sábado, 28 de fevereiro de 2009

Foto 87

(clique na foto para ampliar)

Evento:
Local:
Data:
Identificação das pessoas
: Socorro Lustosa (Coquinha de D. Euclice ?)

Você identifica alguém? Pode enviar o nome para o nosso e-mail para complementar as informações

Foto 89

(clique na foto para ampliar)

Evento:(mesmo evento das Fotos 91, 90, 87, 86, 85, 84 e 15)
Local: Felizardo
Data:
Identificação das pessoas:

Você identifica alguém? Pode enviar o nome para o nosso e-mail para complementar as informações

Foto 90

(clique na foto para ampliar)

Evento:(mesmo evento das Fotos 15, 90, 89, 87, 86, 85 e 84)
Local: Felizardo
Data:
Identificação das pessoas:

Você identifica alguém? Pode enviar o nome para o nosso e-mail para complementar as informações

Foto 91

(clique na foto para ampliar)

Evento:(mesmo evento das Fotos 90, 89, 87, 86, 85, 84 e 15)
Local:
Data:
Identificação das pessoas:

Você identifica alguém? Pode enviar o nome para o nosso e-mail para complementar as informações
luiza_ipaumirim@yahoo.com.br

Álbum da semana

Miúdo, Joanes e James

João Arruda, Rosa e Maria Gabriele

Hilda e Edmilson

Filhos de Barbosinha e Salete Jorge

Dr. Omar

Dora Maciel

Fernanda Olímpio e Glória Pires

Socorro Olímpio

Cícero Pereira e seus pais


Zefinha Batista

Avani e Neuzinha


Cairo Arruda


Arabelle e sua turminha


Zé João e esposa

Zenira, Blandina e Luizita

Algumas das fotos publicadas foram gentilmente cedidas por Cleidinha e integram um DVD produzido por ela para o VII Encontro dos Filhos e Amigos de Ipaumirim

Haja grana...

INFRAESTRUTURA ESCOLAR: TERMINA HOJE PRAZO
PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PDDE
Luciano Augusto

Termina hoje (28) o prazo para a apresentação da prestação de contas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que transfere recursos federais diretamente às escolas para a cobertura de despesas de custeio, manutenção e de pequenos investimentos que concorram para o funcionamento e a melhoria de sua infraestrutura física ou pedagógica. As secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e as entidades privadas beneficiadas pelo programa têm de apresentar a documentação que comprove o uso correto dos recursos financeiros transferidos em 2008 pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às escolas de suas respectivas redes.
“Quem tiver problemas com a prestação de contas pode ficar sem receber os recursos do PDDE este ano”, afirma José Maria Rodrigues, coordenador geral de Apoio à Manutenção Escolar do FNDE. Caso alguma escola tenha deixado de apresentar a prestação de contas a sua respectiva rede, a secretaria deve informar o FNDE sobre a inadimplência. Neste caso, apenas a unidade inadimplente ficará sem o recurso federal. As demais escolas, que prestaram contas corretamente, receberão normalmente.
Segundo o coordenador do programa, os recursos referentes a 2009 devem ser repassados às unidades educacionais ainda no primeiro semestre. “Caso a escola não regularize sua situação rapidamente, pode ficar sem o repasse”, avisa.
Várias ações – Criado em 1995, o PDDE tem a finalidade de prestar assistência financeira suplementar às escolas públicas do ensino fundamental da rede pública e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. Os recursos destinam-se à compra de material de consumo; manutenção, conservação e reparos na unidade escolar; e pequenos investimentos em bens permanentes, como a aquisição de aparelhos de som, por exemplo. O programa também promove a acessibilidade nas escolas públicas, financia a implementação da educação integral e o funcionamento das escolas nos fins de semana, entre outras ações.


Assessoria de Comunicação Social
Pergunto eu:
Por que as escolas não apresentam sua prestação de contas também para a própria comunidade?
É só afixar na própria escola ou divulgar pela emissora local. Aposto que todo mundo ficaria mais contente ao conhecer como se aplica o nosso suado dinheirinho dos impostos.
ML

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Luciano Augusto

Os Secretários e dirigentes de órgãos municipais de cultura do Ceará se encontram em Fortaleza hoje (26) e amanhã (27), no Condomínio Espiritual Uirapuru (Castelão) para participar da primeira edição do projeto Diálogos da Cultura. O Encontro dos Gestores Municipais de Cultura busca alinhar a política cultural do Estado com a dos municípios cearenses.
Com as mudanças nas administrações nas últimas eleições municipais, a Secult entende que é preciso estreitar as relações e apresentar as políticas do Estado aos novos gestores. Este entendimento visa a compreensão da diversidade cultural cearense, que impõe ao gestor a dimensão de uma política cultural regional, que contemple a preservação, a produção, a formação, a difusão e a distribuição de bens e serviços culturais, envolvendo:
1. a elaboração e implementação de calendário regional turístico cultural;
a circulação regional das diversas formas de expressão cultural características das regiões do Estado;
a implementação de ações efetivas para a disseminação do livro e da leitura, como ferramenta fundamental da formação cultural;
a participação do poder público municipal na articulação artística-cultural, incentivo para difusão dos editais e no mapeamento cultural do Ceará;
SERVIÇO
DIALOGOS CULTURAIS
Data: 26 e 27 de fevereiro de 2009
Local: Condomínio Espiritual Uirapuru - CEU Fortaleza-Ce (Av. Alberto Craveiro, 2222, Castelão)
Hora: Dia 26/02 - 7h30 às 20h e Dia 27/02 – 7h30 às 17h
Comentário:
Aí está uma boa oportunidade para discutir a inserção da Festa de São Sebastião no calendário
turístico cultural. O turismo religioso do município precisa ancorar-se em outras iniciativas para conquistar mais espaço.
ML

Megafone: Cairo Arruda pergunta.


Vi no n/Blog, a noticia da eleição e posse da diretoria do Conselho Municipal de Assistência Social de Ipaumirim. Por s/intermédio, gostaria de saber se a Sociedade Beneficente de Ipaumirim (SBI) - entidade não governamental, de caráter filantrópico, devidamente constituida, cumprindo as suas finalidades estatutárias, com personalidade jurídica em dia, e mais de três décadas de existência, foi convidada a indicar algum representante para fazer parte do referido Conselho.

Agradece:
Cairo Arruda

Comentário.


