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terça-feira, 30 de julho de 2013
Francisco: o nascimento de um estadista

Autor:
Coluna Econômica
O Rio de Janeiro assistiu o nascimento de um estadista, o Papa
Francisco. Foi inesquecível sua atuação na Jornada Mundial da Juventude.
Poucas vezes um estadista conseguiu ser tão preciso nos discursos,
redesenhando um organismo milenar como a Igreja Católica através da
identificação das ideias básicas a nortear o novo rumo.
Não ousou investir contra alguns dogmas, ainda que anacrônicos - como
o celibato ou a condenação das relações homossexuais. Mas verbalizou a
volta da tolerância ao se indagar: "Se um gay busca Deus, quem sou eu
para julgar?".
***
Mais que isso.
No período em que o mundo conviveu com o maior processo de inclusão
da história - das grandes massas miseráveis nos países do terceiro mundo
- a Igreja se afastou dos pobres. Na era das quebras de tabu, da
condenação a toda forma de preconceito, a Igreja se esmerou na
condenação moral para fora e no acobertamento para dentro.
***
O Papa foi preciso ao identificar nas massas pobres e na juventude a
seiva do revigoramento da Igreja. E no enclausuramento da Cúria, no
Vaticano, seu maior problema.
Há muito tempo a vocação religiosa deixou de atrair os melhores
quadros. A maneira de enfrentar a contemporaneidade dos movimentos
evangélicos foi estimular os padres-show, atuando na mesma piscina rasa
dos pastores. Ao propor a volta do espírito da catequese, em
contraposição à banalização da vida moderna e ao consumismo e busca de
status que caracterizam os tempos atuais.
***
O Papa fugiu da polarização Teologia da Libertação x conservadores
que marcou a Igreja brasileira. Ambas estão debaixo da mesma organização
e buscando o mesmo fim: o fortalecimento da Igreja. Criticou tanto os
que tentaram subordinar a Igreja ao marxismo como ao neoliberalismo.
E é essa a estratégia: pairar acima das quizilas, das disputas
internas, e apresentar o objetivo maior, para o qual toda a organização
deverá convergir: os seguidores da Teologia da Libertação atuando junto
às regiões pobres; os conservadores preservando o espaço junto a uma
elite algo anacrônica; e a Igreja empenhada em conquistar novos
territórios junto aos jovens através do chamamento ao jovem.
***
A falta de estadistas na Igreja - e nem se venha considerar João
Paulo 2o como tal - produziu lutas intestinas terríveis, especialmente
na América Latina.
Grande parte da liderança política atual fez-se sob a inspiração da
Igreja: no PT, Lula e os movimentos sociais; no PSDB, os egressos da
Ação Popular (AP), que se originou da ação católica, da Juventude
Estudantil Católica (JEC), Juventude Universitária Católica (JUC) e
Juventude Operária Catolica (JOC). Lula saiu dos movimentos populares,
José Serra da AP, Dilma Rousseff do GGN (Grupo Gente Nova), de
inspiração católica.
***
Tudo isso se perdeu nas últimas décadas. A Igreja perdeu o encanto
para os jovens, para os ativistas e mesmo para os místicos. Manteve-se
nos movimentos populares, sob boicote da Cúria. Conservou influência
apenas nas zonas rurais e junto aos remanescentes da elite econômica
envelhecida.
Figuras símbolos, como o cardeal Arns e os irmãos Lorscheiter,
príncipes políticos, como dom Lucas Neves e conservadores influentes,
como Eugênio Salles, foram substituídos por burocratas sem visão
política nem missionária.
Agora, Francisco tenta repor a Igreja no caminho da reconstrução.
O desserviço que ateus prestam ao ateísmo

“Desbatismo” na Praça da Sé, em São Paulo
Kiko Nogueira
29 de julho de 2013
Apoiar a quebra de imagens sacras e promover o “desbatismo” não ajudam a causa dos descrentes.
Uma das manifestações que aconteceram durante a visita de Francisco foi organizada pela ATEA,
Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos. Membros da entidade foram
para a frente de algumas igrejas e usaram um secador de cabelos para os
voluntários se “desbatizarem”. No final, a pessoa ganhava um certificado
de “desbatismo”.
O protesto teve adesão baixa. Não emplacou. Daniel Sottomaior,
presidente da ATEA, perdeu uma oportunidade de elevar o nível do debate.
Sua bandeira principal era o volume de gastos públicos com a visita de
Francisco. Mas, no meio disso, embutiu-se um discurso agressivo e
fanático. Ateus não podem gozar de sua descrença de outra maneira? Têm
de partir para o enfrentamento? É obrigatório apoiar gente que quebra
imagens?
A ATEA chegou a propor um salvo conduto para seus simpatizantes
durante a Jornada Mundial da Juventude. O que queriam com isso, não se
sabe. Mas ficou a impressão de molecagem. “Respeito os ateus porque
vivemos num estado laico e pluralista. Mas fazer o ‘desbatismo’ com
secador de cabelo é infantilismo e ridículo”, disse Leonardo Boff.
Sottomaior já se manifestou de maneira estranha em outras ocasiões:
“Verdade seja dita: a crucificação de Feliciano (ops…) foi uma enorme
injustiça. É verdade, ele é homofóbico de carteirinha, camiseta e
diploma, tem posições claramente contrárias aos direitos humanos, deseja
interferir nas políticas de saúde pública e quer fazer todos os
brasileiros rezarem por sua cartilha religiosa. Quer dizer: é igualzinho
ao papa. Feliciano é até mais liberal: apoia o ordenamento de mulheres e
o casamento de sacerdotes. A diferença é que ele não torrou centenas de
milhões de reais de dinheiro dos contribuintes, nem usa vestido em
público.”
Defender Feliciano para atacar a Igreja não ajuda a causa. O papa
disse que não cabe a ele julgar os gays (também falou a favor de ateus
que fazem o bem). Há uma discussão aí. Quanto ao dinheiro do
contribuinte, o pastor deputado sofreu denúncias do uso da máquina
pública em seu cargo.
Ninguém é forçado a crer em Jesus, na Virgem Maria ou em milhares de
santos. Quem foi ver o papa em Copacabana estava lá de livre e
espontânea vontade e, eventualmente, não é um estúpido e nem está
queimando bruxas em fogueiras.
Se ateus querem convencer alguém de alguma coisa, um bom começo,
talvez, seja descartar o Pensamento Único e estimular a crítica. O
grande filósofo Bertrand Russell, ateu, afirmava que quem tinha de
provar a existência de Deus eram os crentes, e não os descrentes do
contrário. Russell também é autor da máxima: “O grande problema do mundo
é que os tolos e fanáticos são cheios de certezas, enquanto os sábios
são cheios de dúvidas”.
