sábado, 8 de março de 2008

Perguntar não faz mal

Perguntaram-me se nosso blog é político. É também político, sim, mas não é partidário. Como qualquer cidadã, tenho preferências pessoais e suponho que alguns candidatos podem ter uma melhor performance do que outros. Acredito sobretudo que Ipaumirim precisa melhorar os seus índices. Gosto da objetividade das metas e desconfio de promessas. Venham de onde vier.
Quando o assunto é o blog, não gosto de misturar as coisas. Minhas afetividades são minhas, o blog é de todos. Há um abismo entre uma coisa e outra. Por esta razão, estamos abertos a qualquer proposta que não signifique explicitamente propaganda eleitoral mas tudo o que vem para informar, esclarecer, refletir sobre os problemas da terra serão aceitos. Menos ofensas, grosserias, ataques sem sentido. Aqui, qualquer um pode opinar e dizer o que e como pode contribuir para melhorar. É dever e obrigação de quem pleiteia cargo público deixar claras as bases e o futuro da sua pretensão. Afinal, quer ser prefeito, vereador? Tem que dizer por que e para que. Tem que ter foco e rumo. Isto é o que interessa. Naturalmente, publicaremos mais material daqueles cuja assessoria de imprensa seja mais ágil e aposte na mídia eletrônica enviando material informativo.
As futricas, intrigas, ofensas não terão aqui o seu abrigo. Que elas se multipliquem entre o baixo clero onde alimentam o cotidiano da politicagem, isso lá é outra coisa.
Aqui queremos sugestões, perfis, programas, propostas, artigos, notas, informações que ajudem o eleitor a escolher melhor.
É direito de todo cidadão ser candidato desde que obedeça aos trâmites que as leis lhe impõem. A diferença está no que propõe, na credibilidade e sobretudo na postura do eleitorado, credor das propostas. É dever e direito do eleitor cobrar tudo que o candidato ganhador prometeu ainda que não tenha votado nele.
Não estou falando de dentaduras, óculos, tijolos, remédios, telhas e do inimaginável que se pede na política. Estou falando de cidadania, de qualidade de vida, de melhores escolas, de preocupação ambiental, de saúde, saneamento, segurança, coisas que pouco tostão não compra.
No dia em que aprendermos a cobrar o que merecemos, a não trocar nossos direitos por pão e circo, as nossas relações com o poder mudam, seremos mais respeitados e teremos o melhor para a coletividade. Mesmo que eu pareça ingênua, já vivi o suficiente para entender que o político não pode ser o predador do bem estar do seu povo. A não ser que este povo tenha a bajulação como horizonte e destino.
MLuiza
Recife

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