terça-feira, 21 de julho de 2009

Do jeito que o diabo gosta


As informações publicadas na reportagem do Diário do Nordeste e no site do Todos pela Educação sugerem imobilidade, irresponsabilidade e otras cositas más. Mesmo em tempo de deterioração da imagem dos políticos e da péssima fama de incorrigíveis, é preocupante se as representações políticas e a comunidade local não se sensibilizarem com a gravidade das denúncias. Vamos por partes:

- - 1. Alto índice de evasão escolar (4° lugar no Ceará)

- - 2. Falta de fiscalização e de controle na aplicação dos recursos e incentivos sociais

- -3. Ausência de prestação de contas da gestão anterior. Omissão da comunidade, não teve merenda e ficou todo mundo calado.

- -4. Desrespeito aos professores e apologia ao uso de drogas inscritas no próprio patrimônio da escola.

- I 5. Irresponsabilidade docente. Professor não é funcionário de prefeito, é funcionário público e tem que cumprir suas obrigações. Do contrário, não tem nem cara para exigir piso salarial decente. A Secretaria de Educação tem que ter coragem e instrumentos legais para acompanhar, controlar e punir, se for o caso.

- - 6. Contratação ilegal na gestão anterior (contratos temporários, contratos por afinidade política e não por mérito/concurso).

- - 7. Exposição de menores de idade em ambiente perigoso (estradas)

Não é se queixando para a mídia que a situação se resolve. A comunidade e a classe política local tem que assumir responsabilidades diante do povo que o elegeu e de todos nós que bancamos o desperdício. E não adianta botar a culpa em prefeito tal e qual porque não se conhece – me perdoem se eu estiver enganada – que algum prefeito eleito, em Ip, tenha realizado uma auditoria séria sobre a gestão anterior. E assim, os hábitos tornam-se tradição. Todos reclamam do prefeito por questões pessoais, pela vantagem, pelo emprego, pela esmola que não recebeu. Nunca ou quase nunca pelo bem estar da comunidade. E cada dia mais, submetem os seus filhos e comprometem as gerações futuras.

Enquanto perdurar essa esperteza miúda, mix de ignorância e irresponsabilidade, vamos aprofundar os problemas. Cidadão que não sabe o seu valor é eleitor barato que passa a vida aprisionado à sua própria insignificância transformando o processo eleitoral no eterno dilema das candidaturas inadequadas. Entre os piores, um deles. In seculo seculorum.

ML

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