Por Cairo Arruda
(membro da ACI)
O elevado grau de longevidade do arquiteto
Oscar Niemeyer (falecido recentemente com 104 anos) e da Sra. Claudeonor Viana
Teles Veloso, Dona Canô, baiana de Santo Amaro da Purificação (que acaba de
falecer, aos 105 anos), fez-me lembrar a Sra. Maria José dos Santos, na
intimidade Dona Piquilí, que morreu na década de 70, com 106 anos, e que, por
ser a mulher mais idosa de então, da cidade de Ipaumirim, no interior do Ceará,
recebeu a justa homenagem de denominar o hospital do Município.
Dona Canô pereceu em pleno dia do Natal, em sua
residência, vestida de branco, como desejou, ao lado dos seus familiares. Era
uma pessoa muito virtuosa; mãe de 8 filhos, sendo 2 adotados.
No transcurso dos seus 105 anos, em setembro
deste ano, mandou celebrar uma missa em ação de graças, pelo Pe. Reginaldo
Mazotti, sacerdote que muito admirava.
Sempre estimulou os filhos para cultivar a arte
da música, deixando órfãos dois gênios musicais – Maria Betânea e Caetano
Veloso, baianos que dignificam a sua “Boa Terra”.
Já aos 103 anos, Dona Canô fez questão de ainda
exercer o direito do voto, e sufragou o nome de Dilma Rousseff, para Presidente
da República, dando um vero exemplo de verdadeira cidadã.
Ficou viúva, do “Seu Zeca”, em 1983, que morreu
aos 82 anos, com quem era bem casada.
A Bahia está de luto, com a perda dessa mulher
guerreira e fervorosa, coordenadora da tradicional novena , que originou a canção de autoria de sua filha Maria
Betânea, intitulada: “Quem não rezou a novena de Dona Canô”?
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