Cairo, eu não conheço a lei municipal que cria o Conselho e nem suas determinações. Eu estranhei os 10 anos de atuação da mesma equipe de trabalho. Será que foi um equívoco da fonte que divulgou? A sua pergunta foi oportuna porque as pessoas precisam saber os objetivos, as atribuições, estrutura e funcionamento e critérios de composição. Seria salutar se a Prefeitura desenvolvesse um site onde pudéssemos consultar a legislação municipal, as políticas públicas, os programas de governo, as ações governamentais, entre outras coisas de interesse público. O nosso blog está sempre disponível para publicação de quaisquer informações que por acaso a Prefeitura ou qualquer pessoa da cidade queira perguntar e/ou divulgar, desde que devidamente identificada.

ML

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

CONTROLE SOCIAL: PODER DO POVO EM AÇÃO


Com o objetivo de reestruturar a rede de proteção social do município de Ipaumirim - CE, a Secretaria de Desenvolvimento Social iniciou seu trabalho reformando o Conselho Municipal de Assistência Social.
Após o processo de convocação, as entidades não governamentais e governamentais indicaram os membros que devem compor o conselho.
No dia 12 de Fevereiro, realizou-se a eleição e posse da diretoria. Estiveam presentes a vice prefeita Joelma Guedes Rolim , o secretário de saúde, José Almeida Junior, a assessora técnica da Secretaria de Desenvolvimento Social, Rita Nunes e a assistente social Claudia Jânia. Nos discursos, foi ressaltada a importância de ter no município um conselho atuante.
Com a descentralizações das Políticas de Assistência Social, criação do LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social e efetivações do SUAS, o papel dos conselhos tem um valor imensurável para o desenvolvimento da política de assistência social em nosso município.
O Prefeito Municipal, Dr. Geraldo dos Santos, no início do governo, sinaliza uma atuação voltada para a participação popular priorizando a rede de proteção social do município para que a comunidade possa, a partir dos conselhos, participar da gestão municipal com indicações e aprovações de programas, projetos e serviços para o município.

Composição do Conselho Municipal de Assistência Social para o mandato de dez anos.
Representantes Governamentais:
Secretaria de Desenvolvimento Social
Titular: Maria Célia
Suplente: Cláudia Jânia e Souza
Secretaria de Educação:
Títular: Vera Lúcia Quiteiro Olímpio
Suplente: Vilauba Nadia de Sousa Sales
Secretaria de Saúde
Títular: Maria Cléia dos Santos
Suplente: Cícera Cerlândia Oliveira de Araújo
Secretaria de Finanças
Títular: Roberto Ney de Sousa Arruda
Suplente: Allan Braz Barros
Representantes não Governamentais
Pastoral do Idoso
Títular: Maria Conceição Sales Ferreira
Suplente: Maria Conceição Alves do Nascimento
LEO - Leo Club de Ipaumirim - CE
Títular - Frederíco Bandeira de Lima
Suplente - Cícera Lucineide Barbosa
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Títular: Luciana Ferreira de Souza Barbosa
Suplente: Joaquim Ferreira Holanda

Matéria: Cláudia Jânia de Souza, Secretária de Desenvolvimento Social e Cidadânia do Município

Pergunto eu: Por que 10 anos? Faz parte das normas tão longo espaço de tempo?

Falando de IP

Ontem, vi no Portal Transparência Brasil que Ipaumirim recebeu em janeiro de 2009 os seguintes recursos para Assistência Social:
Ação Governamental : 8442 - Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836, de 2004)
Linguagem cidadã: Bolsa Família
Valor: R$ 165.538,00 (cento e sessenta e cinco mil reais, quinhentos e trinta e oito centavos)
O que me chamou a atenção:
O valor está distribuído entre cerca de 1.967 pessoas. Qual o percentual deste segmento populacional em relação a população total do município. Não tenho dados atualizados mas com certeza é muito mais que 10%. Estou considerando por quantidade de pessoas favorecidas porque há uma diferença de valores entre eles. Não tive paciência de ler a lista inteira mas observei que se nos guiamos pelos sobrenomes, alguns inconfundíveis, o quadro de miséria é bem pior do que se pinta. Encontrei apenas, até onde li, uns dois ou três homônimos porém com o n° de registro (CNPJ/CPF/NIS/Outros) diferente. Como não sei o critério da dsitribuição e visto que os homonimos recebem valores diferentes em cada inscrição, isto é apenas uma observação e não uma denúncia porque eu não tenho indicíos para isto, até porque achei pouco a quantidade de homonimos na lista geral e o valor percebido. Acredito ser mesmo resultado do entrelaçamento de famílias tão comum no interior.
Considerando o no. de beneficiados e ainda os que recebem aposentadoria (que eu não tenho a mínima ideia de quantos são) e os que vivem do emprego público, fiquei ainda mais pasma com a situação dramática do município e a tradicional falta de iniciativa dos políticos locais.
ACORDA ALAGOINHA!
ML

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cajazeiras e Sousa integrarão a Zona Franca do Semi-Árido