Que tal propor o diálogo e a dúvida? É irônico que quem esteja fazendo isso, agora, seja um papa.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Reforma em praças de IP deve custar meio milhão de reais
![]() |
Imagem do Ipaumirim.com |
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Imagem do Ipaumirim.com |
Já estava na hora de melhorar aquela praça. Na realidade, todas as praças de IP estavam em péssimo estado e reformá-las faz-se necessário. Em princípio, não só embelezaria a cidade como ofereceria mais conforto e lazer a todos que por ali passam alguns momentos. Isto, apesar das reformas nas praças de Ip serem geralmente uma temeridade Troca-se seis por meia dúzia. Os resultados todo mundo já conhece. Nem são belas nem funcionais.
Faço aqui uma correção: como vi a placa na Praça Oswaldo Ademar e o nome era bem pequeno, imaginei que todo esse valor seria só para ela. Peço desculpas pelo equívoco. De qualquer maneira, aguardo uma construção bem melhor que a reforma da praça Padre Cícero que além de acanhada ainda cortou as poucas árvores que tinham. Obrigada, Augusto, pela correção no mural. As demais questões ponderadas - neste texto - permanecem.
Com a transparência prometida e como é obrigação de toda prefeitura ter um site nessa linha - o que já é um avanço - espero que a gestão municipal expresse nesse site todo o processo de aplicação dos recursos públicos. Não chega a ter o peso de um orçamento participativo mas é alguma coisa.
O município não tem tradição de fiscalização na qualidade das obras públicas, menos ainda cuidado com a sua conservação. Acredito que uma presença mais explícita e significativa da sociedade organizada seria, no mínimo, a contrapartida da comunidade na condução do município.
Mas não sejamos injustos. Este pecado não é dos prefeitos, é da própria comunidade que prefere cultivar o feio hábito de tricotar pelas calçadas as administrações que não lhes favorecem particularmente em vez de cuidar melhor do bem público que é de todos independente do partido que ocupa a prefeitura.
ML
Mas antes
(Gregorio Duvivier)
Ela saiu de casa batendo a porta. Mas antes, ele tinha mandado ela tomar
no cu. Mas antes, ela tinha pedido que ele pelo menos limpasse a merda
que fez. Mas antes, ele tinha derramado vinho no tapete. Mas antes, ela
tinha duvidado de que ele derramaria o vinho todo no tapete. Mas antes,
ele tinha dito que derramaria o vinho todo no tapete. Mas antes, ela
tinha dito que a culpa não era dela de ele não ter um emprego. Mas
antes, ele tinha dito que ela não precisava jogar na cara que ele não
tinha dinheiro nem para comprar um tapete. Mas antes, ela tinha dito que
a mãe dela merecia respeito, afinal de contas era ela quem tinha
mobiliado o apartamento, do ventilador ao tapete. Mas antes, ele tinha
dito que a mãe dela era uma vaca. Mas antes, a mãe dela tinha saído do
apartamento batendo a porta. Mas antes, ele tinha pedido que a mãe dela
saísse, de preferência sem bater a porta. Mas antes, a mãe dela tinha
dito que ele estava mais gordo. Mas antes, ele tinha dito que a mãe dela
estava mais velha. Mas antes, a mãe dela perguntou se ele tinha
conseguido o emprego. Mas antes, ele disse que a mãe dela chegar de
surpresa era só o que faltava. Mas antes, a mãe dela tinha chegado de
surpresa. Mas antes, eles tinham se beijado e pedido desculpas e
prometido que não iam brigar. Mas antes, ele perguntou por que é que
nada que ele faz nunca está bom. Mas antes, ela tinha reclamado que ele
não sabia nem abrir um vinho. Mas antes, ele tinha tentado abrir um
vinho. Mas antes, ela tinha sugerido que ele abrisse o vinho. Mas antes,
eles tinham se beijado. Mas antes, eles tinham deixado os filhos na
casa da irmã dele. Mas antes, eles tinham dito que seria uma noite
linda. Mas antes, eles tinham passado no supermercado e comprado o
melhor vinho. Mas antes, ela tinha dito que tinha muito orgulho do
marido que ele era. Mas antes, ele tinha chorado porque não era assim
que ele se imaginava aos 35. Mas antes, ele tinha sido recusado na
entrevista de emprego. Mas antes, ela tinha dito que confiava cegamente
nele. Mas antes, ele tinha dito que era só uma entrevista de emprego, e
que nada estava certo ainda. Mas antes, eles tinham combinado de
comemorar as duas coisas, o aniversário e o emprego novo. Mas antes,
eles tinham acordado e percebido que, naquela noite, eles iriam
comemorar sete anos juntos. Mas antes, eles tinham sido felizes. Isso
antes.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2013/07/1318207-mas-antes.shtml
domingo, 28 de julho de 2013
sábado, 27 de julho de 2013
SOMOS CHAMADOS A CRER
(Por Mauro Santayanna)
(JB)- Católicos ou não, cristãos ou não, somos chamados a
crer na esperança, que o papa Francisco nos traz, com seu discurso renovador. A
Igreja, como instituição, pode até mesmo encarnar as palavras de seu Chefe como forma de recuperar o seu poder profético,
abalado pelas vicissitudes conhecidas. Mas a Humanidade, em seu instinto de
permanência, deverá acatá-las como outra oportunidade de renovar a eterna
aliança entre os homens e o Absoluto.
O que o Papa vem dizendo em público – e
ele falou de forma descontraída com os jornalistas, enquanto voava rumo ao Rio
– é simples. O hedonismo, o amor ao dinheiro e ao lucro, o desperdício, estão
sepultando a História. Ao perder seu passado, o homem perde o seu futuro. Há,
em nosso tempo, e com a dissolução da família, o desprezo pelos jovens e pelos
velhos.
Os robôs, como se sabe, substituem os moços, nos processos
industriais que produzem para o descarte e o desperdício. Os velhos são vistos
como trastes imprestáveis, que necessitam de cuidados caros. Mas, conforme o
Papa, de sua experiência e saber depende a sobrevivência de todos.
A situação é ainda mais grave do que em
1962, quando se reuniu o Concílio do Vaticano II, convocado pelo Cardeal
Roncalli. O novo pontífice substituía Pio XII, acusado de haver sido protetor
de Hitler em seu tempo de arcebispo de Munique – ao contrário de seu
antecessor, Pio XI, que mandou apagar as luzes do Vaticano na noite em que o
ditador alemão pernoitou em Roma.
