(Mauro Donato)
Por que a Igreja Católica precisa de uma mulher para liderar seu rebanho.
Se Jorge Bergoglio aguentará o tranco na pele de Francisco até o final da vida é algo a se acompanhar. Mas independentemente da razão do fim de seu papado (se por falecimento ou por assombração da ditadura portenha) que o próximo eleito seja uma mulher. Uma papisa. É disso que a igreja católica precisa. Uma mulher.
A escolha do argentino parece ter sido uma atitude acertada perante os fiéis e se tivesse recaído sobre o cardeal ganense Peter Turkson o efeito haveria de ser ainda melhor. A igreja foi tímida, os católicos estão ávidos por reformas, ficou evidente. Ter demonstrado preocupação com descentralizar o poder europeu também foi uma boa estratégia para transmitir “ares de revolução” embora a centralização seja algo mais atual do que se imagina. Anteriormente à era da comunicação veloz, as paróquias possuiam uma maior autonomia sobre seus costumes.
E esses oásis ainda existem.
É isso que é praticado na Igreja Católica suíça onde, por carência de padres, mulheres preenchem os cargos mais importantes nas paróquias. É consenso entre os católicos suiços que sem a participação das mulheres a igreja estaria extinta por lá. E que contribuição! Aquelas líderes religiosas são profundamente reformistas, permitem que divorciados comunguem, questionam doutrinas, agem de maneira a adequar a igreja aos dias atuais. Inteligente, não?
Que venha uma papisa o quanto antes. Se puder ser suíça, tanto melhor.
Nunca antes na história desse planeta as mulheres estiveram tão a frente dos mais variados setores. Na esfera familiar, no ambiente profissional, são as novas líderes e vistas com bons olhos. Por que não no Vaticano?
Não há motivo científico, obviamente, mas a “lógica” é de simples compreensão: Mulheres não podem se tornar papa por não poderem, antes, tornarem-se padres; E não podem se tornar padres pois Jesus escolheu apenas homens para serem seus apóstolos e estes, por sua vez, também elegeram outros homens e assim sucessivamente. Resumindo, os católicos acreditam que se Jesus quisesse que mulheres se tornassem padres, elas teriam sido escolhidas para serem apóstolas (de posse de meu agnosticismo, consegui entender o seguinte: não pode porque não pode).
Como este tema vez ou outra incomodava, em 1994 João Paulo II veio com uma carta apostólica (Ordinatio Sacerdotalis), algo equivalente a um Ato Institucional, e fechou questão:
“Com o fim de afastar toda dúvida sobre uma questão de grande importância, que diz respeito à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar na fé aos irmãos, declaro que a Igreja não tem, de forma alguma, a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que este ditame deve ser considerado como definitivo por todos os fiéis da Igreja”.
É de um machismo paleolítico. Então que venha uma papisa, suíça e sintonizada com os dias atuais. Pelo amor de Deus.
Há uma lenda sobre a existência de uma papisa. Joana, lá pelo ano 1090. Mas mesmo sendo lenda e com suas variações (são no mínimo 3 versões), em todas ela teria se passado por homem com o nome de João para chegar lá (de posse de meu agnosticismo, acredito que João é que era meio Joana, e essa tenha sido a primeira tentativa de despistar o homossexualismo na igreja).
Então que venha uma papisa, suíça, bonita, sintonizada com os dias atuais. Preferencialmente negra e favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo para que nenhuma Joana precise mais se passar por João ou vice-versa.
Sua santidade, a Mamma.
Fonte: http://diariodocentrodomundo.com.br/chega-de-papa-queremos-mamma/
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