Objetivando viabilizar o Projeto da Zona Franca do Semi-Árido Nordestino(ZFS), já está na Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara dos Deputados, uma emenda à reforma tributária que tramita no legislativo, a qual tem por finalidade possibilitar todos os incentivos fiscais e tributários, além da doação de áreas de terra, possibilitando a instalação de 8 pólos industriais, beneficiando os Estados que fazem parte do Polígono das Secas, com várias atividades industriais.
A emenda foi apresentada pelo Deputado Federal do PMDB da Paraíba, Wilson Santiago, já contando com apoio do presidente do Congresso Nacional, Senador José Sarney, a quem foi apresentado o Projeto pelo presidente da União Brasileira de Municípios, Leonardo Santana, que idealizou a ZFS para a Região mais seca do país, em recente encontro no Senado, por ocasião do Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, organizado pela Presidência da República, que teve o apoio da UBAM.
Para Leonardo, a Zona Franca do Semi-Árido, significa o maior passo para a redenção econômica e social do Nordeste, uma região, segundo ele, discriminada ao longo dos tempos, com uma população carente de políticas públicas suficientes para manter o homem no campo, com geração de emprego e renda, ocasionando o abandono da cultura local, além de sufocar ainda mais os grandes centros, onde milhões de nordestinos dividem e disputam moradias desumanas e são vítimas do capitalismo selvagem que acentua cada vez mais a injustiça social e aumentam os índices de pobreza absoluta e violência urbana.
Na proposta original da UBAM, lançada em 2005, num encontro de prefeitos, realizado em João Pessoa(PB), o Projeto da Zona Franca do Semi-Árido estabelece incentivos fiscais por 30 anos para implantação dos pólos industriais, instituindo, dessa forma, um novo modelo de desenvolvimento econômico para o Nordeste, englobando uma área física de 3 mil quilômetros quadrados (km²) para cada pólo, com ligação entre ambos por linha férrea, para escoamento da produção, seja pelo Porto de Suape(Pernambuco), Cabedelo(Paraíba), ou por via aérea, com a proposta de construção de um aeroporto de cargas no município de Patos, principal cidade do sertão paraibano, solicitação que já foi formulada pela UBAM ao Ministério da Aeronáutica, em 2006, que contará com investimentos internacionais.
Visando integrar a toda Região Nordeste à economia do País, bem como interiorizar o desenvolvimento sustentável, a ZFS vai gerar meio milhão de novos postos de trabalho, além de projetar a Região para a condição de mais desenvolvida do Brasil, já que a idéia é facilitar a indstrialização de produtos que são fabricados em países como a China, Japão, Coréia e Taywam.
"Se engana quem pensa na impossibilidade da instalação da Zona Franca do Semi-Árido Nordestino, pois essa proposta já toma conta das opiniões em nível nacional, recebendo o apoio de centenas de parlamentares nordestinos, além de se tornar um consenso no Congresso Nacional, quando começarem as discussões finais para aprovação da emenda à reforma tributária", disse Leonardo.
Segundo ele, o modelo de desenvolvimento regional da ZFS será garatido com incentivos fiscais e extrafiscais, que propiciarão condições para alavancar um processo de crescimento e desenvolvimento da área incentivada, com uma dinâmica que compreende três atividades econômicas: comercial, agropecuária e industrial.
Cada pólo será composto de 60 indústrias, somando quase 500 novos investimentos na Região, contemplando todos os Estados, aumentando a capacidade da arrecadação impostos, embora que, não se deve esquecer, muitas outras atividades paralelas serão praticadas fora do contexto dos incentivos da ZFS, proporcionando de imediato a geração de novos empregos e, por conseqüencia, o crescimento da receita dos municípios do Semi-Árido.
Leonardo lembrou que muitas indústrias, que serão instaladas na ZFS, terão matéria prima de qualidade na própria Região, pois o Nordeste possui uma vasta diversidade natural, compondo um conjunto de ítens que são usados por indústrias estrangeiras, as quais levam do Nordeste grande parte da sua riqueza mineral, por preços impraticáveis, levando-se em conta o retorno para a Região.
Alguns municípios já estão sendo analizados para sediar os pólos industriais, a exemplo de: Soledade, Sousa, Cajazeiras (na Paraíba), Mossoró e Caicó (no Rio Grande do Norte), Serra Talhada, Garanhus e Santa Cruz do Capibaribe (em Pernambuco), Juazeiro do Norte, Catarina e Sobral (no Ceará), Arapiraca(Alagoas) Vitória da Conquista e Paulo Afonso (na Bahia), Propriá(em Sergipe), Picos (Piauí) e Diamantina (Minas Gerais), onde existem 86 municípios que fazem parte do Polígono das Secas e são assistidos pela Sudene. "Não podemos continuar a beneficiar o mercado externo, se podemos usar nossas divisas em sólo próprio, estabelecendo a possibilidade de caminharmos para a independência econômica", finalizou.

Carnaval maravilha...

... até que a conjuntivite me pegou nas ladeiras de Olinda e acabou minha terça feira gorda.

Eleições de 2010 – o que se passa nas hostes tucanas


Por Cairo Arruda
(membro da ACI e ACEJI)


O governador Aécio Neves (PSDB) acaba de dar mais uma demonstração clara do seu alto espírito político-partidário, ao convidar o seu colega e correligionário José Serra, para (já que este acatou a sugestão de prévias, visando à definição do candidato do partido à eleição presidencial de 2010), acompanhá-lo Brasil afora, em pregação, conscientização e preparação das bases partidárias para tal procedimento.
Com essa posição, pordemais democrático-partidária, o Gestor mineiro, deixa claro, o seu grau de desprendimento e coerência em relação às suas pretensões de chegar ao Planalto: sem atropelar ninguém, sem enfraquecimento do partido, acatando o resultado das prévias, a reforçar mais e mais, a democracia partidária.
Mas, pelo que vi na mídia, ainda está havendo uma sutil discrepância entre ele e Serra, quanto à época em que as prévias devem ser realizadas – aquele, aponta a necessidade de que elas se realizem ainda neste ano, e este, sugere em 2010. Todavia, acredito que chegarão a uma unidade de pensamento, até porque, a decisão final é da Executiva Nacional do PSDB, baseado logicamente na resolução do TSE, que já foi consultado sobre quando e como essas prévias devem ser procedidas.
Um outro ponto discordante entre algumas alas da agremiação tucana, é o que se refere à chapa própria (puro sangue). O próprio Aécio (salvo engano), considera importante, a abertura do leque, para que haja coligação com outros partidos, reforçando assim, o esquema pessedebista, tendo em vista o próximo pleito.
O Deputado Estadual paulista, Renato Amary, (PSDB), antecipando as coisas, em discurso numa solenidade de inauguração de escolas pelo Governo Paulista, lançou a chapa “puro sangue” – José Serra/Alckmin, para presidente e vice. O que demonstra o desejo e empolgação de alguns partidários de Serra, para que o candidato tucano saia mesmo de SP.
Porém, muita água ainda vai passar por debaixo da ponte, sendo, portanto, muito cedo para se saber quem é quem, e de onde partirá realmente o postulante tucano ao cargo de Presidente da República, se de Minas ou de São Paulo.
É esperar para ver!

E-Mail: cairomiri@yahoo.com.br

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Eita que esse carnaval me mata!

Ip resgata seu carnaval tradicional

Até que enfim!
Parabéns aos organizadores!
Cobertura fotográfica completa:

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Estudo liga uso de maconha a câncer de testículo


O uso frequente ou em longo prazo de maconha pode dobrar os riscos de um usuário desenvolver câncer de testículo, segundo um estudo do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos.

O estudo, publicado na revista especializada Cancer, entrevistou 369 pacientes de câncer de testículo e concluiu que o uso frequente da droga dobrava o risco de desenvolver a doença em comparação com os homens que nunca fumaram maconha.

Os resultados sugerem ainda que a maconha pode estar associada à forma mais agressiva deste câncer.

Esse é o primeiro estudo a analisar, especificamente, a relação entre o uso de maconha e câncer de testículo.


Tipo raro


O câncer de testículo corresponde a 5% dos casos de tumores malignos entre os homens, segundo o Instituto Nacional do Câncer, e afeta entre 3 a 5 indivíduos a cada 100 mil.

