domingo, 9 de junho de 2013

A última fronteira

(Carla Hilário)
 

 
Em breve, será posta à venda nos Estados Unidos uma nova edição do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-V), publicada pela Associação Americana de Psiquiatria. A nova edição do DSM reaviva polémicas sobre o excesso de definir comportamentos menos comuns como doenças ou a ganância dos laboratórios farmacêuticos de adaptarem velhos medicamentos a novos sintomas e vice-versa. Eu, profana mas curiosa, fico fascinada com o relatório de condutas excêntricas ou patológicas organizado por mais de 1.500 especialistas baseados no estudo de milhares de pacientes nos Estados Unidos. Acredito na utilidade do DSM como referência. Ao mesmo tempo, aceito que é efémero. O cérebro humano é uma complicação. E se é certo que a História nos mostra que se fazem sempre as mesmas perguntas, a verdade é que as respostas continuam a ser diferentes, inadequadas, inúteis ou assustadoras. A cabeça dá muito que pensar.
 
 
 

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