Vamos aguardar a promessa do orçamento participativo. Com
transparência. Quem sabe ele diminui os privilegiados que definem os destinos
do município.
Se rolar de verdade e não for mais uma ficção política, a
PEC 10 em análise na Câmara dos Deputados pode ser um instrumento que dá um
freio nas promessas delirantes que geralmente inflam os textos dos programas
nas eleições municipais. Pela PEC 10 que está sendo avaliada por uma comissão
especial da Câmara dos Deputados, o prefeito eleito seria obrigado a registrar
um plano de metas que a cada quatro meses deve ser submetido a um balanço
acompanhado pelo TCU e Ministério Público. Pra variar, a PEC emperra quando
trata das punições aos que não cumprem as metas. A cassação de mandato, como
sempre, é um ponto nevrálgico que emperra qualquer proposição.
De qualquer maneira, ter acesso aos programas dos candidatos, independente
de neles acreditar, já é um avanço que a internet nos trouxe.
Excluindo o vendedor de votos que é um câncer que parece não
ter jeito de extirpar, o eleitor decente tem vários pontos que podem ancorar o
seu voto. Entre eles, o passado político e as práticas do candidato e/ou do
grupo a que pertence.
Não se vende o voto apenas por dinheiro vivo embora este seja
a resposta de mais curto prazo nesse tipo de negócio. Há muitas formas de
negociar a cidadania nos corredores da política e nos acertos de campanha.
Seja o que for, tudo é consequência dos nossos costumes,
hábitos e da forma que escolhemos para viver. O municipio e a cidade é prioritariamente o que
seus habitantes querem e acham que merecem. Não existe o fator sorte e não cabem arrependimentos tardios.
ML
Amanhã começamos a publicar as propostas da chapa 55.
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