Ele é mais comum entre homens com idades entre 15 e 50 anos e tem alto índice de cura, principalmente se for diagnosticado no estágio inicial.

A incidência na Europa e na América do Norte é bem mais alta do que em outras regiões do mundo, e vêm aumentando sem nenhuma razão aparente.

Os fatores conhecidos da doença incluem ferimentos nos testículos, histórico familiar, ou a criptorquidia (testículo que não desce para a bolsa escrotal durante a infância).

No estudo, foram entrevistados 369 homens , com idade entre 18 e 44 anos, que haviam sido diagnosticados com câncer de testículo. Eles responderam perguntas sobre seus hábitos de fumar maconha. Suas respostas foram comparadas às de cerca mil homens, aparentemente saudáveis. Mesmo depois de ajustar os números levando em consideração outros fatores, o uso da maconha permaneceu como um claro fator de risco para o câncer de testículo.

O estudo indicou que fumar maconha aumenta em 70% o risco e que fumar maconha com frequência ou fumar desde a adolescência aumenta o risco em 100% em comparação com os que nunca fumaram. Também foi encontrada uma relação do uso da droga com o não-seminoma, um tipo mais agressivo de câncer testicular, que corresponde a cerca de 40% dos casos e tende a atingir os mais jovens.


Puberdade


Segundo Janet Daling, uma das autoras do estudo, na puberdade os homens estariam mais vulneráveis a fatores ambientais, como a ação de substâncias químicas encontradas na maconha, por exemplo.

"Isso é consistente com a conclusão do estudo de maior risco do tipo de câncer testicular não-seminoma estar particularmente associado ao uso de maconha antes dos 18 anos", disse ela.

Segundo Stephen Schwartz, que também participou do estudo, "o que os jovens devem saber é que, primeiro, sabemos pouco sobre as consequências do uso da maconha para a saúde a longo prazo, especialmente, do uso frequente, e segundo, nosso estudo traz alguma evidência de que o câncer de testículo pode ser uma dessas consequências".

O próximo passo, diz ele, seria estudar mais a fundo as células nos testículos para verificar se alguma delas têm receptores para as substâncias encontradas na maconha.

Segundo Henry Scowcroft do instituto Cancer Research UK, para que seja alcançada qualquer conclusão firme sobre a relação entre causa e efeito nos casos de câncer de testículo é preciso um estudo envolvendo um número muito maior de pacientes.



BBC
Fonte:
http://amigosdofreud.blogspot.com/

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Álbum da semana

Dr. Leimar e Fátima


Socorro Olímpio, Alberto Moura,
Jarismar Gonçalves e Zé Lúcio
Salete Olímpio

Zilda Brasil e família

Liege

Silvia e Joselba Diniz

Josecy e Cineide

Idelzuite e Antonio Paulo

Ilma Alves

Jarismar Gonçalves e Titica

Geysa, Zefinha Batista e Paulinha


Crispim, Zé Fernandes e Bosco Macedo

Cícero, de Cícero Bento

Joana d'Arc, Adalva e Adélia

Conceição, Ofélia Souza e Gisele

Anderson, Macial e Anchieta

Parte destas fotos são do DVD produzido por Cleidinha para o VII Encontro dos Filhos e Amigos de Ipaumirim, outras foram capturadas em orkut e no ipfest.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Transparência - Curso formará fiscais do dinheiro público no Ceará.

O curso "Controle Social das Contas Públicas" vai capacitar 30 mil pessoas para atuarem como fiscais das gestões públicas.
O cidadão de olho no dinheiro público. Visando à qualificação de 30 mil cidadãos comuns para fiscalizarem as ações dos gestores dos seus municípios, foi lançado ontem o curso “Controle Social das Contas Públicas”. O projeto é uma parceria entre Fundação Demócrito Rocha, Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e Banco Bradesco. As inscrições tiveram início ontem mesmo.
O lançamento, que ocorreu na presidência do Grupo de Comunicação O POVO, contou com a presença, dentre outros convidados, do presidente do TCM, Ernesto Sabóia, da procuradora-geral do Estado, Socorro França, do secretário da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado, Aloísio Carvalho, do deputado estadual Heitor Férrer (PDT), além da presidente do Grupo, jornalista Luciana Dummar.
Idealizador do curso, o presidente do TCM afirmou que o principal objetivo da iniciativa é diminuir a distância entre o cidadão e a informação técnica, de difícil assimilação, das contas públicas.
Segundo Ernesto Sabóia, o TCM também lançará, até março, um portal da transparência – ou o “Orkut do controle social”, como ele “traduziu” -, que funcionará como local de convergência de informações simplificadas e de pessoas interessadas em fiscalizar as contas municipais.
Coordenadora geral do curso, a jornalista Adísia Sá ressaltou a importância da iniciativa para incentivar a participação direta dos cidadãos no controle do Poder Público. “Nós devemos dar ênfase não à democracia representativa, mas à democracia participativa. Esse é um instrumento para o cidadão participar da coisa pública”.
"O cidadão comum é, na verdade, o dono de todos os recursos públicos. Governo nenhum produz nada, não produz um centavo. Governo arrecada do contribuinte os tributos”, lembrou Heitor Férrer. Para ele, é necessário que esse contribuinte cobre o retorno desses recursos.
Luciana Dummar ressaltou que o papel do O POVO, como veículo de comunicação, é, além de ser um espaço de exposição dos fatos e de crítica, ajudar no fortalecimento do controle social e da transparência.

Início

O curso tem início no dia 16 de março, com a publicação do fascículo de orientações gerais aos participantes. A partir daí, serão mais dez fascículos semanais, veiculados gratuitamente junto com as edições do O POVO, e um fascículo final, que trará o exame sobre o conteúdo. Além do material impresso, serão exibidas dez teleaulas pela TV O POVO e TV Assembléia e outros dez programas de rádio, veiculados pela Rádio O POVO/CBN.
Ao final do curso, os participantes prestarão um exame online e os aprovados – com média 6,0 ou superior – receberão certificados de curso de extensão universitária pela Universidade Aberta do Nordeste (Uane).
SERVIÇO
As inscrições podem ser feitas pela Internet, no endereço http://www.controlesocial.fdr.com.br/. Informações: 0800.2802210 / (85) 3255.6005

