quarta-feira, 31 de outubro de 2007

QUARTA VIA


HAJA BRASIL............

O ping pong da educação
(Virgílio Tamberlini)

Em 12 anos a Educação do Brasil perdeu R$ 72 bi, devido a DRU. As Universidades Federais estão em estado de calamidade, na de Guarulhos uma das reinvidicações dos alunos era livros, algo sem nenhuma importancia para uma Universidade. Na UFRJ não há aula em dias de chuva.
Mesmo assim o mago Haddad, criou, através do decreto 6069 o REUNI, que pretende aumentar em 50% o N.º de alunos, com aportes CONFORME A DISPOSIÇÂO ORÇAMENTÀRIA DO MEC, ou seja nada pois no Governo Lula os gastos com a educação passram de 1,959% em 2002 para 1,465% das Despesas Gerais da União em 2006, ou seja uma queda de 30%. Em 1995 as IFES ofertavam 178.145 vagas hoje ofertam 331.365 vagas, isto com uma diminuição de 30% das receitas em relação as despesas gerais. Resumindo mais um factóide populista - distribuir diplomas.
A situação das IFES está tão grave que algumas delas já estão até inclusas na Dívida Ativa da União ( relatórios TCU 2002/2006 ).
O REUNI não possui apoio de NENHUMA entidade representante de docentes, funcionários ou estudantes, mas o Haddad vai enfiar goela abaixo este projeto.
Outro fato a ser destacado é que o REUNI determinda a aprovação de 90% dos ingressantes e tem como prazo final o ano de 2010, ou seja nada eleitoreiro.
Seria mais sincero que o Lula determinasse que ao se completar 21 anos a pessoa poderia comprar um diploma na papelaria!

Fonte: http://www.projetobr.ig.com.br/


Uma sugestão cívica
(Carlos Heitor Cony)
O pessoal do governo e da base aliada encontrou um argumento para justificar a prorrogação da CPMF por mais alguns anos.
Descobriu que nenhum país pode dispensar o reforço de 40 bilhões da moeda local em seu orçamento de cada ano. Convenhamos, é dinheiro pra burro, mas ainda pouco para atender às necessidades nem sempre necessárias de um governo caótico no que se refere às aplicações de verbas.
Não se precisa ter memória de elefante para lembrar o drama do ex-ministro Adib Jatene na aprovação de um imposto provisório destinado à área da saúde. A situação dos hospitais era obscena, crianças nascendo em pias de enfermarias, doentes espalhados pelo chão, falta de material mais urgente, como algodão, esparadrapo e soro.
O imposto foi aprovado e o ministro voltou à sua profissão de médico, mas a situação hospitalar continua a mesma.
Aqui no Rio, um jornal divulgou nesta semana que, no setor da neurocirurgia, para operações no cérebro, usavam furadeiras, dessas de furar parede para colocar o prego que sustentará um quadro.
Verdade seja dita: já vi furarem o crânio de um paciente com uma dessas furadeiras, mas num filme dos Três Patetas (em sua primeira formação). A vida copia a arte, mas é bom que pare nas furadeiras.
Um viajante do século 16 descobriu um reino perto das antigas ilhas Papuas. Para abastecer o tesouro real, o soberano criou o imposto do ar, quem respirasse pagava o tributo, calculado na base de três mil respirações por dia.
O nosso espaço aéreo é enorme, como disse aquele marechal quando soube que o avião em que viajava estava a 12 mil metros de altitude: "Eu sabia que o Brasil era grande, mas não sabia que era tão alto!". Temos bastante ar para novo imposto.

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