Roncalli era um homem de fé e simples em
sua vida pessoal - um traço em comum com o argentino Bergoglio - disposto a
restaurar alguns princípios cristãos, abandonados pela Igreja ao longo dos
séculos. Infelizmente, a sua influência, ainda que poderosa, sobre o Concílio,
durou pouco. Tendo aberto o encontro em 11 de junho, morreu menos de um ano
depois, em 3 de junho do ano seguinte.
É interessante cotejar a pregação do
Pontífice com as declarações do presidente do Banco Mundial, o sul-coreano Jim
Jong Kim, que defende, com veemência, a globalização neoliberal e os cortes nos
orçamentos sociais dos Estados. Isso, ao mesmo tempo em que a Security and
Exchange Comission norte-americana autoriza os bancos a comprar, estocar e
vender mercadorias como o alumínio, o cobre, o ouro e outros metais. Os bancos
passam, assim, a exercer o monopólio mundial dos metais, ditando os preços ao
seu arbítrio.
Já podemos prever o destino do mundo, se
não ouvirmos a mensagem cristã, que Francisco reafirma nessa sua viagem ao
Brasil, depois de haver visitado o porto de Lampedusa, porta de entrada, na
Europa, dos flagelados pela miséria na África, que chegam em botes frágeis. O Papa deixou claro,
ali, que não há fronteiras diante do
direito à vida.
O que o Papa vem dizendo em público – e
ele falou de forma descontraída com os jornalistas, enquanto voava rumo ao Rio
– é simples. O hedonismo, o amor ao dinheiro e ao lucro, o desperdício, estão
sepultando a História. Ao perder seu passado, o homem perde o seu futuro. Há,
em nosso tempo, e com a dissolução da família, o desprezo pelos jovens e pelos
velhos.
Os robôs, como se sabe, substituem os moços, nos processos
industriais que produzem para o descarte e o desperdício. Os velhos são vistos
como trastes imprestáveis, que necessitam de cuidados caros. Mas, conforme o
Papa, de sua experiência e saber depende a sobrevivência de todos.
A situação é ainda mais grave do que em
1962, quando se reuniu o Concílio do Vaticano II, convocado pelo Cardeal
Roncalli. O novo pontífice substituía Pio XII, acusado de haver sido protetor
de Hitler em seu tempo de arcebispo de Munique – ao contrário de seu
antecessor, Pio XI, que mandou apagar as luzes do Vaticano na noite em que o
ditador alemão pernoitou em Roma.
Roncalli era um homem de fé e simples em
sua vida pessoal - um traço em comum com o argentino Bergoglio - disposto a
restaurar alguns princípios cristãos, abandonados pela Igreja ao longo dos
séculos. Infelizmente, a sua influência, ainda que poderosa, sobre o Concílio,
durou pouco. Tendo aberto o encontro em 11 de junho, morreu menos de um ano
depois, em 3 de junho do ano seguinte.
É interessante cotejar a pregação do
Pontífice com as declarações do presidente do Banco Mundial, o sul-coreano Jim
Jong Kim, que defende, com veemência, a globalização neoliberal e os cortes nos
orçamentos sociais dos Estados. Isso, ao mesmo tempo em que a Security and
Exchange Comission norte-americana autoriza os bancos a comprar, estocar e
vender mercadorias como o alumínio, o cobre, o ouro e outros metais. Os bancos
passam, assim, a exercer o monopólio mundial dos metais, ditando os preços ao
seu arbítrio.
Já podemos prever o destino do mundo, se
não ouvirmos a mensagem cristã, que Francisco reafirma nessa sua viagem ao
Brasil, depois de haver visitado o porto de Lampedusa, porta de entrada, na
Europa, dos flagelados pela miséria na África, que chegam em botes frágeis. O Papa deixou claro,
ali, que não há fronteiras diante do
direito à vida.
Reagir, enquanto é tempo, e em todos os
lugares do mundo, é a única forma de salvar a espécie.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
“A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais necessitados”
As palavras extraordinariamente inspiradoras do papa.
“A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta
trata os mais necessitados, quem não tem outra coisa senão a sua
pobreza.”
Clap, clap, clap.
A frase do papa Francisco vale por alguns livros de sociologia.
Somos pequenos, por essa medida, inegavelmente. Mas já fomos menores.
Sobretudo nos últimos dez anos, primeiro com Lula e agora com Dilma,
existe um esforço para mitigar a praga da desigualdade social.
A pobreza entrou na pauta nacional, isto é fato. O combate à miséria neste decênio petista é um copo meio cheio e meio vazio.
Avançamos, é certo. Mas menos do que poderíamos e deveríamos, e coube
ao MPL deixar isso claro com seus protestos históricos de junho
passado.
Não queremos um país tão desigual, gritaram os jovens do Passe Livre. E queremos mais velocidade na inclusão.
Essa velocidade é necessariamente lenta quando o país não reprime e
pune exemplarmente coisas como a sonegação bilionária da Globo, isso
depois de ela ter sido documentada extensamente.
Coloquemos assim: a impunidade da Globo é um escárnio contra cada brasileiro.
As palavras de Francisco contra a iniquidade são bem vindas.
Extremamente. Por mais que se tente descaracterizá-las, a essência fica.
“Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às
injustiças, mas muitas vezes se desiludem (…) com pessoas que, em vez
de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício”, disse o papa
aos jovens favelados de Varginha.
“Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem,
não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A
realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os
primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a
vencê-lo.”
Mais uma vez, clap, clap, clap.
Francisco repetiu um pensamento de Gandhi: seja você a mudança que deseja ser no mundo.
Existe, em parte da esquerda, um incômodo enorme com Francisco.
Mas quem tem que ficar realmente incomodado com ele é a elite
predadora. É ela que sempre tratou com desprezo abjeto a parcela da
sociedade que não tem “nada senão sua pobreza”, como disse Francisco.
É essa elite que, depois de décadas de pilhar os cofres públicos, tem que dar sua contribuição – vigiada pelo braço firme do Estado – para que o Brasil se torne mais, bem mais igualitário.
Bom dia com Francisco
![Del muro de @[1735291054:2048:Leticia Aizcorbe]
"Necesitamos santos sin velo, sin sotana.
Necesitamos santos de jeans y zapatillas.
Necesitamos santos que vayan al cine, escuchen musica y paseen con sus amigos.
Necesitamos santos que coloquen a Dios en primer lugar y que sobresalgan en la Universidad.
Necesitamos santos que busquen tiempo cada dia para rezar y que sepan enamorar en la pureza y castidad, o que consagren su castidad.