FASCÍCULOS E AUTORES

1º FASCÍCULO. “Fundamentos filosóficos da transparência e do controle popular”: Oscar d’Alva - procurador de Justiça, professor de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor)
2° FASCÍCULO. “Jornalismo e controle social”: Plínio Bortolotti - jornalista, editor institucional do Grupo de Comunicação O POVO e ex-ombudsman do O POVO
3° FASCÍCULO. “O papel do controle externo - TCU, TCE e TCM”: Ubiratan Aguiar - presidente do Tribunal de Contas da União (TCU)
4° FASCÍCULO. “A transparência e controle social na Carta Maior”: Judicael Sudário de Pinho - juiz do Trabalho, diretor do Fórum Autran Nunes (TRT, 7ª Região), ex-coordenador do curso de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor)
5° FASCÍCULO. “A impunidade no Brasil”: Djalma Pinto - professor da Escola Superior de Advocacia do Ceará, ex-procurador-geral do Estado
6° FASCÍCULO. “A informática como instrumento auxiliar do controle social”: Vasco Furtado - professor de Informática da Universidade de Fortaleza (Unifor) e consultor da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice)
7° FASCÍCULO. “A ação parlamentar na fiscalização da administração pública”: Heitor Férrer - deputado estadual e médico
8° FASCÍCULO. “O papel e a função do Ministério Público de servir o cidadão e a comunidade”: Socorro França - procuradora-geral de Justiça do Estado
9° FASCÍCULO. “O papel do controle interno”: Aloísio Carvalho - secretário estadual da Controladoria e Ouvidoria Geral, ex-secretário de Finanças de Fortaleza
10° FASCÍCULO. “Educação fiscal e controle social”: Mauro Filho - secretário da Fazenda do Estado e deputado estadual licenciado.Fonte: Jornal O Povo ( Política).

Fonte: Jornal O Povo ( Política).

Politicagem barata


Marco Antonio Oliveira Muniz informa:

Isso cheira a politicagem barata, o que é praxe em Ipaumirim, por ambas facções politicas. O JR (que era assessor de imprensa da era Luiz) esqueceu de relatar, que a precariedade em que as escolas encontram-se foi uma herança maldita do seu antigo chefe. E que os R$ 200,00 de abono só não foram pagos em janeiro, pq o prefeito anterior só deixou no orçamento até dezembro de 2008, e coube a atual gestão criar uma nova Lei para a manutenção do abono. Sendo que a partir de fevereiro o municipío volta a pagar o abono. Não sou defensor da atual gestão, mas sim que a verdade seja dita. O bom seria que todos se unissem para a construção de um Ipaumirim melhor. Enquanto os dois lados continuarem degladiando-se, o nosso municipio será um eterno mar de lamas.

Comentário

Valeu, Marco Antonio! "A César o que é de César". Acho que você tem razão quando fala na politicagem barata independente das facções. Eu sempre vi prefeito falar mal do anterior mas nunca vi nenhum prefeito de Ip mandar fazer uma auditoria séria na prefeitura mostrando o que recebeu do prefeito anterior e tornando públicos os resultados do relatório da auditoria. Aliás, é obrigação de qualquer órgão público disponibilizar sua movimentação financeira assim como é direito de todos exigir transparência nas contas e nos programas de governo. Também é dever de qualquer gestor manter a população informada dos programas de governo, das ações e dos gastos públicos. Antes de falar mal, as pessoas deviam se organizar civilizadamente e tratar das coisas com seriedade em vez de perder tempo alimentando insinuações sem apuração e contextualização dos fatos. Tanto o gestor deve respeitar a população como a população deve respeitar o seu gestor. No mais, ti-ti-ti é uma praga recorrente e não tem quem acabe com isto. É preciso separar quem quer alguma coisa melhor para Ip e quem faz do fuxico uma razão de viver.
ML

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ipaumirim-CE: Sem investimentos, educação vive momentos difíceis



Banheiros sem a conservação devida, professores recebendo baixos salários, invasão do mato nas escolas e outros problemas. É esse o retrato da educação no município de Ipaumirim com cenas de descaso. Uma das situações que mais chamam a atenção é a da Escola Jarismar Gonçalves Mello, onde o repórter Jota R, nosso colaborador do Site Miséria naquela cidade, esteve presente e viu de perto o abandono.
A manutenção das carteiras foi apenas paliativa e, na maioria, serviços de reparos com restos de material. Em função das últimas chuvas caídas em Ipaumirim, o mato tomou conta do pátio enfeando a paisagem num desrespeito à comunidade estudantil. Além de risco para a segurança é, também, para a saúde encobrindo recipientes que possam acumular água e dar condições à proliferação do mosquito da de dengue. Além de sujos e destruídos, não há papel higiênico no banheiro masculino e nem descarga.


Como se não bastasse o cupim ameaça a estrutura de madeira que sustenta o telhado. Já os professores estranharam a redução média de R$ 200,00 em seus salários sem uma explicação convincente da Secretaria de Educação apenas de que representavam abono. Eles defendem uma posição firme da presidente do Sindicato dos Servidores do Município de Ipaumirim, Terezinha Barbosa, no sentido de salvaguardar os direitos da categoria que já ameaça uma paralisação.

Não vejo, não escuto, não falo


É saudável, correto e interessante que a comunidade cuide de si mesma. Prefeito entra, prefeito sai, prefeito entra e sai e entra e os problemas seguem. Existe muitas variáveis a se pensar antes de definir uma hipótese. Haveria uma só variável que definisse a recorrencia dos problemas? Um conjunto de váriaveis que, juntas, caracterizam uma cultura administrativa local?
Ou todas elas, juntas, fazem a apologia do caos e apostam para ver quem arrasa mais o município? Os questionamentos valem para prefeito que entra, prefeito que sai e prefeito que entra e sai e entra e ainda para todos que se interessam em contribuir para resolver nossos problemas.
1. Os gestores são indiferentes, insensíveis às demandas sociais?
2. Os gestores não conhecem o lugar onde vivem ou deveriam viver?
3. Os gestores são literalmente incompetentes e não sabem administrar?
4. Os gestores são espertos demais e acreditam que a comunidade é tonta ou não merece respeito ?
5. Os gestores, em vez de resolverem os problemas com transparencia e competencia preferem calar a boca dos eleitores com pequenos e grandes favores?
6. A população se comporta de forma indiferente e depois guarda suas insatisfações com o favor que não recebeu para pagar falando mal e votando contra na próxima eleição?

Sinceramente, eu acho que o mais inconsequente e irresponsável de todos é o eleitor. Não sabe escolher porque escolhe pensando em si mesmo. Não sabe fiscalizar e nem pode cobrar porque vendeu a sua cidadania por alguns trocados e favores. Nunca se interessa pela prestação de contas porque prefere uma banda de forró tocando no meio da rua aos investimentos nas áreas carentes: remédios disponíveis em postos de saúde, assistência médica decente, escolas dignas. Pão e circo. Pobre destino. Maldita ignorância misturada com esperteza cabocla que deixa o município exposto a índices vergonhosos nos indicadores sociais e nos expõe à perversidade do abandono.

