreenchível, pois o “seu” Alberto era único... meio contraditório, às vezes, mas muito querido por todos que tiveram a oportunidade de usufruir de tão valorosa amizade. Eu amava demais meu amigo Alberto Moura e creio, de coração, na reciprocidade desse sentimento que nos ligava na amizade e na poesia... Há muito que dizer acerca do poeta, mas a saudade e a dor da sua ausência são maiores nesse momento..." (Maria Josué)

" Impossível falar de Alberto de Moura sem recorrer à Inculta e bela língua portuguesa do tão renomado Pasquale Cipro Neto. Para mim,Ipaumirim perdeu a maior autoridade dessa língua em nosso município. Autodidata, S. Alberto conhecia todos os recortes do nosso idioma. Literato, viajava pela literatura portuguesa e brasileira com uma voracidade invejável. Poeta, vercejava com muita facilidade enaltecendo Ipaumirim, terra que este filho de Cedro , escolheu como natal. A ausência-presente de S. Alberto permanecerá entre nós ipaumirinenses ao lado da certeza que os poetas não morrem, apenas são convidados a entoar melodias aos anjos. A língua portuguesa perdeu um estudioso, mas o autoditatismo desse poeta continuará conosco provando que cada um de nós somos sujeito da nossa própria aprendizagem. A prática do autoditadismo pelos cidadãos talvez seja a porta de entrada que tanto procuramos para uma educação de qualidade. Se adotarmos o exemplo deAlberto de Moura estaremos investindo no nosso crescimento intelectual.Fica conosco além da saudade imorredora do poeta, o seu exemplo de sapiência.

MARIA DE FÁTIMA JOSUÉ
PROFESSORA ESPECIALISTA EM LÍNGUA PORTUGUESA

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Estou muito triste, em saber que Ipaumirim está de luto pela perda de um grande cidadão. ALBERTO ALEXANDRE VIANA DE MOURA, pois ficará uma lacuna que jamais será preenchida. Seu ALBERTO, muito obrigada pelos seus ensinamentos, levarei - os para a eternidade! Queria muito poder estar presente para o último adeus, mas a distância me impede. Deixo aquí meus sinceros votos de pezar a família enlutada!
Vânia Maria.
Santa Inês - MA.

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