fonte: historiacajazeiras.blogspot.com.br
coisasdecajazeiras.com.br
Hoje, com a
BR-230 chega-se a Cajazeiras, mesmo por via terrestre, é questão de horas. D.
Moisés, entretanto, teve que seguir longo e penoso itinerário, durante 10 dias,
usando os mais variados tipos de transportes para alcançar a sede diocesana.
Saiu do Porto de
Cabedelo, pela manhã do dia 17 para somente dar entrada em sua cidade, ao cair
da tarde de 27 de junho. Viajou de navio até Fortaleza e dali a Iguatu, pela
estrada de ferro. De Iguatu a Cajazeiras venceu a cavalo, 25 léguas, ou seja,
150 quilômetros. É interessante não esquecer que 1915 foi ano de estiagem e “a
paisagem geográfica e humana, segundo relata o Cônego Lima, confrangia o
espírito.
A seca havia
calcinado os campos do sertão e jogado pelas estradas, famintos, andrajosos
grupos de flagelados mendigando o pão...”. E aquela visão de fome e de miséria,
aliada à insegurança gerada pelo banditismo dominante na região, fez o Bispo
retomar a ideia da cruz e repetir, em seu discurso de agradecimento: “Meu
programa é o da crus. Minha missão é de paz e harmonia, tanto quanto me
permitirem as minhas forças”
Moisés Sizenando Coelho (Cajazeiras, 8 de abril de 1877 – João Pessoa, 18 de abril de 1959) foi sacerdote e bispo da Igreja Católica, na Diocese de Cajazeiras e na Arquidiocese da Paraíba, ambas da Província Eclesiástica da Paraíba, no Brasil.
Moisés Sizenando Coelho (Cajazeiras, 8 de abril de 1877 – João Pessoa, 18 de abril de 1959) foi sacerdote e bispo da Igreja Católica, na Diocese de Cajazeiras e na Arquidiocese da Paraíba, ambas da Província Eclesiástica da Paraíba, no Brasil.
Vida religiosa –
Concluiu seus estudos eclesiásticos no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, em
João Pessoa, sendo ordenado sacerdote em 1 de novembro de 1901. Assumiu a
partir daí a função de Diretor Espiritual do seminário.
Foi nomeado
Bispo de Cajazeiras em 16 de novembro de 1914, pelo Papa Bento XV, e ordenado
em 2 de maio de 1915, na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves. O lema
episcopal escolhido foi: “Dominus iluminatio Mea” (O Senhor é minha luz).
Para tomar
posse, fez uma longa viagem – de navio, de trem e a cavalo – de Cabedelo a Fortaleza,
de Fortaleza a Iguatu, de Iguatu a Cajazeiras, respectivamente –, chegando a
Cajazeiras no dia 28 de junho de 1915. Na manhã do dia seguinte, 29 de junho,
às 10 horas, na Catedral de Nossa Senhora da Piedade, tomou posse do Governo da
Diocese de Cajazeiras.
Governou a
Diocese por 17 anos. Criou, instalou e consolidou as seguintes associações
religiosas para leigos: Congregação Mariana, para moços; Apostolado da Oração;
Circulo Operário São José, para operários; Mães Cristãs, para as mães de
família; União de Moços Católicos para homens e rapazes; e Legionários de São
Luiz, para meninos e adolescentes; as quais transformaram substancialmente a
vida social e religiosa da cidade. Na educação, restaurou o Colégio Diocesano
Padre Rolim; e criou e instalou a Escola Normal, cuja direção entregou às Irmãs
de Santa Doroteia. Apoiou o semanário “O Rio do Peixe”, fundado pelo Doutor
Ferreira Júnior, tornando-o “Órgão oficial do Governo da Diocese”. Fundou a
Caixa Rural de Crédito Agrícola. Construiu o Prédio Vicentino e o Palácio
Episcopal, iniciando e mantendo um serviço de assistência social aos pobres da
região, com distribuição de esmolas em víveres e dinheiro, todas as
quintas-feiras, na própria residência episcopal.
Em abril de 1932
foi transferido para a capital do Estado, tomando posse como Arcebispo Titular
de Barea e Coadjutor da Arquidiocese da Paraíba. Tomou posse como Arcebispo da
Arquidiocese da Paraíba em 1935, permanecendo na função até sua morte.
Referência:
Prof. Cônego Major PM Eurivaldo Caldas Tavares. "Perfil Biográfico de Dom Moisés Coelho”. p.51, 1977.
Fonte: http://cajazeirasdeamor.blogspot.com.br/2014/12/o-sofrido-trajeto-de-d-moises-de-joao.html
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