ACORDA ALAGOINHA!
ML

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Acredito que a literatura pode ajudar a manter vivo o desejo de inventar outra história para uma nação e outra utopia como saída." (Mia Couto)

O mais conhecido autor moçambicano de todos os tempos transita com graça pela poesia e pela prosa, mostrando a força de uma condição que denomina “estar” escritor. Muito arraigado às suas origens, consegue transmitir a leitores das mais diversas nações o vocabulário, a cultura, as angústias e as alegrias de Moçambique, tornando universal um dos países mais pobres do planeta. Não é apenas a incrível qualidade da literatura inventada pelo escritor, nascido em 1955 e batizado António Emílio Leite Couto, que surpreende: sua aparência, o nome adotado e a profissão também. Mia é filho de imigrantes portugueses que foram residir em Beira e, nas inúmeras palestras que ministra mundo afora, o público muitas vezes aguarda uma senhora negra com vestes multicoloridas. Eis que surge um homem branco, traços europeus, óculos, terno. Sua inventividade é de longa data: aos 3 anos de idade, em função da paixão por gatos, criou para si mesmo o apelido que até hoje usa. Poeta - é assim que ele se define - continua trabalhando no campo da biologia, área em que se formou. De qualquer forma, coleciona vários prêmios literários internacionais, inclusive um no Brasil: a obra O outro pé da sereia ganhou, em 2007, o 5º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura como melhor romance publicado em língua portuguesa. Aos 14 anos, publicou os primeiros poemas, Notícias da Beira. Desde então, as letras vão saindo magicamente de seus dedos. Ele trafega por um tipo de realismo fantástico que remete a Gabriel García Márquez, mas com raízes muito bem plantadas na realidade de sua região. Outras vezes, faz lembrar Guimarães Rosa, pela criação incansável de neologismos. Brincações, desconsigo, choraminhices, noitidão, impossível não entender o que querem significar e maravilhoso perceber como é possível poetizar a prosa com palavras inventadas. Aliás, detalhe curioso: inúmeras vezes elas vêm à sua cabeça, e ele as anota em pedacinhos de papel que vai amontoando nos bolsos das roupas. Em algum momento, se encaixam nas frases sempre bem-lapidadas de sua literatura. Outra importante característica do autor de Venenos de Deus, remédios do Diabo é seu engajamento político. Lutou contra Portugal pela independência de sua pátria (ocorrida há pouco mais de três décadas) atuando na política e no ensino, sem pegar em armas: a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) só permitia isso à população negra. Em nosso país, às suas obras, a editora acrescenta um glossário ao final para que se compreendam os vocábulos típicos do português de lá, que tornam seus livros ainda mais interessantes. O fio das missangas, acaba de ser lançado por aqui, trazendo 29 contos entrelaçados como miçangas ao redor de um fio, revelando muito das falas do homem de sua terra e demonstrando mais uma vez a proximidade e admiração declarada deste moçambicano pelo universo do autor de Grande sertão: veredas. Mia se revela sempre em produção. Nas respostas dadas nesta entrevista, realizada por e-mail antes de ele sair a campo isolado para uma pesquisa biológica, utilizou sua forma peculiar de usar a língua, mantida nas linhas a seguir, também sem adotar as regras do novo acordo ortográfico.
Miriam Sanger

