quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"No visgo do improviso, a peleja é virtual"


O blog Interpóetica publicou o mote: No visgo do improviso/ A peleja é virtual.
Os poetas, através do Orkut e do email, glosaram o mote. Com ajuda de Dedé Monteiro, que fez o “apanhado” de tudo, estou publicando aqui!
(Balaio de Poesia - APPTA - Por Veronica Sobral)

Vejam as glosas!


Com muita capacidade
Maria Alice Amorim
Mostrou que não terá fim
Nossa poeticidade.
Provou que a oralidade
Que já é tradicional
Também entra num portal
Toda vez que é preciso.
No visgo do improviso
A peleja é virtual!

Andou por muitos lugares
Pra fazer as reportagens
E colheu muitas bagagens
Das tradições populares.
Jogou tudo pelos ares
Atrás de seu ideal,
Mas conseguiu afinal
Fazer um livro conciso.
No visgo do improviso
A peleja é virtual!
( Ismael Gaião)
Não precisa uma bandeja
Ou público batendo palma,
Basta esmiuçar a alma
E começar a peleja.
Digitar pra que se veja
Rima e verso cultural.
E como num festival,
Publicar com um sorriso:
No visgo do improviso
A peleja é virtual!
(Veronica Sobral)

Pensar e escrever em verso,
Para compor uma poesia.
Nem sempre se faz num dia,
A rima no seu conjunto.
Dependendo do assunto,
O mote é fundamental,
E mesmo no seu final,
É difícil ser conciso.
No visgo do improviso,
A peleja é virtual.

Na Net eu posso glosar,
Mesmo não sendo poeta.
Me junto à turma seleta
Que vai se imortalizar,
Pois posso me apresentar
De forma individual,
Sem público, sem festival,
Nem de aplauso eu preciso.
No visgo do improviso
A peleja é virtual.

Brigo com o computador
A luta é dura, dramática
Pois sou fraco em informática
E sou mau versejador
Mas não importa o valor
Nem se no ranking vou mal
Se o verso é simples, banal
Quem quiser faça o juízo
No visgo do improviso
A peleja é virtual
(Clênio Cordeiro)


Pinto, gênio, vi cantar,
vi o mestre Lourival!
Pendurados em varal,
eu vi cordéis pelo ar!
Vi cantadores em bar,
vi, depois, em festival!
À evolução fatal,
O jeito é abrir o riso:
No visgo do improviso
A peleja é virtual.
(João Alderney)

Sendo o teclado a viola
a peleja repercute
no twiter ou no orkut
poeta bom faz escola
o google serve de cola
pro verso sair legal
o hi-tech armorial
é rima que vocalizo
e no visgo do improviso
a peleja é virtual.

No kbyte ou no supapo
da conexão de rede
o velho pé-de-parede
pode ser num “bate-papo”
e nesse catiripapo
do virtual e o real
em homepage ou portal
o verso sai do juízo!
E no visgo do improviso
a peleja é virtual.
(Clécio Rimas)

Meu abraço de boa noite!
Muitos poetas glosaram
e eu, achando tão bonito,
resolvi pôr o meu dito
entre as coisas que falaram.
Talvez o que relataram
eu repita... isso é normal,
mas meu referencial
que no verso eu focalizo
é que no bom improviso
a peleja é virtual!


Contando HONÓRIO, MACHADO,
PAULO MOURA, ALLAN, SUSANA,
é muita gente bacana
que deixa aqui seu legado.
Hoje, estar conectado,
é vício bom, genial,
pode dá o escambal,
cair chuva de granizo
que no visgo do improviso
a peleja é virtual.
(Felipe Júnior)

O orkut é a janela
Onde canto meu repente.
Internauta inteligente,
Ta sempre plugado nela.
Pois quem baixa não cancela,
Nem que o sistema dê pau.
Pois meu bite semanal,
Enche HD sem aviso.
E no visgo do improviso
a peleja e virtual
(Fábio Pintor)

No word do meu repente
O verso sai formatado
Depois fica arquivado
Na pasta da minha mente
Meu teclar é diferente
Do avast atual
Este vírus não faz mal
E é por isso q'eu aviso"
Que no visgo do improviso
A peleja é virtual.
(Geicon Geff)

Nao tem página, é janela.
O meu lápis é o teclado;
quando erro é deletado.
meu papel é uma tela.
eu fico na frente dela
e o verso sai natural.
se me perco no final.
vou no google e pesquiso
E no visgo do improviso
A peleja é virtual.
( Junior Guedes)

A cada dia que passa
Se inventa uma coisa nova
Hoje o que se aprova
Amanhã perde a graça
Pois me banho de cabaça
E uso lápis de pau
Que não me faz nenhum mal
Nem saio no prejuízo
no visgo do improviso
A peleja é virtual
(Diogo Almeida)

Na puxada da sanfona
Tem forró Gonzagueado;
No xa, xa, xa do xaxado
Cangaceiro entra na zona;
Na dama cor de azeitona
Minha visão passa mal;
Na INTER da capital
Qualquer um toca o seu guizo;
No visgo do improviso
A peleja é virtual.
(Dedé Monteiro)


Fingindo ser meu assento
Um batente de calçada
E o som de cada teclada
Um "Mi Maior" barulhento
No vazio do apartamento
Boto o meu verso em mural
Tendo o Google por canal
Pra achar rima com "iso"
No visgo do improviso
A peleja é virtual.
(Felipe Cordeiro)

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