Reunião de família
Liberato Vieira da Cunha
Liberato Vieira da Cunha
O bom das festas de família são as pequenas inconfidências que surgem, antes acobertadas por séculos de cúmplices silêncios.
São a alegria do reencontro, após um mês, um ano, uma eternidade de distanciamento.
São o sentimento de que todos pertencem a um condomínio de lembranças compartilhadas.
São os mínimos segredos, antes mais ou menos ocultos, e de súbito divididos em sua inteira verdade.
São a sensação de que todos pertencem a um mesmo acervo de experiências que precisa ser reaprendido.
São a terna consciência de que, apesar da diáspora, nunca realmente nos apartamos.
São a redescoberta de recordações compartidas e desde muito caladas.
São a doce atmosfera de união na diversidade, pois há tanto separados somos no fundo iguais.
São as vivências repartidas de acontecimentos que entendíamos independentes.
São as alegrias esquecidas e que, sem aviso, voltam a tocar nossos corações.
São os netos que nascem, os filhos que se tornam adultos e a tia que tem 85 anos e a alma de uma menina.
São os sorrisos e as palavras dessa tia, que tornam presente o passado mais-que-perfeito.
São os simples olhares em que há todo um entendimento.
São a noção mágica de pertencer a um clã, a uma comunidade de afetos.
São as vozes e os risos que dão existência aos seres e às coisas.
São a reinvenção de muitas vidas, até ali dispersas, até ali reencontradas.
São a nua síntese de uma comunhão de caminhadas paralelas.
Assim são as festas de família: a reconstrução do que o tempo nunca poderá destruir.
Fonte:http://entrelacos.blogger.com.br/
São a alegria do reencontro, após um mês, um ano, uma eternidade de distanciamento.
São o sentimento de que todos pertencem a um condomínio de lembranças compartilhadas.
São os mínimos segredos, antes mais ou menos ocultos, e de súbito divididos em sua inteira verdade.
São a sensação de que todos pertencem a um mesmo acervo de experiências que precisa ser reaprendido.
São a terna consciência de que, apesar da diáspora, nunca realmente nos apartamos.
São a redescoberta de recordações compartidas e desde muito caladas.
São a doce atmosfera de união na diversidade, pois há tanto separados somos no fundo iguais.
São as vivências repartidas de acontecimentos que entendíamos independentes.
São as alegrias esquecidas e que, sem aviso, voltam a tocar nossos corações.
São os netos que nascem, os filhos que se tornam adultos e a tia que tem 85 anos e a alma de uma menina.
São os sorrisos e as palavras dessa tia, que tornam presente o passado mais-que-perfeito.
São os simples olhares em que há todo um entendimento.
São a noção mágica de pertencer a um clã, a uma comunidade de afetos.
São as vozes e os risos que dão existência aos seres e às coisas.
São a reinvenção de muitas vidas, até ali dispersas, até ali reencontradas.
São a nua síntese de uma comunhão de caminhadas paralelas.
Assim são as festas de família: a reconstrução do que o tempo nunca poderá destruir.
Fonte:http://entrelacos.blogger.com.br/