quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O clima alto da violência

Por Cairo Arruda
(membro da ACI)


O clima de violência Brasil afora está tão estarrecedor, que nos deixa desesperançosos de termos algum dia uma temperatura mais amena, que propicie à sociedade, maior segurança, tranquilidade e bem-estar.
Casos absurdos e surpreendentes vêm acontecendo frequentemente, que causam perplexidade e revolta, tamanha é a crueldade e frieza dos autores de delitos, e a banalidade dos motivos que alegam ao acabar com a vida das vitimas, às vezes, totalmente inocentes e indefesas.
O mais recente fato, ocorreu em Recife, com o concluinte do curso de biomedicina, Alcides do Nascimento Lins, 22 anos, filho de uma catadora de lixo, que foi assassinado barbaramente porque não forneceu aos bandidos as informações a respeito da suposta vítima que eles procuravam para matar, e que, infelizmente, morava, salvo engano, perto do inditoso jovem morto.
Nos momentos de indignação, imagino se não seria conveniente e necessária a adoção da pena de morte no Brasil. Mas, quando a emoção se dilui, passo a não defender essa medida extrema, porque “os justos poderão pagar pelos pecadores”...
Intriga-me a facilidade com que os marginais se armam, enquanto a maioria dos cidadãos de bem está desarmada.
Soube ultimamente, que em Fortaleza, “os fora da lei” assaltaram os próprios policiais integrantes do “Ronda Quarteirão”,(levando, inclusive, as suas armas) – projeto implantado ali pelo atual Governador Cid Gomes, do Ceará, visando a diminuir a violência na Capital Cearense.
Como se sabe, as drogas ilegais caminham par e passo com a violência, e vêm sendo o carro-chefe do aumento da criminalidade nos nossos grandes centros populacionais. Até nas pequenas cidades do interior, é considerável o número de viciados, principalmente, da maconha, por ser de mais fácil aquisição, dado o baixo custo em relação a outras drogas.
Quem deveria servir de referencial para os brasileiros – os homens públicos, com as poucas exceções, estão a nos decepcionar, constantemente, com os seus atos de corrupção deslavados, a ponto de servir de motivação à bandidagem, que cresce a cada dia.
Por essas e outras, vamos, mais e mais, nos afundando num mar de lama de conseqüências imprevisíveis, no campo da segurança, moralidade, honradez e ética.
E o povo que se lixe.

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