A postura é até hoje questionada por profissionais do meio: o que quer uma empresa como a Benetton, de alto nível e com uma imensa quantia de patrocínios (inclusive da Fórmula 1), ao abraçar polêmicas, enfrentando o próprio público nas ruas e poderosas figuras em tribunais?
Toscani é quem explica em seu livro A Publicidade e um Cadáver que nos Sorri (1986): “A publicidade raramente ensina alguma coisa. Ela é somente o martelamento infinito destinado a gerar capitais.”. Sua luta, de acordo com o próprio, é exatamente contra esse martelamento.
Para fomentar o debate, nada melhor do que relembrar (e mostrar às gerações mais jovens) algumas de suas polêmicas anteriores:
Pena de morte
No ano 2000, em ação contra a sentença máxima para crimes cometidos nos Estados Unidos, a marca criou uma de suas mais controversas campanhas, com imagens de americanos destinados à cadeira elétrica. A recepção não foi boa: teve de pedir desculpas aos familiares das vítimas e retirar os anúncios de circulação. Muitos atribuem o declínio de suas inciativas polêmicas ao case.
Aids
Em 1992, a marca usou em um anúncio uma imagem do soropositivo David Kirby já em fase terminal, deitado na cama acompanhado da família. O clique é uma alusão à obra de Michelangelo e fazia parte de uma campanha cujo foco era a luta contra o HIV. A imagem abaixo faz parte da mesma série:
Racismo
Fome:
Máfia:
A foto em questão é quase uma provocação direta: foi inspirada por assassinatos cometidos pela máfia no ano em questão, 1992.
Religião
Este anúncio, usado na divulgação da campanha outono/inverno de 1992, chocou a igreja ao aparecer em outdoors do mundo inteiro e na revista ”Max”, da França, a única que teve coragem de publicá-lo. Mais de dez anos depois, voltaram a se encrencar com o Vaticano, já que o Papa Bento XVI protagoniza um dos anúncios de Unhate (abaixo):
Escrito por Maria Joana Avellar on 18/11/2011
Fonte: http://escoladecriacao.espm.br/blog/?tag=benetton
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