COMENTÁRIO
Se excluirmos, os programas federais
e estaduais cuja execução é obrigação da gestão municipal, o setor saúde é muito precário em IP. Eu
diria, mais que precário, mendicante.
Em
todos os sentidos. Isso não é culpa apenas da gestão atual, esse problema é
antigo. Ninguém liga para saúde em IP. N I N G U É M. Há muito tempo o hospital
está sucateado. Se a saúde é tão urgente, por que a gestão atual não avançou
para melhorar os estragos deixados pelas gestões anteriores que foram algozes
insensíveis da saúde no município?
O programa para saúde está pouco inovador. Na realidade, saúde em IP
não tem o que piorar. Só melhorar. Já chegou ao fundo do poço. Se botar para funcionar razoavelmente o que
existe já é alguma coisa.
Por mais otimista que sejamos, não há
como alguém que conhece a realidade da saúde em Ip fazer a seguinte afirmação: “Descentralizar e ampliar a oferta de
consultas especializadas com a contratação ou terceirização desse serviço,
aproveitando a rede médica-hospitalar já existente em Ipaumirim, que é uma das
melhores da região.” (item 1.2.4)
Que rede médica? As
redes onde os médicos se deitam quando eventualmente passam por aí em sua
atividade itinerante?
Embora saiba que metas
e ações são desdobramentos de programas, eu gosto de programas mais enxutos,
focados.
Se tirar a saúde da
histórica precariedade que ela sempre viveu já é alguma coisa. Se a ordem de
apresentação representa prioridade, vemos que o hospital seria a primeira ação.
Mais do justo e necessário. É voz corrente que o hospital é uma calamidade.
Quem mais precisa de tratamento é a
saúde de IP. Uma boa secretaria de saúde demanda competência, experiência,
autonomia e sensibilidade. Sem estas qualidades não há secretaria que faça um
bom trabalho. A distribuição política
dos cargos associada à submissão inconteste a uma gestão centralizada sempre representaram
o maior problema e nunca deixaram florescer bons projetos de saúde no município.
Também sinto falta de uma proposta de
permanente acompanhamento e avaliação das ações de saúde.
ML
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