terça-feira, 4 de setembro de 2012

5º lugar

 
Aumentar o investimento e efetuar o regime de
colaboração

Pela Constituição, os municípios devem gastar no mínimo 25% da receita resultante de impostos e transferências com a manutenção e desenvolvimento do ensino. No entanto, segundo o Siope (Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação), em 2010 pelo menos 52 não atingiram o percentual.

Para Romualdo Portela, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), o governo federal precisa aumentar os repasses. “Os municípios têm mais encargos hoje, mas também têm mais dinheiro, por conta do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação)”, explica. “No entanto, o governo deveria ampliar a ajuda às cidades mais pobres. O piso nacional dos professores não será pago se não houver ajuda.”

Segundo os pesquisadores, a secretaria de educação deveria assumir efetivamente o seu orçamento. “É comum o dinheiro ficar com a prefeitura e o secretário de finanças. Denúncias de desvio são recorrentes”, lembra José Marcelino de Rezende Pinto, especialista em financiamento da educação da USP, em Ribeirão Preto. Ele também lembra a importância do regime de colaboração entre a União, os Estados e municípios, previsto na LDB, para resolver questões que extrapolam o financiamento. “Com o ciclo I do ensino fundamental a cargo do município e o II sob responsabilidade do Estado, como ocorre hoje, o aluno passa por duas redes durante a vida escolar. E não é raro um ente federado jogar os problemas para o outro.”

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