Necesitamos santos modernos, santos del siglo XXI con una espiritualidad insertada en nuestro tiempo.
Necesitamos santos comprometidos con los pobres y los necesarios cambios sociales.
Necesitamos santos que vivan en el mundo, se santifiquen en el mundo y que no tengan miedo de vivir en el mundo.
Necesitamos santos que tomen c Cola y coman hot-dogs, que sean internautas, que escuchen iPod.
Necesitamos santos que amen la Eucaristia y que no tengan vergüenza de tomar una cerveza o comer pizza el fin de semana con los amigos.
Necesitamos santos a los que les guste el cine, el teatro, la musica, la danza, el deporte.
Necesitamos santos sociables, abiertos, normales, amigos, alegres, compañeros.
Necesitamos santos que esten en el mundo y que sepan saborear las cosas puras y buenas del mundo, pero sin ser mundanos"
Francisco I](https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/943629_10151690939652789_1441348983_n.jpg)
Del muro de Leticia Aizcorbe
"Necesitamos santos sin velo, sin sotana.
Necesitamos santos de jeans y zapatillas.
Necesitamos santos que vayan al cine, escuchen musica y paseen con sus amigos.
Necesitamos santos que coloquen a Dios en primer lugar y que sobresalgan en la Universidad.
Necesitamos santos que busquen tiempo cada dia para rezar y que sepan enamorar en la pureza y castidad, o que consagren su castidad.
Necesitamos santos modernos, santos del siglo XXI con una espiritualidad insertada en nuestro tiempo.
Necesitamos santos comprometidos con los pobres y los necesarios cambios sociales.
Necesitamos santos que vivan en el mundo, se santifiquen en el mundo y que no tengan miedo de vivir en el mundo.
Necesitamos santos que tomen c Cola y coman hot-dogs, que sean internautas, que escuchen iPod.
Necesitamos santos que amen la Eucaristia y que no tengan vergüenza de tomar una cerveza o comer pizza el fin de semana con los amigos.
Necesitamos santos a los que les guste el cine, el teatro, la musica, la danza, el deporte.
Necesitamos santos sociables, abiertos, normales, amigos, alegres, compañeros.
Necesitamos santos que esten en el mundo y que sepan saborear las cosas puras y buenas del mundo, pero sin ser mundanos"
Francisco
Necesitamos santos de jeans y zapatillas.
Necesitamos santos que vayan al cine, escuchen musica y paseen con sus amigos.
Necesitamos santos que coloquen a Dios en primer lugar y que sobresalgan en la Universidad.
Necesitamos santos que busquen tiempo cada dia para rezar y que sepan enamorar en la pureza y castidad, o que consagren su castidad.
Necesitamos santos modernos, santos del siglo XXI con una espiritualidad insertada en nuestro tiempo.
Necesitamos santos comprometidos con los pobres y los necesarios cambios sociales.
Necesitamos santos que vivan en el mundo, se santifiquen en el mundo y que no tengan miedo de vivir en el mundo.
Necesitamos santos que tomen c Cola y coman hot-dogs, que sean internautas, que escuchen iPod.
Necesitamos santos que amen la Eucaristia y que no tengan vergüenza de tomar una cerveza o comer pizza el fin de semana con los amigos.
Necesitamos santos a los que les guste el cine, el teatro, la musica, la danza, el deporte.
Necesitamos santos sociables, abiertos, normales, amigos, alegres, compañeros.
Necesitamos santos que esten en el mundo y que sepan saborear las cosas puras y buenas del mundo, pero sin ser mundanos"
Francisco
quarta-feira, 24 de julho de 2013
A segunda comunhão de Dilma
O governo brasileiro está fazendo uma aposta política ambiciosa ao estreitar o diálogo com este Vaticano de perfil “franciscano”, que fala em espanhol e possivelmente adoptará o portunhol a partir de hoje, como anteciparam alguns assessores do pontífice.
Por Dario Pignotti
Será a segunda comunhão de Dilma. Quando a
presidenta brasileira receba nesta tarde o papa Francisco, estará
completando um recorrido religioso imperfeito iniciado nos anos 50 ao
tomar sua primeira comunhão no estado de Minas Gerais, onde era aluna do
colégio confessional Sión, frequentado pelos filhos da elite local. Foi
sua mãe, a católica praticante Dilma Jane, quem a induziu a tomar o
sacramento, um assunto alheio às inquietudes mais políticas que
religiosas de seu pai Pedro, um comunista búlgaro amante da ópera e da
música clássica.
Embora a visita do Papa à Jornada Mundial da Juventude seja formalmente pastoral, para Dilma tem a importância de uma viagem de Estado. Tanto é assim que dedicou horas de trabalho neste fim de semana, em reuniões com o ministro de Defesa Celso Amorim, para finalizar aspectos da segurança do visitante que optou por recorrer o Rio em um veículo sem blindagem, e com o chanceler Antonio Patriota, o encarregado de modificar o termostato das relações com o Vaticano, que passaram do frio polar ao clima cálido, desde a aposentadoria do germânico Joseph Ratzinger.
Em março passado, a memoriosa Dilma enviou uma nota burocrática e tardia para saudar (ou celebrar) o fim do papado de Bento XVI, que nas eleições presidenciais de 2010 havia se associado explicitamente al tucanato, em uma campanha lembrada pelas baixarias homofóbicas e anti-aborto de José Serra. Dilma lembra também que não poucos bispos e arcebispos, que nos últimos dias parecem subitamente comovidos pelo discurso aparentemente social de Bergoglio, há três anos, nos últimos meses da campanha eleitoral, puseram seus púlpitos à serviço da dupla integralista Serra-Ratzinger.
Ao contrário, Rousseff recebeu com simpatia Jorge Mario Bergoglio, e pese ser uma católica nominal, que quase não voltou à igreja desde sua primeira comunhão, viajou ao Vaticano no dia 20 de março para cumprimenta-lo por sua eleição e reforçar o convite para ser o anfitrião da Jornada Mundial da Juventude que começará formalmente amanhã.
No Palácio do Planalto e em círculos católicos do Partido dos Trabalhadores avaliam que Francisco pode ser um bom aliado das políticas sociais agressivas, a principal delas o Bolsa Família, implementadas desde 2003 com a chegada ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e continuadas por Dilma.
O ministro e ex-seminarista Gilberto Carvalho, um dos poucos petistas que continua no gabinete desde o governo lula, está entre os defensores desta posição por entender também que, através da aproximação com a Igreja, Dilma poderá estabelecer pontes para os bem organizados e populosos movimentos sociais, tão importantes no Brasil e geralmente mais representativos que os partidos.
