domingo, 12 de outubro de 2014

Eleição não acaba com o viver e nem com a luta pelo progresso civilizatório

Por Sérgio T.

Eu comecei a trabalhar e virar um cidadão político econômico no governo Geisel. Depois vieram Figueiredo, Tancredo por alguns dias, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e agora Dilma.
Então intuo e digo algumas coisas...
A política é importante, mas ela não sintetiza nossa sociedade, nem nossas vidas individuais. A vida se completa de várias maneiras que passam longe da política. Se um rei da Idade Média não tinha como impedir a dinâmica da vida popular, não será um presidente que terá esse poder.
O Brasil (e os brasileiros) pode piorar ou melhorar com um presidente específico, mas hoje a maioria das instituições públicas, associações, organizações sociais civis ou estatais, os milhares de empresas, que necessitam de um ambiente econômico minimamente estável para sobreviver, etc., estão firmemente fincadas em nosso tecido sócio econômico, ou seja, os nossos "controles sociais" expulsarão qualquer um que chegue muito perto de certos "abismos". Sobrevivemos na ditadura, na captura de todo nosso dinheiro pelo Collor, na mega desvalorização do real do FHC, entre outros fatos.
Trocando em miúdos, ainda somos um país em formação, mas não somos desagregados como os países africanos, possuímos um país razoavelmente homogêneo em cultura, economia e sistema político. Então não acredito que haverá guerra civil nenhuma como alguns de ambos os lados apregoam. Enquanto houverem instituições fortes, liberdade individual e democracia (que não são a mesma coisa), sobreviveremos...
Se o Aécio for vencedor, lutaremos na oposição, se Dilma for a vencedora, lutaremos na situação. Ou alguém acha que Dilma é a última bolacha do pacote? Voto no PT por causa do pouco da ideologia social democrata restante na forma de governar do partido, pois pessoalmente estou longe de gostar da "gerentona", muito pelo contrário. E o PT também já foi bem melhor, menos "eleitoreiro", andou abusando demais de um "pragmatismo para governar", que em muitos momentos me pareceu exagerado, para não dizer algo mais contundente.
Em minha vida observei pessoas que admiro e reconheço como exemplos de vida, mas nunca tive ídolos e jamais pratico tietagem, seja com políticos, seja com artistas, seja com “gurus científicos", seja com "santos espirituais" (sabe, tipo Chico Xavier, Dalai Lama, ou São Francisco de Assis), pois sob certas circunstâncias, na hora "H", todo mundo caga fedido. Detesto idolatrias!
Também sei que o poder corrompe, torna arrogante e distancia seja quem for que o exerça, pois como ele é exercido por seres humanos, varia só o grau de sabedoria e honestidade com que ele é exercido. Em política (e tudo na vida), o "nome do jogo" é errar menos, pois acertar sempre é impossível.
Por fim, creio que para nós, a luta pelo avanço civilizatório nunca muda, sempre é necessária, sempre permanece, com qualquer governo que esteja no poder.
Fonte: http://jornalggn.com.br/blog/sergio-t/eleicao-nao-acaba-com-o-viver-e-nem-com-a-luta-pelo-progresso-civilizatorio

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