Por Cairo Arruda
(membro da ACI)
Essas palavras saíram da boca de uma menina de mais ou menos 6 anos, da qual nem sei o nome, e que muito me sensibilizaram, servindo de tema para o presente comentário, pela sua astúcia e esperteza em querer saber se iria contar com a mesma ajuda no dia seguinte. É que, ela e a sua mãe, no percurso casa/escola, receberam de mim uma carona amiga, em certo dia desses.
Admiro as crianças, principalmente, dada a presença de espírito de algumas, e por saberem aproveitar, sem maldade, as ocasiões que se lhes apresentam no dia-a-dia, na hora da necessidade.
Próximo a minha residência, mora um garoto, de nome Fernando, cujos olhos brilham com maior intensidade, quando coincide de eu poder lhe dar, e também a sua genitora, uma carona, cedinho, da sua casa à creche Stela Maris. Como faz um certo tempo que isso não acontece, ele perguntou a sua avó: oh vó, onde anda “seu” Léo? (Ele não aprendeu o meu nome)
Coincidentemente, os dias em que eu lhes presto (à mãe e filho) esse tipo de solidariedade, sinto que eles se me tornam mais leves e positivos, e o que é mais notável, os meus problemas a serem resolvidos, encontram, na maioria das vezes, soluções satisfatórias.
Os guris, pela sua inocência e pureza d’ alma, transmitem-nos (aos adultos) uma energia positiva, e os efeitos do seu sentimento de gratidão, por algo recebido, vêm de imediato, no decorrer do mesmo dia do evento.
Um fato recente que despertou a atenção de todos nós, foi a iniciativa do pré-adolescente, de 12 anos, residente em Itaperica, na grande São Paulo, deixado preso, pela mãe, em casa, juntamente com mais dois irmãozinhos – um de 2 anos e o outro, de 5 meses: Ele conseguiu localizar o telefone celular da genitora, e telefonou para a polícia contando a sua situação, inclusive, que o mais novo estava chorando, com muita fome, e indagou do policial que o atendeu, o que faria. Este, depois de fazer ao menino algumas perguntas, dirigiu-se até o seu endereço, e levou as crianças para o Conselho Tutelar, para as devidas providências.
Nesses momentos, aparece sempre a mão de Deus que, com o seu amor infinito, abre as portas supostamente trancadas, e clama: “Vinde a mim, oh minhas criancinhas!”
Eu, um simples pecador,”envelhecente”, apenas com a boa vontade em ser útil a alguém, dentro das minhas limitações, digo: Em matéria de carona, eis-me aqui de novo, oh menina anônima, para levá-la até a sua escola!
E-mail: cairomiri@yahoo.com.br
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