Bergoglio é um animal religioso, jesuíta e também um político habilidoso, peronista como ele próprio se define, que conhece a sensibilidade popular. Na Argentina, sendo arcebispo de Buenos Aires, foi um aliado da direita e um censor implacável do governo de Cristina Fernández de Kirchner. No Vaticano, ao adotar o nome de Francisco, parece que sua estratégia mudou, e agora estaria disposto a estabelecer um diálogo mais fluído com os governos populares de América do Sul, leia-se desde o cristinismo, passando pelo dilmismo e, inclusive, embora com reparos, com os governos bolivarianos da Venezuela, Equador e Bolívia.
O governo brasileiro está fazendo uma aposta política ambiciosa ao estreitar o diálogo com este Vaticano de perfil “franciscano”, que fala em espanhol e possivelmente adoptará o portunhol a partir de hoje, como anteciparam alguns assessores do pontífice.
Nos próximos sete dias os chefes de Estado Rousseff e Bergoglio pronunciarão discursos (possivelmente ricos em sinais sobre o que cada um espera colher desta primavera diplomática), além de reunir-se pelo menos duas vezes, a primeira hoje e a segunda no próximo domingo em uma missa a céu aberto, na qual se espera cerca de um milhão de fieis.
Claro que o Papa também considera importante travar uma relação harmônica com o governo da maior potência católica do mundo, com cerca de 120 milhões de fiéis, apesar da sangria de católicos que emigram para as correntes evangélicas, em expansão, que já representam 19% da população, de acordo com uma pesquisa publicada ontem pelo jornal Folha de São Paulo. E para conter este êxodo para o mercado de fé pentecostal, a Igreja necessita do Estado brasileiro e de uma concordata, fruto de um acordo entre Lula e Ratzinger, que autoriza o ensino religioso nas escolas públicas, norma denunciada à Corte por ser anticonstitucional.
Em suma, Dilma e Francisco estão condenados a entender-se e, se for o caso, até a querer-se. E, dos dois, é a presidenta quem estaria certamente mais interessada, devido à difícil conjuntura política que atravessa depois das manifestações que estremeceram o país no mês passado. Na única entrevista, breve, sobre a visita do Papa, concedida à este cronista, Rousseff reconheceu que ainda não se dissipou o alarmante pano de fundo dos protestos causantes da queda vertiginosa de sua popularidade, que agora está na faixa de 30%.
"Durante uma semana nosso País, que acompanhou recentemente nas ruas os clamores da juventude por mais conquistas e pelo aprimoramento da democracia, sediará, com a Jornada, uma ampla reflexão sobre os valores espirituais da tolerância, da solidariedade e da fraternidade" afirmou.
"Com a presença de centenas de milhares de jovens de todo ou mundo, as celebrações da XXVIII Jornada Mundial da Juventude constituirão um apelo à paz e à esperança de um mundo mais justo e pacífico, de uma América Latina mais próspera e harmônica", acrescentou em resposta ao questionário elaborado para a Agência Ansa.
@DarioPignotti
Tradução: Liborio Júnior
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22397&utm_source=emailmanager&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim_Carta_Maior__23072013
Embora a visita do Papa à Jornada Mundial da Juventude seja formalmente pastoral, para Dilma tem a importância de uma viagem de Estado. Tanto é assim que dedicou horas de trabalho neste fim de semana, em reuniões com o ministro de Defesa Celso Amorim, para finalizar aspectos da segurança do visitante que optou por recorrer o Rio em um veículo sem blindagem, e com o chanceler Antonio Patriota, o encarregado de modificar o termostato das relações com o Vaticano, que passaram do frio polar ao clima cálido, desde a aposentadoria do germânico Joseph Ratzinger.
Em março passado, a memoriosa Dilma enviou uma nota burocrática e tardia para saudar (ou celebrar) o fim do papado de Bento XVI, que nas eleições presidenciais de 2010 havia se associado explicitamente al tucanato, em uma campanha lembrada pelas baixarias homofóbicas e anti-aborto de José Serra. Dilma lembra também que não poucos bispos e arcebispos, que nos últimos dias parecem subitamente comovidos pelo discurso aparentemente social de Bergoglio, há três anos, nos últimos meses da campanha eleitoral, puseram seus púlpitos à serviço da dupla integralista Serra-Ratzinger.
Ao contrário, Rousseff recebeu com simpatia Jorge Mario Bergoglio, e pese ser uma católica nominal, que quase não voltou à igreja desde sua primeira comunhão, viajou ao Vaticano no dia 20 de março para cumprimenta-lo por sua eleição e reforçar o convite para ser o anfitrião da Jornada Mundial da Juventude que começará formalmente amanhã.
No Palácio do Planalto e em círculos católicos do Partido dos Trabalhadores avaliam que Francisco pode ser um bom aliado das políticas sociais agressivas, a principal delas o Bolsa Família, implementadas desde 2003 com a chegada ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e continuadas por Dilma.
O ministro e ex-seminarista Gilberto Carvalho, um dos poucos petistas que continua no gabinete desde o governo lula, está entre os defensores desta posição por entender também que, através da aproximação com a Igreja, Dilma poderá estabelecer pontes para os bem organizados e populosos movimentos sociais, tão importantes no Brasil e geralmente mais representativos que os partidos.
Bergoglio é um animal religioso, jesuíta e também um político habilidoso, peronista como ele próprio se define, que conhece a sensibilidade popular. Na Argentina, sendo arcebispo de Buenos Aires, foi um aliado da direita e um censor implacável do governo de Cristina Fernández de Kirchner. No Vaticano, ao adotar o nome de Francisco, parece que sua estratégia mudou, e agora estaria disposto a estabelecer um diálogo mais fluído com os governos populares de América do Sul, leia-se desde o cristinismo, passando pelo dilmismo e, inclusive, embora com reparos, com os governos bolivarianos da Venezuela, Equador e Bolívia.
O governo brasileiro está fazendo uma aposta política ambiciosa ao estreitar o diálogo com este Vaticano de perfil “franciscano”, que fala em espanhol e possivelmente adoptará o portunhol a partir de hoje, como anteciparam alguns assessores do pontífice.
Nos próximos sete dias os chefes de Estado Rousseff e Bergoglio pronunciarão discursos (possivelmente ricos em sinais sobre o que cada um espera colher desta primavera diplomática), além de reunir-se pelo menos duas vezes, a primeira hoje e a segunda no próximo domingo em uma missa a céu aberto, na qual se espera cerca de um milhão de fieis.