Dizem que você mesmo criou o curioso apelido
Mia - Sim, por causa da minha relação com os gatos. Contam meus pais que eu dormia com os bichos como se fosse um deles. Certa vez, proclamei que queria ser chamado de Mia. Meus pais aceitaram e talvez tenha sido esse meu primeiro acto de ficção. Tinha, talvez, uns 3 anos de idade.
Como sua família foi para Moçambique?
Mia - Meus pais emigraram do Norte de Portugal no início da década de 1950. Fixaram-se numa pequena cidade no centro do país, Beira, e ali tiveram seus três filhos. Eu sou o do meio. Meu pai migrou por razões políticas – na altura, Portugal vivia uma ditadura fascista, e ele foi objeto de perseguição política.
Como é seu cotidiano?
Mia - Sou biólogo de profissão e grande parte do meu tempo é passado em trabalho de campo, na floresta e na savana. No mais, sou casado com Patrícia, que é médica. Tenho três filhos: Madyo, Luciana e Rita. Os dois primeiros já saíram de casa. E vivo em Maputo, capital de Moçambique.
Sua primeira obra foi escrita aos 14 anos. Qual foi a repercussão?
Mia - Ela marca minha decisão de viver o mundo por via da poesia, a necessidade de poetizar a vida. Não é apenas um livro, é uma declaração de fé numa crença que não tem nome, senão o desejo de estar disponível para ser encantado.
Você acompanha a literatura brasileira, poderia citar autores preferidos daqui e também de seu continente?
Mia - Acompanho mal a nova literatura brasileira, mas posso citar como meus preferidos Adélia Prado, Manoel de Barros, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector. Na literatura africana, há vários nomes expoentes, como o nigeriano Amos Tutuola, os angolanos José Eduardo Agualusa, Luandino Vieira e, já bem conhecido, o sul-africano J. M. Coetzee. Também em Moçambique temos grandes autores, como os poetas José Craveirinha e Rui Knopfli. Mundo afora, é preciso citar Anton Tchekov, Juan Rulfo e Gabriel García Márquez.
Brasil e Moçambique são países colonizados por portugueses, que falam a língua portuguesa, com uma grande mistura de raças e povos. Qual a nossa afinidade mais marcante?
Mia - Existe uma afinidade de que pouco se fala e que é a religiosidade, um sentimento de crença muito marcado pelos sistemas religiosos africanos. E também o modo como esses sistemas se permeabilizaram e deixaram-se mesclar com a religiosidade católica. Essa marca é para mim mais funda e duradoura que a língua.
O Brasil não passou pela experiência de guerra pela independência, ao contrário de Moçambique. Quais marcas permanecem nos moçambicanos?
Mia - Há coisas que creio que resultaram positivamente pelo facto dos moçambicanos terem resolvido dentro de si sua relação com o ex-colonizador. Houve uma luta armada que criou terrenos bem distintos de afirmação e nos libertam da necessidade de confronto com o outro. Teria sido diferente se um filho de portugueses tivesse, em solo moçambicano, proclamado o grito do Ipiranga.
Existe alguma obra sua que você considere mais especial do que as demais e, uma vez que transita entre diversos gêneros, há alguma com a qual tem mais afinidade?
Mia - Meu gênero é a poesia. Sou um poeta que escreve histórias e que se realiza na prosa. Meu romance Terra sonâmbula foi redigido no final da guerra civil no meu país e sua gestação marcou-me profundamente. Eu acreditava que não seria possível escrever um livro que falasse da guerra enquanto ela estivesse decorrendo – apenas depois, no momento da paz, quando os fantasmas da violência estivessem adormecidos. Mas sucedeu que fui visitado, noite após noite, pela urgência da escrita. Eu estava, sem o perceber, a aplacar os demônios interiores que a violência da guerra haviam despertado em mim.
Qual dos gêneros é mais difícil?
Mia - O infantil, sem dúvida. Porque não sei pensar esse gênero e me custa acreditar que se escreve para crianças. A idéia de que elas pedem uma escrita simplificada é uma tentação fácil, mas profundamente arrogante. Nessa escrita, percebemos que não sabemos falar com a infância que ainda vive em nós.
Tanto o Brasil quanto Moçambique vivem situações tristes em diversos aspectos, ainda mais no que diz respeito a infância e educação. Você acredita que haja alguma forma de a literatura ajudar na transformação da realidade nacional?
Mia - Acredito que a literatura pode ajudar a manter vivo o desejo de inventar outra história para uma nação e outra utopia como saída. Não que eu tenha ilusão sobre o poder da literatura, mas a escrita literária pode, em certos momentos, ter funções de terapia coletiva. Regresso ao caso moçambicano do período pós-guerra. O que aconteceu foi uma mesma espécie de amnésia coletiva. Ninguém se recorda de nada do que aconteceu. Foram 16 anos de guerra fratricida, 1 milhão de mortos, mas ninguém quer, hoje, relembrar este tempo de cinzas. Trata-se de uma estratégia de não despertar fantasmas mal resolvidos. No entanto, é triste não termos mais acesso a esse tempo, perdermos parte de nossa história recente nos faz sermos menos nós mesmos. É aqui que a literatura pode ter função resgatadora. Pode permitir acesso, fora de sentimentos de culpa e de dedos acusatórios.
Como é seu processo criativo? Há alguma preparação especial para iniciar uma obra?
Mia - Não tenho ritual. No fundo, tenho para mim que a escrita não pode ser resumida ao seu lado visível, que é quando nos sentamos com caneta e papel ou com computador.
Houve algum evento ou pessoa que despertou sua vocação literária?
Mia - Meu pai é poeta. Mais do que isso: vivíamos a poesia, mais do que líamos. Recordo as vezes em que, devido a uma certa desconfiança, mandavam-me fazer os deveres de casa no local de trabalho dele, que era um armazém obscuro dos Caminhos de Ferro, na pequena cidade colonial da Beira. Doía-me muito ver meu pai, um poeta, ali, naquele recanto poeirento e penumbroso. Mas, ali mesmo, naquele local sombrio, eu aprendi uma das mais importantes lições de toda minha vida. Meu pai, para meu espanto, se apressava muito que eu desse despacho nos deveres. Demoras?, perguntava ele, inquieto. Mal eu pousava a caneta, ele me pegava pela mão e me levava para a luz, para o descampado. Caminhávamos por entre os trilhos, os carris ferrugentos, e ele passeava por ali garimpeirando pelo chão, à cata de quê? O que procurava ele entre sujidades e poeiras? Procurava pedrinhas coloridas, dessas que tombavam dos vagões, e trazia na concha das mãos como se tivessem vida e carecessem de aquecimento. Lá fora estrondeava a guerra colonial e o mundo se rasgava. Minha mãe recebia em casa aqueles lixos brilhentos e muito ralhava com ele. As pedras voavam pela janela, meu pai se internava pelo corredor num desmaio de penumbra. Lembro-me de ter interpelado depois de uma dessas zangas maternas. “Pai, tu também és atrasado mental?” Eu hoje agradeço ao meu pai me ter ofertado essa cumplicidade, esse outro pai que nascia dele quando se tornava cúmplice, me esgueirava dos meus deveres e saltava para a desobediência. Meu pai se convertia em outro menino, e eu ainda hoje encontro inspiração nessa habilidade e vou pela linha férrea a descobrir encanto e encantamento na busca desses brilhos do chão.
Você pretende, ou gostaria de, um dia viver apenas de literatura?
Mia - Mesmo que pudesse, e talvez agora eu já possa, não queria viver exclusivamente da escrita. É vital para mim ter esta dispersão de atividades, poder fazer coisas tão distintas e manter janelas abertas para a ampla diversidade da vida. Eu “estou” escritor, duvido que “seja” escritor.
Não dá para não falar do acordo ortográfico. Qual é sua opinião?
Mia - Não sou contra, mas também não milito a favor. Creio que em Portugal houve reações nervosas e crispadas porque, devido a um falso debate, alguns acreditaram estar a prescindir do patrimônio fundador da sua própria identidade a favor do Brasil. Eu acredito que se deve discutir os verdadeiros factores que nos afastam – e os principais factores do nosso afastamento não são de ordem lingüística. São de natureza estratégica, das opções políticas dos nossos governos. Os livros brasileiros são lidos sem nenhuma dificuldade em Moçambique, e os moçambicanos são lidos no Brasil sem que a grafia diferente perturbe.
Como se deu o convite para compor a letra do hino de seu país, junto com outros autores?
Mia - Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique, pensou que era preciso mudar a letra de um hino que tinha sido concebido em período da revolução socialista e marxista. Um novo que servisse, como ele disse, de lençol e sombra para todos os moçambicanos. Ele convocou à maneira da guerrilha um grupo de poetas e músicos, fechou-os numa casa e disse: vocês têm uma semana para produzir um novo hino nacional. Nós produzimos diversas alternativas. Anos mais tarde, quando se introduziu o pluripartidarismo no país, alguém se lembrou de que havia esse manancial de propostas. E assumimos como criação colectiva aquele que é o novo hino nacional.
Você está em produção literária no momento?
Mia - Estou sempre em produção, mesmo que eu não tenha consciência clara disso. Mas, no caso, estou há três anos laborando num novo romance. Mas realmente, e sem que isso seja uma pose de afectação, não sinto que posso levantar o véu dessa história.
Por fim, cultura é...
Mia - Um modo de sermos quando todo o resto nos nega.
©

ÁGUA DE TORNEIRA VENDIDA COMO ÁGUA MINERAL


"O consumidor pode estar sendo enganado por um produto que parece água mineral, é vendido como água mineral mas não é água mineral. Trata-se da água adicionada de sais, uma invenção americana que já chegou ao Brasil e está iludindo muita gente. Protegidas por embalagens bonitas e pelo nome de grandes indústrias de refrigerantes, essas águas são vendidas à população com preço de água mineral, mas com qualidade de água da rede pública. "É água de torneira filtrada à qual se adicionou uma pequena quantidade de sais e depois foi engarrafada", afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Água Mineral, Carlos Alberto Lancia. Ele explicou que esse tipo de água não repõe os sais do organismo e nem possui as propriedades crenoterápicas das águas minerais, que facilitam a digestão, são diuréticas e fazem bem aos ossos e intestinos. "Elas só fazem bem às empresas engarrafadoras, que não precisam de maiores cuidados, como reservas de proteção ambiental, pois sua fonte é a torneira", diz.

