Hoje, trazemos um texto de Juarez Macedo. Queria ter uma foto para identificá-lo mas fico devendo. Aos mais jovens, a referência mais próxima: irmão de João Bosco Macedo e Giseldina que sempre visitam a cidade.
ALAGOINHA 42
Eu tinha apenas 12 anos. Aos 13 já me mandei, fui estudar em Cajazeiras e de lá ganhei o mundo para nunca mais votar a morar nesta terra que tanto amei. Ipaumirim não existia ainda nesta época. Veio dois anos depois quando, por empenho do Dr Francisco Vasconcelos de Arruda, se tornou sede do município. Alagoinha- lagoa pequena- Ipaumirim. O nome ficou mais sugestivo e bonito.
Olhando o traçado da cidade, praticamente um retângulo, de memória andei percorrendo as ruas e me vieram à mente as pessoas que a habitavam naquela época. Vou começar pela velha Naninha que foi casada com Pedro Alexandre e que corajosamente foi ao Catete pedir a Getúlio Vargas que resolvesse o litígio pela divisão de suas terras, o reparte que lhe cabia. Sua foto com Getulio saiu no Correio do Ceará.
Outros mais, por ordem de residência.:
Adolfo casado com Maristela, pais de Gerardo e Flávio Lúcio.
Aristides Lisboa, pai de Zé Aristides, Vicente e Maria Lisboa.
Ernane Dore/Neusa, farmacêutico, pai de Gilberto e dono de uma fubica, um Ford ano 1929.
Miceno Alexandre.
Seu Barrin, pai de Helio, Evilásio, Hilton, Deca, Eudes, Stela e Maria Augusta.
Cicero Fernandes/Da. Zefinha, donos da Souza Fernandes, beneficiadora de algodão. Pais de Ester, Eneida, Tarcísio.
Chico Olivio, pai de Onélia, Maria de Souza, Ivone,Olga, Ofélia e Ormezinda (quando dançava com ela sentia um friozinho da espinha)
Joana Doida, que morava debaixo de uma tenda perto da Souza Fernandes e percorria a rua cercada de cães famintos, falando sozinha sem fazer mal a ninguém.
Argemiro Nery, pai de Anchieta e Aldeisio.
Beatriz, professora emérita.
Francisquinha Nunes também professora
Da Zenira, a mais querida da cidade.
Cicero Bento, pai de Zé Henrique e Maria Blandina.
Luiz Leite da Nóbrega, pai de Luiz Nóbrega Filho, Sebastião, Maria Eunice, Maria Luiza e Vilani
Zé Saraiva (Zé do Péu) dono de um automóvel o único a serviço da cidade.
Da. Yáyá, sogra de Cirilo, barbeiro.
Nogueira/Delícia, fotógrafo, fumava cachimbo, cunhado de Menininha, uma boneca que me causava frisson.
Odilon, pai de Edvaldo, Romilda (nasceu na mesma data em que eu nasci), Edmilson e Geraldo.
Ademar Barbosa/Lidinha, pais de Chiquinho e Bosa.
Mario Viana, Áurea e Violeta.
Joaquim Pires, pai de Juvenal e Vicente.
Zé Filinto, pai de Socorro e Nance
Luiz Barbosa/Rocilda, pais de Luiz Barbosa Filho, Luídio, Jader, Jacílio, Laire e Lenira (minha cunhada que foi casada com Evandro)
Pedro Alexandre/Maria Alzira, pais do Pedrão e da Zireta.
Velho Custódio, barbeiro, pai de Lauro.
Tiburtino, barbeiro
Zé Macedo/Soledade, meus amados pais, e pais de Giselda, Evandro, José, Gesilda, Giseldina, Genilda, Toizão, Bosco Macedo
Batista pai de Maria de Lourdes, Zefinha, Maria do Céu, Joana Bosco e Zé
Cicero Vermelho
Da. Piqueli cujo pé de ficus benjamim, amaldiçoado por mim, vindo a secar, serviu para meu pai tirar um galho com que me deu uma surra que dói até hoje, porque cheguei em casa depois das vinte horas. Estava dançando no XI de Agosto.
Manoel Sapateiro, pai de Terezinha.
Sr. Isidro Nery/Da. Cecília. Tinha um caminhão e uma mercearia onde, em cima, funcionava a escola em que estudei e meu professor foi o Zé Henrique.
Maria do Vigário
Vicente Victor, o Centor, filho de Cícero Victor
Vicente Gomes de Morais, de saudosa memória, foi quem ajudou meu pai a educar aqueles filhos todos e o tínhamos como irmão.
O vigário na época era Pe. Manoel Carlos de Morais sediado em Umari.
Foi esta gente que fez de Ipaumirim uma grande familia. Todos se conheciam e se gostavam. Era um povo festeiro. Festa da Padroeira e de São Sebastião movimentava a cidade com quermesses, leilões beneficentes onde se reunia a nata da cidade e os que tinham dinheiro disputavam o maior lance. Havia até um serviço de alto-falante, aos domingos, com músicas e noticias e concurso de calouros. Freqüentes eram os bailes no XI de Agosto onde não perdia um sequer.
Se me fosse dado prestar uma homenagem à figura mais ilustre de Ipaumirim naquela época, ergueria uma estátua ao Dr. Francisco Vasconcelos de Arruda. Ele foi quem deu maioridade à cidade, politicamente, dedicando-se principalmente à educação, saindo daí muitos doutores que dignificaram a cidade.