Claro que o Papa também considera importante travar uma relação harmônica com o governo da maior potência católica do mundo, com cerca de 120 milhões de fiéis, apesar da sangria de católicos que emigram para as correntes evangélicas, em expansão, que já representam 19% da população, de acordo com uma pesquisa publicada ontem pelo jornal Folha de São Paulo. E para conter este êxodo para o mercado de fé pentecostal, a Igreja necessita do Estado brasileiro e de uma concordata, fruto de um acordo entre Lula e Ratzinger, que autoriza o ensino religioso nas escolas públicas, norma denunciada à Corte por ser anticonstitucional.
Em suma, Dilma e Francisco estão condenados a entender-se e, se for o caso, até a querer-se. E, dos dois, é a presidenta quem estaria certamente mais interessada, devido à difícil conjuntura política que atravessa depois das manifestações que estremeceram o país no mês passado. Na única entrevista, breve, sobre a visita do Papa, concedida à este cronista, Rousseff reconheceu que ainda não se dissipou o alarmante pano de fundo dos protestos causantes da queda vertiginosa de sua popularidade, que agora está na faixa de 30%.
"Durante uma semana nosso País, que acompanhou recentemente nas ruas os clamores da juventude por mais conquistas e pelo aprimoramento da democracia, sediará, com a Jornada, uma ampla reflexão sobre os valores espirituais da tolerância, da solidariedade e da fraternidade" afirmou.
"Com a presença de centenas de milhares de jovens de todo ou mundo, as celebrações da XXVIII Jornada Mundial da Juventude constituirão um apelo à paz e à esperança de um mundo mais justo e pacífico, de uma América Latina mais próspera e harmônica", acrescentou em resposta ao questionário elaborado para a Agência Ansa.
@DarioPignotti
Tradução: Liborio Júnior
terça-feira, 23 de julho de 2013
Casa arrumada
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
(Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Médicos e convênios, recebem quase R$ 16 bilhões de isenção fiscal - (o dobro do valor dos estádios da Copa 2014)
Estudo aponta que renúncia fiscal beneficiou planos de saúde
Segundo IPEA, dedução de gastos com saúde favorece mais operadoras do que SUS
________________________________________
Os "médicos" & Convênios de Saúde receberam + de R$ 15 bilhões em Renúncia Fiscal SÓ EM 2011. Isso equivale ao DOBRO do custo de TODOS OS ESTÁDIOS DA COPA. Embora os estádios sejam investimentos privados, dá pra se ter uma idéia de quanto dinheiro o governo federal dá de subsídio a essa categoria profissional em abatimentos no Imposto de Renda (Pessoas Físicas e Jurídicas). Esse dinheiro SIM poderia ser destinado ao SUS p/ beneficiar a população de baixa renda. Há mais de década esse dispositivo tributário transfere renda e qualidade de vida de quem tem menos para quem tem mais. Os dados estão na Nota Técnica do IPEA de maio/2013. (Clodoaldo Jurado)
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) - Leia AQUI - analisou o montante que o governo deixa de arrecadar com a renúncia fiscal para gastos com saúde. Só em 2011 quase R$ 15,8 bilhões que seriam pagos em impostos foram deduzidos.
A renúncia fiscal dada pelo governo a empresas e pessoas físicas que pagam por serviços de saúde privados tem favorecido o crescimento das empresas do setor, em detrimento do investimento na rede pública. Com isso, o atendimento público fica mais difícil para quem não tem condições de pagar e precisa recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A conclusão é parte de uma análise divulgada nesta terça-feira (28). De acordo com o documento Mensuração dos Gastos Tributários: o Caso dos Planos de Saúde, a dedução de impostos para o pagamento de planos de saúde representa cerca de 50% da renúncia fiscal total do governo federal dada para serviços de saúde.
Segundo o Ipea, um dos objetivos do levantamento é o repasse dos dados ao Ministério da Saúde para que a pasta possa mensurar quanto deixa de ser arrecadado e poderia ser investido no setor. Uma das sugestões do Ipea é que o próprio ministério passe a fazer um monitoramento desses valores abatidos no imposto de renda com gastos em saúde.
Em 2011, do total renunciado (R$ 15,8 bilhões), R$ 7,7 bilhões se referem apenas ao pagamento de planos e representa um quarto do investimento feito naquele ano pelo Ministério da Saúde no SUS – média que vem se mantendo desde 2003.
No entanto, o favorecimento aos planos, que têm 9% do faturamento de gastos tributários, não se reflete em reajustes menores de mensalidades ou aumento da qualidade. Para o economista autor da pesquisa, Carlos Octávio Ocké-Reis, ante o peso das deduções no total da renúncia, o governo deveria exigir mais das operadoras. "Esses gastos entram na conta da inflação. Então, para conter os reajustes, essa renúncia deveria ser instrumento de barganha”, argumentou.
Outro problema, na avaliação de Ocké-Reis, é o não ressarcimento do atendimento feito pelo SUS aos clientes de planos com vacinação, urgência e emergência, por exemplo. Segundo o especialista, esses serviços geram custos extras e sobrecarregam a rede pública, favorecendo apenas a quem pode usar os dois sistemas, mesmo pagando apenas um. “Em tese, aquela pessoa que não tem esse benefício recebe menos do governo, o que gera um problema de justiça redistributiva”, disse.
De acordo com a pesquisa, gastos com hospitais e clínicas privadas no Brasil, por sua vez, representam 20,5% das deduções do Imposto sobre a Renda (IR) da Pessoa Física e do IR da Pessoa Jurídica – o pagamento feito pelo empregador que assiste seus empregados e pode ser descontado do lucro tributável. Os profissionais da área de saúde são responsáveis por mais 16,6% dos gastos com renúncia.
“Somente o gastos tributário com hospitais e clínicas foi R$ 1,5 bilhão. Quantos programas Saúde da Família poderiam ser feitos, quantas UPAs [unidades de Pronto-Atendimento], quantos leitos novos poderiam ser ofertados com esse recurso?”, criticou o economista. A pesquisa foi feita com base em cruzamento de dados da Receita Federal.
Via IPEA / Com informações da Agência Brasil.***EBC
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Os "médicos" & Convênios de Saúde receberam + de R$ 15 bilhões em Renúncia Fiscal SÓ EM 2011. Isso equivale ao DOBRO do custo de TODOS OS ESTÁDIOS DA COPA. Embora os estádios sejam investimentos privados, dá pra se ter uma idéia de quanto dinheiro o governo federal dá de subsídio a essa categoria profissional em abatimentos no Imposto de Renda (Pessoas Físicas e Jurídicas). Esse dinheiro SIM poderia ser destinado ao SUS p/ beneficiar a população de baixa renda. Há mais de década esse dispositivo tributário transfere renda e qualidade de vida de quem tem menos para quem tem mais. Os dados estão na Nota Técnica do IPEA de maio/2013. (Clodoaldo Jurado)
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) - Leia AQUI - analisou o montante que o governo deixa de arrecadar com a renúncia fiscal para gastos com saúde. Só em 2011 quase R$ 15,8 bilhões que seriam pagos em impostos foram deduzidos.
