terça-feira, 13 de agosto de 2013

Não existem políticos como antigamente


Por Cairo Arruda (membro da ACI)
 
A eleição do palhaço Tiririca para Deputado Federal por São Paulo, é um exemplo típico de que a classe política brasileira (com raras exceções) está deveras desacreditada, e que estamos vivenciando uma séria carência de líderes propriamente ditos.
Quem vem acompanhando de perto a vida político-partidária do passado ao presente, pode, com conhecimento de causa, fazer uma comparação de comportamento entre os homens públicos daquela época e os de agora.
Naqueles velhos tempos, para um parlamentar chegar a ser eleito Presidente da Câmara dos Deputados e/ou do Senado, necessitava ter bons antecedentes, competência comprovada e liderança junto aos seus pares. Atualmente, para isso acontecer, prevalecem os conchavos político-partidários, e também os interesses e conveniências do Poder Executivo. Cite-se o exemplo de José Sarney e Renan Calheiros...
Saudosos tempos de partidos fortes – destacando-se UDN e PSD – de parlamentares de espírito partidário, íntegros, fiéis às suas convicções, e que colocavam o Parlamento e a Pátria acima dos seus interesses.
Recordo-me  de alguns deles. Em São Paulo: Franco Motoro, Ulisses Guimarães, Mário Covas; No Rio de Janeiro: Nelson Carneiro (autor do projeto de lei do divórcio), Carlos Lacerda (por sinal, um grande tribuno); no Rio Grande do Sul: Leonel Brizola, Pedro Simon (que ainda está na ativa), Getúlio Vargas; Em Minas Gerais: Plinio Salgado, Tancredo Neves, Itamar Franco, Afonso Arinos, José Açencar; No Ceará: Virgilio Távora, Martins Rodrigues, e o piauiense que fez política  na Terra Alencarina, Flávio Portela Marcilio, que foi honroso Presidente da Câmara Federal;  Na Paraíba: João Agripino, Humberto Lucena (salvo engano, Presidiu a Câmara dos Deputados), Pedro Sátiro, Ruy Carneiro; Em Pernambuco: Miguel Arrais (cearense que fez sua carreira política em terras pernambucanas, chegando a governador);, Jarbas Vasconcelos (ainda exercendo o cargo de senador); Em Alagoas: Teotônio Vilela; Na Bahia: Juraci Magalhães, Rui Barbosa, Valdir Pires. No Rio Grande do Norte, Aluizio Alves.
Para limpar a sujeira que aí está, a nossa esperança encontra-se nos jovens e no Ministério Público, que é integrado por pessoas bem-intencionadas, patriotas verdadeiros (em sua grande maioria), que chegaram ao posto através de concurso público, sempre dispostos a defenderem os direitos da sociedade, principalmente dos excluídos e injustiçados.
Com o apoio dessa nova geração, que luta a bem das justas causas (como fizeram recentemente, saindo às ruas pacificamente), os brasileiros tendem a viver dias melhores, concorrendo para passar o Brasil a limpo, e honrando os nossos antepassados!

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