Hoje, sou um filho distante desta terra querida. Moro em São Paulo onde constitui uma família, muito bonita por sinal, e milito no mercado publicitário.
Ao povo de Ipaumirim meus cumprimentos e minha saudade.
Juarez Macedo
Olhando o traçado da cidade, praticamente um retângulo, de memória andei percorrendo as ruas e me vieram à mente as pessoas que a habitavam naquela época. Vou começar pela velha Naninha que foi casada com Pedro Alexandre e que corajosamente foi ao Catete pedir a Getúlio Vargas que resolvesse o litígio pela divisão de suas terras, o reparte que lhe cabia. Sua foto com Getulio saiu no Correio do Ceará.
Outros mais, por ordem de residência.:
Adolfo casado com Maristela, pais de Gerardo e Flávio Lúcio.
Aristides Lisboa, pai de Zé Aristides, Vicente e Maria Lisboa.
Ernane Dore/Neusa, farmacêutico, pai de Gilberto e dono de uma fubica, um Ford ano 1929.
Miceno Alexandre.
Seu Barrin, pai de Helio, Evilásio, Hilton, Deca, Eudes, Stela e Maria Augusta.
Cicero Fernandes/Da. Zefinha, donos da Souza Fernandes, beneficiadora de algodão. Pais de Ester, Eneida, Tarcísio.
Chico Olivio, pai de Onélia, Maria de Souza, Ivone,Olga, Ofélia e Ormezinda (quando dançava com ela sentia um friozinho da espinha)
Joana Doida, que morava debaixo de uma tenda perto da Souza Fernandes e percorria a rua cercada de cães famintos, falando sozinha sem fazer mal a ninguém.
Argemiro Nery, pai de Anchieta e Aldeisio.
Beatriz, professora emérita.
Francisquinha Nunes também professora
Da Zenira, a mais querida da cidade.
Cicero Bento, pai de Zé Henrique e Maria Blandina.
Luiz Leite da Nóbrega, pai de Luiz Nóbrega Filho, Sebastião, Maria Eunice, Maria Luiza e Vilani
Zé Saraiva (Zé do Péu) dono de um automóvel o único a serviço da cidade.
Da. Yáyá, sogra de Cirilo, barbeiro.
Nogueira/Delícia, fotógrafo, fumava cachimbo, cunhado de Menininha, uma boneca que me causava frisson.
Odilon, pai de Edvaldo, Romilda (nasceu na mesma data em que eu nasci), Edmilson e Geraldo.
Ademar Barbosa/Lidinha, pais de Chiquinho e Bosa.
Mario Viana, Áurea e Violeta.
Joaquim Pires, pai de Juvenal e Vicente.
Zé Filinto, pai de Socorro e Nance
Luiz Barbosa/Rocilda, pais de Luiz Barbosa Filho, Luídio, Jader, Jacílio, Laire e Lenira (minha cunhada que foi casada com Evandro)
Pedro Alexandre/Maria Alzira, pais do Pedrão e da Zireta.
Velho Custódio, barbeiro, pai de Lauro.
Tiburtino, barbeiro
Zé Macedo/Soledade, meus amados pais, e pais de Giselda, Evandro, José, Gesilda, Giseldina, Genilda, Toizão, Bosco Macedo
Batista pai de Maria de Lourdes, Zefinha, Maria do Céu, Joana Bosco e Zé
Cicero Vermelho
Da. Piqueli cujo pé de ficus benjamim, amaldiçoado por mim, vindo a secar, serviu para meu pai tirar um galho com que me deu uma surra que dói até hoje, porque cheguei em casa depois das vinte horas. Estava dançando no XI de Agosto.
Manoel Sapateiro, pai de Terezinha.
Sr. Isidro Nery/Da. Cecília. Tinha um caminhão e uma mercearia onde, em cima, funcionava a escola em que estudei e meu professor foi o Zé Henrique.
Maria do Vigário
Vicente Victor, o Centor, filho de Cícero Victor
Vicente Gomes de Morais, de saudosa memória, foi quem ajudou meu pai a educar aqueles filhos todos e o tínhamos como irmão.
O vigário na época era Pe. Manoel Carlos de Morais sediado em Umari.
Foi esta gente que fez de Ipaumirim uma grande familia. Todos se conheciam e se gostavam. Era um povo festeiro. Festa da Padroeira e de São Sebastião movimentava a cidade com quermesses, leilões beneficentes onde se reunia a nata da cidade e os que tinham dinheiro disputavam o maior lance. Havia até um serviço de alto-falante, aos domingos, com músicas e noticias e concurso de calouros. Freqüentes eram os bailes no XI de Agosto onde não perdia um sequer.
Se me fosse dado prestar uma homenagem à figura mais ilustre de Ipaumirim naquela época, ergueria uma estátua ao Dr. Francisco Vasconcelos de Arruda. Ele foi quem deu maioridade à cidade, politicamente, dedicando-se principalmente à educação, saindo daí muitos doutores que dignificaram a cidade.
Hoje, sou um filho distante desta terra querida. Moro em São Paulo onde constitui uma família, muito bonita por sinal, e milito no mercado publicitário.
Ao povo de Ipaumirim meus cumprimentos e minha saudade.
Juarez Macedo
São Paulo, setembro de 2007
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