A renúncia fiscal dada pelo governo a empresas e pessoas físicas que pagam por serviços de saúde privados tem favorecido o crescimento das empresas do setor, em detrimento do investimento na rede pública. Com isso, o atendimento público fica mais difícil para quem não tem condições de pagar e precisa recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A conclusão é parte de uma análise divulgada nesta terça-feira (28). De acordo com o documento Mensuração dos Gastos Tributários: o Caso dos Planos de Saúde, a dedução de impostos para o pagamento de planos de saúde representa cerca de 50% da renúncia fiscal total do governo federal dada para serviços de saúde.
Segundo o Ipea, um dos objetivos do levantamento é o repasse dos dados ao Ministério da Saúde para que a pasta possa mensurar quanto deixa de ser arrecadado e poderia ser investido no setor. Uma das sugestões do Ipea é que o próprio ministério passe a fazer um monitoramento desses valores abatidos no imposto de renda com gastos em saúde.
Em 2011, do total renunciado (R$ 15,8 bilhões), R$ 7,7 bilhões se referem apenas ao pagamento de planos e representa um quarto do investimento feito naquele ano pelo Ministério da Saúde no SUS – média que vem se mantendo desde 2003.
No entanto, o favorecimento aos planos, que têm 9% do faturamento de gastos tributários, não se reflete em reajustes menores de mensalidades ou aumento da qualidade. Para o economista autor da pesquisa, Carlos Octávio Ocké-Reis, ante o peso das deduções no total da renúncia, o governo deveria exigir mais das operadoras. "Esses gastos entram na conta da inflação. Então, para conter os reajustes, essa renúncia deveria ser instrumento de barganha”, argumentou.
Outro problema, na avaliação de Ocké-Reis, é o não ressarcimento do atendimento feito pelo SUS aos clientes de planos com vacinação, urgência e emergência, por exemplo. Segundo o especialista, esses serviços geram custos extras e sobrecarregam a rede pública, favorecendo apenas a quem pode usar os dois sistemas, mesmo pagando apenas um. “Em tese, aquela pessoa que não tem esse benefício recebe menos do governo, o que gera um problema de justiça redistributiva”, disse.
De acordo com a pesquisa, gastos com hospitais e clínicas privadas no Brasil, por sua vez, representam 20,5% das deduções do Imposto sobre a Renda (IR) da Pessoa Física e do IR da Pessoa Jurídica – o pagamento feito pelo empregador que assiste seus empregados e pode ser descontado do lucro tributável. Os profissionais da área de saúde são responsáveis por mais 16,6% dos gastos com renúncia.
“Somente o gastos tributário com hospitais e clínicas foi R$ 1,5 bilhão. Quantos programas Saúde da Família poderiam ser feitos, quantas UPAs [unidades de Pronto-Atendimento], quantos leitos novos poderiam ser ofertados com esse recurso?”, criticou o economista. A pesquisa foi feita com base em cruzamento de dados da Receita Federal.
Via IPEA / Com informações da Agência Brasil.***EBC
segunda-feira, 22 de julho de 2013
domingo, 21 de julho de 2013
Boas noticias
Centenas.. Esta é a quantidade de estudantes da região próxima a Icó que serão premiados com melhor desempenho acadêmico no Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará [Spaece] 2012 e que ganharão um notebook.
116 alunos dos municípios de Jaguaribe e Pereiro, da Crede 11; Iguatu e
Orós, da Crede 16; e Cedro, Ipaumirim, Lavras da Mangabeira e Umari, da
Crede 17, obtiveram resultados exitosos. Somados aos 13 estudantes
icoense, o resultado final da região chega a 129 premiados.
Os dados foram divulgados pela Secretaria da Educação do Ceará
[Seduc] e dizem respeito aos alunos que estão no nível adequado de
conhecimento em Língua Portuguesa e Matemática, segundo a escala de
avaliação que varia de 0 a 500 pontos.
Receberá a premiação o aluno que obteve pontuação mínima de 325 na
primeira disciplina e 350 na segunda. A premiação tem o intuito de
potencializar a melhoria da qualidade da educação dos jovens cearenses
que estudam nas escolas públicas estaduais.
DESTAQUE Entre os municípios com mais alunos premiados, está
Iguatu [58], Pereiro [24] e Jaguaribe [14]. Logo após, aparecem Icó
[13], Cedro [8], Lavras da Mangabeira [5], Orós [4], Umari [2] e
Ipaumirim. Baixio não apareceu na lista. Veja a lista da região,
excluindo Icó, abaixo [clique para ampliar].
ALUNO DESTAQUE DE IP NO SPAECE 2012
NOME DO ALUNO: Rhaul Jardel Duarte Cavalcante
CREDE: 17
MUNICíPIO: Ipaumirim
ESCOLA: EEFM Dom Francisco de Assis Pires
SÉRIE: 3a. EM
PROFICIÊNCIA: Língua Portuguesa : 364
Matemática: 350
NOSSOS PARABÉNS AO ESTUDANTE E AO DOM FRANCISCO PELA RELEVÃNCIA DO SEU TRABALHO PARA A COMUNIDADE DE IP.
O Brasil que precisa ser mostrado.
O plano de desenvolvimento para o nordeste, política adotada pelo governo do Brasil a partir de Lula tem dado frutos e a região apresentou crescimento na última década acima da média.
Com forte investimento público e privado a região mais
pobre do Brasil deixa de ser exclusivamente agrícola para se tornar uma
economia diversificada. A forte expansão da economia se explica pela
distribuição de renda na região nos últimos anos e pela migração entre classes
sociais, um movimento que tirou parte da população da miséria e a inseriu no
mercado de consumo.
Em 2012, a economia do Nordeste mostrou maior dinamismo que
a média nacional, com as taxas de crescimento anual do Produto Interno Bruto
(PIB) do Ceará, 3,7%, da Bahia, 3,1%, e de Pernambuco, 2,3%.
No início de 2013, enquanto o país avançou 1,05% –
comparado ao último trimestre do ano passado e segundo projeções do Banco
Central –, a região cresceu o dobro, 2,05%.
A região já conta com seis parques tecnológicos na
Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Alagoas e Sergipe, considerados
incubadores de desenvolvimento.
