domingo, 15 de janeiro de 2012

Enviado por Nágila De Sousa Freitas



OS BRASILEIROS NÃO SABEM VOTAR

Os brasileiros ainda usam muito da inocência, podendo ser considerados “cidadãos inocentes”. O entendimento a respeito daquilo que realmente constitui a política de um país, ainda está em estado introdutório, em atraso. Em primeira análise, isso se deve ao processo histórico em que o Brasil tem arquitetado o modelo político/eleitor, estimado por um padrão ainda pobre, conduzido por várias formas de manipulações partidárias.
A mídia tem abandonado maior espaço para os maiores partidos do Brasil, o que não deixa de ser uma ferramenta de estratégias contra os partidos menores. Ainda é uma forma de alienação política contra os eleitores em estado de “inocência”. Relembremos três anos atrás, logo veremos que no período eleitoral era notável a exaltação dada a dois partidos. O espaço e o tempo eram mais favoráveis a eles, isso se comparando ao baixo recinto de idolatria dada aos demais. Mas sabemos que isso se deve a uma série de questões tanto monopolista, quanto jurídicas, o que não nos impede de repensá-las em novas diretrizes construídas à benefício de todos... TODOS!
Os debates que foram realizados nos últimos anos acabavam como uma espécie de jogo, em que os finalistas sempre foram PT e PSDB. Isso pode ser entendido como um duelo histórico entre os dois partidos. A rivalidade de ideias entre ambos os candidatos é fruto daquilo que a população não compreende na adequada essência política. Podemos entender essa situação como um problema acarretado pela disputa de dois lados, disputa essa responsável por gerar a quebra da possibilidade de mudança plena em nosso país; a começar pela rivalidade de ideologias influenciando para o atraso os feitios já em andamentos ou já realizados. Esse é um dos motivos que provoca decadência, tanto no sistema político do país, quanto no andamento de todos os domínios sociais, desde a economia a cultura.
Considerando o que foi dito, podemos pensar melhor o processo histórico em que população e a sociedade num todo são conduzidas culturalmente a uma formação política em escolha de candidato e aplicação de voto. Esse é um fato que encaminha a massa habitante do país para um tradicionalismo de acesso ao império sempre alcançado pelos os mesmo “césares” governantes. Podemos perceber que há uma falta de avaliação por parte da população no momento de pensar: em quem devo votar; por que devo votar. Há uma falta de consideração pelas novas tendências partidárias, ou seja, aos novos partidos e candidatos que vêm se apresentando nos últimos anos eleitorais. Essas faltas facilitam o aumentam das coligações formadas pelos partidos que já foram da direita e dos que permanecem nela.
O lastimável fato tradicional em que se prendem os brasileiros, impossibilita o crescimento de outras bases, de novas ideias, novas propostas. Diante deste dito, ficam lúcidas as reflexões a se nortearem em fatos necessários a seremos mostrados por meio das críticas construtivas. São questões que nos levam a pensar: quantos cidadãos procuram conhecer o PSOL, PSTU, PV, entre outros partidos de esquerda, possivelmente desconhecidos por quase toda população.
Mesquinho é saber que, alguns brasileiros ainda são capazes de tentar persuadir os mais “inocentes” com argumentos falsos- são políticos disfarçados com mascaras; fantasiados de promessas e mais promessas vazias.
Se fôssemos filhos da educação Européia, teríamos uma visão política diferente dessa, que o nosso falho juízo carrega. Nos países Europeus, a população não é tão “inocente” assim, pois ao assumirem o compromisso com o voto, empregam uma consciência distinta da nossa, não apenas reclama do que está ruim, mas se fazendo devidamente responsáveis por isso. Se o representante do povo falhar golpeando os cidadãos, o troco não demora muito a chegar; chega às eleições vindouras, com a quebra do trono e a adoção de uma nova expectativa a eleger outro candidato. Vale salientar que os partidos políticos à nível europeu dispõem de fatores importantes para a integração dentro da União. Estes constribuem para formar uma consciência europeia e para expressar uma vontade política do cidadão da União.
Diante disso, ao compararmos as duas realidades, concluímos que o Brasil não sabe votar. Nós brasileiros ainda não alcançamos uma consciência política libertadora, devido à má formação histórica dos partidos e dos eleitores. De forma conscienciosa há em nossa sociedade, uma precisão de nos tornamos parte da política e não alvo de manipulação dos políticos.
Nós brasileiros precisamos sair dessa decadência e estender nossas visões para além das questões pessoais. Necessitamos acabar com essa cultura pobre de votar em tal candidato pra pagar um favor, ou votar com qualquer outro tipo de interesses individual. Para banir essa pobreza em nosso país, devemos partir para além do simples ato de votar, reclamar e julgar os governantes. Ao invés de reclamar, devemos atuar! Afinal, já foi comprovado na Ditadura Militar, através das lutas, que não é necessário ser um “deles” para tomar posse do poder de mudança; para fazer algo pelo nosso país. O poder está na união de forças do povo, nas lutas sociais; nas manifestações e protestos; em todos os movimentos em prol da causa coletiva. Se a nossa Constituição nos permite sermos livres, por que não nos libertarmos desse cabresto? Por que não cobrarmos e investigarmos? Se continuarmos em casa apenas assistindo debates entre PT e PSDB, o Brasil não vai passar de um país em desenvolvimento, sem chances de se tornar uma potência mundial. SE QUISERMOS MUDANÇA, DEVEMOS ATUAR!
Revejam seus conceitos sobre política. Saia da mesmice! Quebre a prevalência padronizada; mude a história desse país, fazendo uso positivo da democracia. Interrompa esse processo de alienação partidária em que vive maior parte dos brasileiros. Não seja alvo de manipulação dos políticos, seja objeto principal da política, seja então, um verdadeiro cidadão!

Por: Nágila De Sousa Freitas

Um comentário:

Rubens Dário Vieira disse...

Texto exposto com muita lucidez e adequação à realidade. Parabéns Nágila Freitas.