Tempo, tempo mano velho
Envelhecer tem sido uma epifania. Uma boniteza, uma calma, uma preguiça de urgências, corridas, descompassos, mapas. Compreende-se candura, desapego, o valor de um não e as tardes chuvosas em que falta luz. Alargam-se as estantes, o coração esparrama um pouco pelas frestras das cicatrizes. Estas, se acomodam melhor. Procura-se menos. Mas ainda é possível sair sem grana e voltar bêbado, deixar o coração em casa e volver apaixonado. Envelhecer não cansa, expande, apavora, enaltece. E cada um de nós invariavelmente se transforma exatamente no que é.
Fonte: http:// cristianelisboa.wordpress.com/
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