sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Profano




Música e dança não faltou. ACRI, Forripá e Blitz não deixaram por menos.
É inegável que a festa do Forripá foi, de longe, a mais animada. O comentário não acirra disputas porque parece ter havido um acordo de cavalheiros entre Blitz e Forripá, ficando a primeira com o inicio da noite e o segundo a partir daí. A ACRI tem um público mais adulto de forma que não dá para incentivar competições desnecessárias.Teve para todos.
No dia 19, entrei rapidamente na Blitz e achei muito devagar, talvez pela hora em que passei por lá, 20 horas. De qualquer maneira, tinha gente mas não teve o impacto de anos anteriores. Um segurança com uma lâmpada elétrica montada numa instalação super precária examinava o carimbo no braço dos pagantes na entrada da casa de eventos. Um perigo. A banda Lagosta bronzeada teve a petulância de estacionar seu ônibus no meio da rua impedindo totalmente a circulação de carros na direção da rua das Flores. Mas, também, o que não pode no trânsito de Ip?


Nos dias 18 e 19, o pátio da festa no Forripá estava lotado. Muito animado. Eu só não sei como se dança naquele piso. Quem estava de salto alto deve ter arrebentado o sapato. Mas festa é festa e quando a animação toma conta, quem vai pensar em sapato? Nos arredores, muita briga de tapa mas nada incontrolável. Moto era o que tinha, as motos fecharam os becos e a meninada pagou pra ver. Eu, sinceramente, fiquei com inveja. Inveja branca por supuesto. No próximo ano, preciso uma preparação física para não ficar fora dessa coisa maravilhosa que é a alegria da juventude.



A festa dançante dos Filhos e Amigos de Ip foi boa. Teve um público legal, muita gente que ainda não tinha vindo, apareceu por lá. Tudo muito tranqüilo. Quando João Dino cantou “A cerejeira não é rosa mais”, de Zezé Gonzaga, juro que fiquei deprimida. Nada contra músicas antigas mas achar que alguma alegria resiste a determinado tipo de melodia é muuuuuuuuuuuita falta de sintonia. Tem coisas que só cabem na hora da saudade e olha que eu sou das que gosto de música antiga. Imagine quem não gosta. Depois tocou um carnavalzinho, aquele mesmo desde sempre, aí o pessoal dançou. Daí a pouco, Aldeísio Nery subiu no palco para cantar e, em que pese sua ainda bonita voz, foi uma melancolia só. Nem fluoxetina segura uma onda dessa. Fui olhar o forró da garotada para repor minha energia vital. Sinceramente, faltou conjunto e repertório. Bem diz o ditado popular: um é pouco, dois é bom, três é demais.

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