Portrait de Julie Manet
Pierre-Auguste Renoir
Pierre-Auguste Renoir
(1841–1919)
Bate um coração aqui não sei se com a mesma força de antes, mas ele insiste porque acredita que não chegamos ao fim. Ele sabe que não poderia terminar assim: um tchau e mais nada. A vida não é isso, me falou esse coração na madrugada que passou e eu apenas concordei.
Não pode ser um simples “tchau e mais nada” e depois outro sumiço seu, meses sem nenhuma notícia e uma volta triunfal. Ao contrário, tem que ser carinhoso, com vontade, desejo e acima de tudo cumplicidade e honestidade.
A vida castiga quem ama errado e nós já erramos demais durante todo este tempo. Fingíamos estar juntos quando sempre estivemos separados por um mar de diferenças que nos tornou as pessoas mais insensíveis deste planeta.
Aliás, o nosso planeta é pequeno, deserto e cor de rosa. Sim, cor de rosa. Ele não é cinza porque nós nos enganamos com uma relação vazia baseada em mentiras ensaiadas que sempre interpretamos um para o outro. Isso mesmo, somos bons atores, candidatos ao Emmy ou ao Oscar ou ao Kikito de Gramado.
Você presa no seu templo, no seu mundo, nas suas tarefas e eu na minha vida mesquinha e intransponível. Sempre me comportei como uma verdadeira barreira para a nossa evolução porque temia o novo, tinha desespero em saber o que você poderia me oferecer, para dizer a verdade nua e crua: fui um covarde, um descabeçado. Deixei de perceber que sua beleza morava na sua irresponsabilidade e que sua imprevisibilidade era a marca mais importante de sua personalidade.
Apenas olhei para a sua beleza, para a aparência, queria o seu corpo apenas e não o seu espírito e você sempre me oferecendo alternativas das mais diversas para a minha vida, porém não movi um milímetro do lugar onde estava ancorado, no porto da minha inexpugnável prepotência. Fui um otário.
Sei que não posso modificar uma trajetória toda torta e remendada que não posso rebobinar este filme como num antigo VHS, isso é impossível. Não terei outra chance de sanar minha dívida com sua personalidade, confesso que isso me aterrorizará por todos os meus dias a fio.
Nem vou dizer que queria acertar, pois estaria sendo hipócrita, afinal de contas acertar consiste em querer o melhor para os dois e eu sempre pensei em mim antes de mais nada, nunca fui de jogar em grupo.
Vendo no espelho desta vida aquilo que planejamos para os nossos dias fica exposto o erro maior de nossa ignorância: eu nunca fui procurar você e nunca quis saber de você.
Do alto de minha arrogância desço do meu pedestal apenas para lhe render uma singela homenagem e deixar essas flores sobre a sua morada eterna. Jamais serei o mesmo homem e sempre fui o “tudo” de uma mulher e tanto.
Renato ChimirriNão pode ser um simples “tchau e mais nada” e depois outro sumiço seu, meses sem nenhuma notícia e uma volta triunfal. Ao contrário, tem que ser carinhoso, com vontade, desejo e acima de tudo cumplicidade e honestidade.
A vida castiga quem ama errado e nós já erramos demais durante todo este tempo. Fingíamos estar juntos quando sempre estivemos separados por um mar de diferenças que nos tornou as pessoas mais insensíveis deste planeta.
Aliás, o nosso planeta é pequeno, deserto e cor de rosa. Sim, cor de rosa. Ele não é cinza porque nós nos enganamos com uma relação vazia baseada em mentiras ensaiadas que sempre interpretamos um para o outro. Isso mesmo, somos bons atores, candidatos ao Emmy ou ao Oscar ou ao Kikito de Gramado.
Você presa no seu templo, no seu mundo, nas suas tarefas e eu na minha vida mesquinha e intransponível. Sempre me comportei como uma verdadeira barreira para a nossa evolução porque temia o novo, tinha desespero em saber o que você poderia me oferecer, para dizer a verdade nua e crua: fui um covarde, um descabeçado. Deixei de perceber que sua beleza morava na sua irresponsabilidade e que sua imprevisibilidade era a marca mais importante de sua personalidade.
Apenas olhei para a sua beleza, para a aparência, queria o seu corpo apenas e não o seu espírito e você sempre me oferecendo alternativas das mais diversas para a minha vida, porém não movi um milímetro do lugar onde estava ancorado, no porto da minha inexpugnável prepotência. Fui um otário.
Sei que não posso modificar uma trajetória toda torta e remendada que não posso rebobinar este filme como num antigo VHS, isso é impossível. Não terei outra chance de sanar minha dívida com sua personalidade, confesso que isso me aterrorizará por todos os meus dias a fio.
Nem vou dizer que queria acertar, pois estaria sendo hipócrita, afinal de contas acertar consiste em querer o melhor para os dois e eu sempre pensei em mim antes de mais nada, nunca fui de jogar em grupo.
Vendo no espelho desta vida aquilo que planejamos para os nossos dias fica exposto o erro maior de nossa ignorância: eu nunca fui procurar você e nunca quis saber de você.
Do alto de minha arrogância desço do meu pedestal apenas para lhe render uma singela homenagem e deixar essas flores sobre a sua morada eterna. Jamais serei o mesmo homem e sempre fui o “tudo” de uma mulher e tanto.
Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/o-tudo-de-uma-mulher
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