quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Nossa terra, nossa gente

NO DOCE TEMPO DA JUVENTUDE
(Pereira de Albuquerque)

Éramos cinco em torno da mesa,
ao café da manhã,
no doce tempo da juventude:
eu, minha mãe e as três irmãs,
que tiveram de se ir,
aves feridas,
quando o sonho acabou...

A morte do sonho
selou definitivamente
meu destino de solitário
e me fez triste para sempre.

Ainda ssim, sobrevivemos
à fúria imensa da tempestade.
Obstinada em seu mutismo
só minha mãe sucumbiu.

(Publicado no livro Outono, RDS Editora, p. 16.)


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O artigo abaixo publicado o ano passado mostra a condição precária do ensino no Ceará. Que coisa lastimável. E o pior de tudo, é que Ipaumirim ainda consegue ser um dos piores entre os piores.


MEC reprova a educação no Ceará

Nenhuma cidade do Ceará possui nota acima de cinco no indicador do MEC que avalia a qualidade de ensino. A questão faz parte da pauta da Conferência Estadual da Educação, que teve início nesta quarta (07/11) e que irá elaborar um plano decenal para o Estado. Após uma série de reuniões preparatórias, o evento definirá os rumos da educação do Estado nos próximos dez anos. Como resultado da conferência, será elaborado um plano decenal, cuja aprovação depende da Assembléia Legislativa. O desafio é grande. Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que avalia a qualidade de ensino no País, revelam que nenhum dos municípios cearenses atingiu a nota 5 nos anos iniciais do ensino fundamental, em uma escala de 0 a 10.O Ceará obteve 3,2 como média, a mesma nota de Fortaleza. O bloco das cidades com o pior resultado é formado por Monsenhor Tabosa (1,7), Salitre(1,8), Ipu (2,2), Lavras da Mangabeira (2,2), Tamboril (2,2), Ipaumirim (2,3), Mauriti (2,3) e Umari (2,3). Entre os problemas enfrentados pelos gestores educacionais destes municípios, destacam-se os altos índices de analfabetismo, a baixa escolaridade dos pais e a falta de infra-estrutura adequada. Esse foi o quadro com que Fátima Chagas, diretora de educação do município de Tamboril, distante 329 quilômetros da Capital, deparou-se ao assumir o cargo, em 2005. Segundo ela, cerca de 42% dos alunos matriculados na 8ª série eram analfabetos. Mesmo assim, a aprovação era automática, sem qualquer controle. Em algumas escolas, afirma, os alunos chegavam a ter 120% de presença, ou seja, tinham mais presenças que o número de aulas no ano. "Quando assumimos, não havia reprovação nem abandono no município. Os alunos passavam de modo automático. A repetência e a evasão aumentaram porque passamos a ter um controle maior sobre os dados. O número de matrículas, que era de 11 mil em 2006, caiu para 8,5 mil, em 2007. Os alunos eram transferidos, mas as escolas não davam baixa", explica a diretora. Para tentar mudar a situação, Fátima revela que foram criados dois programas de alfabetização, um para os alunos que chegam ao ensino fundamental e outro para os alunos que estão prestes a concluir. O resultado, afirma, será conhecido depois na próxima edição da Prova Brasil. O secretário de educação do município, Gilson Luiz, afirma que, além do grande número de alunos analfabetos, Tamboril enfrenta outros desafios, como a baixa instrução dos pais e a má formação dos professores. "O município é pobre, os pais têm baixa instrução. Isso pode ter contribuído, mas falta ainda um diagnóstico sobre os alunos. Ainda funcionam escolas em situação precária. Ainda há professores dando aulas para várias séries em um local só", informa. A educação no Ceará - Por dia, mais de 1,1 mil alunos do ensino médio e fundamental abandonam os estudos em todo o Estado. Em quatro anos (2001-2005), as taxas de aprovação caíram de 82,1% (fundamental) e 80,9% (médio) para 79% e 72,5%, respectivamente. Entre 2001 e 2006, 692 escolas da rede privada de ensino fecharam suas portas. Na rede pública de ensino, a queda no número de matrículas foi de 2,2%, entre os anos de 2005 e 2006. A maior diminuição foi registrada na educação infantil (-7,2%). 1,6 milhão de cearenses não sabe ler nem escrever. 4,8 mil alunos estão matriculados em escolas indígenas.
Fontes: Censo Escolar, Pnad 2006 e Anuário Estatístico do Ceará.

Fonte: O Povo – Fortaleza/CE
Publicado em 07/11/2007
http://www.contee.org.br/noticias/educacao/nedu80.asp



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REVIRANDO O BAÚ

Remexendo nos arquivos de um antigo blog que eu tive e que não dei continuidade, encontrei esta mensagem de Guedinha.

Quero parabenizar pela sua brilhante idéia de recontar as inesquecíveis e saudosas histórias da nossa infãncia, adolescência e da cidade, criando um espaço para registrar fatos que estão guardados em nossos corações...
Momentos dos nossos banhos de riachos,de olhar a ponte sangrando, de ouvir músicas e mensagens da difusora, os desfiles do dia 7 de setembro, muito bem preparados por nossa inesquecível "Zê"., entre outros acontecimentos.
Lembro que um dos momentos mais aguardado no Ipaumirim era a chegada das férias com o retorno dos estudantes que estudavam em Fortaleza, Crato; Juazeiro que ao chegar alegravam e movimentavam a cidade, como também o reencontro dos namorados. Etâ tempo bom!!!!

Saudades...
Guedinha. (Maria Glaydson Araújo)

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CIDADES LÁ TINHA


Outro dia, um amigo me contava que a cidade dele, no Rio Grande do Sul, era conhecida como a cidade "Lá tinha". De repente, eu descobri que nossa cidade faz parte do seleto grupo das cidades " Lá tinha".

Lá tinha .... duas agroindústrias
Lá tinha ... um clube decente
Lá tinha ... um excelente grupo escolar chamado D. Francisco de Assis Pires
Lá tinha ... um bom ginásio da CNEG
Lá tinha... Lions Clube
Lá tinha... uma boa orquestra
Lá tinha... Banco do Brasil
Lá tinha ... médicos para atender minimamente aos doentes
Lá tinha... lavanderia pública conservada
Lá tinha... ................. (Você pode completar a lista. )

Essa lembrança me veio agora porque olhando um site http://www.demolayce.org.br/historia.html) , eu vi um artigo ( A ORDEM DEMOLAY NO CEARÁ: Breve histórico e curiosidades) com a seguinte informação:
(...) " Com o crescimento da Ordem DeMolay, o Nordeste recebe o terceiro Capítulo do Brasil, e o primeiro desta região, denominado Capítulo Príncipe do Seridó Nº 003, em Caicó-RN. No Ceará, não podemos falar do surgimento da Ordem DeMolay sem citarmos Hamilton Sampaio, da Loja Obediência e Justiça Nº 18. O primeiro capítulo cearense nasce em Ipaumirim, com a denominação de Capítulo Ipaumirim Nº 102, por influência dos DeMolay’s da Paraíba, infelizmente hoje inativo. "

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