terça-feira, 14 de junho de 2011

Banzo



Vida, oh! doce vida. Um dia estamos na nossa infância, de repente, estamos na adolescência e mais de repente ainda já estamos na vida adulta. Chega um momento que paramos tudo e observamos aonde chegamos, onde passamos, as amizades que conquistamos no passado, lembranças boas de toda família reunida no domingo na casa dos avós, correria e brincadeiras nas ruas quando criança, perturbando as conversas noturnas dos mais velhos sentados nas calçadas. Lembrança da imensa altura da mãe da gente quando pedíamos algum presente ou mesmo quando pedia para colocar nos braços, e hoje somos nós que as colocamos nos braços, pois crecemos, conhecemos novos horizontes, novos lugares, novas pessoas, novas formas de viver. Saudade dos tempos de escola, que odiávamos acordar cedo, mas na verdade amávamos estar ali todos os dias, bem cedinho, talvez, por causa daquela doce menina que tínhamos como paquera, ou mesmo também por gostar de estuda, Lembranças das noites calmas do pequeno e querido interior, do cheirinho de café da manhã que só a mãe da gente sabe fazer. Saudade quando ela nos acordava para ir para aula, aquele tempinho nublado que dava vontade de ficar deitado na cama ou na rede, e que até muitas vezes ela deixava por pura pena e bondade de mãe. Tempo, é uma coisa que voa. Lembranças de pessoas queridas que partiram para outra vida, de acontecimentos alegres na cidade, na família. Coisa boa era poder todas as noites passear nas ruas sem nenhum medo, sem nenhuma preocupação de ser assaltado, e de ter a liberdade de ficar na rua até hora que quisesse, ficar até tarde sentado na calçada da igreja recebendo aquele gostoso ventinho que aparece por volta das 23 horas, e ficar rindo em alto e bom som, com amigos falando sobre historias que aconteceram, planos para o futuro. Naquele momento de descontração, ninguém liga de dizer ao outro o quanto ele é importante nas nossas vidas, dizer “Meu amigo, eu te amo”, mas pensando bem, a gente sempre fala, não pela boca, mas sim pelas ações que provam o quanto a gente se importa com ele. Lembranças também de passar nas calçadas e se for a pé, ter que cumprimentar todos que vierem pela frente, pois se não dizer pelo menos um, “oi”, “boa noite”,” olá”, “como vai?”, depois sai o comentário que “fulano” tá rico, é besta não fala com ninguém. Se falar demais com todos, ai saem dizendo que o “fulano” será vereador ou prefeito nas próximas eleições, (risos), coisas boas que só se vemos no interior e em especial em Ipaumirim. Tem gente que não gosta de recordar o passado, diz que quem lembra as coisas ruins sofre duas vezes, e eu digo que quem recorda das coisas boas, sente o prazer, a alegria, duas vezes;
A felicidade brilha nos olhos de quem recordar algo bom que passou na sua vida, relembre reviva, sonhe, ame!
Erivando Nunes
Acadêmico de Publicidade e Propaganda

UNIFOR - CE

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