quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Brasil, um país onde empresários sonegam 10% do PIB




Crônicas do Motta

Baixar impostos e simplificar o cipoal de tributos existentes no Brasil são desejos da maioria da população.
A reforma tributária, tantas vezes tentada, não avança, porém, porque prefeitos e governadores, amparados pelos parlamentares de seus estados, não querem perder um centavo do que arrecadam.
E se nenhum deles ceder nessa questão, tudo vai continuar como está para todo o sempre.
Mas a reforma tributária é apenas uma das faces da questão, a mais visível graças ao poderoso lobby dos empresários que querem pagar menos tributos para aumentar os seus lucros.
O que poucos falam é sobre o quanto esses empresários sonegam, uma quantia fabulosa que deixa de chegar aos cofres públicos – segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), só neste ano foram sonegados R$300 bilhões em tributos.
A quantia supera a riqueza produzida pela maioria dos Estados. Até o fim do ano, o valor deverá atingir R$415 bilhões, o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país.
O Sinprofaz desenvolveu um placar online da sonegação fiscal no Brasil. Chamada de Sonegômetro, a ferramenta permite acompanhar em tempo real o quanto o país deixa de arrecadar todos os dias. Os números são atualizados constantemente no endereço eletrônico www.sonegometro.com.
De acordo com o estudo, se não houvesse sonegação de impostos, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em até 20% e, ainda assim, o nível de arrecadação seria mantido. A ação faz parte da campanha “Quanto Custa o Brasil pra Você?”, criada pela entidade em 2009.
A contagem começou em 1º de janeiro. O valor sonegado até o momento é superior à arrecadação do Imposto de Renda em 2011 (R$278,3 bilhões). Na comparação com o PIB dos Estados, a sonegação estaria em quarto lugar entre as 27 unidades da Federação.
Os R$300 bilhões que o governo deixou de receber até agora só estão atrás do PIB de São Paulo (R$1,248 trilhão), do Rio de Janeiro (R$407 bilhões) e de Minas Gerais (R$351 bilhões). A quantia sonegada equivale a mais do que a riqueza produzida pelo Rio Grande do Sul (R$252,5 bilhões), pelo Paraná (R$217 bilhões) e pelo Distrito Federal (R$150 bilhões).
Para chegar ao índice de sonegação, o levantamento do Sinprofaz selecionou 13 tributos que correspondem a 87,4% da arrecadação tributária no Brasil. Os principais tributos analisados foram os impostos de Renda (IR), sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre Operações Financeiras (IOF), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e os impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS).
O Sinprofaz também incluiu no estudo as contribuições dos empregadores para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e os pagamentos de patrões e empregados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). (Com informações da Agência Brasil)

Fonte:http://bogdopaulinho.blogspot.com.br/2013/10/brasil-um-pais-onde-empresarios-sonegam.html

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