A economia da região tende a seguir mostrando maior
dinamismo que o observado em âmbito nacional ao longo de 2013. Em parte, isso
reflete a estrutura produtiva região, mais direcionada ao mercado doméstico.
Nesse sentido, os programas sociais de transferência de renda, a expansão da
massa salarial, os investimentos públicos e privados, o crescimento moderado do
crédito e, em particular, a recuperação da safra agrícola com preços mais
competitivos devem contribuir positivamente para a evolução da atividade
econômica da região.
O comércio varejista, considerados períodos de doze meses, cresceu
8,5% em fevereiro, em relação a igual período de 2012. Destacaram-se a expansão
das vendas em artigos de uso pessoal e doméstico, 20,7%, e equipamentos e
materiais para escritório, informática e comunicação, 14,6%. As vendas de material
de construção e de veículos, motos, partes e peças aumentaram, respectivamente,
11,7% e 9,1%, e contribuíram para que o comércio ampliado crescesse 9,4% no
período.
A produção industrial cresceu 3,2% no trimestre finalizado
em fevereiro, em relação ao encerrado em novembro de 2012, considerados dados
dessazonalizados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIMPF) do
IBGE. Houve, no trimestre, aumentos em oito das onze atividades pesquisadas,
com destaque para os setores vestuário e acessórios, 6,6%, refino de petróleo e
álcool, 6%, e produtos químicos, 3,9%.
A análise em doze meses revela que a produção industrial da
região aumentou 0,6% em fevereiro, em relação a igual intervalo do ano
anterior, ante 0,9% em novembro de 2012, registrando-se retração na indústria extrativa, 0,5%,
e crescimento na de transformação, 0,7%.
De acordo com o LSPA de março, divulgado pelo IBGE, a
produção de grãos da região Nordeste deverá alcançar 13,7 milhões de toneladas
em 2013, significando incremento de 14,9% em relação ao obtido no ano anterior.
A taxa de desemprego da região Nordeste, segundo dados do
IBGE, considerando as regiões metropolitanas de Recife (RMR) e de Salvador
(RMS), atingiu 6,1% no trimestre terminado em fevereiro de 2013. A redução de
0,5 p.p. ante igual período de 2012 refletiu a expansões de 2% na População Economicamente Ativa (PEA) e de 2,6% na população
ocupada.
Nos últimos 12 meses, o rendimento real médio habitual e a
massa salarial real cresceram, respectivamente, 2,7% e 6,2%, no período.
Bahia
O PIB da Bahia cresceu 3,1% em 2012, de acordo com
a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), resultado de
expansões no setor de serviços, 4,2%, e no setor industrial, 3,8%, impulsionado
pelos aumentos na atividade da
construção civil e indústria de transformação, de 5,4% e 3,9%, respectivamente.
A produção industrial da Bahia elevou-se 3,5% no trimestre
encerrado em fevereiro em relação ao finalizado em novembro, quando havia
aumentado 1,3%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados
dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. Houve crescimento em seis das nove atividades
pesquisadas, ressaltando-se as relativas a veículos automotores, 23,9%,
borracha e plástico, 12,8%, refino de petróleo e produção de álcool, 7,2%, e
produtos químicos, 3,7%. Em oposição, destacou-se a retração de 6,2% no segmento
alimentos e bebidas, decorrente do declínio na produção de refrigerantes,
cervejas e chope e de derivados de soja.
Considerados períodos de doze meses, a indústria baiana
avançou 2,7% em fevereiro na comparação com igual período de 2012, ante o recuo
de 1,9% da média nacional, destacando-se os aumentos nos segmentos de borracha
e plástico, 13,7%, de veículos automotores, 9,5%, de refino de petróleo e
produção de álcool, 6,8%.
Ceará
A economia do Ceará cresceu 3,7% em 2012, de acordo
com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), reflexo de
expansões de 5,8% do setor de serviços e de 2,6% da indústria, enquanto a
atividade agropecuária recuou 20,1%.
A produção industrial do Ceará cresceu 5,9% no trimestre encerrado
em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, quando recuara 0,9%, no
mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF do
IBGE. Houve crescimentos em sete das dez atividades pesquisadas, destacando-se
os relativos a refino de petróleo e álcool, 22,2%, vestuário e acessórios,
7,8%, e produtos químicos, 6,6%.
De acordo com o LSPA de março, do IBGE, a safra de grãos do
estado deverá alcançar 1,1 milhão de toneladas em 2013, elevação de 393,2% em
relação a 2012, ano em que a produção agrícola foi impactada pela seca.
Pernambuco
O PIB de Pernambuco em 2012 cresceu 2,3%, de
acordo com dados preliminares da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas
de Pernambuco (Condepe/Fidem), enquanto o IBCR-PE se elevou 2,9%, no mesmo período.
Resultados do Condepe/Fidem indicam crescimento de 3,7% no setor industrial, favorecido por
expansão de 8,3% na construção civil, e de 2,7% no setor de serviços. Na
margem, o nível de atividade, conforme o IBCR-PE, aumentou 1,4% no trimestre
encerrado em fevereiro de 2013, revertendo a trajetória de contração de 1,1%
ocorrida no trimestre finalizado em novembro, considerando dados com ajuste
sazonal.
A produção industrial do estado avançou 3,1% no trimestre
encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, recuperando
parcialmente a contração observada no trimestre anterior, de 5,6%, no mesmo
tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF/ IBGE.
O LSPA de março, do IBGE, estima a recuperação na produção
de grãos em 2013, apontando crescimento de 364,3% relativamente ao ano
anterior.
Dados do Boletim
Regional do Banco Central de Abril/2013
sábado, 20 de julho de 2013
Álbum da semana
Almir Santos Pinto
Rosimeire Gonçalves
Parabéns pelo sucesso no exame da OAB.
Sucesso!
Airtão e Socorro
Benigno Dantas
Chaguinha Sampaio e Jacques Milfont
Delice e Menininha
Equipe da Escola D. Francisco de Assis Pires
Josa, Filomena e Ilca
Frente da casa de Ernane Dore. Na foto: Ernani, Neusa e ? No portão, ?
Do FB de Lucia Dore
Jarismar Gonçalves
José Aristides e filha
Filhos de José Aristides e Alda Vieira
Olga e Lucas
Fernando, Pedro Jorge e Zé Lúcio
Sangradouro de Ipaumirim perto da Escola jarismar Gonçalves antes da construção da antiga ponte recentemente demolida
Do FB de Lúcia Dore
Seu Manuelzinho, esposa e Rosinha
(Não lembro de qual FB tirei essa foto)
Socorro Estolano
Do FB de Dorinha Duarte
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