Lancia alerta proprietários de bares e restaurantes para não caírem no velho conto de que "água é tudo a mesma coisa". Aos consumidores, a recomendação é a mesma: ficar atentos aos rótulos - se estiver escrito água adicionada de sais não é água mineral e o cliente tem o direito de recusar o produto. "
(Assessoria da Associação Brasileira das Indústrias de Água Mineral)
Fonte: http://eliomardelima.blogspot.com/

MEC apresenta projetos a secretários



A meta é melhorar a interação entre os gestores municipais e o Ministério, permitindo ações articuladas.

Receber informações sobre os principais projetos e programas na área de educação básica, além de aproximar a esfera federal das demandas e particularidades regionais dos municípios. Contando com a participação de 305 dos 351 titulares municipais de educação do Ceará e do Rio Grande do Norte, foi aberto, ontem à noite, o primeiro encontro dos novos secretários de Educação com o Ministério da Educação (MEC).

A perspectiva do MEC é promover, até abril, outros dez encontros envolvendo os demais estados. Em Fortaleza, o encontro será realizado no Hotel Grand Marquise até a próxima sexta-feira (dia 20), quando serão apresentados e discutidos os conteúdos de programas e ações em educação básica. O evento também conta com a parceria da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

A abertura do encontro foi feita pela secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, que destacou a doação do MEC de um computador portátil para cada participante. Além de equipar as secretarias, o objetivo é melhorar a interação entre os secretários municipais e o Ministério.

“Pensamos essa doação como uma forma de facilitar o acesso dos secretários aos conteúdos da educação básica, sem que fosse preciso gerar uma quantidade absurda de documentos. O computador facilita o uso desses programas e a portabilidade”, disse a secretária durante a abertura.

Para Rosilene Lucas, secretária de Educação do município de Santo Antônio (Rio Grande do Norte), além da aproximação com o MEC, ela acredita que o encontro permitirá a troca de experiências em educação entre os representantes municipais. “Somos de uma região com muitas semelhanças. Pode ser que haja experiências em outros locais que possam ser aproveitadas em Santo Antônio”, opina.

Já para a titular de Paraipaba, Vanderli Cordeiro Damasceno, o fornecimento do computador permitirá levar esses conteúdos para as equipes de educação do município.




Perguntar não ofende

Quais são as metas da Prefeitura Municipal de Ip com relação a educação básica? Alguém conhece? Se conhece, é bom divulgar. Afinal somos todos nós os patrocinadores dos programas de governo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Domingo sem Ademar

Hoje não deu mesmo. Estou pintando a casa e não sei onde estão as fotos, está tudo muuuuuuuuuito bagunçado. Se eu sobreviver a tamanha bagunça, juro que publico. Se não, de hoje a quinze dias estou continuando com as fotos porque no próximo é carnaval e Deus me livre de não ir pra Olinda.

Há algum tempo, Mirô, agora, Josa...


Por Cairo Arruda
(membro da ACI e ACEJI)

Através do Blog Ipaumirim, coordenado pela professora em Recife, Maria Luiza Nóbrega de Morais, tomei conhecimento do falecimento do amigo Josa de Mirô, nome como aquele tradicional comerciante ipaumirinense era mais conhecido no seu habitat, e em toda a região, compreendendo Ipaumirim, Baixio, Umari, Lavras da Mangabeira, e até nos municipios paraibanos limítrofes de Bom-Jesus e Santa Helena.

Josa, era aquela figura mansa e “acordeirada”, honesta, trabalhadora, incansável, que não fazia mal a ninguém, sem inimigos, e que soube cultivar a admiração e apreço dos conterrâneos e de pessoas outras que tiveram a oportunidade de conhecê-lo de perto. Esposo e pai exemplar, que tudo fez para, ao lado da também incansável Mirô, dar a sua prole o melhor em termos de educação e honradez, ambos muito dedicados ao seu comércio de miudezas que, ao longo dos anos, foi-se ampliando e evoluindo cada vez mais, acompanhando o progresso da antiga Alagoinha, partindo para ter a sua sede própria em pleno coração da cidade, ou seja, na Praça São Sebastião.

Seguindo o seu bom exemplo, dois dos seus filhos, no caso, Geraldo e João, tornaram-se também comerciantes, embora que de ramos diferentes do dos pais: o primeiro, negociando com material esportivo, calçados, etc, acumulando com a atividade de Contador e Radiodifusor (é Diretor da Rádio ACABAN FM), enquanto o segundo, comercializa material de construção. Já o Chiquinho (o mais novo), graduado em Farmácia, além de Responsável Técnico da Farmácia Arruda, de propriedade do casal Roberto Ney/Ana Rita, com a decrepitude do pai Josa, passou a gerenciar o seu estabelecimento comercial, mas, tendo-o sempre ao lado, para não ficar em casa, parado, ocioso, “coçando os olhos”, e distante da sua clientela amiga que nunca o abandonara, dada a cortezia e presteza com que a tratava, sempre.

Quem, em Ipaumirim e redondeza, não conheceu Josa de Mirô e Mirô de Josa?

Há pouco mais de dois anos , Mirô partiu, deixando o seu Josa aos cuidados dos filhos mais próximos. Agora, é a vez do próprio Josa, causando a todos, muita saudade e uma lacuna impreenchível, pelo bom comerciante e pessoa, que era.

Daqui, do alto das Alterosas, lamento não ter podido comparecer aos seus funerais, mas aproveito esse precioso espaço, para levar aos seus familiares, os nossos (meu e de Mirian) sinceros pêsames, rogando a Deus, conformação para todos que ficaram sem o saudoso Josa de Mirô!

E-Mail: cairomiri@yahoo.com.br