Está rolando um mimimi nas redes sociais desde que o Instagram anunciou nesta segunda-feira (17) os novos termos de uso e a nova política de privacidade. Na prática, é uma operação para reforçar a parceria do aplicativo de fotos com o Facebook, que também instaurou regras semelhantes na semana passada.
Agora, o usuário sabe que suas informações e postagens poderão ser compartilhadas com, por exemplo, empresas de publicidade. Também fica autorizada a instalação de cookies (um tipo de monitorador) nos smartphones dos usuários, para acompanhar seus hábitos.
O Instagram, em seu blog, se defende e garante que essas novidades vão “combater a prática de spam, detectar e corrigir falhas de sistema em menor tempo, além de construir novas funções”. Aham.
O fato é que as mudanças são um anúncio de que em breve o serviço vai ser atolado de publicidade, como já aconteceu com tantos outros negócios “gratuitos” da net, como o YouTube, por exemplo, que agora tira seu dinheirinho de propagandas invasivas e incontornáveis. Haja paciência. Portanto, paciência.
Mas a galerinha está nervosa, se julgando explorada em seus direitos mais primitivos, como o de imagem. Alguns estão tão indignados que parece que lhes foi colocada em risco a própria existência. Vida besta, né?
Já começam a pulular textos propondo uma insurreição furiosa. Em breve saberemos de alguma manifestação em frente ao Shopping Higienópolis ou na orla da Zona Sul carioca. Essa turma é muito inteligente e engajada, sempre que sobra um tempinho.
Eu prefiro morrer de tédio. Não sou ingênuo a ponto de acreditar em almoço grátis. Gratuito, nem serviço público. A internet tem esse poder de causar a impressão de que está todinha ali, para nosso usufruto e deleite. Quem paga a conta? Silêncio...
Mas os brasileiros, principalmente os mais jovens, estão acostumados a receber todo tipo de patrocínio estatal, de carteirinha de estudante e vale-transporte a cotas em universidades e cesta de natal na firma. Ficam mal-acostumados.
Quando isso se soma à militância de sofá, temos que suportar as milhares de postagens estremecendo nossa pacata vida virtual. E o Joaquim Barbosa não faz nada!
Os mais ridículos são aqueles que querem que o aplicativo pague pelas fotos usadas. Sim! Afinal, não faltam fotógrafos anônimos geniais, com seus ângulos revolucionários, seus assuntos insólitos, e que merecem reconhecimento e fortuna. Ai, que saudade dos rolinhos de filme que precisavam ser revelados e ampliados para só depois sabermos que as fotos ficaram horríveis. E pagando.
A solução é tão simples que incomoda. Não quer que usem a foto do seu cachorro, do prato de comida pelo qual você paga uma fortuna, das suas férias parceladas em Buenos Aires, do biquíni novo, do churrasco na casa do vizinho? Ué. Não use o Instagran. Saia do Facebook. Volta pro Orkut antes que acabe. Se liga, mané.
Fonte:http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/
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