terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Osmar Arruda


Por Cairo Arruda (membro da ACI)

Poderia até me considerar suspeito, em me reportar neste espaço sobre um primo que faleceu recentemente em Fortaleza, aos 85 anos, acometido de um infarto: Osmar Arruda, viúvo da ex-Professora Onélia de Sousa Arruda, e genitor do médico Francisco Osmar de Sousa Arruda, seu único filho. Mas, não me considero, pois estou, simplesmente, sendo-lhe justo e reconhecido, ao expressar o meu pensamento a seu respeito.

Conheci o Osmar, na Vila de Tururu, distrito do município serrano de Uruburetama, no Norte do Estado do Ceará, sendo eficiente e disciplinado auxiliar de serviços gerais no estabelecimento comercial do meu pai, e, salvo engano, morando conosco. Menino esperto e peralta, peguei, muitas vezes, carona no carrinho de mão por ele conduzido, e transportando saco de cereais do armazém para a nossa casa, o que fazia, diga-se de passagem, com boa vontade e sem reclamar da tarefa.

Era uma figura por demais conhecida em Ipaumirim e circunvizinhança, compreendendo Baixio e Umari, não só porque atuou nos Correios durante vários anos, até aposentar-se, como Agente Postal Telegráfico, mas também, devido a sua popularidade.

Admirava o saudoso primo, pelo seu jeito sincero de ser, sua inteligência, dedicação ao trabalho, honestidade, generosidade e espírito sutil de curiosidade.

Conhecia bem os meandros da geografia e história (sendo mais versado na primeira matéria), conhecimento que fazia questão de partilhar com os outros, principalmente os mais jovens.

Não foi por acaso, que lecionou, com competência, a disciplina geografia, no antigo Colégio XI de Agosto, da antiga Alagoinha, por sinal, naquela época, estabelecimento de ensino padrão, na região, cujos alunos lhe dispensavam respeito e consideração.

Um outro motivo da minha admiração por ele, era o apreço que dispensava a minha saudosa mãe (sua tia afim), parenta que deixou de visitar, após ela sofrer um AVC, e ficar em cadeira de rodas, por falta de condição emocional, razão que eu vim saber certo tempo depois, através de terceiros.

Outra pessoa a quem Osmar se prendeu muito, considerando-a como que uma boa irmã, foi Rosinha Leite (de saudosa memória), com quem contava sempre, no seu dia-a-dia, na qualidade de vizinha prestimosa.

Sou-lhe grato pela valiosa e espontânea contribuição que dispensou a minha inesquecível sogra Joaninha, quando ficou sozinha na Farmácia, em Ipaumirim, enquanto eu e a esposa Mirian encontrávamos em Fortaleza, dando apoio às nossas filhas que ali estudavam.

É com justiça e por merecimento, que para ele tiro o chapéu, pois, em vida, soube valorizar o lado bom da existência, acertando mais que errando!

E-mail:cairomiri@yahoo.com.br

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